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Inovação | TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO
Presença da mulher na tecnologia cresce, mas ainda é frágil

Pandemia acelerou avanço das mulheres na área high-tech. Mas elas são a maioria dos demitidos e a diferença salarial persiste.

· 18/05/2023 · Atualizado em 23/05/2023
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Cresce ano a ano a presença feminina no segmento high-tech, no Brasil e no mundo. Principalmente por conta do ingresso cada vez maior de mulheres nas carreiras universitárias vinculadas à tecnologia, tradicionalmente um feudo masculino. 

Mesmo assim, as mulheres são apenas um terço do contingente de trabalhadores da indústria de tecnologia, de acordo com uma pesquisa feita em 2022 pela consultoria global Deloitte. E têm 65% a mais de chances de serem demitidas do que os homens, segundo uma pesquisa da plataforma de inteligência de talentos Eightfold AI.

A situação no Brasil é pior. Conforme o Layoffs Brasil, uma base de dados aberta que mapeia as demissões na área de tecnologia, o fantasma da demissão tem 70% mais de chances de assombrar as mulheres do que os homens. 

Conjuntura negativa 

Dados da plataforma de dados Statista, de 2021, dão uma pista sobre os motivos de as demissões atingirem principalmente as mulheres. A pesquisa indica que, devido ao acesso mais recente das mulheres a esse mercado, elas tendem a ocupar os cargos iniciais, onde vêm se concentrando os cortes. 

Levando em conta que, nos últimos meses, startups e pesos-pesados da área de tecnologia (como Amazon, Google e Microsoft) já cortaram mais de 120 mil postos de trabalho em todo o mundo, o risco é de que a atual onda de demissões anule boa parte dos avanços conquistados pelas mulheres nos últimos anos. 

 “Estatisticamente, já somos um número pequeno nesse mercado e isso acentua a falta de mulheres na tecnologia”, diz Juliana Fiuza, CPO da empresa de TI DeFi10x e cofundadora da Mesttra, uma aceleradora de talentos e inovação em tecnologia. 

Durante a pandemia do coronavírus, o trabalho à distância beneficiou a diversidade nas empresas. Segundo o Relatório Anual de Diversidade-2022 da Meta (novo nome do Facebook), a proporção de mulheres no segmento cresceu, ainda que timidamente (de 36,7% para 37,1%).  

Observe-se que a redução da presença feminina no mercado de trabalho high-tech tem impacto negativo sobre toda a sociedade. A ONU estima que cerca de US$ 1 trilhão deixam de ser incorporados ao PIB dos países de baixa e média rendas a cada ano, por conta da exclusão digital feminina. 

Alternativas 

Junto com as dificuldades, multiplicam-se as iniciativas em defesa da presença feminina nas empresas high-tech. Jhenyffer Coutinho, fundadora e CEO do Se Candidate Mulher, startup social que capacita e ajuda a empregar mulheres, criou, em parceria com a Layoffs Brasil, uma iniciativa de recolocação das profissionais demitidas. As mulheres impactadas pelas demissões que se inscreverem no site do Layoffs Brasil têm 15 dias de acesso gratuito à plataforma SCM Academy, com conteúdo que dá suporte à recolocação.  

Outra iniciativa surgiu da organização Mulheres de Produto, que capacita mulheres em tecnologia. Ela utiliza perfis no LinkedIn e conecta mulheres afetadas pelas demissões com potenciais empregadores.  

Sinais positivos 

Nem tudo são más notícias quando se trata das mulheres na área de tecnologia.

Segundo a Associação das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom), ainda existe no Brasil um déficit anual de mais de 100 mil talentos na área. É um campo fértil para a maior presença feminina. “Acredito que vamos continuar a ver cada vez mais mulheres ingressando em tecnologia, independentemente das demissões recentes”, comenta Marco Giorgi, CEO da EXEC, consultoria em RH especializada em high-tech. Ele lembra que desde 2021 o setor faz parte dos top 5 que mais contratam mulheres para cargos de diretoria e C-Level. 

Presença tradicional 

As mulheres já construíram uma trajetória de êxito no segmento. Ada Lovelace, por exemplo, foi a criadora do primeiro algoritmo de computação. Grace Hopper, almirante da Marinha dos EUA, foi uma das criadoras da linguagem Cobol. E a freira Mary Kenneth Kelly, primeira mulher a obter um doutorado em Ciências da Computação, foi uma das responsáveis pela linguagem Basic. Mais recentemente, Mira Murati, CTO da empresa de tecnologia OpenAI, destacou-se como uma das criadoras do ChatGPT, a grande sensação atual em inteligência artificial. 

Quer saber mais sobre a história e as possibilidades da mulher na área de tecnologia? Assista ao podcast Pod Dar Negócio com o tema Mulheres na tecnologia. e Conheça as femtechs, startups voltadas ao público feminino. 

 

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