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Fri Apr 21 23:48:14 BRT 2023
Inovação | SUSTENTABILIDADE
Você sabe o que envolve a produção de orgânicos?

Saiba o passo a passo da cadeia produtiva dos alimentos in natura e quais setores são exemplos de bons negócios e fontes de renda.

· Atualizado em 21/04/2023
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Você que vende alimentos orgânicos ou tem interesse em fazer parte desse modelo de negócio, sabe como funciona a cadeia produtiva de alimentos orgânicos? 

Antes de tudo, é importante entender que um alimento orgânico deve ser produzido, armazenado, beneficiado, processado e comercializado de acordo com as normas específicas da Lei 10.831/2003 e Portaria 52/2021

Para que possam ser considerados orgânicos, eles precisam ser livres de agrotóxicos, medicamentos químicos, hormônios sintéticos e de transgênicos e ter uso restrito de adubos químicos. 

Por isso, para que o alimento seja considerado alimento in natura, é importante que toda a cadeia produtiva – desde a produção ao consumidor final – seja bem articulada para o sucesso do negócio. Além disso, cada elo deve cumprir seu ciclo, mantendo como princípios a conservação dos recursos naturais e aspectos éticos nas relações sociais internas da propriedade e do trato com os animais.

Agora, você que é empresário do setor ou tem interesse em fazer parte deste segmento, sabe como funciona o processo de ponta a ponta? Sabe, por exemplo, como foi produzido leite ou banana orgânica que seu estabelecimento vende? Se ainda não sabe, o especialista João Paulo, da Embrapa, apresentou os componentes da produção de orgânicos em palestra durante a Semana do Alimento Orgânico, no Expoabra 2022, realizado em Brasília (DF) e apoiado pelo Sebrae. Conheça e entenda como a extinção de um dos elos pode afetar a produção.  

Fornecedores de insumos

Para a cadeia de produtores funcionar, é importante ter os fornecedores de insumos que podem ser utilizados na agricultura orgânica. Um exemplo são os bioinsumos, que correspondem aos adubos orgânicos, biofertilizantes, sementes, mudas, biodefensivos e outros itens necessários para o manejo orgânico de uma área ou propriedade. 

Produtores

São os atores do segmento e responsáveis por colocar a mão na massa e produzir os alimentos, respeitando o compromisso com a qualidade e o meio ambiente.  Todos devem ter uma característica especial que não se encontra em outra cadeia: a certificação. 

Existem inúmeros perfis de produtores no país, dentre eles estão os independentes; micro, pequenos e grandes; Comunidades que Sustentam a Agricultura (CSAs), além das associações, cooperativas e centrais de vendas. O produtor também tem a liberdade de fazer a venda direta com o mercado estrangeiro.

Agroindústria

Muitas vezes, os produtores orgânicos precisam acessar a agroindústria para dinamizar economicamente o espaço rural, criar uma oferta de produtos diferenciados e novos postos de trabalho. Entretanto, a qualidade pode se manter em todos os aspectos ambientais, sociais e culturais. São exemplos de produtos oriundos da agroindústria leite e derivados, como diversos tipos de queijos e iogurtes. 

Distribuidores

O carro-chefe de distribuição de produtos orgânicos são as lojas especializadas e as feiras livres. No entanto, com o início da pandemia e isolamento social, setor de delivery muito para este tipo de alimentos.  

Os programas de compras governamentais também se tornaram distribuidoras de alimentos in natura. Um exemplo são as escolas públicas do Distrito Federal, que incluíram alimentos orgânicos na merenda escolar.

Consumidores

São os setores que intermediam a venda dos produtos aos consumidores. São exemplos restaurantes, fast foods, franquias de produtos naturais e consumidores de vendas livres.

Certificação

O selo que identifica se o produto é orgânico também é uma característica que faz parte tanto da cadeia de produção de insumos quanto dos produtores. Essa normatização ocorre desde 2003, com a Lei 10.831/2003. Existem três maneiras de garantir a procedência orgânica dos seus produtos, que são via Organismo Participativo de Conformidade (OPAC), Organismo de Avaliação de Conformidade (OAC) e por meio de um Organismo de Controle Social. (OCS). 

De acordo com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, o que diferencia um produtor que possui ou não a certificação são as permissões. Quem não se certifica limita-se a vender os produtos na feira ou direto ao consumidor. Já quem tem o selo pode vender os produtos em feiras, mas, também, outros setores como supermercados, lojas, restaurantes, hotéis, indústrias e via on-line. 

Gostou do artigo? Para ter acesso a todo o conteúdo da palestra, clique aqui. Conheça mais sobre produtos orgânicos acessando portal do Sebrae ou os links abaixo. 

Passo a passo para certificação orgânica

Conheça o perfil e os desafios dos produtores rurais de orgânicos 

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