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Mercado e Vendas | ESTRATÉGIA DE MERCADO
Etnia Xerente: cultura milenar pode crescer com a economia criativa

Localizados ao norte no município de Tocantínia (TO), os Xerentes são exemplo de como a cultura aliada à economia criativa pode trazer desenvolvimento

· Atualizado em 15/07/2023
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O município de Tocantínia (TO) está localizado entre as terras indígenas Xerente e Funil, onde vivem os povos da etnia Xerente ou Akwê, como se autodenominam. Eles falam a língua akuwen e habitam a margem direita do rio Tocantins. Sua demografia é de quase 4.000 pessoas, distribuídas em aproximadamente 90 aldeias. 

Dentro da cultura dos Xerentes, o artesanato é uma tradição passada de geração em geração, onde pode-se estimar que pelo menos 50% de sua população está envolvida com essa atividade.  As peças são elaboradas, em sua maioria, por mulheres indígenas que atuam também na comercialização, o que contribui para o fortalecimento de sua autonomia. 

Embora dominem técnicas como a confecção de objetos de capim dourado e de buriti, além da produção de objetos em madeira pau-brasil a partir de árvores mortas, itens bastante valorizados no mercado de artesanato, os Xerentes vivem em condições bem precárias. Ademais, também sofrem constantes interferências de povos não-indígenas em sua cultura, colocando em risco muitas das tradições ancestrais. 

Entenda a importância de celebrar culturas na economia 

Atividade valorizada e pobreza não é uma combinação pouco comum no Brasil. Há muitos povos tradicionais com conhecimentos riquíssimos vivendo em situação bastante precária. No caso dos Xerentes, em 2022, o Sebrae/TO e a prefeitura de Tocantínia realizaram o Programa Cidade Empreendedora com o objetivo de promover mais destaque e valor comercial para gerar mais renda para essa população. 

O trabalho que contou com a especialista em artesanato Renata Piazzalunga abrangeu nove aldeias. De acordo com a consultora, os diagnósticos gerados apontam não só para a necessidade de melhorias dos produtos, como também para quais tipos de capacitações são necessárias para ampliar a renda dos artesãos, e ajudá-los a conquistar novos e mais qualificados mercados para a comercialização dos seus produtos. O extrativismo do capim dourado, bem como a matéria–prima extraída do buriti que ocorrem na região, estabelecem uma necessidade ainda maior de conservação do cerrado por ser o ambiente no qual estes materiais estão inseridos. 

Para além das condições para produção, é certo que os indígenas não têm o conhecimento necessário para empreender da mesma forma que os moradores das grandes metrópoles. Mas é importante lembrar que há uma interessante possibilidade de troca de sabedoria sobre matérias-primas e técnicas, e não apenas uma interferência no modo de fazerem as coisas.  

Após tantos séculos de exploração, saber trabalhar com povos tradicionais é muito importante, e pode abrir novos ares para o negócio de qualquer tipo de empreendedor, seja criando produtos ou simplesmente aprendendo novas formas de usar algum utensílio já existente em nosso mercado. 

A economia criativa também pode trabalhar com o passado 

A base da economia criativa é o estudo detalhado acerca de um tema em específico a fim de originar experiências ‘fora da caixa’, trazendo originalidade aos seus produtos e dando uma cara nova à algo que foi tão simples a vida toda. 

Sendo assim, nada melhor do que estudarmos os diversos tipos de artesanato existentes ao redor de nosso imenso país. Cada povo utiliza uma matéria-prima natural de sua região, criando assim uma mão de obra qualificada e sustentável, que dificilmente se esgotará ou ‘sairá de moda’. Além do mais, imprimirá em seu produto final muito mais do que beleza, mas também representatividade e significado; fatores que são valorizados comercialmente e muitas vezes faltam em nosso mercado. 

E, assim como os Xerentes, existem inúmeros grupos Brasil afora que necessitam de parcerias justas e saudáveis para melhor desenvolver suas ricas tradições de uma forma rentável e empreendedora.  

Em um mundo tão globalizado e tecnológico como o nosso, é comum sentirmos uma urgência quase vital de estarmos sempre um passo à frente do nosso próprio tempo. Mas e se ao invés de olharmos para a frente, começássemos a valorizar mais as nossas tradições históricas? 

Não se esqueça que o verdadeiro empreendedor sempre olha além do horizonte, e o Sebrae pode te ajudar a se inspirar com diversos cursos e conteúdos de seu portal. Conte sempre com a gente para pensar fora da caixa e ajudar a transformar o mundo em um lugar cada vez melhor! 

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