O e-commerce funciona hoje em inúmeros canais, e plataformas headless oferecem solução para manter operação que roda em diversos ambientes virtuais.
Hoje, o comércio eletrônico está cada vez mais presente em outros canais como marketplaces, Instagram, WhatsApp, smartwatches e mesmo dispositivos como a Alexa. Por isso, as plataformas headless surgem como uma resposta à complexidade crescente do e-commerce já que hoje não basta criar um site para uma loja virtual.
Uma loja virtual tradicionalmente tem duas partes. A primeira é o front end, também considerada a cabeça, é a parte que fica visível para os consumidores, como uma vitrine. O back end seria o corpo, onde acontecem todas as operações que tornam possível o comércio eletrônico, desde o controle de estoques, administração dos pedidos e pagamentos, logística de entregas etc. Elas costumam funcionar interligadas, mas em plataformas headless (termo que pode ser literalmente traduzido por sem cabeça) são totalmente independentes.
Assim, em uma plataforma headless o front end pode ser construído de forma independente para rodar em diversos ambientes virtuais, como computadores pessoais, celulares, marketplaces etc. Ele se comunica com o back end usando APIs (interfaces de programação de aplicação), um conjunto de regras específicas que possibilitam essa comunicação.
Essa versatilidade é extremamente útil para negócios com diversos pontos de contato on-line, como em estruturas omnichannel. Cada ponto de contato pode ter a sua própria interface específica, com todas usando um único backend, que fornece um sistema seguro e escalável para processar e gerenciar as transações em tempo real.
Com uma abordagem mais flexível e escalável, as plataformas headless surgem prometendo maior autonomia da empresa em relação aos fornecedores de tecnologia. Entre as várias vantagens das plataformas headless, destacamos:
- Flexibilidade: maior liberdade para criar experiências de compra únicas.
- Escalabilidade: maior facilidade para atender a demandas crescentes do negócio.
- Experiência do usuário melhorada: o front end pode ser otimizado e personalizado para múltiplos dispositivos e diferentes públicos-alvo.
- Melhor desempenho: permite que back end e front end sejam otimizados independentemente.
- Maior vida útil: por causa da separação, o front end pode evoluir para qualquer nova tecnologia sem que seja preciso substituir o back end, preservando o investimento.
Mas, as plataformas headlless também apresentam algumas desvantagens. São elas:
- Maior custo de desenvolvimento: pode exigir um maior investimento do que com a arquitetura “monolítica” tradicional por necessitar de expertise técnica adicional.
- Maior complexidade técnica: necessita de conhecimentos mais profundos sobre APIs, desenvolvimento web, integração de sistemas e multiplataformas, e sua manutenção é mais complexa.
- Questões de integração: integrar sistemas e APIs diversos pode ser uma tarefa de difícil solução.
- Riscos de segurança: a arquitetura pode apresentar maiores riscos de segurança sem medidas adequadas para proteger as APIs e integrações.
- Desempenho: pode ser afetado no caso de problemas com os tempos de resposta das APIs ou de conectividade da rede.
- Aprisionamento pelo fornecedor: a dependência de APIs ou sistemas proprietários pode resultar em aprisionamento tecnológico, dificultando a troca para outra plataforma ou fornecedor, no futuro.
Como a tecnologia headless ainda é nova, pode-se esperar que no futuro várias dessas desvantagens sejam vencidas. Afinal, usar uma plataforma headless significa atingir vários públicos diferentes ao mesmo tempo, e isso pode gerar resultados muito compensadores.
O Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) está disponível para ajudar empreendedores que desejam implementar plataformas headless para seus negócios. Procure a unidade de seu estado ou entre em contato com a nossa Central de Relacionamento pelo telefone 0800 570 0800.
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