A empreendedora que já foi sacoleira e feirante, que encontrou sua sina na panificação. Sempre acreditou no que faz e não se curva para as dificuldades.
A Sra. Maria Elma Nogueira Parente, nasceu em 03/08/1958, estudou até o ensinamento Fundamental Completo. De família carente mais com muita garra, no ano de 1985 se aventurou como sacoleira, vendendo confecções de porta em porta. Aproveitou a oportunidade e foi vender nas feiras regionais e romarias da circunvizinhaça, inclusive indo até Canindé no norte do Ceará.
Oriunda de uma família que tinha envolvimento com panificadoras, o sogro era dono de uma padaria no entanto o esposo aprendeu a arte de padeiro. Percebendo o grande esforço para vender nas feiras do Ceará e Estados circunvizinhos. Decidiu vender pão carioquinha em balaio em 2002. Este foi o início de um negócio promissor, o qual deu origem a Panificadora Nova Parente, conhecida hoje como Padaria da Dona Elma.
A venda de pães em balaio no passado era uma coisa comum em Juazeiro do Norte e outras cidades, o que se vê muito raramente nos dias de hoje, principalmente que em quase todos os bairros tem um ponto que vende pães. Nestes pontos os empresários compram o pão congelado e aquecem num forno, ofertando para a clientela do bairro o pão quentinho. Tendo-se por único equipamento para esta confecção um forno, que aquece e assa o pão congelado.
Percebendo que o negócio tinha futuro, alugou em 2005 um ponto comercial na Rua José de Alencar, adquiriu fiado de um amigo um forno a lenha e uma divisora. Com estes equipamentos poderia produzir e assar seu próprio pão, que era amassado em uma bacia de alumínio manualmente. De cada vez somente conseguia amassar 5 quilos, uma trabalheira grande para produzir os produtos que ofertaria: pães, bolos e biscoitos. Isto a levou a não medir esforço para adquirir uma masseira, a qual pode ser adquirida 4 meses depois, momento que havia pago a dívida existente.
Com a masseira a produção ampliou bastante, o que possibilitou a aquisição de um imóvel na Rua Da Paz, 637, Santa Tereza, Juazeiro do Norte. Local onde poderia evitar de pagar aluguel, isso foi em 2005. Era uma casa de taipa, com aproximadamente 8 metros de frente e 20 de fundos. Neste local iniciou a construção do ponto para a padaria e a residência nos fundos, o que 6 meses depois pode ser concluído e se mudou para seu próprio estabelecimento comercial.
Levou seus equipamentos para o novo ponto comercial e fez o negócio funcionar, transformado o negócio na padaria da Dona Elza, mesmo nome que trouxe da R. José de Alencar, como é conhecida até hoje. Mesmo sendo um negócio não tão sofisticado não deixa faltar os produtos que uma padaria precisa ofertar. As vitrines estão sempre sortidas todo tipo de pão, vários sabores de bolos e uma variedade de biscoitos. O funcionamento do negócio inicia Às 5 horas da manhã e vai até às 10 horas da noite. Por ser uma empresa familiar as tarefas são divididas, o que possibilita toda esta situação.
D. Elma atua no atendimento aos clientes, e ainda cuida dos afazeres da casa, pois mora na partes posterior da padaria. É uma pessoa de grande empatia, otimista aos extremo e que não ver dificuldade em nada. Sempre pronta para superar os empecilhos. Estes ensinamentos passa para os filhos e netos.
Mesmo com a crise brasileira iniciada em 2015, como praticamente somente vende à vista, e tendo poucos fiados, não sentiu a crise como muitas outras empresas. O consumo diminui, mas diz: “não gosto de comprar a prazo, compro tudo em sua maioria à vista. Se comprar com prazo, o máximo que aceito é 15 dias. Mesmo assim negócio o preço do dia, sem juros”. Mesmo neste período de crise, adquiriu 5 terrenos, os quais serão para os filhos.
Num destes terrenos, o filho que também é padeiro montará uma padaria, que se situará à R. Maria Ademir Bezerra de Mendonça. A previsão é iniciar as atividades no meio do ano de 2018. Espera deixar muitas lições de vida para os filhos, pois será o seu legado! Os familiares a admiram por tanto otimismo. Não existe problema que a mesma não possa dar conselhos e caminhos de solução. “Não é aceitável ser negativista, pra tudo há solução”, afirmar D. Elma.
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