Empreendimento de confecção de bolsas criado pela mãe e as duas filhas em 1991 segue se reinventando e fazendo sucesso até os dias de hoje
Crédito: Thais Lima
Texto: Lucas Borba
Criada a partir dos nomes das três sócias (Fernanda, Ana e Glaydes), a F.A.G surgiu em 1991 após a demissão de Fernanda Custódio de seu emprego, o que a fez ter a ideia e convidar a mãe e a irmã a começarem o negócio. A empresa de moda autoral vem produzindo produtos exclusivos desde então e já é um nome conhecido para além das fronteiras de Pernambuco.
Para conseguir se reinventar e se manter atual durante tanto tempo, a F.A.G opta pela produção local de suas peças e com foco em produtos que sejam duradouros e que possam criar um vínculo com seus clientes, diferenciando-se da moda rápida e descartável. “Essa expectativa de uma relação duradoura com as peças, aliada a um design atemporal e culturalmente referenciado, contribuem para nossa permanência no mercado como produto clássico e sempre atual, seguindo já há muito tempo a tendência de ir na contramão do que é efêmero e descartável”, afirma Fernanda.
Sobre o papel da mãe no negócio, Fernanda comenta que é muito sobre gerenciar conflitos e dar os conselhos necessários no momento preciso. “Quem não gosta de ter um colo de mãe por perto quando a coisa aperta, né?”, brinca.
O Sebrae vem contribuindo com a F.A.G desde o início, ajudando na profissionalização do negócio e também pensando em novas formas de faturamento em momentos difíceis, como na pandemia, quando a empresa começou a produzir máscaras com seu estilo próprio e ajudou muito em tempos tão complicados.
Lidando com questões de expansão e sucessão, a família tem planos de que a F.A.G continue no mercado por mais vários anos. Mesmo que talvez não administrada por suas criadoras. “Uma marca genuinamente pernambucana, nascida na efervescência dos anos 1990, que conseguiu ir além dos seus criadores”, comenta Fernanda.
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Entre os anos 2020 e 2022, por exemplo, foram abertos 343 mil novos salões de beleza. Inclusive, comparando os meses de junho de 2020 e de junho de 2022, houve um crescimento de 63,3% da quantidade de CNPJs criados na área de estética. Hoje, o Brasil é o quarto maior mercado de beleza, considerando países do mundo inteiro. Segundo a Associação Brasileira da Indústria, Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (ABIHPEC), apenas em 2022, o setor teve uma evolução de 13,2%. Além disso, a Associação Brasileira de Franchising (ABF) registrou, no balanço do mesmo ano, que as franquias do setor de beleza alcançaram um crescimento de 21,5%. Ou seja, oportunidades não faltam para quem deseja abrir as portas e começar a empreender no nicho, aproveitando que o mercado está muito aquecido. Entretanto, não podemos esquecer que, mesmo diante de um cenário promissor, é essencial ter habilidades e conhecimentos em gestão para saber como administrar um salão de beleza. Afinal, é esse know-how que vai garantir a estabilidade do negócio, gerando diferenciais e preservando a sua capacidade de superar a concorrência. Qual é a importância da boa administração de um salão de beleza? A inserção no mercado de salões de beleza não é difícil. Normalmente, o investimento é baixo, e o acesso à formação e à capacitação é facilitado. Por isso, é até bastante comum que essa atividade seja desenvolvida de maneira informal. No entanto, ainda é imprescindível saber como administrar um salão de beleza, haja vista que estamos falando de uma empresa como qualquer outra. Ou seja, empreendimentos desse segmento também têm os seus custos operacionais e precisam igualmente observar a legislação vigente para preservar a regularidade da operação. Nesse sentido, é imperativo manter um adequado controle das finanças e do estoque, entender como o marketing pode se tornar um aliado, dominar os principais aspectos relativos à precificação de produtos e de serviços, entre outros detalhes essenciais. O intuito é assegurar que o estabelecimento será organizado e terá um bom faturamento. Além disso, é essencial apresentar diferenciais para o salão de beleza se destacar da concorrência. Portanto, saber como gerenciá-lo da melhor forma é indispensável para atrair a atenção do público-alvo, manter a agenda sempre cheia e, claro, oferecer um serviço de excelente qualidade. Como administrar um salão de beleza? Agora, mostraremos algumas dicas de como administrar um salão de beleza da maneira adequada para você ser bem-sucedido na condução do seu empreendimento. Confira! Faça parcerias Apesar de o trabalho em um salão de beleza ser bastante focado no profissional responsável, pode ser difícil crescer no segmento sem estabelecer parcerias. Então, uma boa alternativa, por exemplo, é ter parceiros encarregados de serviços que estão fora da sua especialidade e/ou do fornecimento de produtos que poderão ser comercializados no seu estabelecimento ou utilizados no atendimento à clientela. Entretanto, lembre-se de que é preciso ter um extremo cuidado com as marcas que você associará à imagem do seu salão de beleza. Afinal, uma escolha equivocada pode prejudicar a imagem do empreendimento e provocar um efeito adverso em um processo que deveria ser benéfico para a empresa. Participe de eventos Outro ponto importante da administração de um salão de beleza envolve a participação em eventos. Inclusive, há um leque muito amplo de oportunidades para quem é empreendedor do ramo. Existem inúmeros congressos, cursos e outros tipos de encontros promovidos por marcas e/ou por profissionais de referência. Aliás, nesses espaços, você terá a oportunidade de encontrar bons parceiros de negócios e de trabalhar o networking para eventuais contatos futuros. Ainda seguindo a linha de raciocínio, outra possibilidade envolve a participação em eventos sociais. Trata-se de uma excelente oportunidade de mostrar o seu trabalho para o público-alvo e até de conquistar novos clientes. Ou seja, marcar presença funcionará como uma estratégia de marketing para o seu salão de beleza. Até porque, ainda que você não tenha ganhos diretamente com o evento, será viável colocar a sua marca em evidência e atrair olhares, ampliando o alcance de pessoas do empreendimento. Escolha bem o seu ponto O ponto é algo que precisa ser escolhido a partir de um estudo bem-feito. Muitas pessoas têm dúvidas no que diz respeito à decisão ideal, já que, aparentemente, espaços localizados dentro de shoppings ou de centros comerciais parecem ser as melhores — e, portanto, únicas — alternativas. Contudo, isso não é uma verdade absoluta. De modo geral, a definição do ponto deve estar estreitamente alinhada com o público que você pretende atender no seu estabelecimento. A propósito, é muito comum encontrarmos salões de beleza que se "acomodaram" dentro de um bairro e crescem atendendo apenas aos moradores daquela região. No entanto, também existem aqueles que expandiram tanto que passaram a receber clientes de outras localidades. Inclusive, esse é um cenário típico de cidades pequenas, que ocorre quando um profissional começa a se destacar. Outro fator a ser levado em consideração se refere à concorrência que já está instalada naquele local. Além disso, você precisa voltar a sua atenção à qualidade do imóvel no qual cogita se instalar. Tenha em mente que é indispensável optar por um espaço adequado para atender ao volume de clientes que chegarão até o seu estabelecimento, oferecendo o máximo possível de conforto e de comodidade. Como, em alguns casos, quem está consumindo os seus serviços precisa ficar muito tempo no salão, é imprescindível entregar uma boa experiência no local. Cuide da experiência do cliente Aliás, aproveitando o gancho do tópico anterior, também é essencial ter atenção à experiência oferecida ao cliente no empreendimento. De maneira geral, o conceito engloba o tipo de atendimento prestado, a qualidade da infraestrutura e o nível de excelência do serviço. Por exemplo: você pode gostar (ou não) da marca, mas concorda que, ao comprar um aparelho da Apple, o cliente sempre é surpreendido, desde o momento em que abre a caixa do produto, com uma experiência que vai além das suas expectativas? A verdade é que tudo é projetado pensando na emoção que o consumidor sentirá ao começar a manusear o dispositivo. Estamos falando de um contexto extremamente clássico da experiência do cliente — e é nisso que você deve investir no seu negócio. Portanto, olhe para dentro do seu estabelecimento e veja o que pode ser melhorado para garantir que o seu cliente terá uma experiência única. Além disso, capriche no conforto oferecido e na decoração do ambiente, sempre levando em conta o que o fará querer voltar várias vezes ao seu espaço. Aposte em um atendimento de qualidade Não há como oferecer uma boa experiência para o cliente sem entregar um atendimento de qualidade. Da mesma maneira, é impossível imaginar um negócio realmente bem-sucedido em que os responsáveis por lidar diretamente com o público não tiveram cuidado com a forma como o fizeram. Por isso, além de aprender os elementos-chave inerentes a uma boa gestão para saber como administrar um salão de beleza, é essencial dar o máximo de atenção a esse aspecto. O mais recomendável é investir continuamente em cursos e em treinamentos que ensinam como conduzir um atendimento de excelência, de modo a encantar a sua clientela e, claro, oferecer a melhor experiência possível. Ofereça diversas formas de pagamento Outro ponto que merece destaque — e ao qual você precisa ter atenção quando se trata de como administrar um salão de beleza pequeno, médio ou grande — é a oferta de diversas formas de pagamento. A medida permite que eventuais barreiras que geralmente fazem os clientes desistirem de consumir algum serviço no seu estabelecimento sejam "derrubadas". A propósito, a diversificação traz mais oportunidades de negócio para o seu salão de beleza e, ao mesmo tempo, também é uma forma de oferecer uma experiência positiva ao público. Afinal, a iniciativa implica o aumento do seu poder de decisão. Agregue valor e diferencie os seus produtos e serviços Outra ação indispensável envolve agregar valor aos seus produtos e serviços. Em outras palavras, isso significa que, no intuito de encantar os seus clientes, o estabelecimento deve adotar a política de sempre oferecer mais valor utilitário do que o valor monetário que foi pago por eles. Simplificando, a ideia é de que você venda, por exemplo, não somente um corte de cabelo, mas, sim, um procedimento estético que vai elevar a autoestima da clientela e fazê-la vivenciar a sua melhor versão. Percebeu a diferença?! Quando adotamos essa mentalidade, não estamos tratando o corte apenas como um serviço, mas, na verdade, como uma solução que vai trazer algum tipo de impacto positivo para a vida do cliente. A proposta é que o seu salão de beleza traga esse valor para as pessoas, fazendo realmente a diferença. Com essa finalidade em mente, o passo inicial é estudar os seus clientes e avaliar o que é verdadeiramente valorizado por eles. Às vezes, é necessário ter um custo adicional para agregar essa diferenciação e inovar. Porém, o ganho que pode ser auferido é consideravelmente maior. Além disso, essa agregação de valor aos seus produtos e serviços facilita o marketing boca a boca, que é uma das estratégias mais fortes de divulgação do seu negócio. Afinal, não há nada mais poderoso do que uma boa indicação feita por um conhecido. O contrário, porém, também é uma verdade. Ou seja, quando um consumidor não fica satisfeito com o atendimento e com o serviço prestado, faz esse mesmo trabalho de divulgação — com a mesma intensidade —, mas de forma negativa, prejudicando severamente a imagem da empresa. Acerte na precificação Outro fator que demanda muito cuidado diz respeito à precificação dos seus produtos e serviços. Para tanto, é preciso analisar dois elementos. Então, inicialmente, conheça todos os seus custos e as suas despesas — tanto os fixos quanto os variáveis. A soma de todos esses valores vai indicar quais são os seus gastos operacionais. Ou seja, quanto dinheiro o seu salão de beleza precisa faturar todos os meses para conseguir manter as contas em dia. Nesse momento, é altamente recomendável levar o seu salário em conta também. Assim, você chegará a um valor mínimo que poderá ser cobrado pelos seus serviços. Feito isso, avalie o mercado da sua região. Afinal, não adianta fazer todo o trabalho de levantamento desses dados e chegar a um preço que esteja totalmente fora da média cobrada nos outros salões de beleza. Inclusive, essa regra vale tanto para os preços altos quanto para os baixos. Mesmo que você tenha condições de praticar valores inferiores na comercialização dos seus produtos e serviços, é fundamental que eles sempre flutuem de acordo com a média do mercado. Na prática, cobrar pouco, ainda que não gere prejuízos, pode despertar algum receio no público-alvo acerca da qualidade do trabalho desenvolvido pelo empreendimento. Lembre-se de que muitas pessoas associam o preço cobrado com o nível de excelência percebido nos serviços prestados. Então, um valor muito baixo tenderia a gerar desconfiança no que se refere ao seu profissionalismo. Selecione parceiros que agreguem valor Voltando à seleção de parceiros, você precisa escolher empresas e/ou profissionais que agreguem valor ao seu negócio. Ter marcas de sucesso aliadas ao seu estabelecimento gera mais autoridade e confiança aos olhos dos clientes. Além disso, contratar colaboradores reconhecidos no mercado pode ser um grande diferencial para o seu estabelecimento, proporcionando uma visão mais profissional e qualificada do negócio. Inclusive, também é viável firmar parcerias com profissionais que ofereçam algum tipo de serviço diferente do que é encontrado nos demais espaços do nicho. Assim, o seu empreendimento terá algo exclusivo, que o destacará perante a concorrência. Conte com uma boa agenda Essa é uma das mais importantes dicas de como administrar um salão de beleza, já que esse tipo de estabelecimento costuma ter horários diferentes das empresas de outros ramos. Afinal, é preciso atender à necessidade do cliente. De modo geral, as pessoas procuram os salões de beleza não somente no dia a dia, mas, em muitos casos, quando há eventos especiais. Casamentos, aniversários, formaturas e outras datas de celebração são excelentes oportunidades para o faturamento de um salão. O "problema" é que, geralmente, os eventos acontecem nos fins de semana. Portanto, é altamente recomendável manter uma boa agenda de horários, prezando pela flexibilidade, de acordo com o tipo de serviço que o seu estabelecimento oferece. Ou seja, leve em conta a necessidade e a expectativa do seu público-alvo. No entanto, não se esqueça de que você também precisa de um tempo de descanso. Então, procure organizar os seus horários para que eles sejam compatíveis com os do seu público, mas reserve um período de folga para que você também possa se dedicar a questões pessoais, preservando a satisfação profissional. Tenha um bom controle financeiro Essa é uma dica que não se limita à administração de salões de beleza, mas, na verdade, é aplicável à gestão de qualquer outro tipo de estabelecimento. Afinal, o controle financeiro é a base para a sobrevivência de qualquer negócio, já que o faturamento precisa cobrir as despesas e ainda trazer lucro. Um detalhe muito importante se refere à separação daquilo que é da empresa e daquilo que é pessoal. As despesas e as contas do salão não devem ser misturadas com as do proprietário. Ou seja, o caixa do empreendimento não pode ser utilizado como fonte para retiradas no intuito de resolver aspectos pessoais. Foi justamente por isso que explicamos que, entre as despesas fixas e variáveis, deve ser considerado também o seu salário. Você precisa contar apenas com esse valor e definir um dia certo para fazer a retirada do montante, pois as contas precisam ser administradas de forma separada. A propósito, é interessante ter uma conta bancária jurídica para o seu salão de beleza — separada da sua conta pessoal. Assim, não haverá uma confusão entre os valores. Mesmo que você recorra ao papel e à caneta, já será um excelente começo. O importante é fazer o registro de todos os valores que entram e que saem e fechar o caixa no final do dia para identificar o faturamento. Aposte no marketing As pessoas precisam saber que o seu salão de beleza existe, e isso só é possível quando há investimentos em marketing. Nesse caso, uma boa pedida é ir além dos panfletos. Esteja presente nas redes sociais também, já que, atualmente, grande parte do público usa muito a Internet para buscar referências. Outra excelente iniciativa é mostrar o resultado do seu trabalho, falando também sobre os tipos de procedimentos disponíveis. Além disso, dê algumas dicas de cuidados com os fios no dia a dia. Assim, pouco a pouco, você vai transmitindo o seu conhecimento — e senso de profissionalismo — e ganhando a confiança das pessoas. Como os salões de beleza costumam ter uma atuação mais local, também é interessante apostar no Google Meu Negócio. Com ele, é possível colocar o nome do seu estabelecimento na lista de opções para quem fizer buscas pela região. Ainda nesse contexto, não se esqueça de que as estratégias de marketing precisam ser elaboradas de acordo com o perfil do seu público-alvo. A intenção é "falar a língua" dessas pessoas para que elas se identifiquem com o seu estabelecimento e confiem realmente nele. Percebeu como administrar um salão de beleza corretamente é fundamental para ter sucesso nesse tipo de empreendimento? Agora, mantenha em mente que, tão indispensável quanto uma boa gestão, é sempre pensar na experiência do público, levando em consideração os seus hábitos de consumo e o seu perfil de compra. Quer descobrir como alavancar o seu estabelecimento? O Sebrae/PE disponibiliza cursos, consultorias e outros serviços para você aprender a realizar a melhor gestão do seu salão de beleza! Fale conosco! Confira também esse vídeo que separamos para te ajudar a identificar as forças e fraquezas de sua empresa, e monte estratégias ainda mais assertivas para transformar seus resultados!
June, 2024
8 golpes que atingem o MEI
Quando se trata de golpe, o MEI também pode ser vítima — assim como muitas outras categorias de empresas, profissionais e assim por diante. No entanto, isso não deve ser um fator que desencoraje você a se formalizar ou a seguir com seu empreendimento. Registrar-se como Microempreendedor Individual (MEI) é uma excelente opção para quem é autônomo e deseja se formalizar. Nessa modalidade, você tem direito a benefícios previdenciários, pode emitir nota fiscal, tem acesso a linhas de crédito especiais e outras facilidades. Para operar com segurança, é importante conhecer os principais golpes que atingem o MEI. Afinal, quanto maior for o seu grau de informação, menor será a probabilidade de cair em um deles. Neste artigo, você pode conferir oito exemplos notórios, além de dicas para se proteger. Continue a leitura para saber mais! Formalização de empreendedores: expansão e características O número de microempreendedores individuais aumentou bastante nos últimos anos — especialmente durante a pandemia, quando as oportunidades de trabalho se tornaram mais escassas. Nesse contexto, muitas pessoas se viram forçadas para fora da zona de conforto e, então, começaram a buscar ideias para empreender. Para se formalizar como MEI, é necessário faturar até R$ 81 mil por ano e não pode participar de outra empresa como sócio ou titular. Com o pagamento mensal do DAS (Documento de Arrecadação do Simples Nacional), é possível garantir os benefícios previdenciários. O microempreendedor individual pode contratar um empregado, que receba um valor correspondente ao salário-mínimo ou ao piso estipulado pela categoria. Além disso, é importante que a função escolhida pelo empreendedor faça parte da lista de atividades permitidas. Golpes que atingem o MEI: conheça 8 deles O que é ótimo para a economia pode ser a chance perfeita para criminosos que buscam formas de lucrar, enganando quem deseja realizar o sonho de levar o próprio negócio ao sucesso. Os golpistas criam páginas falsas para aplicar golpes nos MEIs, por exemplo, tirando dinheiro das vítimas e roubando informações pessoais. Esses dados são utilizados para cometer outras fraudes. Portanto, é fundamental ter muita atenção para não cair em golpes. Saiba, a seguir, oito dos principais golpes que têm como alvo os microempreendedores individuais. 1. Boletos de cobranças indevidas Nessa modalidade de golpe, os fraudadores enviam cobranças indevidas por e-mail ou correspondência, como boletos de registro de domínio na Internet (endereço de site), por exemplo. Esses boletos geralmente vêm com o logotipo da Caixa Econômica Federal e valores cobrados baixos, além de uma observação indicando que o pagamento é facultativo. O objetivo é arrancar dinheiro do empreendedor sem que ele desconfie. Muitas vezes, o MEI acaba efetuando o pagamento do documento por falta de conhecimento, mesmo que não tenha um site. Outra variação desse golpe é o envio de boletos sob o pretexto de que o empreendedor precisa pagar algum tipo de taxa relacionada à associação com entidades da classe ou fazer alguma contribuição mensal. 2. Sites falsos de abertura do MEI A formalização do MEI é sempre feita pelo portal Gov.br, de forma gratuita. Então, desconfie e evite qualquer oferta que fugir desse padrão. É comum que golpistas criem sites falsos, que se parecem muito com o original, para ter acesso a informações pessoais e tirar dinheiro das vítimas. Os estelionatários usam o logotipo do Governo Federal para dar um toque de realidade à página da web e induzem o empreendedor a acreditar que é preciso pagar uma taxa para abrir a empresa. Em alguns casos, mesmo que o pagamento seja feito, o CNPJ não é registrado. Existem, também, sites de empresas que oferecem o serviço de assistência para a abertura da empresa, mas que cobram valores muito acima do mercado, tornando o processo caro e inviável. 3. E-mails com solicitação de retificação Fraudadores costumam enviar e-mails solicitando que o microempreendedor faça correções na Declaração Anual do Simples Nacional do MEI (DASN SIMEI), ou informando sobre pendências em sua declaração de Imposto de Renda. Eles aproveitam para incluir links e anexos maliciosos para infectar seu computador e obter acesso aos seus dados pessoais e bancários. Mas você pode identificar quando essas mensagens são fraudulentas observando o endereço de e-mail de onde elas foram enviadas, que costuma ter um nome que não faz sentido. É importante lembrar que a Receita Federal não entra em contato por e-mail sem o consentimento do contribuinte. Todas as comunicações são realizadas por meio do Centro Virtual de Atendimento ao Contribuinte (e-CAC). 4. Falso auxílio empreendedor Devido à crise causada pela pandemia do Covid-19, muitos empreendedores enfrentaram dificuldades financeiras. Por essa razão, fraudadores começaram a oferecer, em nome do Sebrae, um suposto auxílio para ajudar empresas financeiramente. Para aplicar o golpe no MEI, os criminosos criaram sites e perfis falsos na internet. É importante lembrar que o Auxílio Emergencial foi uma iniciativa do Governo Federal. Portanto, quem estava apto a receber deveria se cadastrar por meio do portal oficial da Caixa Econômica Federal. Essa informação é útil para evitar cair em outros golpes. Afinal, você pode encontrar sites que oferecem linhas de crédito facilitadas para o MEI, ou que prometem acesso a benefícios que, na verdade, não existem. 5. Golpe DAS-MEI Nesse golpe, os criminosos enviam uma falsa guia do DAS (Documento de Arrecadação Simplificada) para o empreendedor MEI, contendo o logotipo do Simples Nacional e utilizando linguagem técnica para parecer legítimo. Eles ameaçam multar o MEI caso ele não faça o pagamento, e oferecem apenas a opção de pagamento via Pix. Para evitar cair nesse golpe, o MEI deve lembrar que o DAS verdadeiro não é enviado pelo correio, e que é responsabilidade dele próprio acessar o sistema e pagar o imposto dentro do prazo. Existem quatro formas de pagamento disponíveis: boleto, aplicativo MEI, pagamento online (somente para clientes do Banco do Brasil) e débito automático. Além disso, é importante prestar atenção ao valor que está sendo cobrado, já que os valores do DAS MEI em 2023 são diferentes para cada tipo de atividade exercida. Caso receba uma guia com valores diferentes do esperado, o MEI deve descartá-la imediatamente. 6. Empréstimo falso Nessa situação, os criminosos entram em contato com microempreendedores por meio de canais como: WhatsApp; SMS; ligação telefônica; redes sociais. A partir disso, fazem propostas de supostos empréstimos vantajosos, com juros mais baixos do que estão sendo praticados pelo mercado. A mensagem enviada costuma conter um link. Caso a vítima clique nesse endereço eletrônico, ela é direcionada a um chat, onde vai ser solicitada a enviar os documentos pessoais. Aqui já começa o golpe no MEI, que poderá ter os seus dados utilizados de forma fraudulenta. Além disso, os golpistas exigem o pagamento de uma quantia em dinheiro para liberar o empréstimo em algumas horas. O problema é que isso nunca acontece, e a vítima fica no prejuízo. 7. Falsos fornecedores de produtos e serviços Esse tipo de golpe envolve a oferta de produtos e serviços, incluindo aqueles que já foram mencionados em outros golpes, como a cobrança de taxas para abrir o CNPJ ou para fornecer informações que estão disponíveis gratuitamente na internet. Os golpistas podem oferecer ajuda para cumprir as obrigações do MEI. Como mencionado anteriormente, é possível encontrar golpistas que prometem liberar linhas de crédito mais facilmente para o microempreendedor. 8. Golpe da DECORE Esse é um dos tipos de golpe no MEI que envolvem linhas de crédito. Nesse caso, os golpistas entram em contato com o microempreendedor informando que está liberado um crédito de determinado valor e se a pessoa teria interesse. Para receber o dinheiro, seria necessário obter uma DECORE registrada (ou seja, uma Declaração Comprobatória de Percepção de Rendimentos). Ao entrar em contato com o escritório de contabilidade, o MEI é informado de que esse tipo de documento não existe. Os golpistas, por sua vez, fornecem o contato de um escritório que emite a DECORE. A vítima segue todo o processo e paga para obter a declaração e liberar o dinheiro em sua conta. Quando tenta entrar em contato com a instituição financeira, não recebe resposta e também não consegue falar mais com o escritório de contabilidade que emitiu a DECORE. Prevenção: confira dicas para não cair em golpes Depois de conhecer os tipos de fraude mais frequentes, é necessário entender melhor como evitar armadilhas. Reunimos algumas dicas para ajudar você a se prevenir. Verifique a segurança do site Sempre que acessar um site, verifique se há um cadeado antes do endereço, indicando que aquela página da web é segura. Em seguida, analise se o site termina com gov.br. Cabe ressaltar que todos os portais do governo têm essa terminação. Faça renovações pelos canais oficiais Caso você receba um boleto de renovação de domínio ou qualquer outra cobrança por e-mail ou via Correios, desconsidere. Se você for proprietário de um website, deve renovar o seu domínio diretamente na página do registro.br ou da empresa que você contratou o serviço. Desconfie de cobranças e pedidos de documentos Compreenda que o registro do MEI é grátis, fácil e sem burocracia. Em poucos minutos, você consegue obter o seu CNPJ. Desse modo, é possível realizar todo processo por conta própria. Tudo é feito de forma digital, sem a necessidade de enviar documentos. Se alguém cobrar algum valor para efetuar o serviço, você saberá que se trata de um golpe. Tenha atenção com links, downloads e senhas Não clique em links ou faça o download de arquivos enviados por remetentes desconhecidos, pois eles podem conter vírus. Nunca forneça senhas ou informações pessoais por e-mail, SMS, ligação telefônica ou WhatsApp. Conheça as obrigações do MEI Entenda que o único pagamento que o empreendedor deve efetuar mensalmente refere-se à guia DAS. Ela vence todo dia 20 e serve para a arrecadação de impostos. Além disso, o primeiro pagamento é realizado apenas no mês seguinte. Por exemplo: se você se registrou em abril, só começará a pagar em maio. Sendo assim, ignore qualquer outro tipo de cobrança. Cuidado com ofertas de crédito Caso você precise de linhas de crédito ou empréstimos, procure por empresas que já estão consolidadas no mercado. Tenha bastante cuidado na hora de fazer a solicitações pela internet, para ter certeza de estar no site oficial dessas empresas. Se possível, prefira solicitar pessoalmente. Se você cair em algum desses golpes, é importante fazer o Boletim de Ocorrência (BO) presencialmente ou online. Leve todas as provas que tiver, tais como mensagens, e-mails, comprovantes de pagamento e assim por diante. Também é essencial entrar em contato com o banco para relatar o ocorrido e contestar os valores das transações efetuadas pelos fraudadores. Mudanças para o MEI: saiba as principais Em 2023, algumas alterações nas regras para MEIs já foram implantadas, enquanto outras têm prazo para acontecer. Por exemplo: para emitir notas fiscais, o cadastro já não é feito na prefeitura, e sim no sistema da Receita Federal. Todo MEI deve emitir o documento ao prestar serviços para pessoas jurídicas. Para evitar ser pego de surpresa, confira, a seguir, as mudanças mais relevantes. Novos valores de contribuição O MEI tem direito a benefícios, como auxílio-Brasil, auxílio-doença, aposentadoria e outros, quando realiza corretamente o pagamento da guia DAS — que precisa ser emitida todos os meses. O valor tende a mudar a cada ano, acompanhando os ajustes do salário mínimo no Brasil. Uma das mudanças no MEI 2023, que já foi implantada, é o novo valor de contribuição. Os atuais valores cobrados na guia DAS-MEI são: R$ 66,10 para quem trabalha com comércio e indústria — R$ 65,10 de INSS e R$ 1,00 referente ao Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS); R$ 70,10 para o MEI que atua como prestador de serviços — R$ 65,10 de INSS e R$ 5,00 relacionados ao Imposto Sobre Serviços (ISS); R$ 71,10 para quem exerce atividades ligadas ao comércio e serviços — R$ 65,10 de INSS, R$ 1,00 de ICMS e R$ 5,00 de ISS. Como mencionado, é essencial observar a quantia que está sendo cobrada. Caso você receba uma guia com valores diferentes dos que foram citados, o correto é descartá-la imediatamente. Caminhoneiros Para o MEI caminhoneiro, o valor total da guia DAS muda de acordo com o CNAE registrado. Para 2023, valem as seguintes regras: R$ 161,24 para transportadores municipais de cargas (CNAE 4930-2/01); R$ 157,24 para caminhoneiros de cargas não perigosas (CNAE 4930-2/02); R$ 162,24 para transportador autônomo de produtos perigosos (CNAE 4930-2/03); R$ 164,40 para transportadores de mudanças (CNAE 4930-2/04). Formas de pagamento e impostos O DAS pode ser pago de quatro formas: boleto: você tem a opção de gerar um boleto e quitá-lo em bancos, lotéricas e caixas eletrônicos; app MEI: basta baixar o aplicativo MEI no seu smartphone para emitir o DAS e solicitar restituição, quando for preciso; pagamento online: essa é uma alternativa apenas para quem tem conta corrente no Banco do Brasil; débito automático: é possível acessar o site gov.br e ativar essa opção até o dia 10 do mês atual, para que a cobrança do DAS anterior seja realizada automaticamente. Embora o valor total da arrecadação tenha passado por mudanças, o percentual dos impostos continua o mesmo: INSS: 5% para MEI convencional e 12% para caminhoneiros; ICMS: R$ 1,00 para comércio e/ou indústria; ISSQN: R$ 5,00 para serviços. Aumento do limite de faturamento Uma das mudanças mais aguardadas para o MEI em 2023 é o aumento do limite de faturamento anual. Até o momento, o limite continua sendo de R$ 81 mil e ainda não há previsão de alteração. O Projeto de Lei Complementar PLP 108/21 está em tramitação no Congresso Nacional, com a proposta de aumentar o limite de faturamento para o teto de R$ 144,9 mil por ano, alterando a proposta inicial de R$ 130 mil. No entanto, ainda não há certeza sobre a aprovação da proposta. Mudança no nome empresarial Anteriormente, quem se registrava como microempreendedor individual tinha como padrão o nome empresarial composto pelo nome do titular seguido do seu CPF. Com o objetivo de proteger o empreendedor de possíveis golpes com seus dados, houve uma mudança nesse padrão. Agora, o nome empresarial se adequa à Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais. Então, as novas empresas registradas como MEI agora vêm com o nome completo do titular seguido pelo CNPJ que está sendo registrado. Isso não pode ser alterado, mas o empreendedor continua tendo liberdade para escolher o nome fantasia que quiser. Implantação do Emissor Nacional de Notas Fiscais de Serviços Antes, para fazer a emissão de notas fiscais de serviço, o MEI precisava procurar a prefeitura da cidade em que registrou o seu CNPJ para cadastrar os dados no sistema municipal. Esse sistema era acessado pelo empreendedor para fazer as emissões. No entanto, o governo está padronizando as notas de serviço emitidas pelo MEI. Para isso, está implantando o Emissor Nacional de Notas Fiscais de Serviços. Então, em vez de utilizar o sistema municipal, todos os MEIs prestadores de serviço deverão emitir suas notas por esse sistema nacional e padronizado. A mudança é obrigatória e estava prevista para ser implantada em abril de 2023, mas houve um adiamento do prazo para setembro de 2023. É importante destacar que o MEI que não se adequar a esse novo sistema não poderá emitir suas notas, já que os serviços oferecidos pelas prefeituras não serão mais válidos. A formalização como MEI proporciona muitas vantagens ao empreendedor, mas é preciso ficar de olho para administrar o seu negócio com segurança e evitar fraudes. À medida em que o número de empresas aumenta, as ocorrências de golpe no MEI também tendem a crescer. Nesse sentido, é fundamental buscar conhecimento, para não ser vítima de terceiros. Gostou do conteúdo? Tem outras dúvidas sobre o MEI? Confira o mateiral completo com as principais informações sobre essa modalidade de empreendedorismo. Gostou do conteúdo? Estar ligado nos golpes faz você evitar situações difíceis para o seu negócio. E pensando nisso, separamos um vídeo sobre modelo de negócio eficiente, confira:
June, 2024
Jornada MEI: 8 golpes que atingem o MEI
Quando se trata de golpe, o MEI também pode ser vítima — assim como muitas outras categorias de empresas, profissionais e assim por diante. No entanto, isso não deve ser um fator que desencoraje você a se formalizar ou a seguir com seu empreendimento. Registrar-se como Microempreendedor Individual (MEI) é uma excelente opção para quem é autônomo e deseja se formalizar. Nessa modalidade, você tem direito a benefícios previdenciários, pode emitir nota fiscal, tem acesso a linhas de crédito especiais e outras facilidades. Para operar com segurança, é importante conhecer os principais golpes que atingem o MEI. Afinal, quanto maior for o seu grau de informação, menor será a probabilidade de cair em um deles. Neste artigo, você pode conferir oito exemplos notórios, além de dicas para se proteger. Continue a leitura para saber mais! Formalização de empreendedores: expansão e características O número de microempreendedores individuais aumentou bastante nos últimos anos — especialmente durante a pandemia, quando as oportunidades de trabalho se tornaram mais escassas. Nesse contexto, muitas pessoas se viram forçadas para fora da zona de conforto e, então, começaram a buscar ideias para empreender. Para se formalizar como MEI, é necessário faturar até R$ 81 mil por ano e não pode participar de outra empresa como sócio ou titular. Com o pagamento mensal do DAS (Documento de Arrecadação do Simples Nacional), é possível garantir os benefícios previdenciários. O microempreendedor individual pode contratar um empregado, que receba um valor correspondente ao salário-mínimo ou ao piso estipulado pela categoria. Além disso, é importante que a função escolhida pelo empreendedor faça parte da lista de atividades permitidas. Golpes que atingem o MEI: conheça 8 deles O que é ótimo para a economia pode ser a chance perfeita para criminosos que buscam formas de lucrar, enganando quem deseja realizar o sonho de levar o próprio negócio ao sucesso. Os golpistas criam páginas falsas para aplicar golpes nos MEIs, por exemplo, tirando dinheiro das vítimas e roubando informações pessoais. Esses dados são utilizados para cometer outras fraudes. Portanto, é fundamental ter muita atenção para não cair em golpes. Saiba, a seguir, oito dos principais golpes que têm como alvo os microempreendedores individuais. 1. Boletos de cobranças indevidas Nessa modalidade de golpe, os fraudadores enviam cobranças indevidas por e-mail ou correspondência, como boletos de registro de domínio na Internet (endereço de site), por exemplo. Esses boletos geralmente vêm com o logotipo da Caixa Econômica Federal e valores cobrados baixos, além de uma observação indicando que o pagamento é facultativo. O objetivo é arrancar dinheiro do empreendedor sem que ele desconfie. Muitas vezes, o MEI acaba efetuando o pagamento do documento por falta de conhecimento, mesmo que não tenha um site. Outra variação desse golpe é o envio de boletos sob o pretexto de que o empreendedor precisa pagar algum tipo de taxa relacionada à associação com entidades da classe ou fazer alguma contribuição mensal. 2. Sites falsos de abertura do MEI A formalização do MEI é sempre feita pelo portal Gov.br, de forma gratuita. Então, desconfie e evite qualquer oferta que fugir desse padrão. É comum que golpistas criem sites falsos, que se parecem muito com o original, para ter acesso a informações pessoais e tirar dinheiro das vítimas. Os estelionatários usam o logotipo do Governo Federal para dar um toque de realidade à página da web e induzem o empreendedor a acreditar que é preciso pagar uma taxa para abrir a empresa. Em alguns casos, mesmo que o pagamento seja feito, o CNPJ não é registrado. Existem, também, sites de empresas que oferecem o serviço de assistência para a abertura da empresa, mas que cobram valores muito acima do mercado, tornando o processo caro e inviável. 3. E-mails com solicitação de retificação Fraudadores costumam enviar e-mails solicitando que o microempreendedor faça correções na Declaração Anual do Simples Nacional do MEI (DASN SIMEI), ou informando sobre pendências em sua declaração de Imposto de Renda. Eles aproveitam para incluir links e anexos maliciosos para infectar seu computador e obter acesso aos seus dados pessoais e bancários. Mas você pode identificar quando essas mensagens são fraudulentas observando o endereço de e-mail de onde elas foram enviadas, que costuma ter um nome que não faz sentido. É importante lembrar que a Receita Federal não entra em contato por e-mail sem o consentimento do contribuinte. Todas as comunicações são realizadas por meio do Centro Virtual de Atendimento ao Contribuinte (e-CAC). 4. Falso auxílio empreendedor Devido à crise causada pela pandemia do Covid-19, muitos empreendedores enfrentaram dificuldades financeiras. Por essa razão, fraudadores começaram a oferecer, em nome do Sebrae, um suposto auxílio para ajudar empresas financeiramente. Para aplicar o golpe no MEI, os criminosos criaram sites e perfis falsos na internet. É importante lembrar que o Auxílio Emergencial foi uma iniciativa do Governo Federal. Portanto, quem estava apto a receber deveria se cadastrar por meio do portal oficial da Caixa Econômica Federal. Essa informação é útil para evitar cair em outros golpes. Afinal, você pode encontrar sites que oferecem linhas de crédito facilitadas para o MEI, ou que prometem acesso a benefícios que, na verdade, não existem. 5. Golpe DAS-MEI Nesse golpe, os criminosos enviam uma falsa guia do DAS (Documento de Arrecadação Simplificada) para o empreendedor MEI, contendo o logotipo do Simples Nacional e utilizando linguagem técnica para parecer legítimo. Eles ameaçam multar o MEI caso ele não faça o pagamento, e oferecem apenas a opção de pagamento via Pix. Para evitar cair nesse golpe, o MEI deve lembrar que o DAS verdadeiro não é enviado pelo correio, e que é responsabilidade dele próprio acessar o sistema e pagar o imposto dentro do prazo. Existem quatro formas de pagamento disponíveis: boleto, aplicativo MEI, pagamento online (somente para clientes do Banco do Brasil) e débito automático. Além disso, é importante prestar atenção ao valor que está sendo cobrado, já que os valores do DAS MEI em 2023 são diferentes para cada tipo de atividade exercida. Caso receba uma guia com valores diferentes do esperado, o MEI deve descartá-la imediatamente. 6. Empréstimo falso Nessa situação, os criminosos entram em contato com microempreendedores por meio de canais como: WhatsApp; SMS; ligação telefônica; redes sociais. A partir disso, fazem propostas de supostos empréstimos vantajosos, com juros mais baixos do que estão sendo praticados pelo mercado. A mensagem enviada costuma conter um link. Caso a vítima clique nesse endereço eletrônico, ela é direcionada a um chat, onde vai ser solicitada a enviar os documentos pessoais. Aqui já começa o golpe no MEI, que poderá ter os seus dados utilizados de forma fraudulenta. Além disso, os golpistas exigem o pagamento de uma quantia em dinheiro para liberar o empréstimo em algumas horas. O problema é que isso nunca acontece, e a vítima fica no prejuízo. 7. Falsos fornecedores de produtos e serviços Esse tipo de golpe envolve a oferta de produtos e serviços, incluindo aqueles que já foram mencionados em outros golpes, como a cobrança de taxas para abrir o CNPJ ou para fornecer informações que estão disponíveis gratuitamente na internet. Os golpistas podem oferecer ajuda para cumprir as obrigações do MEI. Como mencionado anteriormente, é possível encontrar golpistas que prometem liberar linhas de crédito mais facilmente para o microempreendedor. 8. Golpe da DECORE Esse é um dos tipos de golpe no MEI que envolvem linhas de crédito. Nesse caso, os golpistas entram em contato com o microempreendedor informando que está liberado um crédito de determinado valor e se a pessoa teria interesse. Para receber o dinheiro, seria necessário obter uma DECORE registrada (ou seja, uma Declaração Comprobatória de Percepção de Rendimentos). Ao entrar em contato com o escritório de contabilidade, o MEI é informado de que esse tipo de documento não existe. Os golpistas, por sua vez, fornecem o contato de um escritório que emite a DECORE. A vítima segue todo o processo e paga para obter a declaração e liberar o dinheiro em sua conta. Quando tenta entrar em contato com a instituição financeira, não recebe resposta e também não consegue falar mais com o escritório de contabilidade que emitiu a DECORE. Prevenção: confira dicas para não cair em golpes Depois de conhecer os tipos de fraude mais frequentes, é necessário entender melhor como evitar armadilhas. Reunimos algumas dicas para ajudar você a se prevenir. Verifique a segurança do site Sempre que acessar um site, verifique se há um cadeado antes do endereço, indicando que aquela página da web é segura. Em seguida, analise se o site termina com gov.br. Cabe ressaltar que todos os portais do governo têm essa terminação. Faça renovações pelos canais oficiais Caso você receba um boleto de renovação de domínio ou qualquer outra cobrança por e-mail ou via Correios, desconsidere. Se você for proprietário de um website, deve renovar o seu domínio diretamente na página do registro.br ou da empresa que você contratou o serviço. Desconfie de cobranças e pedidos de documentos Compreenda que o registro do MEI é grátis, fácil e sem burocracia. Em poucos minutos, você consegue obter o seu CNPJ. Desse modo, é possível realizar todo processo por conta própria. Tudo é feito de forma digital, sem a necessidade de enviar documentos. Se alguém cobrar algum valor para efetuar o serviço, você saberá que se trata de um golpe. Tenha atenção com links, downloads e senhas Não clique em links ou faça o download de arquivos enviados por remetentes desconhecidos, pois eles podem conter vírus. Nunca forneça senhas ou informações pessoais por e-mail, SMS, ligação telefônica ou WhatsApp. Conheça as obrigações do MEI Entenda que o único pagamento que o empreendedor deve efetuar mensalmente refere-se à guia DAS. Ela vence todo dia 20 e serve para a arrecadação de impostos. Além disso, o primeiro pagamento é realizado apenas no mês seguinte. Por exemplo: se você se registrou em abril, só começará a pagar em maio. Sendo assim, ignore qualquer outro tipo de cobrança. Cuidado com ofertas de crédito Caso você precise de linhas de crédito ou empréstimos, procure por empresas que já estão consolidadas no mercado. Tenha bastante cuidado na hora de fazer a solicitações pela internet, para ter certeza de estar no site oficial dessas empresas. Se possível, prefira solicitar pessoalmente. Se você cair em algum desses golpes, é importante fazer o Boletim de Ocorrência (BO) presencialmente ou online. Leve todas as provas que tiver, tais como mensagens, e-mails, comprovantes de pagamento e assim por diante. Também é essencial entrar em contato com o banco para relatar o ocorrido e contestar os valores das transações efetuadas pelos fraudadores. Mudanças para o MEI: saiba as principais Em 2023, algumas alterações nas regras para MEIs já foram implantadas, enquanto outras têm prazo para acontecer. Por exemplo: para emitir notas fiscais, o cadastro já não é feito na prefeitura, e sim no sistema da Receita Federal. Todo MEI deve emitir o documento ao prestar serviços para pessoas jurídicas. Para evitar ser pego de surpresa, confira, a seguir, as mudanças mais relevantes. Novos valores de contribuição O MEI tem direito a benefícios, como auxílio-Brasil, auxílio-doença, aposentadoria e outros, quando realiza corretamente o pagamento da guia DAS — que precisa ser emitida todos os meses. O valor tende a mudar a cada ano, acompanhando os ajustes do salário mínimo no Brasil. Uma das mudanças no MEI 2023, que já foi implantada, é o novo valor de contribuição. Os atuais valores cobrados na guia DAS-MEI são: R$ 66,10 para quem trabalha com comércio e indústria — R$ 65,10 de INSS e R$ 1,00 referente ao Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS); R$ 70,10 para o MEI que atua como prestador de serviços — R$ 65,10 de INSS e R$ 5,00 relacionados ao Imposto Sobre Serviços (ISS); R$ 71,10 para quem exerce atividades ligadas ao comércio e serviços — R$ 65,10 de INSS, R$ 1,00 de ICMS e R$ 5,00 de ISS. Como mencionado, é essencial observar a quantia que está sendo cobrada. Caso você receba uma guia com valores diferentes dos que foram citados, o correto é descartá-la imediatamente. Caminhoneiros Para o MEI caminhoneiro, o valor total da guia DAS muda de acordo com o CNAE registrado. Para 2023, valem as seguintes regras: R$ 161,24 para transportadores municipais de cargas (CNAE 4930-2/01); R$ 157,24 para caminhoneiros de cargas não perigosas (CNAE 4930-2/02); R$ 162,24 para transportador autônomo de produtos perigosos (CNAE 4930-2/03); R$ 164,40 para transportadores de mudanças (CNAE 4930-2/04). Formas de pagamento e impostos O DAS pode ser pago de quatro formas: boleto: você tem a opção de gerar um boleto e quitá-lo em bancos, lotéricas e caixas eletrônicos; app MEI: basta baixar o aplicativo MEI no seu smartphone para emitir o DAS e solicitar restituição, quando for preciso; pagamento online: essa é uma alternativa apenas para quem tem conta corrente no Banco do Brasil; débito automático: é possível acessar o site gov.br e ativar essa opção até o dia 10 do mês atual, para que a cobrança do DAS anterior seja realizada automaticamente. Embora o valor total da arrecadação tenha passado por mudanças, o percentual dos impostos continua o mesmo: INSS: 5% para MEI convencional e 12% para caminhoneiros; ICMS: R$ 1,00 para comércio e/ou indústria; ISSQN: R$ 5,00 para serviços. Aumento do limite de faturamento Uma das mudanças mais aguardadas para o MEI em 2023 é o aumento do limite de faturamento anual. Até o momento, o limite continua sendo de R$ 81 mil e ainda não há previsão de alteração. O Projeto de Lei Complementar PLP 108/21 está em tramitação no Congresso Nacional, com a proposta de aumentar o limite de faturamento para o teto de R$ 144,9 mil por ano, alterando a proposta inicial de R$ 130 mil. No entanto, ainda não há certeza sobre a aprovação da proposta. Mudança no nome empresarial Anteriormente, quem se registrava como microempreendedor individual tinha como padrão o nome empresarial composto pelo nome do titular seguido do seu CPF. Com o objetivo de proteger o empreendedor de possíveis golpes com seus dados, houve uma mudança nesse padrão. Agora, o nome empresarial se adequa à Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais. Então, as novas empresas registradas como MEI agora vêm com o nome completo do titular seguido pelo CNPJ que está sendo registrado. Isso não pode ser alterado, mas o empreendedor continua tendo liberdade para escolher o nome fantasia que quiser. Implantação do Emissor Nacional de Notas Fiscais de Serviços Antes, para fazer a emissão de notas fiscais de serviço, o MEI precisava procurar a prefeitura da cidade em que registrou o seu CNPJ para cadastrar os dados no sistema municipal. Esse sistema era acessado pelo empreendedor para fazer as emissões. No entanto, o governo está padronizando as notas de serviço emitidas pelo MEI. Para isso, está implantando o Emissor Nacional de Notas Fiscais de Serviços. Então, em vez de utilizar o sistema municipal, todos os MEIs prestadores de serviço deverão emitir suas notas por esse sistema nacional e padronizado. A mudança é obrigatória e estava prevista para ser implantada em abril de 2023, mas houve um adiamento do prazo para setembro de 2023. É importante destacar que o MEI que não se adequar a esse novo sistema não poderá emitir suas notas, já que os serviços oferecidos pelas prefeituras não serão mais válidos. A formalização como MEI proporciona muitas vantagens ao empreendedor, mas é preciso ficar de olho para administrar o seu negócio com segurança e evitar fraudes. À medida em que o número de empresas aumenta, as ocorrências de golpe no MEI também tendem a crescer. Nesse sentido, é fundamental buscar conhecimento, para não ser vítima de terceiros. Gostou do conteúdo? Tem outras dúvidas sobre o MEI? Confira o mateiral completo com as principais informações sobre essa modalidade de empreendedorismo. Gostou do conteúdo? Estar ligado nos golpes faz você evitar situações difíceis para o seu negócio. E pensando nisso, separamos um vídeo sobre modelo de negócio eficiente, confira:
June, 2024
Feira do Empreendedor do Sebrae Pernambuco
Prepare-se para uma imersão no universo empreendedor mais diversificado e promissor de Pernambuco! A Feira do Empreendedor do Sebrae Pernambuco está de volta em 2024, trazendo consigo um verdadeiro leque de oportunidades, ideias e inspirações para os mais variados segmentos empresariais. E o melhor? Todos são bem-vindos! Se você é estudante, um potencial empresário, um empresário estabelecido, um agente público ou um produtor rural, a Feira do Empreendedor é o lugar certo para você. Para os que sonham em ter seu próprio negócio, a feira oferece uma chance única de construir empreendimentos que se alinhem perfeitamente com sua expertise e ideais de investimento. Já para aqueles que já têm um negócio, a Feira do Empreendedor 2024 apresentará conteúdos e insights valiosos para aplicação imediata em suas operações. Prepare-se para 4 dias intensos de aprendizado, networking e descobertas! A edição de 2024 acontecerá de 22 a 25 de maio, no Centro de Convenções de Pernambuco. A programação inclui uma variedade de oficinas, palestras, exposições de produtos e serviços, além de encontros de negócios que prometem ampliar seus horizontes empresariais. INSCREVA-SE Seja um expositor, patrocinador ou parceiro! Você tem um negócio inovador ou oferece serviços essenciais para empreendedores? Seja um expositor, patrocinador ou parceiro na Feira do Empreendedor 2024 e coloque sua marca em destaque! Expositor: Reserve um stand no evento e exponha sua marca e solução para os empreendedores. Será uma ótima oportunidade para mostrar seu negócio. Patrocinador: Adquira uma cota de patrocínio e tenha sua marca em evidência durante toda a Feira. Seja reconhecido como um parceiro estratégico do evento, alcançando visibilidade e reconhecimento da sua marca. Parceiro: Estabeleça uma parceria com o Sebrae, onde há uma troca de serviços em benefício mútuo. Nessa modalidade, não há pagamento financeiro direto, mas sim uma colaboração baseada em interesses comuns entre as partes. Preencha o formulário de interesse agora mesmo e coloque sua marca no maior evento de empreendedorismo de Pernambuco!" Seja um expositor ou patrocinador!
May, 2024
Agenda Sebrae Delas
BREJO DA MADRE DE DEUS 13/03/202418 às 20HOficina - Empreendedorismo Feminino: do protagonismo ao sucessoLocal: Sala do Empreendedor | Av Cleto Campelo, Nossa Sra do Bom Conselho, 378 Inscreva-se aqui! CARUARU 08/03/202414 às 16hPalestra - Empreendedorismo FemininoLocal: ACIC - Associação Comercial e Empresarial de Caruaru | Rua Armando da Fonte, 15, Maurício de Nassau Inscreva-se aqui! GARANHUNS 07/03/202415 às 17hPalestra - Mulheres que inspiram mulheresLocal: Sebrae Garanhuns | Avenida Rui Barbosa, 671, Heliópolis Inscreva-se aqui!
February, 2024
Conheça os 7 principais setores da indústrias de Pernambuco
Que Pernambuco é um dos estados mais economicamente pujantes do Brasil, todo mundo já sabe. Há grandes empresas no setor agropecuário e na área de serviços, por exemplo, mas não para por aí. As indústrias de Pernambuco também se destacam dentro dos números elevados do PIB estadual. Este post mergulha no cenário das principais indústrias e setores que impulsionam a economia de Pernambuco. Exploraremos o papel dessas empresas e as oportunidades em áreas como tecnologia, alimentos, veículos automotores e mais. Pronto para desvendar as possibilidades que esses setores oferecem aos empreendedores locais? Vamos lá! A economia de Pernambuco A economia do estado de Pernambuco é bastante diversificada, já que ela não depende de algumas poucas fontes de renda. Não à toa, é uma das mais desenvolvidas da região Nordeste: no primeiro trimestre de 2023, o PIB pernambucano registrou valores de R$ 66,3 bilhões. Em termos de atividades primárias, podemos citar a agricultura, representada principalmente pelas monoculturas de cana-de-açúcar e algodão no litoral pernambucano. Já na região do vale do rio São Francisco, se destaca a fruticultura irrigada. O setor que concentra as indústrias é conhecido como secundário. No Pernambuco, a maioria das empresas que se encaixam nessa classificação está localizada no litoral. Na Zona da Mata, por exemplo, são encontradas muitas fábricas de automóveis, alimentos, produtos farmacêuticos, vidros, produtos metalúrgicos, entre outros. Já no Agreste, há uma concentração de fábricas de roupas. Historicamente, Pernambuco sempre teve na agricultura sua principal atividade econômica, com a cana-de-açúcar como grande destaque. No entanto, nas últimas décadas esse cenário mudou muito, com a crescente industrialização da região. Como se não bastasse, o setor de serviços também passou a ser um dos elementos cruciais para gerar receita no estado. A atual composição do PIB pernambucano é a seguinte, de acordo com o site Brasil Escola: agropecuária: 4,8%; serviços: 73,3%; indústria: 21,9%. Dados recentes mostram que o setor industrial tem registrado importante crescimento, o que mostra que a tendência é que as empresas da área ocupem um espaço cada vez mais relevante na economia estadual. O papel da indústria na economia de Pernambuco A indústria, como vimos anteriormente, é responsável por ao menos 20% do PIB pernambucano. Com o crescimento de setores como a tecnologia, inevitavelmente esses números subirão em um futuro próximo. Recife, a capital pernambucana, tem um moderno polo de tecnologia e informática, que concentra mais de 300 empresas e tem faturamento de bilhões por ano. Mas não é só de tecnologia que vive a economia pernambucana. Há uma forte indústria petroquímica, assim como empresas dos setores têxtil, de transporte, entre outros, como veremos a seguir. As principais indústrias de Pernambuco Falaremos das principais empresas que integram o setor industrial de Pernambuco e do ecossistema de negócios da região, separando por diferentes áreas de destaque no estado. Vamos conhecê-las! 1. Derivados de petróleo e biocombustíveis Pernambuco tem uma grande tradição na exportação de derivados de petróleo. Os números são tão impressionantes que, até mesmo com uma queda momentânea ocorrida em fevereiro de 2023, de 39%, ainda se tornou o quarto melhor resultado da história desde o mesmo mês em 1997. Assim, embora os números sejam menores que os de 2022, ainda resultaram em ganhos significativos para o estado pernambucano: as exportações nesse setor chegaram aos R$ 873,2 milhões. Um dos principais destinos de vendas do estado é a nação de Singapura, que costuma aparecer em primeiro lugar tanto em termos de óleo combustível como de nafta. O país asiático é um dos mais ricos do mundo e contribui significativamente para o PIB pernambucano. Ainda em termos de vendas de combustíveis, temos que destacar a Refinaria Abreu e Lima, a maior empresa do setor instalada no porto de Suape. Localizado entre os municípios de Ipojuca e Cabo de Santo Agostinho, na região metropolitana de Recife, esse terminal serve como uma das principais formas de exportar as mercadorias produzidas no estado. A Refinaria Abreu e Lima tem uma capacidade de processamento de 230 mil barris de petróleo por dia. Além dela, operam outras duas organizações que ajudam na estruturação: a Petroquímica Suape (Grupo Alpek) e a Indorama Ventures. As duas são responsáveis pela produção da pré-forma PET, uma resina plástica que é amplamente reconhecida como a mais resistente e duradoura para a fabricação de garrafas e embalagens plásticas. 2. Veículos automotores Na cidade de Goiana, fica a empresa que colocou Pernambuco definitivamente no mapa mundial da indústria automotiva: a Stellantis, grupo automotivo que engloba a Fiat, a Peugeot, a Jeep, a Chrysler, a Citroën, a Dodge, entre outras. Essa fábrica de automóveis, assim como o parque de fornecedores integrado a 16 outras empresas, representa um ponto positivo de transformação da economia pernambucana. Inclusive, a Stellantis em Pernambuco está perto da sua capacidade plena. Até o início de 2023, o investimento já chegava a R$ 13,9 bilhões. A unidade pernambucana tem alguns destaques nos processos, como a sustentabilidade, a otimização de processos e, principalmente, o uso de tecnologia. Um exemplo são os mais de 600 robôs utilizados para desenvolver veículos cobiçados, como os seguintes modelos de Jeep: Commander; Compass e Renegade; Fiat Toro, para os mercados brasileiro e latino-americano. Vale lembrar que Pernambuco se consolidou como um polo automotivo e de autopeças, retirando o monopólio da indústria sediada no eixo Sul-Sudeste. De acordo com informações da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), dos 14,3 milhões de carros produzidos no Brasil entre 2015 e 2021, 7,3% vieram das instalações de Goiana. 3. Bebidas e alimentos Pernambuco tem um dos polos mais desenvolvidos do Brasil quando o assunto é o setor de alimentos e bebidas. Pela localização estratégica do estado e pela presença de um porto movimentado, empresas como a Unilever, a Arcor, a Pepsico, a Camil, a Bunge, a Masterboi, a BRF Foods, a Seara, a Nissin, entre muitas outras, se instalaram na região. Já em relação ao polo de bebidas, são cerca de 150 empresas de todas as etapas da cadeia produtiva, que vão desde as cervejarias até produtoras de garrafas, latas e rótulos, que tornam Pernambuco o estado mais desenvolvido do Nordeste e do Norte no setor. Uma das cervejarias que se destacam é a Petrópolis de Pernambuco, que aparece no top 10 entre as maiores do Brasil no site Econodata. 4. Setor têxtil O setor têxtil mostra que a economia de Pernambuco não se concentra na capital. Isso porque é no Agreste que encontramos o maior mercado de confecções do Nordeste. Ao todo, dez cidades geram produtos e oportunidades de emprego para mais de 250 mil pessoas. Além disso, a região produz mais de 200 milhões de peças por ano, e 18% da produção nacional de jeans vêm de lá. O faturamento anual chega aos 6 bilhões de reais, com a concentração em cidades como Caruaru, Santa Cruz do Capibaribe e Toritama. 5. Tecnologia e games Vez ou outra, encontramos cidades brasileiras associadas ao rótulo "Vale do Silício brasileira", fazendo referência à região de São Francisco (EUA) que concentra algumas das empresas mais poderosas no setor de tecnologia do mundo. Recife é uma séria candidata ao título. Isso se explica, por exemplo, pelo Porto Digital, um parque tecnológico urbano que funciona no centro histórico do Bairro do Recife e nos bairros vizinhos, como Santo Antônio, Santo Amaro e São José. São mais de 170 hectares de inovação dentro da capital pernambucana. Não à toa, a capital foi destaque em um material publicado pelo portal internacional Rest of World em 2021, o qual cita Recife como uma das seis cidades do mundo que lideram o futuro da indústria de tecnologia. A Faturepag, uma startup legitimamente pernambucana, é uma das fintechs (empresas que misturam os serviços financeiros ao uso de tecnologia de ponta) que já alcançaram bilhões em transações. Além disso, o Porto Digital reúne outras gigantes do setor, como Deloitte, IBM, Microsoft, Samsung e Accenture. Mais de 15 mil pessoas estão empregadas nesse setor, com o Governo do Estado de Pernambuco oferecendo apoio e incentivos fiscais para a instalação de empresas de tecnologia. Como se não bastasse, a capital tem se consolidado como um dos principais centros criadores de games no mundo. Um dos exemplos é a Kokku, que trabalhou diretamente na criação de um jogo que vendeu mais de 20 milhões de cópias, o Horizon Zero Dawn. 6. Produtos petroquímicos A Alpek Polyester é o maior polo integrado de poliéster da América latina e se localiza no complexo industrial do porto de Suape. A empresa também produz o chamado ácido tereftálico purificado (PTA). O polo petroquímico, integrado por empresas como a Alpek, também abastece outras seis organizações instaladas no porto, o que fortalece o sistema de adensamento da cadeia industrial. Nesse caso, temos uma reação positiva em cadeia: essas empresas-âncora integram ao seu entorno dezenas de outras organizações produtoras de bens e serviços, todas com o mesmo direcionamento do desenvolvimento contínuo de tecnologia. 7. Construção civil Diversos gigantes da construção civil estão presentes em Pernambuco, como a MRV, que tem investido cada vez mais no Nordeste. Também podemos citar empresas legitimamente pernambucanas, como o Grupo Referencial, a Moura Dubeux e a Vale do Ave. As oportunidades do setor industrial de Pernambuco A Stellantis é uma das empresas que buscam fornecedores para trabalhar juntamente à multinacional em Pernambuco. Além dela, grandes organizações como a Usina Serra Grande, Kokku e empresas que atuam no porto de Suape estão constantemente oferecendo oportunidades. Uma dica é acompanhar as páginas no LinkedIn e prestar bastante atenção nas vagas abertas, que vão dos cargos em tecnologia até os de especialista na indústria petroquímica. A Refinaria Abreu e Lima faz parte da Petrobrás, então a maioria dos seus cargos são oferecidos via concursos públicos. Vale a pena ficar de olho nos setores aquecidos da indústria nos últimos anos, como é o caso da sondagem. O Sebrae também é parte importante do crescimento e da evolução das indústrias de Pernambuco. Como você viu no artigo, esse setor está em franca expansão no estado, com companhias que vão desde a produção têxtil até a tecnologia de ponta. Gostou do texto e quer conferir outros conteúdos como este? Então, curta e siga as nossas redes sociais: estamos no Instagram, no Facebook, no YouTube, no LinkedIn e no X!
December, 2023
Dicas para a falta de mão de obra especializada na construção civil
Ao andarmos pelas ruas do Brasil, é comum encontrar diversas construções em andamento. No entanto, o país ainda enfrenta uma carência significativa de mão de obra especializada. E essa lacuna cria um cenário interessante para profissionais que buscam se especializar, gerando inúmeras oportunidades no setor da construção civil. Neste post, trataremos do desafio enfrentado por empresas do setor, desvendando as razões por trás da escassez de mão de obra especializada. Analisaremos de perto os impactos dessa carência nos processos e, o que é mais importante, apresentaremos alternativas práticas e viáveis para suprir essa demanda. Está pronto para explorar soluções que transformarão esse desafio em oportunidade? Vamos lá! Por que a construção civil vem enfrentando desafios para contratar mão de obra? Uma matéria do jornal Diário do Comércio mostrou a dificuldade que as empresas têm de contratar profissionais qualificados, com base em dados da Câmara Brasileira da Indústria da Construção. De acordo com a amostra, 7 em cada 10 construtoras sofrem com a falta de trabalhadores de alto nível. Conforme a CBIC, uma nova pesquisa será feita em fevereiro de 2024 — mas é improvável que os números melhorem significativamente. Vale lembrar que um estudo de 2022 da mesma CBIC já mostrava que a contratação de mão de obra qualificada está cada vez mais difícil. Trata-se, portanto, de um problema que já existe há algum tempo e que ainda deve perdurar. Entre as principais causas dessa escassez na mão de obra no setor estão a falta de investimentos em capacitação profissional, a desvalorização dos trabalhadores da área e a falta de incentivos para que os jovens escolham buscar uma carreira na construção e na engenharia civil. Como isso impacta os processos? Essa falta de mão de obra de alto nível atrasa os cronogramas de obras e ainda gera cancelamentos e dores de cabeça. Isso é válido tanto para as construtoras como para os profissionais envolvidos nos projetos. Realizar um orçamento de mão de obra, por exemplo, se torna cada vez mais complicado — gerando incertezas e até custos maiores que os que foram inicialmente projetados. Sem ter a garantia de que terá um bom time à disposição, as empresas de construção civil têm mais dificuldade para entregar estimativas precisas para os seus clientes. Além disso, vale lembrar as consequências da escassez de mão de obra qualificada para a economia dos países em desenvolvimento, como é o caso do Brasil. Afinal, o setor é fundamental para o crescimento, uma vez que os empreendedores da área criam empregos diretos e indiretos. Como se não bastasse, os indicadores de construção civil representam um dos principais índices de crescimento econômico de uma região e de um país. Quais são as alternativas para contratar mão de obra especializada na construção civil? Neste tópico, mostraremos alguns dos caminhos que as empresas podem seguir para driblar os problemas relacionados à falta de mão de obra de qualidade e melhorar seu planejamento estratégico. 1. Programas de trainee Trainee é o nome de um cargo oferecido por uma empresa aos profissionais recém-formados, que estão buscando desenvolver experiências no mercado de trabalho. Assim, uma pessoa que é contratada nessa posição recebe treinamentos para que se transforme em mão de obra qualificada. Um programa de trainee costuma durar de um a dois anos, com uma ampla variedade de cursos oferecidos. Algumas empresas até mesmo tendem a levar esses profissionais para as viagens de negócio, permitindo que eles conheçam ainda mais sobre o mercado e as demandas de outras sedes e cidades. Portanto, oferecer um programa de trainee é uma chance de trabalhar com uma pessoa que acabou de se formar, garantindo a possibilidade de moldá-la conforme as necessidades do seu negócio. Ao final do programa, o profissional já estará mais bem preparado em relação àquilo que a sua empresa precisa, o modo de trabalho, as habilidades requeridas e outras particularidades. 2. Parcerias com instituições Além dos programas internos de trainee, é importante estabelecer parcerias com escolas técnicas e centros de formação profissional para criar tópicos e cursos voltados para as necessidades e preferências da indústria da construção civil. Enquanto o trainee é um programa em que o empreendedor trabalha com profissionais já formados, uma parceria com uma instituição especializada ajuda a gerar para o mercado pessoas que estarão cada vez mais alinhadas às tendências do setor. A colaboração também pode proporcionar oportunidades de estágio e aprendizado, sendo interessante tanto para a instituição quanto para a empresa. Ao final, os estudantes enxergarão uma oportunidade atrativa de ingressar em um curso com sólidas perspectivas de emprego, enquanto a organização parceira recebe profissionais adaptados às exigências do setor, impulsionando assim o crescimento mútuo. 3. Capacitação e treinamento de profissionais Outra iniciativa interessante é proporcionar programas de reciclagem e capacitação para profissionais da construção civil — mesmo para aqueles que não trabalham na empresa. Certificações, workshops e similares têm uma função importante para atrair talentos de ponta. As empresas do setor também podem investir em iniciativas de treinamento interno. Muitas vezes, elas já têm trabalhadores habilidosos em seus quadros, mas eles podem se tornar ainda mais eficientes com bons programas. Assim, as organizações preenchem a demanda e ainda melhoram a entrega final para os clientes. Outra vantagem é a melhoria do clima organizacional. Afinal, o colaborador se sente mais satisfeito e valorizado ao trabalhar em uma empresa que investe ativamente na melhoria do seu currículo. Nesse sentido, há um aumento das chances de que eles vistam realmente a camisa e elevem a produtividade geral. 4. Incentivos governamentais As empresas podem buscar os políticos da região para entregar demandas relacionadas ao setor, que está diretamente ligado ao crescimento econômico de cada área. Um exemplo é um possível financiamento de programas de formação profissional direcionado ao ramo. Do mesmo modo, o governo (municipal, estadual ou federal) deve fornecer incentivos fiscais e benefícios financeiros para as empresas que investem em iniciativas que contemplem muitas pessoas, como programas de capacitação, workshop e treinamento de profissionais do setor. 5. Programas de retenção de talentos Se já está difícil encontrar mão de obra qualificada, a situação fica ainda pior se as empresas não conseguem reter os seus funcionários de destaque. Por isso, é essencial pensar em iniciativas voltadas para essa questão. Desenvolva um programa para reter talentos e manter os profissionais qualificados dentro da sua empresa. Isso também pode ser feito de forma mais ampla, reunindo diversas organizações para fomentar oportunidades de desenvolvimento para que os trabalhadores não migrem para outras indústrias. O RH também pode receber treinamentos para melhorar os critérios de contratação a fim de identificar profissionais que se encaixem nos planos de médio e longo prazo do negócio. 6. Uso da tecnologia É importante utilizar tecnologias de ponta na construção civil, como serviços de automação, impressora 3D e robótica. Elas não somente melhoram a eficiência geral, mas também tornam essa indústria mais atrativa para jovens profissionais que buscam carreiras ligadas à inovação. Além disso, a tecnologia também ajuda diretamente em relação ao problema de falta de mão de obra. Afinal, será possível automatizar tarefas e evitar erros humanos geradores de retrabalho. 7. Terceirização de mão de obra Às vezes, a empresa não terá trabalhadores qualificados o suficiente para dar de conta de um projeto mais complexo. Nesse caso, a equipe pode ser complementada por profissionais terceirizados. No entanto, ao seguir com esta alternativa, é preciso verificar suas referências e testar suas habilidades. Tenha certeza de que esse novo grupo está alinhado às necessidades do negócio antes de incluí-los na rotina. 8. Formação de banco de talentos Um banco de talentos reúne um conjunto de informações profissionais e pessoais sobre candidatos que já se candidataram para vagas de uma empresa. Por mais qualificados que sejam, alguns trabalhadores não são contratados por diversos fatores, como a falta de recursos financeiros ou o excesso de funcionários que tenham as mesmas habilidades naquele momento. No entanto, o banco de talentos se destaca como uma ferramenta vital para manter esses profissionais no radar da empresa e de seus líderes. Para ilustrar sua importância, considere o cenário em que três dos seus colaboradores mais destacados recebem propostas irresistíveis no exterior. Nessa situação, a capacidade de acessar essas informações permite identificar rapidamente talentos para uma reposição eficiente. Quais as consequências de não buscar por uma mão de obra especializada? As principais consequências negativas envolvem atrasos nos projetos, fuga de mão de obra para outros setores (como o de tecnologia), desistências por parte dos clientes e dificuldades financeiras enfrentadas pelas construtoras. Cabe ressaltar que o último ponto mencionado é muito sensível, já que a falência de empresas do setor significa a perda de emprego de diversos trabalhadores. Nem sempre é fácil se recolocar rapidamente em outra vaga, o que leva profissionais qualificados a considerarem a mudança de área. Por fim, uma das principais dificuldades que o setor enfrentou recentemente foi a pandemia de COVID-19. Como a maioria dos profissionais não podia mais trabalhar presencialmente, muitos se aposentaram ou tiveram que optar por empregos alternativos, como o de motorista de aplicativos, abandonando o campo da construção civil. Até hoje o setor ainda não se recuperou totalmente dessa crise. Como você viu, as iniciativas que listamos são fundamentais para fortalecer as empresas e manter a mão de obra especializada no setor. Explore técnicas de retenção de talentos, treinamentos, programas de formação e outras opções para que o seu negócio se mantenha forte e para que a construção civil brasileira siga uma crescente. Aproveite a visita ao nosso blog para entender mais sobre outro assunto relevante para a indústria: as principais habilidades de liderança que você precisa desenvolver!
December, 2023
Você já conhece o Sebraelab?
Sabe aquele espaço onde as ideias são estimuladas em contínua coletividade? Esse é o Sebraelab; um espaço criativo para que empreendedores possam investir em novos modelos de negócio em um ambiente que potencializa conexões espontâneas e colaborativas a encontrar objetivos em comum. No mundo de hoje, é preciso ter velocidade, criatividade e capacidade de adaptação. E para acompanhar esse constante processo de evolução e mudança, o Sebraelab disponibiliza ambientes e laboratórios para estimular a construção e desconstrução de ideias inovadoras. É um lugar para viver, conviver e inovar. Um ambiente multifuncional, com pegada colaborativa, pensado para empreendedores inovadores e transformadores. Venha visitar o nosso espaço! Endereço: Rua Tabaiares, 360, Ilha do Retiro, Recife, PE Horário de funcionamento: Segunda à sexta-feira das 8h às 22h Telefone: (81) 2101-8550 - Também WhatsApp E-mail: sebraelab@pe.sebrae.com.br Tem alguma proposta de evento? A agenda do Sebraelab é construída junto com você e com todo o ecossistema local. Envie aqui a sua proposta de evento!
December, 2023
Conheça os benefícios da carteira de artesão
Independentemente de qual seja o nicho de atuação, é importante buscar por estratégias para garantir mais credibilidade no mercado, especialmente para pessoas autônomas. No artesanato, não é diferente. Quem conta com a carteira de artesão, além de se formalizar em seu trabalho, tem benefícios únicos que podem ser usufruídos tanto no estado de Pernambuco quanto em outras regiões, caso essa seja a sua vontade. Pensando nisso, elaboramos este material para que você entenda um pouco mais sobre o PAB (Programa de Artesanato Brasileiro), conheça sobre o SICAB, além de entender os benefícios que isso pode trazer para a sua carreira. Continue a leitura e saiba mais! O que é o Programa de Artesanato Brasileiro? Antes de nos aprofundarmos sobre a carteira do artesão e os benefícios que ela traz para o profissional, explicaremos mais detalhes sobre o Programa de Artesanato Brasileiro (PAB). Criado por meio do Decreto de 21 de março de 1991, ele foi inicialmente vinculado ao Ministério da Ação Social. Seu objetivo é o de coordenar atividades e desenvolver ações e estratégias que contribuem com a valorização do profissional, de modo que eleve seu nível profissional, cultural, social e econômico. Trata-se de um grande avanço para o artesanato do país, uma vez que as estratégias elaboradas pelo PAB visam consolidar esse importante setor econômico. Para se ter uma ideia, no estado de Pernambuco, essa atividade movimentou mais de R$ 45 milhões no ano de 2017. Dessa forma, o PAB tem como intuito trazer impactos para o desenvolvimento das comunidades em todo o território nacional com atividades que valorizam o profissional e contribuam para desenvolver a pessoa em suas atividades, bem como a empresa artesanal. Além de fortalecer a área, o PAB também: presta apoio permanente à figura do artesão, sempre trazendo medidas que contribuem com a sua qualificação; fortalece a cadeia produtiva do artesanato; articula ações voltadas especialmente para a figura do artesão; articula as estratégias para garantir o desenvolvimento social e econômico dos artesões, de modo que tenham melhorias em sua qualidade de vida; implanta canais públicos para que haja a comercialização dos produtos; promove e divulga os produtos elaborados pelo artesão como uma expressão para a diversidade cultural. O que é o SICAB? Por meio do PAB, o artesão tem a possibilidade de se formalizar a partir da carteira do artesão, emitida pelo SICAB. Trata-se do Sistema de Informações Cadastrais do Artesanato Brasileiro, que foi desenvolvido justamente para que o governo tenha informações necessárias do artesanato brasileiro. Assim, é possível implantar políticas públicas para planejar ações, além de a carteira ser uma importante ferramenta para que o profissional autônomo possa se formalizar e usufruir de direitos exclusivos de quem conta com a carteira. O artesão, a partir do momento em que faz o registro, será identificado pela Carteira, que pode ser utilizada em todo o território nacional e é válida por 6 anos. Vale lembrar que o registro é gratuito e o artesão não precisa pagar nenhum tipo de taxa anual. É, portanto, uma excelente forma de reconhecer e valorizar os profissionais dessa área, de modo que eles possam se declarar como artesãos em todas as regiões do país. Quais são os requisitos para se formalizar por meio da carteira do artesão? Para se formalizar adquirindo a carteira do artesão por meio do SICAB, alguns pré-requisitos são levados em consideração. Inicialmente, é preciso levar organizar toda a documentação necessária que deve ser encaminhada para o setor, como: carteira de identidade ou documento de identificação com foto; CPF; comprovante de residência ou declaração, conforme previsto na Lei n° 7.115, de 29 de agosto de 1983; cópia do documento de inscrição no PIS/PASEP - opcional; uma foto 3x4. Além de apresentar as cópias desses materiais, também existem pré-requisitos e atividades que o artesão deve seguir. São eles: ter idade igual ou superior a 16 anos; apresentar, pelo menos, uma peça pronta de cada matéria-prima ou técnica a ser cadastrada; elaborar uma peça artesanal por cada matéria-prima ou técnica a ser cadastrada, apresentando todas as suas fases. Esse é um teste de habilidade realizado pela Coordenação Estadual; submeter os produtos e peças realizadas de cada matéria-prima ou técnica a uma pessoa que tenha conhecimento prévio do artesanato local, com o objetivo de ela identificar qual foi a técnica predominante. Como fazer o cadastro? Você tem a opção de fazer o cadastro on-line ou presencial. Se desejar realizar digitalmente, é preciso filmar, mostrando o rosto, toda a produção da peça por matéria-prima ou técnica, de modo que apresente todas as etapas de produção. No presencial, é preciso de agendamento prévio. No estado de Pernambuco, basta ligar para o número 81 3181-3457 ou acessar diretamente o site do estado. Quais os benefícios da carteira do artesão? Agora que você já conhece um pouco mais sobre todo o processo para a emissão da carteira do artesão por meio do SICAB, chegou o momento de explicarmos os benefícios do documento para quem reside no estado de Pernambuco. Confira! Possibilidade de participação de feiras de artesanatos nacionais e internacionais Uma das principais estratégias de um artesão para divulgar o seu trabalho é a participação em feiras. Afinal, por meio dessa prática, pessoas que, até então, não conhecem diferentes técnicas e produtos podem conferir um pouco mais sobre a cultura do estado de origem, bem como os produtos mais tradicionais. Porém, alguns eventos contam com exigências para que o artesão possa participar, divulgar o seu trabalho e vender as suas peças. Uma delas é contar com a carteira do artesão, já que ela é uma garantia de que a pessoa passou por testes de habilidades com profissionais que têm conhecimento notório sobre o tema. Sendo assim, quando você conta com essa emissão, aumentam as possibilidades de aumentar o alcance de seu trabalho, sendo reconhecido não apenas no estado do Pernambuco, como também em outras regiões. Possibilidade de participação em oficinas e cursos de artesanato Independentemente de qual seja a área de atuação, é essencial se capacitar continuamente. Mesmo que você já seja um profissional experiente, sempre existe uma técnica ou outra que pode aprender para aperfeiçoar as suas atividades. Dessa forma, o profissional que conta com a carteira do artesão tem mais possibilidades de participação em oficinas e cursos, contando com muitos benefícios por meio dessa prática, como: contar com certificações sobre diferentes técnicas, de acordo com a sua área de interesse; muitos cursos com baixo investimento, o que contribui para que você possa se profissionalizar sem, necessariamente, destinar um alto valor para isso; flexibilidades de opções, de modo que você entenda quais são as suas necessidades para se capacitar e possa buscar alternativas que impactem a sua realidade de artesão; mais profissionalização, o que reflete no resultado final de seu produto; contar com networking com outros profissionais da área, inclusive com os professores, o que contribui para abrir portas na sua profissão. Maior participação do mercado no estado Para o artesão que reside em Pernambuco, também há benefícios que não podem ser deixados de lado. O primeiro deles, é a oportunidade de participar de feiras de artesanatos nacionais e locais nos estandes do PAB de Pernambuco. Além disso, quem é formalizado por meio desse documento tem a possibilidade de contar com 20% de desconto na comercialização de um espaço na Feira Nacional de Negócios de Artesanato (Fenearte). Também pode participar de oficinas, contando com todos os benefícios que mencionamos mais acima. O profissional registrado também tem a possibilidade de comercializar e divulgar seus produtos e técnicas nas duas lojas do Centro de Artesanato de Pernambuco, localizadas em Recife e em Bezerros, depois de passar por uma avaliação da curadoria responsável. Isenção de ICMS na comercialização de produtos Um dos grandes desafios para o profissional autônomo está relacionado ao pagamento de impostos. O ICMS é um deles. Trata-se da sigla para Imposto sobre Circulação de Mercadorias de Serviços — um tributo estadual regulado pelo Governo Federal. No entanto, o artesão que conta com a formalização por meio da carteira é isento desse imposto. Dessa forma, o dinheiro que seria gasto com essa finalidade pode ser investido em sua própria carreira, tanto na compra de produtos com mais qualidade quanto em cursos de capacitação, por exemplo. Possibilidade de ser contribuinte autônomo com objetivos previdenciários Outro ponto que preocupa um profissional autônomo são os direitos previdenciários. Afinal, quando você trabalha por meio do regime CLT, tem uma série de garantias nos casos de desligamento e também em relação à aposentadoria. A carteira do artesão ajuda você a ser um contribuinte com objetivos previdenciários, o que garante mais tranquilidade para o seu futuro profissional. O que é o MEI? O artesão profissional também pode se formalizar a partir do MEI. Trata-se da sigla para Microempreendedor Individual, instituído pela Lei Complementar 128 de 19 de dezembro de 2008. O seu objetivo é facilitar a formalização das pessoas que trabalham de forma autônoma, inclusive o artesão. O funcionamento do MEI é bastante simples, já que é um modelo empresarial mais simplificado, voltado especialmente para pessoas autônomas e pequenos empreendedores. Quando o profissional se registra no MEI, ele pode trabalhar por conta própria tendo um CNPJ. Dessa forma, há a possibilidade de fazer a emissão de nota fiscal e de contar com os mesmos direitos de uma pessoa jurídica. Um dos principais diferenciais de se registrar como MEI está na simplicidade da operação. Por meio do Portal do Empreendedor do Governo Federal, você pode fazer o registro on-line, sem a necessidade de deslocamento. Vale destacar que é preciso pagar uma pequena taxa mensal, e é necessário estar em dia com esse débito para usufruir dos direitos que o registro oferece. Assim como a emissão da carteira do artesão, o MEI tem alguns pré-requisitos, como: faturar até 81 mil reais por ano; ter até um empregado com carteira assinada; ser empresário individual; não ter participação em outra empresa; ter a sua atividade enquadrada no CNAE (no caso do artesão, ele pode ser enquadrado nas atividades de "comerciante de suvenires, bijuterias e artesanato independente", "artesão têxtil", "artesão em couro independente", "artesão em papel independente", entre outros). É essencial consultar qual é a sua categoria para realizar o registro da forma correta. Quais são os benefícios do MEI? Entre os benefícios de contar com o registro do MEI, destacamos especialmente: contar com direitos previdenciários, como a aposentadoria por idade (mulher 62 anos e homem 65, depois de ter contribuído por 15 anos); ter auxílio-doença, quando necessário; ter o direito ao salário-maternidade; contar com pensão por morte; ter direito á aposentadoria por invalidez. SICAB x MEI: como formalizar? Não há necessidade de fazer uma escolha entre um e outro. O ideal é que você seja formalizado tanto com a carteira do artesão quanto como empresário individual. Por meio da carteira emitida pelo SICAB, como vimos, você pode participar de feiras do estado e nacionais, garantir sua participação em cursos, entre outros pontos. Com a formalização do MEI, você tem a possibilidade de registrar a sua empresa. Ou seja, será um profissional autônomo e empreendedor. Por meio dessa formalização e com o pagamento mensal necessário, você pode usufruir de benefícios previdenciários, além de ter mais credibilidade perante os seus clientes, pois contará com um CNPJ e poderá emitir as notas sempre que um trabalho for realizado. Neste material, você pôde entender um pouco mais sobre os benefícios da carteira do artesão e como emiti-la, além de entender também sobre o MEI e o processo de formalização para se tornar um empreendedor. Para que tenha sucesso na profissão, é importante contar com um trabalho de qualidade, mas você não pode deixar de lado alguns aspectos burocráticos que vão contribuir significativamente com o seu trabalho. Se você quer encantar o seu cliente, que tal conhecer algumas estratégias próprias para isso? Continue no blog e acompanhe este material que elaboramos!