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Mercado e Vendas | CONSUMO
Carros elétricos: desafios e oportunidades para o setor de energia

O aumento da frota de carros elétricos no Brasil pode contribuir com a descarbonização, mas impõe desafios ao setor de energia.

· 17/11/2022 · Atualizado em 06/12/2022
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Os carros elétricos aparecem cada vez mais como solução para enfrentar as mudanças climáticas. A tecnologia é vista como uma inovação decisiva para amenizar as emissões de carbono pelos motores dos veículos, pois aliam redução da poluição do ar à melhoria na utilização eficiente da energia. Ao mesmo tempo em que a eletrificação mostra-se como uma solução possível para atender às metas dos acordos climáticos, também impõe desafios ao setor de energia, que precisa estar atento aos reflexos do aumento de demanda provocado pela mobilidade elétrica. 

Para atingir a meta de limitar o aquecimento global a bem abaixo de 2° Celsius, conforme estabelecido pelo Acordo de Paris sobre Mudanças Climáticas, o segmento de transportes – que responde por 24% das emissões globais de CO2 – precisará adotar rapidamente alternativas de emissões mais baixas ou zero.

Neste contexto, a eletrificação em massa do setor de transportes, aliada à descarbonização da rede elétrica, é uma das soluções mais viáveis para minimizar o impacto do uso de veículos motorizados.  

Carros elétricos e consumo de energia 

A Bloomberg New Energy Finance aponta que carros e ônibus elétricos devem adicionar apenas 6% à demanda global de eletricidade até 2040. Ainda, a mudança de veículos a combustão para elétricos evitará o consumo de 7,3 milhões de barris de combustível por dia para transportes. Ao mesmo tempo, o setor de geração de energia elétrica tem crescimento projetado de 3% ao ano até 2026. 

Tal conjuntura impõe a necessidade clara de os governos começarem a preparar-se para uma indústria que deverá crescer rapidamente na próxima década, afinal, quem está preparado aproveita as melhores oportunidades e enfrenta possíveis dificuldades de forma mais tranquila. A regra vale, inclusive,  para mercados automotivos que hoje são pequenos. 

Cadeias de abastecimento locais, prestadores de serviços e empresas de transporte público terão que se adaptar à nova tecnologia para se manterem competitivos. Espera-se que os próximos anos tragam regulamentações bem rígidas para as emissões de CO2, o que pode levar ao desaparecimento gradual, no médio prazo, dos veículos de combustão interna (ICE) e ao surgimento de um portfólio diversificado de automóveis eletrificados.

O setor tem apostado na adoção de veículos híbridos como solução temporária para reduzir o consumo de combustíveis que emitem CO2. A expectativa, entretanto, é de que a melhoria das tecnologias e queda nos custos resultem em aumento gradual de uma frota de veículos 100% elétricos, que devem prevalecer  sobre outras tecnologias na indústria automotiva. 

Para se ter uma ideia do cenário atual no Brasil, em julho de 2022, a frota circulante de veículos elétricos era de 100.292 veículos leves, conforme dados da Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE).

Falta de infraestrutura desafia setor de mobilidade elétrica

Um dos maiores desafios do setor de mobilidade elétrica - além dos baixos incentivos públicos - é a falta de infraestrutura. Como os veículos, atualmente, conseguem rodar principalmente em áreas urbanas e precisam estacionar para recarregar a bateria, o uso torna-se limitado tanto para carros de passageiros, veículos de frota ou mesmo ônibus urbanos. 

No caso dos caminhões, por exemplo, o risco de prejuízos é um importante fator limitante, pois o tempo parado para carregar a bateria pode comprometer as entregas e consequentemente aumentar custos. A despeito deste cenário, a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) considera que, em um futuro próximo, 100% dos veículos de transporte terrestre serão elétricos ou híbridos. 

Paralelamente, é claro que a indústria vem investindo na busca de soluções para esse gargalo, como é o caso de uma nova tecnologia de carregadores ultrarrápidos, que prometem recarregar a bateria completa em cerca de 35 minutos, ou 80% dela em 20 minutos. Com a possibilidade de permanecer menos tempo parado, espera-se que os modelos elétricos sejam mais aceitos pela população.

Mesmo que lentamente, os veículos elétricos chegam ao Brasil e impõem a necessidade de superar obstáculos relacionados à regulamentação e infraestrutura para criar um cenário mais propício à transição da combustão interna para os veículos movidos à eletricidade.

O setor de energia  precisa, inclusive, pensar em como descarbonizar a geração de energia elétrica por meio da utilização de formas alternativas e renováveis, como é o caso da energia eólica. O crescimento da frota de veículos elétricos não diverge da estratégia de incentivar também o consumo de etanol gerado da cana-de-açúcar, por meio de híbridos flex, e os veículos à célula de combustível com obtenção do hidrogênio extraído dessa fonte renovável.

A indústria automotiva nacional terá que se adequar às tendências globais de produção de veículos "limpos" para manter a competitividade. O setor de energias renováveis precisa estar atento às mudanças para adaptar-se às novas demandas e aproveitar as oportunidades. Acompanhe os conteúdos do Sebrae e fique antenado sobre a movimentação do setor. 

Saiba mais

O mercado de créditos de carbono avança em meio à crescente preocupação com as mudanças climáticas. Leia mais no artigo: Brasil deve movimentar US$ 100 bilhões em créditos de carbono até 2030

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