this is an h1

O Brasil possui um imenso potencial para a geração de energia eólica, seja aproveitando o vento a partir de projetos baseados na terra (onshore), seja em alto-mar (offshore). A segunda opção, entretanto, é bastante superior em relação à primeira, graças à mais alta velocidade dos ventos, baixa rugosidade da superfície no ambiente marinho e diversos outros fatores que aumentam a eficiência e vida útil dos projetos.

Com a divulgação das diretrizes para projetos de eólicas offshore, pela publicação do Decreto 10.946/2022, a perspectiva de redução de custos da tecnologia para os próximos anos merece um olhar mais detido sobre essa estratégia capaz de alavancar o Brasil como liderança mundial na produção de energia limpa.

Esse cenário pode ser ainda mais amplificado pela integração com o setor petrolífero, em parcerias para a utilização conjunta da estrutura portuária e logística já existente e de todo o arcabouço de conhecimento já adquirido. 

A experiência acumulada pelo setor de óleo e gás na instalação de plataformas fixas em leito marinho ou flutuante, ou seja, condições idênticas às necessárias para implantação de energia eólica, seria extremamente útil em reduzir custos e abreviar processos.

O planejamento energético 2050, realizado pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), aponta a fonte de energia eólica offshore como uma alternativa promissora para mercados futuros de baixo carbono. Assim, empresas nacionais e estrangeiras demonstram interesse em investimento na geração eólica offshore. O gargalo é o custo alto de instalação.

O investimento inicial, atualmente, é bastante elevado: para cada 1 GW de capacidade instalada, são necessários US$ 2,5 bilhões na criação de parques eólicos, mais de duas vezes maior que o necessário para projetos baseados em terra.

Tendência para o futuro

Ao longo dessa década, a previsão é de que haja diminuição no custo de implantação de eólicas offshore, causada principalmente pelo aumento nas potências dos aerogeradores. O Brasil precisa desenvolver escala para ampliar a cadeia fornecedora e baratear os projetos cada vez mais. 

Outros desafios, ao lado do custo inicial de implantação dos projetos e da necessidade de um marco regulatório que desperte o interesse de investidores, é a integração com a rede de transmissão, na dependência das agências de regulação EPE, ANEEL e ONS. Empreendedores esperam que 2023 seja o marco inicial de uma ampla adesão a essa forma de geração de energia.

O parque eólico de um país abundante em costa oceânica como o Brasil é altamente atraente. Segundo o Ibama, existem 23 parques eólicos offshore com processos de licenciamento abertos, que somam 46,6 GW de capacidade. Em destaque, Palmas do Mar, no Piauí (1,4 GW), Alísios Potiguares, no Rio Grande do Norte (1,8 GW), Ventos Fluminenses, no Rio de Janeiro (2,8 GW) e Ventos Litorâneos, no Rio Grande do Sul (1,2 GW).

No Rio Grande do Norte, será instalado o Polo Sebrae de Energias Renováveis, um hub de informações, conexões, capacitação e estratégias no estado para atender a empreendedores de todo o país e estabelecer ações integradas entre governanças nos estados, grandes corporações, startups, pequenos negócios e demais atores do ecossistema de inovação.

A tecnologia eólica offshore pode ser uma solução mundial para a substituição do hidrogênio azul, que utiliza gás natural, para o verde, produzido por fontes renováveis. Assim, pode ser importante para reduzir o custo do hidrogênio verde produzido no país e essencial para conduzir o país à posição de líder em um cenário ávido por energia e conservação ambiental.

Se a sua empresa tem interesse em participar da redução do custo de energias limpas no futuro, agora é o momento ideal de entender os processos e as possibilidades de ganho oferecidos pelo bom vento que vem do alto-mar.

Saiba mais:

Conheça os Estudos realizados pelo Sebrae que analisam a cadeia de valor da energia solar fotovoltaica e energia eólica no Brasil 

Neste artigo você vai entender mais sobre o Mercado de energia