Pequenos negócios estão avançando nos mercados estrangeiros. Em 2022, micro e pequenas empresas responderam por um total de US$ 3,2 bilhões em exportação

Um levantamento realizado pela Secretaria de Comercio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) em parceria com o Sebrae revelou que 41% das empresas brasileiras que exportam são pequenos negócios. Segundo o estudo, publicado em março de 2023, o valor exportado por 11,4 mil micro e pequenas empresas brasileiras foi de US$ 3,2 bilhões em 2022, o que representa 0,9% do total das vendas externas brasileiras do ano. Nesse total também estão incluídos os microempreendedores individuais (MEIs).
O relatório ainda revela que, entre os anos de 2008 e 2022, a quantidade de pequenos negócios exportadores cresceu três vezes mais do que o número de médias e grandes empresas que exportam. Enquanto as empresas médias e grandes cresceram 24,3%, de 13,3 mil para 16,5 mil, os pequenos negócios exportadores cresceram 76,2%, passando de 6,5 mil para 11,4 mil.
Nesse mesmo período, também houve incremento no valor exportado. De 2008 a 2022, o faturamento das médias e grandes empresas em exportações cresceu 70,1%, de US$ 194,5 bilhões para US$ 331 bilhões. No caso dos pequenos negócios, o aumento do valor exportado foi de 161,4%, um salto de US$ 1,2 bilhão para US$ 3,2 bilhões.
O levantamento ressalta que os últimos anos têm sido positivos em termos de incorporação de maior número de MPE à atividade exportadora. O ingresso de MPE’s nas exportações brasileiras vem se intensificando a partir de 2015 e registrou níveis recordes de participação nos anos de 2021 e 2022. O número de empresas de micro e pequeno porte que exportavam em 2017 era de 7.117; já em 2022 elas eram 11.413, o que demonstra um crescimento de 60,4%.
Um outro estudo encomendado pelo Sebrae e produzido pela Funcex, com apoio do MDIC – Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, analisou o desempenho e o perfil das exportações das MPE’s brasileiras durante o período de 2009-2017 e mapeou as oportunidades que os pequenos empreendedores encontram quando decidem planejar e abrir novos canais de venda através do comércio exterior.
Os dados apresentados indicam que as empresas de pequeno porte têm características que tornam um pouco mais difícil sua atuação na exportação – como, por exemplo, o fato de serem menos internacionalizadas, se concentrarem em setores intensivos em mão de obra que sofre com a concorrência dos baixos salários do sudeste asiático e adicionalmente terem maiores dificuldades de acessar mercados mais distantes. O estudo demonstra, ainda, que as exportações das MPEs são fortemente concentradas em mercados com maior proximidade geográfica e cultural, como os da América Latina, destinos mais indicados para empresas que estão em início das exportações.
A partir das observações sobre estes estudos pode-se reiterar que, o sucesso exportador das pequenas e médias empresas brasileiras depende das ações de promoção das entidades e instituições de apoio ao comércio exterior, as quais devem visar não só a entrada das MPEs nos mercados externos, mas também, sua permanência ao longo dos anos.
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