A Região pode superar a produção de 300 mil garrafas de vinhos de primeira linha em 2024

Quer oferecer aos seus clientes vinhos de alta qualidade, produzidos no Brasil, a preços inferiores a seus correspondentes estrangeiros e que, para completar podem ser acompanhados por queijos e embutidos de primeira? Então, está na hora de você prestar atenção ao que vem acontecendo na Chapada Diamantina, na Bahia.
Um projeto iniciado nos primeiros anos do século XXI começa a dar frutos muito promissores. Apenas uma das quatros vinícolas em funcionamento na região de Morro do Chapéu pretende colocar no mercado cerca de 300 mil garrafas de vinhos finos em 2024.
O grande atrativo da região é a altitude – superior a mil metros –, acompanhada pelo clima ameno, que permitiram o florescimento de variedades de uvas vindas principalmente da França. O resultado são vinhos com ótima acidez e ampla variedade da aromas.
Do café aos vinhos finos
O investimento mais ambicioso na região foi a inauguração, em março, da vinícola Uvva, Cepas Diamantinas, no município baiano de Mucugê, cuja proposta é produzir vinhos de primeira linha.
A Uvva é uma iniciativa da Fazenda Progresso, produtor tradicional de café na região. O projeto teve início em 2015, com o cultivo de 14 hectares e um investimento estimado em R$ 50 milhões. Hoje, são 52 hectares cultivados. A safra de 2019 foi a sexta obtida pela Uvva mas a primeira a ser comercializada (as outras foram destinadas a testes) e rendeu 55 mil garrafas. São cinco variedades de vinhos tintos e duas de vinhos brancos, obtidos de plantas recentes, cultivadas a partir de 2012. E a receptividade de crítica e público tem sido bastante positiva. Os preços variam de R$ 143 a R$ 260 a garrafa.
Outro empreendimento que vem se destacando na Chapada Diamantina é a Vinícola Vaz, criada pelo agrônomo mineiro Jairo Vaz, que trabalhava com uvas de mesa em Petrolina e Juazeiro. Ele começou a cultivar uvas – só variedades francesas – em uma propriedade de Morro do Chapéu em 2016. A vinícola tem capacidade atual para produzir até cinco mil litros por safra, mas os sonhos vão muito mais longe.
Produzindo atualmente três variedades de vinhos tintos (Syrah, Malbec e Pinot Noir) e quatro de vinhos brancos (Chardonnay, Sauvignon Blanc e Viognier, e Muskat Petit Grain) para a fabricação de espumantes, a Vinícola Vaz projeta a construção de uma adega com capacidade de processamento de 200 mil litros por safra. Trata-se de um investimento conjunto com o grupo Luvison, tradicional na produção de vinhos e equipamentos para vinificação em Flores da Cunha, na Serra Gaúcha. A ideia é oferecer as instalações às diversas vinícolas que vêm surgindo na região.
Nem só de grandes investimentos vive a produção de vinhos na Chapada Diamantina. Três engenheiros, professores universitários em Salvador e enófilos, montaram a Vinícola Reconvexo. Eles compraram uma pequena propriedade no Morro do Chapéu e começaram a cultivar aos poucos. Em 2019, plantaram, um hectare, parte com uvas Malbec, parte com a variedade Syrah, e também construíram uma pequena adega, que vem atraindo muitos visitantes
E para acompanhar...
Mas a produção de vinhos não está sozinha na Chapada Diamantina. Para começar, há os outros produtos obtidos da uva. A Cooperativa Vinícola da Chapada Diamantina (Coovichad) orienta a produção de sucos, vinagre e passas.
E há muitos outros produtos sofisticados, que podem encantar seu cliente, com destaque para os queijos, embutidos e defumados de alto padrão. Silvano leal foi um dos produtores que apostaram nesse potencial. Ele passou a criar cordeiros para engorda, com tecnologia de ponta, em uma fazenda de 62 hectares. Um de seus compradores é Benedito Maciel Aguiar, dono da primeira fábrica de embutidos na Chapada Diamantina. Ela tem capacidade de processamento de duas toneladas por dia, produzindo pernil, paleta, carré, costela e t-bone de carneiro. As sobras das peças de carne se transformam em embutidos: são mais de 30 produtos, incluindo linguiças temperadas com sal, ervas e toucinho.
Depois de tudo preparado e temperado, as peças das carnes, as linguiças e outros embutidos são levadas para o defumador, onde a temperatura varia entre 60 e 80 graus. O método é todo artesanal. “É um processo que requer muito cuidado porque a temperatura tem que ser controlada, não usamos aditivos químicos. Essa característica a gente não pode perder, é justamente o nosso diferencial”, diz Maurício Aguiar, engenheiro de produção, filho e braço direito de Maciel.
Vale a pena você conhecer os queijos da Chapada Diamantina, que certamente vão fazer sucesso entre seus clientes. O cardiologista Rogério Roney Rocha Martins, por exemplo, é dono de uma fazenda perto de Morro do Chapéu e investe na produção de queijos finos.
A fazenda tem montanhas de pedra e o clima propício para a criação de vacas leiteiras. A área utilizada para a produção de queijo ocupa oito hectares, apenas 0,5% das terras que Roney herdou do avô. No resto ele não mexe, porque quer manter a paisagem.
Para viabilizar a queijaria, o médico precisou vender a maior parte do rebanho e hoje trabalha apenas com duas raças: Holandesa e Jersey.
A escolha tem um motivo: “O leite deve ter teores de gordura e proteína adequados a cada tipo de queijo. Ou eu faço isso em laboratório, o que eleva o custo, ou tento fazer no campo. Aí preparo o blend desse leite e consigo todo tipo de queijo”, afirma.
O cardiologista/queijeiro consegui, com o blend, aumentar o rendimento da produção em até 30%. Hoje, sete litros de leite rendem, em média, um quilo de queijo. E cada vaca produz cerca de 20 litros de leite por dia.
Dentro da queijaria, o leite é pasteurizado em banho-maria. Depois de meia hora a 65 graus, não há risco de contaminação. O processo serve para matar as bactérias que o produto adquire durante a ordenha. Mas como é impossível fazer queijo sem bactérias, elas precisam ser repostas artificialmente. No caso da fazenda de Roney, que produz mais de 30 variedades de queijos finos, as bactérias vêm de longe. “São bactérias próprias para que o queijo desenvolva o sabor, o aroma, a coloração”, explica.
A casa segue receitas clássicas, que vêm da Itália, França e Suíça. Mas o médico tem produtos próprios, como um queijo feito com rapadura. Para ele, o que dá um sabor único aos produtos da região é o chamado “terroir”. “É aquela combinação de temperatura, umidade, pressão atmosférica e até a água”, afirma.
Outro produtor da Chapada Diamantina é a Queijaria Sincorá da Serra. A produção, artesanal, é feita desde 2017 na Fazenda Cajueiro, no município de Ibicoiara. O produtor Urbano Marcílio começou selecionando vacas leiteiras das raças Girolando, Jersey, Holandês e Gir, criadas soltas no pasto e se alimentando de capim tifton e sal mineral. Isso dá ao leite os níveis de gorduras e proteínas que singularizam o sabor do Sincorá da Serra.
Urbano começou produzindo queijos para abastecer a padaria da família, mas a boa receptividade o levou a ampliar o negócio, criando uma pequena queijaria. Em 2019, ele ganhou a medalha de ouro do V Prêmio Queijo Brasil.
Preparado com lei de vaca cru, fermentação estimulada a partir do pingo de soro do dia anterior, o queijo, curado, tem consistência macia e clara por dentro e uma camada firme e amarelada por fora, com sabor encorpado e marcante. O processo de cura do Sincorá da Serra, que tem o papel de deixá-lo mais saboroso e com texturas e aromas próprios, dura 40 dias.
Planejamento: o segredo do sucesso
A origem do sucesso recente da Chapada Diamantina como produtora de vinhos, queijos e embutidos foi a descoberta do Vale do São Francisco, onde, nos anos 1980, começaram a surgir plantações de uvas viníferas. Lá, na década de 2000, foram fundadas as duas maiores vinícolas da região: a Terranova, do Grupo Miolo, em Casa Nova (Bahia) e a Rio Sol, em Lagoa Grande (Pernambuco), que hoje pertence ao grupo português Global Wines.
A partir do êxito do Vale do São Francisco e de sua experiência em Juazeiro e Petrolina, o agrônomo Jairo Vaz visitou a Chapada em 2008 e concluiu que a região era propícia para a produção de uvas viníferas. Ele então convidou um amigo, Christian Jojot, presidente da Cave Coopérative des Riceys, para visitar a Chapada e dar sua opinião. Jojot concordou e os dois optaram por comprar terras em Morro do Chapéu, pelo fato de a cidade possuir uma estação meteorológica e um estudo geológico completo. Vaz comprou, então, a Fazenda Alto do Bonito de 54 hectares em Morro do Chapéu.
O agrônomo adormeceu o projeto por alguns anos, enquanto trabalhava no Governo da Bahia. Mas isso o aproximou de outro agrônomo, Giuliano Elias Pereira, da Embrapa. E os dois convenceram o então governador Jaques Wagner a viajar a Champagne, na França, e colocar R$ 400 mil do governo estadual no projeto.
"Em 2014, a Embrapa fez um relatório certificando a viabilidade da produção de vinhos na região", conta Vaz. "Com isso, a Secretaria de Agricultura fez o zoneamento agroclimático da região para o plantio de uvas viníferas. E os interessados em produzir vinhos puderam ter acesso a crédito. Hoje são quatro vinícolas só em Morro do Chapéu."
O milagre da colheita de inverno
A chave do surgimento de novas regiões produtoras no país é a colheita de inverno. Isso porque, em boa parte do Brasil, chove muito no verão, que é o período natural da colheita, dificultando a produção de uvas viníferas por abrir espaço para o surgimento de doenças.
Colher em julho e agosto é possível graças à técnica da dupla poda desenvolvida nos anos 2000 pelo agrônomo Murillo de Albuquerque Regina, então pesquisador da Epamig (Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais).
"O Brasil é o único país do mundo, que eu saiba, onde há colheita de inverno", diz o agrônomo e enólogo Giuliano Elias Pereira. Pesquisador da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) Uva e Vinho. Ele é o principal responsável pelos estudos de desenvolvimento da vitivinicultura na Chapada Diamantina.
"Em 2010, plantamos uma série de variedades para testar e a primeira colheita aconteceu em 2012", conta. Pereira e sua equipe levaram então as uvas para a Embrapa de Petrolina e lá produziram os primeiros vinhos. "Ficaram espetaculares", garante.
Nordeste: um jovem produtor de vinhos
O Nordeste, na verdade, ainda é uma região vinícola jovem. Mesmo assim, seus números são notáveis. Em 2021, a região produziu cerca de oito milhões de litros de vinhos finos (variedades europeias) e mais de 13 milhões de litros de vinhos de mesa (variedades americanas).
Além da Chapada Diamantina, há iniciativas isoladas em Alagoas e Sergipe. Na própria Bahia, na fronteira com Goiás e Minas Gerais, a Fazenda Santa Luzia, do grupo Trijunção (que pertence a José Roberto Marinho/Rede Globo), tem um projeto vinícola em parceria com a Embrapa. Ali também os vinhedos estão a mais de mil metros de altitude e a colheita será de inverno.
Que tal então conhecer mais sobre os vinhos, queijos e embutidos da Chapada Diamantina e oferecê-los como diferencial de seu negócio?
Leia mais em:
https://janoo.com.br/lugar/vinicola-vaz/?tab=content
http://observatoriogastronomico.senac.br/ingredientes/queijos-artesanais-da-bahia/
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Como adotar práticas ESG e se tornar uma marca responsável
O ESG (Environmental, Social and Governance) é um termo que sintetiza preocupações com questões relacionadas ao meio ambiente, social e governança. É essencial que as pequenas e médias empresas atuem dentro das boas práticas de ESG. Environmental ou meio ambiente diz respeito a uma atuação de baixo impacto ambiental. O social está relacionado à responsabilidade social e à atuação junto aos colaboradores e à comunidade. Já governance ou governança se baseia na transparência, prestação de contas, ética e na gestão eficiente e efetiva. Atualmente, investidores e sociedade esperam uma nova postura das empresas. Ser responsável e manter boas práticas de ESG é um diferencial que traz algumas vantagens, como: Incentiva investimentos Geralmente, as empresas que adotam práticas ESG são estáveis e têm um maior controle dos seus gastos e custos. Elas transmitem mais segurança para investidores e clientes. Performance financeira Um fator leva a outro. Com mais investimentos, melhor a performance financeira. Empresas com práticas de ESG focam mais na performance, na otimização de processo, o que poupa recursos. Fortalecimento do relacionamento com cliente Uma boa reputação fideliza e atrai mais clientes, já que eles se identificam com os valores da organização. Retenção de talentos Como o ESG promove a qualificação e o cuidado com os colaboradores, a empresa consegue reter seus talentos e promover um clima organizacional de qualidade. Diminui o desperdício A redução de custos está presente nos três eixos do ESG, de maneira que acabam promovendo novos hábitos e uma mudança da cultura organizacional sustentável. Também é possível reduzir riscos financeiros, já que a empresa passa a ter uma postura mais consciente, seja no uso dos seus recursos ou no controle das suas ações. Como criar uma marca responsável? Confira boas práticas para se criar uma marca responsável de acordo com os pilares do ESG: Meio ambiente Você pode adotar um modelo de negócio com base na ecoeficiência, propondo, por exemplo, a diminuição do consumo energético e hídrico, evitando desperdícios ou incentivando o uso de garrafas e copos de vidro em vez de plástico. Social Promova a diversidade e a inclusão. Invista na qualidade do ambiente de trabalho. Ofereça condições e segurança no contrato de trabalho dos seus colaboradores. Opte por fornecedores locais e faça parcerias. É uma maneira de contribuir para o desenvolvimento econômico da sua cidade. Governança Defina e promova regras de conduta ética para que todos os colaboradores tenham comportamento adequado e alinhado com os valores da empresa. Faça um planejamento dos gastos e mantenha o controle e a avaliação constante. O ESG não é apenas para as grandes empresas, todo empreendedor deve ter responsabilidade com seu negócio e reverter em boas práticas para a sociedade. Além de ser apropriado, é estratégico e um diferencial que pode atrair investidores e clientes. Para saber mais, leia os textos a seguir: Sustentabilidade: a prática que só gera vantagens 5 tendências para uma indústria de moda mais digital e sustentável
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O que é PLR no marketing digital
PLR é a sigla para Direitos de Marca Própria ou Private Label Rights. São infoprodutos com licença de propriedade intelectual, que você adquire e pode modificar e revender no mercado. PLR é um conceito utilizado na comercialização tanto de produtos físicos quanto digitais. No entanto, no marketing digital e de afiliados, ele popularizou-se nos últimos anos com os infoprodutos que podem ser customizados e revendidos. Eles podem ser e-books, cursos on-line, vídeos, landing pages, infográficos, podcasts, entre outros. Quando um infoprodutor opta por um PLR, ele não cria um conteúdo original. Ele adquire os direitos de uso e revenda do material, podendo assim customizar e utilizar como quiser. Uma das vantagens é que ele não precisa investir na produção e pode trabalhar com foco no marketing digital do infoprodutos. Além disso, aumenta a agilidade e escala na produção do conteúdo. Como você já parte de um conteúdo pronto, você ganha tempo, afinal, produzir conteúdo requer dedicação, planejamento e outros fatores. Basta adaptar o material que você comprou à sua identidade e necessidade. Diminuindo esse tempo de produção, também reduzem os custos envolvidos no processo. Por exemplo, se você for fazer um vídeo, precisa ter uma câmera, iluminação, cenários, equipamento de edição, entre outros. O PLR acaba sendo ideal para quem está iniciando seu processo de empreendedorismo e deseja escalar sua produção, com baixo custo. Para decidir qual é o melhor PLR, você precisa, antes de tudo, conhecer o seu público-alvo, o seu nicho de mercado. Quanto mais próximo do seu cliente, menos adaptações serão necessárias no PLR. Lembre-se de ter atenção com a qualidade e a reputação do PLR para não ter problemas futuros. Uma das desvantagens desse tipo de produto é, exatamente, a baixa qualidade. Como o PLR é feito para que outros infoprodutores façam a adaptação e revendam, pode ser que ele fique muito genérico e superficial. Outro problema pode ser o conteúdo semelhante em vários tipos de PLR. Para ter sucesso, o ideal é diferenciar o seu produto, trazer algo novo e relevante ao cliente. Uma dica é utilizar o PLR ao longo do funil de vendas, como brindes e incentivos para que os leads se cadastrem na sua lista de e-mails e, assim, você comece um relacionamento mais próximo com eles. Outra opção é para quem deseja criar um curso on-line mas não tem as habilidades necessárias ou tempo para fazer. Você também pode optar por criar um PLR para outros negócios e afiliados. Entretanto, para isso, é preciso ter experiência e conhecimento na temática do infoproduto para que ele seja de qualidade e atraia potenciais revendedores. Percebe-se que o PLR é mais uma alternativa dentro do marketing digital. Você pode focar nele ou utilizá-lo ao longo da sua estratégia. A garantia do sucesso está no bom planejamento e acompanhamento das métricas das suas ações. Conhecendo seu público, adaptando, testando e avaliando, é possível saber se você está indo pelo caminho certo ou se deve fazer ajustes. Para saber mais, leia os textos a seguir: Quais os benefícios do mercado de afiliados para o empreendedor? Varejo on-line: o programa de afiliados
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Confira 5 aplicativos gratuitos para editar suas imagens
Aplicativos de edição de imagens podem ajudar na hora de publicar o seu conteúdo nas redes sociais de forma mais atrativa e profissional. Isso porque eles permitem que as imagens sejam ajustadas e melhoradas com ferramentas, como correção de cor, contraste e brilho. Além disso, esses apps oferecem opções de filtros e efeitos visuais, que dão um toque extra aos posts. Como são fáceis de usar e acessíveis, muitos aplicativos permitem que os empreendedores produzam conteúdo de qualidade, sem gastar muito dinheiro com softwares de edição, que costumam ser caros. São muitas as vantagens de se utilizar os editores de imagem na hora de produzir o seu conteúdo para as redes sociais. Você pode retocar suas imagens, gerenciar sua galeria de fotos pelo celular, fazer ajustes manuais, além de conseguir incluir texto e outros ícones nas suas publicações. Separamos cinco aplicativos de edição de imagens que possuem verões gratuitas para Android e iOS. Confira! Adobe Lightroom Com o Adobe Lightroom você pode ajustar cor, brilho, contraste e textura das imagens. Ele também permite que o usuário crie suas próprias definições ou utilize a função automático, que melhora a qualidade da imagem. O aplicativo é gratuito, mas traz ferramentas pagas, como remoção de pessoas e objetos. Canva O Canva possui uma versão para desktop e o usuário pode acessar a plataforma sem precisar baixar o aplicativo. É possível editar imagens e vídeos, fazer montagens, apresentações e outros documentos, como cartão de visita. É uma plataforma de design que traz layouts prontos para serem personalizados. Pixlr Pixlr possui versões para desktop e smartphones. É indicado para correções ou criação de imagens. O aplicativo tem funcionalidades como filtros, realce de cores, redimensionamento ou corte de fotos. Também tem pincéis, efeitos especiais, filtros, sobreposição, molduras e caixas de texto. O aplicativo é gratuito, mas possui uma versão paga sem anúncios e com mais recursos. Snapseed É o editor de fotos do Google. O Snapseed traz recursos de edição presentes em softwares profissionais, como equilíbrio da iluminação, ajuste de cores, mudança de perspectiva da imagem, entre outros. Você também consegue aplicar filtros e efeitos, ajustar a intensidade e desfazer ações anteriores. VSCO É um aplicativo de edição muito utilizado pelos usuários do Instagram porque tem filtros que podem ser aplicados nas fotos publicadas. Com o VSCO, é possível aumentar e diminuir intensidade, adicionar molduras, ajustar contraste e claridade das imagens. São 12 opções de filtros na versão gratuita. Para obter mais efeitos, é preciso fazer uma assinatura premium. Com esses aplicativos de edição de imagens, você consegue publicar conteúdo de qualidade e atrair a atenção do seu público. Eles fazem com que você transmita uma imagem de profissionalismo e, consequentemente, de confiança. Por isso, aproveite as versões gratuitas e use a criatividade na hora de publicar suas fotos. Para saber mais, leia os textos a seguir: Confira o guia de tamanhos de imagens para cada mídia social Quatro ferramentas fáceis e gratuitas para criar e editar imagens
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