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As empresas Trashin, Multipet e Mogai representarão o Brasil no Get In The Ring, competição global de empreendedorismo com mais de 200 cidades na Holanda
Os empreendedores da Trashin, com Bruno Quick, diretor técnico do Sebrae, no certame Desafio Like a Boss, em Florianópolis: participação garantida em evento internacional de startups na Holanda (Foto/crédito: Divulgação/Sebrae)
O Startup Summit encerrou sua edição 2022 com o anúncio dos grandes vencedores do Desafio Like a Boss, iniciativa do Sebrae voltada a acelerar a expansão de empresas brasileiras de inovação em estágio de validação, operação ou crescimento. O evento integra o calendário oficial de celebração dos 50 anos do Sebrae, fundado em 1972.
As empresas Trashin, Multipet e Mogai conquistaram, além da premiação, o privilégio de representar o Brasil no Get In The Ring, competição global de empreendedorismo que vai reunir representantes de mais de 200 cidades na Holanda. O Summit desse ano alcançou um número recorde de público. Foram 5,8 mil participantes presenciais e 25 mil online, entre 4 e 5 de agosto.
Durante os dois dias, doze finalistas do Desafio Like a Boss selecionados em etapas anteriores apresentaram seus pitchs, numa espécie de “ringue da inovação”: Yooga, Agricon, MultiPet, Acmella, MeuResiduo, Arbolink, Mogai, Even3, Liberfly, 5Hub, Find Tattoo e Trashin.
A ação do Sebrae compreende, além da competição com premiações, uma série de ações voltadas para o estímulo às startups em contextos de atuação nacionais e internacionais. Já foram realizadas mentorias, capacitações, consultorias, missões e outras atividades buscando o desenvolvimento das empresas para melhor atuação no mercado dentro e fora do país.
O diretor técnico do Sebrae, Bruno Quick, destacou a importância desse tipo de iniciativa para acelerar as startups brasileiras. “O que estamos fazendo aqui é único e, sem dúvida, impactará o desenvolvimento da economia brasileira a longo prazo. Ontem (4/8) lançamos o Polo de Referência em Startup e o Empretec Startups, duas novas soluções para alavancar negócios de base tecnológica e inovadora. Contem sempre com o Sebrae nessa jornada”, afirmou.
O head de marketing da Liberfly, quarta colocada na competição, Paulo Zanette, diz que a participação no Like a Boss abriu diversas oportunidades de networking. “O Startup Summit é um celeiro de inovação, tanto para relacionamento com clientes, como investidores. É a primeira vez que estamos participando, fomos selecionados pelo Sebrae ES para o Like a Boss e estamos impactados com a dimensão do evento”, comentou.
A Liberfly é uma startup direcionada para solucionar problemas aéreos. “Nós ‘compramos’ o problema do cliente e resolvemos toda a parte burocrática e jurídica. A pessoa que teve transtorno com extravio de malas, por exemplo, recebe a indenização online em até 48h e nós tocamos o processo”, explica.
As 24 startups finalistas
O Desafio Sebrae Like a Boss, iniciativa liderada há 10 anos pelo Sebrae no Brasil, tornou-se a principal competição de startups no país, e se constitui ainda como a etapa nacional do “Get In The Ring” e da “Copa do Mundo de Empreendedorismo”.
A seleção das 24 finalistas foi feita por um júri de especialistas e por meio de uma votação online com mais de 30 mil votos. O Desafio Sebrae Like a Boss é resultado do trabalho em conjunto entre Sebrae Nacional e Instituto Inova+.
As empresas que participaram da final em Florianópolis foram escolhidas a partir de um grupo de 100 concorrentes, nas diversas etapas seletivas em todo o território nacional. Elas tiveram agora uma grande oportunidade de visibilidade e conexão em nível nacional e internacional, além de contar com mais de 20 horas de treinamento e 10 horas de mentoria especializadas individuais.
As startups reconhecidas em Florianópolis representarão o Brasil nas competições internacionais e serão conectadas com oportunidades concretas de internacionalização com atores relevantes dos ecossistemas da Europa, China, América do Norte, América do Sul e Oriente Médio.
“Trata-se da oportunidade ideal para as startups apresentarem seus projetos e se aproximarem de novos clientes e do mercado, podendo ter contato com fontes de recursos e financiamentos, além de vislumbrar alternativas para desenvolverem seus negócios em nível local e global. Esse será um momento importante para o ecossistema local de startups”, comenta a analista de Inovação do Sebrae, Cristina Mieko.
Conheça a seguir quem foram as 24 startups finalistas:
• Agricon Business
• MeuResíduo
• Even3
• Mogai Tecnologia de Informação S.A.
• Atmos
• LunaGreen
• Arbolink
• Trashin
• 5hub Comunicação Inteligente
• Zelle
• MultiPet (Guia Empreendimentos Inovadores LTDA)
• Find Tattoo
• Arvorah ─ conectando cuidado e bem-estar
• Acmella Beauty (Botica Vida Cosméticos)
• Fonte de Preços
• Life Biological Control
• Liberfly
• naPorta
• Polimex Bioplásticos
• Ayo
• Yooga Tecnologia
• Onegrid
• SalvAr
• Isobloco
Recorde de público
Na quinta e maior edição do Startup Summit, o evento reuniu 5,8 mil participantes inscritos para as atividades presenciais e 25 mil inscrições para as transmissões online. Entre os presenciais, 3,1 mil são catarinenses e 36% eram provenientes de outros Estados. A maior parte era de São Paulo (714), seguida de Rio Grande do Sul (529), Paraná (413) e Minas Gerais (183).
Sobre o Sebrae 50+50
As atividades que marcam a celebração dos 50 anos do Sebrae giram em torno do tema “Criar o futuro é fazer história” e procuram mostrar a conexão da instituição com o Brasil. Denominada Projeto Sebrae 50+50, a iniciativa enfatiza as ações atuais nos três pilares da instituição: aprimorar a gestão empresarial, desenvolver um ambiente de negócios saudável e inovador para os pequenos negócios e promover a cultura empreendedora. Mostra também a evolução desde a fundação em 1972 até os dias de hoje, com um olhar para o futuro, ao mesmo tempo, voltado para os novos desafios do empreendedorismo no país.
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Abrir uma startup dá trabalho e muitos empreendedores não veem a hora de conquistar um aporte para poder expandir seus negócios. Mas, investimentos são baseados em critérios como confiança, retorno sobre o capital e o encaixe entre as estratégias do fundo e da empresa investida. Por isso, um investimento em early-stage (fase inicial) pode demorar mais do que você pensa. Cada investidor tem um timing próprio e um processo de avaliação diferente. No Brasil, existem quatro tipos mais comuns de investidores:1. Angels que atuam individualmente Também conhecidos como “investidores-anjo”, se tiverem boas referências do empreendedor e do projeto, podem levar de 2 a 8 semanas para investirem uma média de R$ 100 mil (ou até mais que isso, em alguns casos).2. Grupos de Angels Grupos de angels atuando em conjunto costumam avaliar projetos em fóruns semestrais. Aproveitando a janela de oportunidade e sendo aprovado para os fóruns na hora certa, você pode conseguir de R$ 200 mil a R$ 500 mil em até 3 meses.3. Fundos de capital semente com recursos privados (como a Astella ou Monashees): Os fundos com recursos privados geralmente definem suas próprias regras porque tem mais flexibilidade para negociar acordos junto aos seus diversos investidores. Alguns deles podem avaliar sua empresa, sumir por um tempo e reaparecer com uma proposta. Outros podem ajudá-lo a melhorar a empresa informalmente e, ao final de vários meses de interação constante, fazerem uma proposta formal de investimento para fechá-la em poucos dias. Fundos como esses tendem a fazer um primeiro aporte de R$ 200 mil a R$ 1 milhão em um período entre 3 a 6 meses para projetos realmente atrativos.4. Fundos de capital semente com capital público em sua composição (como a Confrapar e alguns fundos da FIR Capital) Nesse caso, os fundos têm regras específicas e investidores institucionais, aumentando a formalidade do processo de avaliação. Por isso, podem levar de 3 a 6 meses somente para avaliar se a empresa está apta a receber um investimento de entre R$ 1 milhão e R$ 5 milhões. Na média, projetos maduros recebem R$ 2 milhões em até 6 meses, contando 3 meses para avaliação e 3 meses migrando a empresa para a nova estrutura de capital. Como organizar seu contato com investidores Interagir com o tipo certo de investidor é importante porque traz conselhos relevantes e ajuda a medir a atratividade do seu projeto. Mesmo assim, essa prática deve ser muito bem gerenciada: o empreendedor não pode ficar muito tempo sem obter feedback, mas também não pode gastar tempo demais atendendo às demandas dos investidores. Também é importante ressaltar que a pior hora para conseguir investimentos é quando o dinheiro acaba, a ponto do projeto congelar ou mesmo morrer. Planeje-se para engrenar sua startup antes dessa hora chegar ou gerencie seu contato com os investidores certos para acioná-los na hora certa. Autor convidado: Yuri Gitahy, fundador da Aceleradora.