Se os últimos meses ficaram apertados e você não conseguiu manter o pagamento da DAS-MEI em dia, saiba que é possível parcelar e regularizar.
Maikon Richardson
· Atualizado em 12/04/2023O que é a DAS-MEI?
Pode parecer falta de cuidado o não pagamento da parcela mensal da Declaração Anual Simplificada (DAS-MEI) que atualizado para o ano de 2022 tem o valor de R$ 60,60 mensal.
Mas, apesar de para muitos parecer um valor baixo e fácil de pagar regularmente, é importante pensar nos microempreendedores que estão no início da carreira, com negócios ainda bem pequenos.
Talvez você já tenha passado por isso. Imagine estar começando a movimentar o seu negócio e dar de cara com o vilão da burocracia?
Para quem ainda não está acostumado com o caminho das pedras, isso pode ser um perigo e as dívidas podem acumular.
Mas calma! Se isso aconteceu com você, saiba que é possível, sim, reverter essa situação.
O primeiro passo para o Microempreendedor Individual (MEI) que por algum motivo não está conseguindo efetuar o pagamento dos boletos é começar agora, não tem como fugir disso!
E o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) separou dicas importantes para que você MEI mantenha a sua situação regularizada junto à Receita Federal e ao INSS por meio do pagamento do DAS-MEI.
O pagamento mensal do Documento de Arrecadação do Simples Nacional, popularmente conhecido como DAS-MEI, que aceita faturamento apenas até o teto de R$ 81 mil anual, é o documento com o qual o microempreendedor contribui tanto para a Receita Federal, quanto para o INSS.
Este documento funciona como um regime compartilhado que engloba arrecadação, fiscalização de tributos e cobranças aplicáveis a Microempresas ou empresas de pequeno porte, de forma simples e unificada.
A contribuição do microempreendedor ao INSS equivale a 5% do salário-mínimo, que levando em consideração o salário base de 2022, no valor de R$ 1.212,00, equivale à contribuição de R$ 60,60 mensal até o mês de dezembro do referido ano.
Lembrando que esse valor será reajustado acompanhando sempre o valor do salário-mínimo vigente na época.
Com o pagamento regular da DAS, é possível ter acesso a vários benefícios, como, por exemplo:
- Manter as obrigações fiscais;
- Ter acesso a vários direitos previdenciários (aposentadoria e auxílio-maternidade, por exemplo);
- Evitar inadimplência;
- Evitar novas despesas com multas e juros;
- Manter o nome limpo;
- Manter o CPF ativo.
Verifique sua condição financeira
Você precisa saber o quanto pode pagar para poder organizar o que precisa estar em dia.
Já ciente da situação financeira, pague no mínimo dois boletos por vez da Declaração Anual Simplificada (DAS), pois este é um tributo em que incidem juros, ou seja, quanto mais atrasado, maior vai ficar a dívida.
Dica:
Se você tem um total de 3 boletos em atraso e não pode pagar dois boletos de uma só vez, não se desespere, pague o boleto que estiver mais atrasado e o atual.
Repita o processo no próximo mês até ficar regular.
Parcelamento dos boletos MEI atrasados
Se você possui muitos boletos atrasados, calma, ainda há uma luz no fim do túnel.
Para seu alívio, a Receita Federal já permite duas opções de parcelamento, são elas o Ordinário e o Especial. Você pode acompanhar o processo de parcelamento das suas dívidas pelo MEI através da Declaração Anual (DASN).
Parcelamento Ordinário
O Parcelamento Ordinário é aberto por tempo indeterminado, ou seja, você pode fazer uso dele a qualquer momento, respeitando o limite máximo de 60 parcelas e o valor mínimo de R$ 50 reais.
Parcelamento Especial
O Parcelamento Especial fica disponível por 90 dias a partir do início do aplicativo. O limite máximo do número de parcelas é de 120; e o valor mínimo é de R$ 50 reais.
Segundo o Governo Federal, é preciso aproveitar a chance de parcelar a dívida com a Receita Federal enquanto os débitos não forem enviados para inscrição em Dívida Ativa da União.
Após o envio, o parcelamento deve ser solicitado junto à Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional.
Para fazer a negociação, são somados todos os meses atrasados com os acréscimos legais até a data em que foi agendado o pagamento da parcela de entrada.
O valor mínimo a se pagar na parcela é de R$ 50,00 e o parcelamento pode chegar até 60 vezes. O microempreendedor não pode escolher o número de parcelas a pagar, segundo o Governo Federal.
Para que o pedido de parcelamento seja deferido e você possa começar a quitar a sua dívida, o único pré-requisito após o acordo é o pagamento da primeira parcela.
Por isso tenha cuidado! O pedido de parcelamento perde todo o efeito se você não pagar a primeira parcela até a data do vencimento.
O Governo Federal explica que o pedido de parcelamento é registrado oficialmente como “confissão irretratável da dívida e confissão extrajudicial, nos termos do Código de Processo Civil (artigos 348, 353 e 354)”.
Para o MEI que está pensando em fazer a negociação, tenha em mente que você deve priorizar o pagamento, já que só é possível fazer apenas uma negociação de parcelamento por ano calendário.
Como fazer o parcelamento
O serviço de parcelamento da DAS pode ser feito apenas pelo contribuinte ou pelo representante legal.
O Sebrae preparou um passo a passo para te ajudar a regularizar o débito:
Pagamento total da dívida
Após o boleto do DAS estar com o pagamento atrasado, ele passa a não ter validade e você deverá gerar um novo DAS.
Você deve optar pelo pagamento de contribuição mensal e selecionar a opção boleto de pagamento.
O DAS será impresso com multa e juros, atualizado para a data informada para pagamento.
A multa será de 0,33% por dia de atraso, limitada a 20%, e os juros serão calculados com base na taxa SELIC para títulos federais, acumulada mensalmente, calculados a partir do mês subsequente ao da consolidação até o mês anterior ao do pagamento, e de 1% (um por cento) relativo ao mês em que o pagamento estiver sendo efetuado.
Como parcelar
A Receita Federal disponibiliza o aplicativo “Parcelamento – Microempreendedor Individual”, sistema que permite ao microempreendedor fazer a solicitação do parcelamento de todos os débitos apurados no Simei em cobrança na RFB (INSS, ISS e ICMS), em no máximo 60 (sessenta) parcelas.
O parcelamento também pode ser solicitado pelo Portal e-CAC disponibilizado pela Receita Federal.
Parcelamento de débitos do Microempreendedor Individual
Com a Lei Complementar n.º 155, de 27 de outubro de 2016, é permitido parcelar os débitos do MEI. O parcelamento convencional pode ser solicitado a qualquer tempo.
Mas, atenção: serão somente parcelados débitos já vencidos e declarados por meio da DASN na data do pedido de parcelamento.
Agora que você já conhece as formas de regularizar sua situação, não perca tempo, pois os boletos atrasados geram muitas dificuldades para o MEI, como juros diários, e impossibilitam a baixa da empresa e a realização de declarações anuais.
Declaração Anual do Simples Nacional (DASN-SIMEI)
Com os pagamentos das parcelas do DAS quitadas, é possível fazer a Declaração Anual do Simples Nacional (DASN-SIMEI).
Todos os Microempreendedores Individuais (MEIs) são obrigados a declarar o Imposto de Renda como pessoa física e a entregarem a Declaração Anual do Simples Nacional (DASN-SIMEI), que também é reconhecida como uma obrigação e responsabilidade deste empresário.
As principais informações a serem apresentadas são as receitas obtidas durante o ano, segundo os diferentes tipos de atividades, como comércio, indústria e prestação de serviços.
Segundo o Governo Federal, caso o Microempreendedor Individual (MEI) não tenha apresentado dentro do prazo a Declaração Anual do Simples Nacional, ele ainda pode entregá-la, mas deverá pagar uma multa de 2% a cada mês de atraso, com o limite de 20% sobre o valor total dos tributos declarados ou o mínimo de R$ 50.
Nesse caso, não dá para escapar da multa, emitida de forma automática logo após a transmissão da declaração.
Se a situação das suas finanças ficou um pouco complicada e você precisou atrasar o pagamento, não demore muito a regularizar o seu CNPJ.
Quem está irregular fica impedido de gerar o Documento de Arrecadação do Simples Nacional (DAS), restando assim inadimplente e com baixas chances de acessar benefícios como empréstimo junto a bancos.
Outras consequências também pesam para o exercício da profissão, como o bloqueio dos benefícios previdenciários pela falta do pagamento das arrecadações e a impossibilidade de parcelar os débitos enquanto não fizer a declaração.
Mais informações
Uma boa gestão financeira permite o sucesso da empresa, pois com tudo em dia e organizado, o MEI pode focar em ações que evidenciem seu negócio e aproveitar as vantagens de estar regular, como o acesso aos benefícios da previdência social; ao crédito bancário; participação em licitações, entre outras.
Sua empresa só tem a ganhar.
Para mais informações, você pode acessar o Portal do empreendedor e, é claro, lembre-se que o Sebrae Amapá dispõe de orientações sobre gestão empresarial exclusivas para os Microempreendedores Individuais.
O principal objetivo é contribuir com a melhoria da gestão de seu negócio.
Faça-nos uma visita, para o Sebrae Amapá é uma satisfação lhe ajudar.
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O atendimento do Sebrae é destinado a pequenos negócios. A empresa é de porte. Você está utilizando os serviços do Sebrae porque possui parcerias que atuam em benefício dos pequenos negócios?
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Veja como calcular custos e preço de venda na prestação de serviços
Afinal, o que é preço de venda? Saber calcular os custos e preço de venda na prestação de serviços é muito importante para os pequenos negócios empresariais, formados pelas micro e pequenas empresas (MPE), pois dá um maior controle das despesas, o que é necessário para manter as contas sempre em dia e não perder benefícios. Mas esta é uma dúvida recorrente entre muitos empreendedores. A falta de informação e /ou a não utilização da ferramenta contábil prejudica a tomada de decisão. Por isso, o gestor deve enxergar o contador como aliado para seus negócios. Por outro lado, o profissional contábil deve conhecer os recursos da ferramenta contábil e garantir informações precisas para que o gestor possa tomar as decisões mais acertadas, garantindo dessa forma vantagens competitivas. Pensando nisso, elaboramos este artigo com informações essenciais para calcular os custos e preços de venda na prestação de serviços, com o uso da ferramenta contábil. Entender o conceito de preço de venda ajuda a calcular de forma correta os custos e preços na prestação de serviço, o que é essencial para o sucesso de seu negócio. Trata-se do valor que a empresa cobra para manter o negócio e obter ganhos, que deve ser o suficiente para pagar todos os custos dos produtos e serviços ofertados e ainda sobrar para a empresa ter lucro nas operações. O preço de venda, então, tem o objetivo de gerar uma margem de lucro, além de cobrir despesas como: materiais; equipamentos; mão-de-obra; pagamento de contas (aluguel, água, luz); imprevistos. O preço de venda deve ser competitivo e, na medida do possível, ser melhor que o da concorrência, deve permitir a manutenção do cliente e a expansão das vendas. A importância de calcular os custos e preços de venda Calcular os custos com uma ferramenta contábil ajuda o empreendedor no desafio de encontrar o preço ideal para não ter prejuízo quando for cobrar dos clientes e, mais uma vez, você deve lembrar: o seu contador é o seu melhor aliado! Para decidir sobre o preço de venda na prestação de serviços é preciso, além de conhecer todos os custos e despesas, sem deixar nada de fora, também olhar um pouco para o “terreno do vizinho” e verificar o preço praticado na concorrência. Afinal de contas, como você sabe, os clientes estão sempre pesquisando preços e, simultaneamente, procurando qualidade, tanto dos serviços quanto do atendimento. Assim, os preços calculados por fórmulas servirão apenas como um referencial para comparação com os de mercado. Isso não significa dizer que não devemos calculá-los, ao contrário, esse cálculo nos dará um parâmetro para avaliarmos se a nossa estrutura de custos nos permite ser competitivos. E como calcular os custos de preço e venda da prestação de serviços? O preço de venda precisa sempre ser revisto, seja por aumento no preço de compra de materiais empregados na prestação dos serviços, por exigência dos consumidores ou pela concorrência, e assim, se enquadrar nas regras do mercado. Terminologia Para fazer o cálculo, os conceitos utilizados na área de custos são: Custos Fixos: todos os gastos que não variam em função dos volumes produzidos; Custos Variáveis: gastos que variam proporcionalmente aos volumes produzidos. Custos Diretos: gastos que podem ser apropriados diretamente ao produto ou ao serviço. Custos Indiretos: gastos que, para serem incorporados aos produtos ou aos serviços, utilizam um critério de rateio, também são chamados de despesas (por não terem ligação direta com a produção). Como a empresa de serviços não pratica atos do comércio, isto é, não compra nem vende mercadorias, e muito menos pratica operações caracterizadas como industriais, esse cálculo se torna prioridade. E quando o preço dos serviços inclui o material a ser gasto, mesmo assim, podemos dizer que o prestador de serviço não está vendendo o material, este é, apenas, o custo dos serviços prestados. Para facilitar o entendimento da apuração do preço de venda na prestação de serviços, vamos considerar que a empresa é uma lavagem de automóveis, e está efetuando um serviço de lavagem completa, enceramento e polimento, e que o serviço será executado em 08 horas.
Wed Apr 12 18:40:00 BRT 2023
Veja como organizar o controle de contas a pagar da sua empresa
Como esse método vai me ajudar? Pagar as contas do fim do mês, não é uma tarefa nada fácil. Mas existem formas que podem ajudar você, a facilitar esse trabalho. Uma delas, é o Controle de Contas a Pagar, um método financeiro, onde são registrados todos os pagamentos de uma empresa, ajudando a manter a lucratividade. Para muitos empreendedores, principalmente no caso de quem viu o negócio crescer rapidamente e ainda não tem bastante experiência com a parte financeira, o controle de contas a pagar representa um gargalo na administração empresarial. Mas, é necessário ter em mente que esse também é um ponto que vai fazer toda a diferença e é indispensável para a saúde do seu negócio. É preciso lembrar também que o problema não é o surgimento de dívidas, sendo comum em qualquer negócio e na maioria das vezes acontece, seja em empresas grandes ou pequenas. O problema real é não saber como gerenciar as dívidas e deixar que elas se tornem uma bola de neve. Contrair dívidas como empréstimos é algo bastante comum, mas os juros devem ser controlados. É preciso ter em mente que esse valor deve ser utilizado para multiplicar as suas finanças e não puxar o seu negócio ladeira abaixo. Segundo o Administrar On-line, empresa que disponibiliza dicas de gestão financeira por profissionais do ramo, fazer estes cálculos evita gastos sem necessidade, como pagamento de juros, multas e outras despesas. Você deve colocar na sua planilha os gastos que vão acontecer futuramente e que já estão agendadas, e até mesmo as imprevisíveis, mas que você imagina que podem ocorrer, afinal de contas nunca se sabe quando você vai precisar de uma ajudinha extra. O controle de contas a pagar possibilita a identificação dos seguintes elementos: Monitoramento de todas as obrigações a pagar: É necessário fazer um levantamento de todas as contas que você precisa pagar mensalmente. Não dá para deixar para o mês seguinte esse tipo de dívida, pois essa prática pode resultar em um acúmulo difícil de controlar. Prioridade aos pagamentos, na hipótese de dificuldade financeira: Se são tempos difíceis para a sua empresa, não dá para ficar gastando com coisas que estão além das despesas necessárias, o supérfluo pode sair caro e resultar em mais dívidas. Não permita a perda de prazo, para conseguir descontos: Quem não gosta de desconto não é mesmo? É bom ficar sempre atento para não perder esse tipo de benefício. Pagar as contas em dia é sempre a melhor opção! Não permita a perda de prazo, de forma que implique no pagamento de multa e juros: Nesse caso, a situação só fica ainda pior, por isso, fique sempre atento as datas de pagamento das contas. Forneça informações para elaboração do fluxo de caixa: Um bom gerenciamento da empresa não se limita apenas aos cuidados com os custos da Receita. É muito importante monitorar a entrada e saída de dinheiro e construir uma base de informações, que podem ajudar a prever e se antecipar em situações de risco. Conciliação com os saldos contábeis: A conciliação é uma forma de acompanhamento mensal, semestral ou anual que registra todos os valores creditados ou debitados da planilha contábil da empresa. Com os relatórios é possível fazer comparações e obter melhores resultados financeiros. Um relatório de empréstimo com a atualização de juros é um exemplo de demonstrativo para conciliação com os saldos contábeis.