Saber precificar é uma dificuldade encontrada em muitas empresas, desde as que recém abriram as portas e até mesmo para as experientes.
O produto ou serviço pode ser cobrado de acordo com os custos de uma empresa, mas também deve levar em conta a oferta das lojas do mesmo segmento. Situações diferentes exigem valores de venda diferentes. Por exemplo, você não pagaria por 15 reais em um coco verde no mercado, mas provavelmente o faria no calor, durante uma viagem para uma ilha paradisíaca.
Outro fator crucial a ser considerado é o valor atribuído à empresa, ou seja, significado que ela propõe. Não adianta querer anunciar seu produto como mil maravilhas, se você não tiver alguma razão para cobrar mais caro que outros concorrentes. O diferencial é fundamental para se destacar e ganhar mais.
O que é preço de venda
É o preço que se cobra dos clientes em relação ao que foi adquirido por ele. Em escalas pequenas, poucos centavos parecem insignificantes, mas em uma escala enorme de produção, cada centavo faz a diferença. Esse é um dos importantes motivos de entender o cálculo de preços.
Todo valor deve ser suficiente para conseguir quitar os custos e despesas. Para saber o preço de venda, faça o seguinte cálculo:
- Preço de venda = custos + despesas + lucro.
Confira no vídeo algumas informações que podem ajudar você a calcular o preço de forma justa. Preços extremos podem se tornar prejudiciais. O mesmo acontece ao vender algo muito barato, pois não trará lucros o suficiente e preços altos fazem o cliente procurar a concorrência.
Você poderá também participar da Trilha de Gestão Financeira do Sebrae e se informar sobre diversos temas relacionados ao preço de produtos e outros assuntos financeiros.
O preço de venda proposto na sua empresa não deve considerar apenas o valor das matérias primas e dos custos dos serviços ofertados. Nesse cálculo entram diversas despesas, incluindo luz, água, telefone, aluguel, limpeza, salários, e outros gastos.
Ao somar as despesas e custos, será possível chegar ao valor mínimo necessário, para que a empresa consiga se manter sozinha, sem injeção de dinheiro externo. A empresa está com R$ 0,00 de dívidas e de lucros. A partir desse ponto, tudo que entrar monetariamente será lucro.
Todo o dinheiro recebido a mais jamais deve ser distribuído aos sócios. Afinal, é o lucro da empresa, não dos empresários. Não misture suas contas pessoais, enviando-as para empresa pagar. Tais atitudes são prejudiciais para o empreendimento e inviabilizam o cálculo do preço. Veja alguns gastos categorizados:
Custos fixos
Analise primeiro os custos que você terá para fazer e para vender um serviço ou produto. Caso exija-se valores altíssimos para a produção, pode ser inviável conseguir vender. Afinal, provavelmente existirão concorrentes que oferecem soluções iguais ou parecidas por muito menos.
Os custos fixos são aqueles pagos mensalmente com o mesmo valor. Eles nada mais são que a soma dos produtos gastos na produção, que alteram (diminuem ou crescem). Um bom exemplo é o salário dos funcionários.
Custo variáveis
Os custos variáveis dependem da produção e venda de um negócio. O dinheiro é proporcional ao aumento da aquisição dos compradores e quantidade de produção. Exemplos de custos variáveis: matéria prima, embalagens, entregas, fretes e outros.
Veja como este tipo de custo funciona na prática:
- Em um mês, uma mulher fabrica dez vestidos, no mês seguinte ela fabrica vinte das mesmas peças. O consumo dos tecidos irá duplicar, porque ela passou a produzir mais para vender mais.
Além destas duas distinções de custos, existem outras três categorias em que podem ser encaixados. Conheça:
- CPV – é o custo dos produtos vendidos, em que geralmente as próprias empresas produzem o que vendem, sem que haja a terceirização.
- CMV – é o custo das mercadorias vendidas, ocorre em empresas que terceirizam produtos, trabalhos e outras atividades.
- CPS – é o custo dos serviços prestados, é encontrada em negócios que vendem serviços para seus clientes.
- Primeira etapa – some todos os custos fixos: aluguel, conta de luz e água, salários, materiais para escritório e todos aqueles que não são afetados pela produção.
- Segunda etapa – divida o custo fixo total pela quantidade de produtos.
- Terceira etapa – separe os custos variáveis, exemplo matéria-prima e embalagens.
- Quarta etapa – obtenha o preço salarial pago pelos produtos (considerando que a produção é terceirizada), que deve ser acrescido aos custos fixos.
- Quinta etapa – precifique e a margem de lucro desejada, calcule os impostos e as comissões (os três itens devem aparecer em forma de porcentagem). São chamados de Custo Total de Vendas (CVT).
- Sexta etapa - após calcular todos esses dados, você poderá encontrar o Mark up divisor (MKD), que mostra a quantia cobrada por um produto para saber o seu lucro real. A formula é representada da seguinte maneira:
- MKD = (100 – CTV) / 100
- MKD = (100 – CTV) / 100
- Sétima etapa – é o cálculo relacionado à venda, para descobrir o preço ideal. Com o resultado do MKD em mãos utilize-o como na fórmula abaixo:
- Preço de vendas = Custo do produto / MKD
Conheça o ponto de equilíbrio da empresa
O ponto de equilíbrio é o marco zero, onde todas as contas foram pagas, mas nenhum centavo foi lucrado ainda. Geralmente coincidem em um dia aproximado do mês. Isso significa que naquele instante, no ponto de equilíbrio, serão quitados quaisquer valores em aberto. Depois desse dia, centavo que entrar na empresa será um lucro.
Como fazer com que a sua empresa lucre mais?
Agora que você aprendeu a calcular os custos de sua empresa, veja como é possível aumentar o seu lucro, caso o faturamento esteja um pouco baixo. Uma boa dica é estudar o mercado no qual se está situado, traçar metas, prazos e objetivos.
Propaganda faz a diferença
Muitas pessoas acham que contratar profissionais de marketing ou fazer propaganda é apenas um gasto. Na verdade, ambos são investimentos, que quando feito da maneira certa, conseguem melhorar o engajamento e até mesmo aumentar as vendas. Eles ajudam a reter clientes e conquistar novos.
Se modernize e expanda seu negócio
Faça coisas que possam agregar para o crescimento da empresa e clientes. Bons exemplos são: frequentar as redes sociais, iniciar um e-commerce, contratar revendedores para ampliar a demanda de serviços.
Expanda seus canais das mais diversas maneiras: crie mais pontos de venda, inaugure lojas físicas, use plataformas e sites próprios pra poder vender. E aos poucos permita-se crescer no ramo empresarial
Organização faz toda a diferença
Depois de entender como funciona o dinheiro dentro da empresa, é hora de se organizar. Veja, analise e compare todos os gastos e o dinheiro que entra. Quando tudo fica bagunçado, é difícil analisar o que pode ou não ser cortado para gastar menos. Separando custos fixos e despesas, possibilita a visão da circulação de dinheiro e análise do que é necessário ou não.
Descubra quem mais compra e use-o ao seu favor
Faça com que os clientes que mais gastam voltem a comprar com você. Conseguir cliente novos é muito burocrático, caro e cheio de necessidades e investimento. Estudos sugerem que 80% dos lucros são obtidos por 20% dos clientes. Além do fato que é mais fácil e barato manter clientes do que conquistar novos.
Gerenciar corretamente os dados necessários, é possível descobrir quem faz parte dessa porcentagem. Ao oferecer pacotes exclusivos, descontos, programa de fidelidade, ou outras estratégias.
Depois de aprender os cálculos básicos para saber o quanto cobrar e se seu negócio está promovendo lucros, será mais fácil controlar os dados da sua empresa. Com as estratégias certas, as chances de crescimento da empresa são maiores.
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Setembro, 2020
Viabilidade Financeira
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Novembro, 2019
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Novembro, 2019
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Outubro, 2019
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