O uso execessivo e crescente dos recursos naturais, consequente das produções em grande escala, tem impactado negativamente o meio ambiente. O aumento das temperaturas e do nível do mar, enchentes e queimadas são alguns dos sinais da crise climática que nos cerca cada vez mais.
O aquecimento global causado pelo alto nível de gases de efeito estufa (GEE) emitidos na atmosfera aumentou significativamente nas últimas décadas. Quando liberados na atmosfera, esses gases - geralmente provenientes da queima de combustíveis fósseis - retém o calor na atmosfera, aumentando a temperatura média global e ocasionando desastres.
Como consequência, nos últimos anos, clientes, investidores e funcionários passaram a ter um olhar mais crítico quanto à responsabilidade ambiental das marcas com as quais tinham contato. Em estudo realizado pela agência de pesquisa norte-americana Union + Webster, por exemplo, constatou-se que 87% da população brasileira prefere comprar produtos e serviços de empresas sustentáveis e 70% dos entrevistados disse que não se importa em pagar um pouco mais por isso.
A indústria da moda, globalmente, precisa reduzir suas emissões de GEE pela metade até 2030 para evitar o aumento de temperatura média da Terra até 1,5°C, limite considerado seguro pelos cientistas. Como forma de contribuir para essa meta, as empresas têm investido em uma estratégia chamada neutralização de carbono.
Ser “carbono neutro” significa que a produção total de dióxido de carbono (um gás de efeito estufa) durante a produção em uma empresa é igual a zero. No entanto, isso não significa que as empresas terão emissões zero de carbono, mas que essas emissões serão compensadas, ou seja, contrabalançadas.
As vantagens de ser uma empresa carbono neutro: redução de custos, aumento da reputação, aproximação de investidores, captação de recursos premium e aquisição de talentos facilitada são algumas das vantagens que essas empresas possuem. Ao adotarem práticas responsáveis e preocupadas com o meio ambiente, as companhias são mais bem vistas por funcionários e fornecedores, que passam a valorizar cada vez mais a parceria e o espaço de trabalho. Assim como os clientes, que veem essas marcas com mais credibilidade.
Fonte: https://exame.com/negocios/sob-o-risco-de-perder-investidores-empresas-correm-para-se-adaptar-a-essa-nova-tendencia-veja-qual/