Gustavo Cerbasi dá dicas sobre finanças para a famílias empreendedoras.
Levando em conta o desejo de obter sucesso em seu negócio, você, empreendedor, precisa manter o controle de suas finanças pessoais para, então, passar a controlar as empresariais. Isso porque a situação financeira de um negócio torna-se reflexo das atitudes do próprio empreendedor. Ainda que o mercado e as operações externas guardem boa quantidade de razões para o sucesso de uma empresa, é a forma como o empreendedor gere o seu negócio que o leva mais rápido ou mais lentamente ao topo. Negócios com empreendedores que gerem de forma organizada suas finanças pessoais e empresariais costumam se aproximar de resultados mais positivos durante toda a trajetória. Saiba mais:
A necessidade de ter uma boa gestão financeira é fundamental para reduzir as dificuldades com relação ao lucro e a recorrência de financiamentos bancários. E como fazer essa gestão financeira? Planejamento Todo negócio começa a partir do planejamento e, nesse caso, começa com o planejamento financeiro. Defina os seus objetivos, as estratégias para alcançá-los, seus prazos e suas contas a pagar e também receber. Fluxo de caixa O fluxo de caixa é o responsável por proporcionar ao empreendedor uma visão clara e objetiva de como anda a situação financeira do seu negócio hoje. Ao alimentar essa ferramenta com os dados financeiros do seu empreendimento, você começa a entender as estratégias sobre onde investir mais e menos dinheiro. Assim, com essas habilidades bem sedimentadas, poderá refletir sobre a necessidade de recorrer ao crédito. Dívidas Dentro do seu negócio existem várias responsabilidades e arcar com todas elas pode ter, sim, o seu grau de dificuldade. Portanto, o mais importante é que o empreendedor saiba quanto possui disponível em caixa, quanto precisa ter para realizar todos os pagamentos e a quantidade necessária para investir em materiais e/ou produtos fundamentais para manter o negócio de portas abertas. Redução Reduzir custos é mais fácil do que parece, mas somente uma análise cuidadosa torna possível eliminar excessos. Para isso, comece pelos desperdícios: ao iniciar a organização da sua gestão financeira, é possível identificar aqueles gastos que não geram lucros para o negócio ou que ficam parados em estoque por tempo demais, por exemplo. Documentação Utilizar um tempo para organizar todas as suas documentações ajuda a evitar atrasos e, consequentemente, juros altos. O seu negócio possui diversos documentos e todos eles precisam estar guardados em algum lugar, seja físico ou digital.O importante é mantê-los em segurança. Prioridades Como dito anteriormente, planejar e separar todos os seus afazeres por prioridades faz com que seja mais simples saber o que precisa ser resolvido com urgência e o que pode esperar um pouco mais. Lembre-se de que a sua equipe também faz parte do negócio, portanto, eles também precisam saber onde concentrar suas atenções primeiro. Automação Automatizar processos dentro do seu negócio é o mesmo que aproveitar melhor o seu tempo e o tempo da sua equipe. Conte com sistemas e ferramentas tecnológicas de negócios para auxiliar. Assim, você reduz o tempo gasto em processos e diminui as chances de erros que o fariam perder ainda mais tempo para corrigir. Para concluir, fazer uma boa gestão financeira não precisa ser uma tarefa difícil. Organize-se, planeje-se e mantenha-se atualizado com relação às mudanças do mercado. Além disso, considere o investimento na automação dos processos diários do seu negócio. Saiba mais: O financiamento dos pequenos negócios no Brasil. Apoio financeiro para a inovação nos pequenos negócios.
Manter-se organizado em relação à sua empresa e finanças é característica fundamental para alcançar êxito. Portanto, é necessário entender como fazer isso. Qualquer empresa se inicia com uma estrutura de gerenciamento, disciplina e controle. Por isso a importância de saber monitorar o seu fluxo de caixa, criar procedimentos e utilizar de ferramentas que facilitem o seu dia a dia. O fluxo de caixa é a ferramenta de maior importância dentro de uma empresa, é ela quem controla as contas a pagar e receber, além de determinar um padrão para tomada de decisões estratégicas e seguras para seu crescimento. Ou seja, a ferramenta tem como finalidade indicar o seu fluxo financeiro recente para então prever capital de giro ideal para pagamentos necessários à sua empresa, como impostos, folha de pagamento, aluguel e outros. Dedicar-se ao andamento do seu negócio com um fluxo de caixa desatualizado e carente de atualizações diárias infelizmente é um erro comum e causa o fechamento de portas para muitos empreendedores brasileiros. Portanto, crie uma frequência diária ou semanal para não permitir que seu fluxo fique desatualizado ou transmitindo informações desatualizadas. Como elaborar um fluxo de caixa eficiente? Receita e despesa por categoria: O fluxo de caixa é uma ferramenta capaz de organizar, em categorias, entradas e saídas divididas em receitas e despesas. A partir da divisão por categorias, é possível notar com mais facilidade o valor de sobras ou faltas de recursos, assim como identificar os maiores gastos que interferem no seu fluxo de caixa, o que permite pensar estrategicamente sobre esses gastos. Redução de prazo do estoque: A organização dentro da sua empresa a torna mais competitiva no mercado. Para definição de estoque, atente para o fato de que, quanto menor o estoque, menor a obrigação de capital investido. Porém, lembre-se também de não permitir que faltem produtos para vender. Negociação de prazos com fornecedores: Em momentos de negociações, tenha conhecimento do seu fluxo de caixa e combine o pagamento de fornecedores de acordo com a sua disponibilidade de caixa. Lembre-se de priorizar o seu caixa, ganhe tempo. Crie uma reserva financeira em dinheiro: O capital de giro é como um segundo plano, uma quantidade reservada para momentos que não estavam na agenda. Esses imprevistos podem ser desde a quebra de um equipamento da empresa até crises de mercado. Portanto, planeje-se para salvar dinheiro. Projeção do fluxo de caixa para o curto e longo prazo: Observe suas entradas e saídas financeiras e junte dados suficientes que poderão interferir em suas movimentações futuras. Empreendedor, fica bem mais simples evitar riscos e gerir um negócio com um fluxo de caixa bem alimentado e organizado. Caso precise de mais informações sobre esse assunto, não deixe de buscar auxílio no Sebrae mais próximo ou entrar em contato com a nossa Central de Relacionamento: 0800 570 0800. Saiba mais: Curso - Como controlar o fluxo de caixa Curso - Fluxo de caixa como ferramenta de gestão para o seu negócio
Aquelas empresas que decidem adotar o fluxo de caixa no seu dia a dia geralmente o tem mais como um instrumento de acompanhamento dos pagamentos e recebimentos no curto prazo do que como um instrumento de gestão. Um fluxo de caixa eficiente, além de considerar as saídas de caixa, seja para as despesas do dia a dia ou para a realização de investimentos, aquisição de ativos, estoques, contratação de pessoas, entradas de caixa etc., deve estar alinhado com o orçamento e o plano de negócios do empreendimento, além contemplar uma visão de médio e longo prazo. Algumas dicas para a elaboração de um fluxo de caixa eficaz: Inventário: faça um levantamento de todas suas despesas e receitas, atuais e futuras, planos de investimento e expansão, preferencialmente alinhados com seu plano de negócios, e os organize por natureza (operacional, não operacional e investimentos). Horizonte: o ideal é que o fluxo de caixa contemple um horizonte correspondente ao ciclo operacional da empresa. Normalmente esse ciclo compreende o período de um ano, mas atividades de ciclo mais longo exigirão um horizonte maior. Empresas que trabalham com encomenda ou por safra, por exemplo, devem considerar o tempo médio da encomenda ou da safra como seu ciclo operacional. Detalhamento: geralmente, para o primeiro ciclo operacional, é feito um nível de abertura das despesas, receitas e investimentos bem detalhado. A partir daí, e até o horizonte, definido pelo orçamento e plano de negócios, esses itens são agrupados, o que pode levar de três a cinco anos. Atualização: assim como todos os outros instrumentos e planilhas de gestão, orçamento e plano de negócios, o fluxo de caixa deve ser atualizado periodicamente. O horizonte de um ciclo operacional deve ser atualizado mensalmente, enquanto os demais períodos devem ser atualizados concomitantemente à revisão do orçamento e plano de negócios. Conservadorismo: evite otimismo nas previsões das entradas e receitas. Um bom fluxo de caixa deve considerar o fato de que alguns clientes não pagarão na data do vencimento ou mesmo que alguns não efetuarão o pagamento, exigindo a necessidade da aplicação de um percentual de perdas sobre as entradas. Acompanhamento: para que você possa atuar de forma proativa no seu fluxo de pagamentos, antecipe-se a eventos operacionais que impactam o seu fluxo de caixa, como atraso na inauguração de uma nova linha de produção e perda de clientes. Dessa forma, você poderá negociar com alguns fornecedores a postergação de vencimentos ou mesmo contratar um empréstimo com taxas de juros mais atrativas para que não fique com a conta negativa no banco. E lembre-se: tenha no fluxo de caixa um elemento de gestão e planejamento do seu dia a dia. Autoria: Paulo Sérgio Dortas, especialista em Auditoria e Suporte a Transações. Artigo originalmente publicado no Portal de Empreendedorismo da Endeavor.
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