Confira o que o Sebrae do seu Estado tem para você.
Carlos Baião, José Augusto Assumpção Brito, Sérgio Moreira, Paulo Okamotto, Luiz Barretto Filho e Guilherme Afif saúdam o cinquentenário da instituição em vídeo
A live de celebração dos 50 anos do Sebrae, realizado em 5 de julho, contou com a exibição de um vídeo com seis mensagens de ex-presidentes da instituição: Carlos Baião, José Augusto Assumpção Brito, Sérgio Moreira, Paulo Okamotto, Luiz Barretto Filho e Guilherme Afif. O evento foi realizado em Brasília, no Centro Internacional de Convenções do Brasil (CICB), com participação presencial e online de colaboradores do Sebrae em todo o país.
A seguir, o teor das mensagens.
Carlos Baião – 1990
"Eu cheguei ao Sebrae em abril de 1974, uma sociedade civil sem fins lucrativos. Era muito pouco praticado na época. Então, as pessoas não acreditaram muito. Mas eu achei muito boa a ideia, que consistia na proposta do Sebrae. Comecei como técnico júnior, fui para sênior e, em seguida, me tornei, em 1990, presidente do Sebrae Nacional, fazendo o processo de transição do Sebrae com C para o Sebrae com S."
"O Sebrae, nesses primeiros 50, apoiou totalmente o empreendedorismo no Brasil e criou essa marca de fortalecimento do empreendedorismo. Ele passou para as micro e pequenas empresas conceitos de inovação. E nos próximos 50 anos, sem perder essa potência que é, o futuro do Sebrae está em perseguir ainda a inovação, na busca do embarque de tecnologias da informação junto às micro e pequenas empresas, na abertura de mercados externos, na internacionalização mais eficaz e mais efetiva da micro e pequena empresa."
José Augusto de Assumpção (1990-1994)
"Foi um desafio maravilhoso. São quatro anos que passei aí, de novembro de 1990 a dezembro de 1994, implantando o Sistema Sebrae no Brasil todo, transformando os Ceags [Centro de Assistência Gerencial] regionais, estaduais. Nesse momento, foi feita toda uma reestruturação do sistema, com alteração dos estatutos, regimentos internos, dos conselhos. Então, foi um desafio muito interessante, muito gratificante."
"Hoje, não existe um governo que faça seus projetos, que não coloque nos seus planos de governo o apoio à micro e pequena empresa. Isso não existia antigamente? Hoje em dia, isso é uma constante. Me lembro com todo orgulho que, pelo fato de estar no Sebrae, eu fui convidado a participar do Conselho de Administração do BNDES [Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social]. Fiquei lá quatro anos, coisa impensável, porque o BNDES sempre foi um banco de apoio às grandes empresas. A partir do movimento que nós fizemos, o banco passou a aceitar na sua composição do Conselho de Administração o presidente do Sebrae. Isso mostra exatamente a força do trabalho que foi feito naquela ocasião."
Sérgio Moreira (1999-2002)
"Quero dizer, com muita humildade, que aprendi muito com o Sebrae, particularmente, no início de 1999, quando nós concebemos na [empresa] Amana Key, com Oscar Motomura, a reinvenção do Sebrae. O Sebrae era uma instituição muito bem avaliada. Então, mudar o Sebrae era realmente uma ousadia muito grande. Nós nos propusemos a isso."
"Dentro dos princípios da reinvenção, estava fazer do Sebrae a maior e melhor agência de desenvolvimento do Brasil, porque gerar negócios, gerar pequenos negócios, significava gerar empregos, e esse era o principal desafio naquele momento de dificuldade econômica. Para isso, nós mudamos e adaptamos o Sebrae a esse novo momento. Fazer o Sebrae dos milhares. Passar para atender os milhões. Atingir a maioria das pequenas empresas não mais com soluções de balcão, mas como soluções customizadas, trabalhar na inovação, mas trabalhar sobretudo na inovação dos produtos do Sebrae e na abordagem das micro e pequenas empresas."
"Foi assim que nós criamos um dos maiores programas que o Brasil já teve e, se comparado, aos maiores do mundo. Hoje, eu vejo os 50 anos futuros com um desafio ainda maior que os 50 anos passados, em que o Sebrae honrou muito bem."
"Estão de parabéns todos os dirigentes e colaboradores técnicos que estiveram conosco, juntos nesses 50 anos. Nos próximos 50 anos, nós vamos enfrentar uma revolução da inovação, da tecnologia, que agora se dá sobretudo de forma digital. É preciso chegar aos milhões de pequenos negócios e fazer com que eles se adequem tecnologicamente. Que eles possam se utilizar do big data, da Inteligência Artificial, da Internet das Coisas. Esses são os desafios das próximas décadas. Tenho certeza e confiança de que o Sebrae atual está se preparando para os próximos 10, para os próximos 50 anos. Parabéns, Sebrae."
Paulo Okamotto (1994-2010)
"Em primeiro lugar, gostaria de agradecer por ter sido lembrado por essa extraordinária instituição. Sinto-me honrado e recordo com satisfação as conquistas que alcançamos juntos com a maravilhosa equipe do Sebrae, desde seus talentosos funcionários e colaboradores até a competente direção. Infelizmente, não consegui remanejar meus compromissos previamente agendados neste prazo. Apesar de meus esforços, não consegui participar. Mas ainda assim gostaria de deixar meus sinceros votos de sucesso para o evento e expressar novamente minha satisfação com o convite. Reforço ainda meus votos de apreço e administração pelo Sebrae, seu corpo de funcionários e sua diretoria."
Luiz Barreto Filho (2011-2015)
"Primeiro é um grande prazer estar aqui participando da comemoração dos 50 anos dessa grande instituição que é o Sebrae. Eu tive dois momentos na minha história com o Sebrae. O primeiro momento aconteceu em março de 2005."
"Eu estava como secretário da Prefeitura de Osasco e fui convidado pelo então presidente do Sebrae Nacional, Paulo Okamotto, para um grande desafio. Era gerenciar a Unidade de Marketing e Comunicação, a UMC, que tinha naquele ano um grande desafio. [Esse desafio] era realizar a campanha pela implementação da Lei Geral da Micro e Pequena Empresa, a Lei Complementar 123, que eu considero um dos marcos de contribuição institucional do Sebrae para o país: o Supersimples, o regime tributário que possibilitou a sobrevivência e sustentabilidade de milhões de empresas."
"Depois, [houve] um segundo momento, aí sim um momento muito importante na minha vida, quando volto ao Sebrae na condição de diretor-presidente nacional do Sebrae, onde tive uma experiência de cinco anos. Minha experiência no Sebrae me marcou muito nessa direção – que não há um desenvolvimento mais igualitário, um país mais desenvolvido, se a gente não reforçar o papel da micro e pequena empresa no país, a centralidade dela."
"[Há] grandes desafios, de presente e futuro, que eu tenho certeza que esta grande instituição fará mais 50 anos e contribuirá com o desenvolvimento do país. E o principal, realizando o sonho das pessoas. Isso me marcou muito, a possibilidade de estar numa instituição que muda a vida das pessoas."
Guilherme Afif (2015-2018)
"Cheguei ao Sebrae em 1994. Já estava vencendo o mandato do então presidente do Conselho Antônio Fábio Ribeiro, que era presidente da Federação das Indústrias do Distrito Federal. Eu o sucedi na presidência do Sebrae e nós começamos a batalha para a regulamentação do artigo 179 da Constituição, que foi lá colocado por mim para que houvesse um tratamento diferenciado às micro e pequenas empresas."
"Foi assim que nós começamos uma grande campanha, pelo novo Estatuto da Micro e Pequena Empresa. 'Tem que ser agora', era o slogan da nossa luta. E nós fomos bem-sucedidos, porque em 1995 nasceu então o Simples Federal, que foi a regulamentação daquele dispositivo."
"Nessa época também implantamos o Fampe [Fundo de Aval para as Micro e Pequenas Empresas], que era muito importante para que houvesse acesso ao crédito das micro e pequenas empresas. Os bancos exigiam, como hoje, as garantias reais, e o Fampe veio para substituir garantias reais para que o Sebrae desse o aval no crédito orientado.
"O Sebrae foi um instrumento muito importante para a implantação, difusão, divulgação, das conquistas da legislação aplicadas aos pequenos. Tanto é que hoje 98% do universo empresarial brasileiro é de micro e pequenas empresas. E o Sebrae é o órgão da micro e pequena empresa do Brasil."
Guilherme Afif, ex-presidente: Sebrae foi muito importante para as conquistas na legislação aplicada aos pequenos negócios (Foto/crédito - Divulgação)
Sobre o Sebrae 50+50
As atividades que marcam a celebração dos 50 anos do Sebrae giram em torno do tema “Criar o futuro é fazer história” e procuram mostrar a conexão da instituição com o Brasil. Denominada Projeto Sebrae 50+50, a iniciativa enfatiza as ações atuais nos três pilares da instituição: aprimorar a gestão empresarial, desenvolver um ambiente de negócios saudável e inovador para os pequenos negócios e promover a cultura empreendedora. Mostra também a evolução desde a fundação em 1972 até os dias de hoje, com um olhar para o futuro, ao mesmo tempo, voltado para os novos desafios do empreendedorismo no país.
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Abrir uma startup dá trabalho e muitos empreendedores não veem a hora de conquistar um aporte para poder expandir seus negócios. Mas, investimentos são baseados em critérios como confiança, retorno sobre o capital e o encaixe entre as estratégias do fundo e da empresa investida. Por isso, um investimento em early-stage (fase inicial) pode demorar mais do que você pensa. Cada investidor tem um timing próprio e um processo de avaliação diferente. No Brasil, existem quatro tipos mais comuns de investidores:1. Angels que atuam individualmente Também conhecidos como “investidores-anjo”, se tiverem boas referências do empreendedor e do projeto, podem levar de 2 a 8 semanas para investirem uma média de R$ 100 mil (ou até mais que isso, em alguns casos).2. Grupos de Angels Grupos de angels atuando em conjunto costumam avaliar projetos em fóruns semestrais. Aproveitando a janela de oportunidade e sendo aprovado para os fóruns na hora certa, você pode conseguir de R$ 200 mil a R$ 500 mil em até 3 meses.3. Fundos de capital semente com recursos privados (como a Astella ou Monashees): Os fundos com recursos privados geralmente definem suas próprias regras porque tem mais flexibilidade para negociar acordos junto aos seus diversos investidores. Alguns deles podem avaliar sua empresa, sumir por um tempo e reaparecer com uma proposta. Outros podem ajudá-lo a melhorar a empresa informalmente e, ao final de vários meses de interação constante, fazerem uma proposta formal de investimento para fechá-la em poucos dias. Fundos como esses tendem a fazer um primeiro aporte de R$ 200 mil a R$ 1 milhão em um período entre 3 a 6 meses para projetos realmente atrativos.4. Fundos de capital semente com capital público em sua composição (como a Confrapar e alguns fundos da FIR Capital) Nesse caso, os fundos têm regras específicas e investidores institucionais, aumentando a formalidade do processo de avaliação. Por isso, podem levar de 3 a 6 meses somente para avaliar se a empresa está apta a receber um investimento de entre R$ 1 milhão e R$ 5 milhões. Na média, projetos maduros recebem R$ 2 milhões em até 6 meses, contando 3 meses para avaliação e 3 meses migrando a empresa para a nova estrutura de capital. Como organizar seu contato com investidores Interagir com o tipo certo de investidor é importante porque traz conselhos relevantes e ajuda a medir a atratividade do seu projeto. Mesmo assim, essa prática deve ser muito bem gerenciada: o empreendedor não pode ficar muito tempo sem obter feedback, mas também não pode gastar tempo demais atendendo às demandas dos investidores. Também é importante ressaltar que a pior hora para conseguir investimentos é quando o dinheiro acaba, a ponto do projeto congelar ou mesmo morrer. Planeje-se para engrenar sua startup antes dessa hora chegar ou gerencie seu contato com os investidores certos para acioná-los na hora certa. Autor convidado: Yuri Gitahy, fundador da Aceleradora.