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Realizado em São Paulo, evento buscou contribuir para a criação de um mundo mais sustentável, tendo a educação e a inovação como motores dessa transformação
O Sebrae e a Confederação Nacional da Indústria (CNI) realizaram, em 9 e 10 de março, a 9ª Edição do Congresso Brasileiro de Inovação da Indústria, evento integrante do Projeto Sebrae 50+50, de celebração do cinquentenário da instituição em 2022.
O evento teve a missão de refletir sobre como contribuir para a criação de um mundo mais sustentável, tendo a educação e a inovação como motores dessa transformação. O encontro foi realizado, pela primeira vez, em formato híbrido de modo presencial e online.
O presidente do Sebrae, Carlos Melles, destacou que, somente em 2021, meio milhão de pequenos negócios buscaram o apoio da instituição para desenvolver ações inovadoras. Esse número representou um crescimento de 75% quando comparado aos atendimentos feitos pelo Sebrae em 2019. Outro dado relevante elencado por Melles foi a alta da digitalização das empresas, acelerada a partir da chegada da pandemia de Covid-19 no Brasil.
“Em 2019, 38% dos atendimentos realizados pela instituição aconteceram por meio de plataformas digitais. Em 2021, essa participação cresceu para aproximadamente 69%. Nós digitalizamos os processos, cursos, consultorias e procuramos atualizar, semanalmente, o nosso portal, seja com o lançamento de novas funcionalidades ou capacitações. Nesse contexto, nossa avaliação é de que os serviços oferecidos pela instituição cresceram quase 20% entre 2020 e 2021”, avaliou o presidente do Sebrae.
Em sua fala, Melles ressaltou ainda a importância dos programas de inovação que vêm sendo desenvolvidos pelo Sebrae para a difusão de soluções inovadoras no universo das micro e pequenas empresas, como: Brasil Mais, que apoia as MPE no aumento da sua competividade; o Sebraetec, que oferece consultorias tecnológicas aos empreendedores; o Inova Amazônia, que investe em ideias e empresas que exploram de forma sustentável a biodiversidade da Amazônia; e o Projeto de Fortalecimento de Ecossistemas, que atua principalmente em ecossistemas do interior do Brasil no fortalecimento de suas governanças e no ambiente de negócios das empresas.
O presidente da CNI, Robson de Andrade, convocou as instituições brasileiras das áreas de inovação e da indústria a construírem, com urgência, uma visão de longo prazo em que inovação seja prioridade, a estratégia e o principal vetor para inserção internacional do Brasil na era do conhecimento.
“Precisamos integrar as políticas públicas para forjar a indústria do futuro, desenvolvendo e implantando as tecnologias indispensáveis para solução dos problemas internos que nos afetam. Está cada vez mais claro que pesquisa e inovação são fundamentais para redução das emissões dos gases de efeito estufa, para substituição dos combustíveis fósseis por energias renováveis e para construção de uma estrutura resistente às mudanças climáticas”, comentou Robson.
De acordo com o presidente da CNI, o Brasil ainda investe muito pouco no desenvolvimento de inovação. Nos últimos dez anos, o país caiu 15 posições no Índice Global de Inovação (IGI) e ocupa hoje a 62ª colocação em um ranking de 131 países.
Cadeia da inovação
O presidente da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), general Waldemar Barroso, falou sobre a importância do congresso. “A razão de ser da Finep, nesses mais de 50 anos, é trabalhar com a inovação. Nós vimos , na entrega do Prêmio Nacional de Inovação, o quanto a instituição tem um papel importante em toda a cadeia de inovação, desde a pesquisa básica até ao financiamento dos projetos”, comentou. Ele acrescentou que a organização vai continuar trabalhando de forma ágil para que os recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico cheguem até à ponta.
O ministro substituto de Ciência, Tecnologia e Inovações, Sérgio Almeida, frisou as conquistas alcançadas pelo atual governo em quatro anos de gestão. “Nós investimos mais de R$ 1 bilhão, somente em 2020, para o enfrentamento da pandemia. No momento em que faltava tudo, nós apoiamos as indústrias brasileiras para que pudessem produzir os equipamentos e insumos necessários. O ministério está apoiando 15 iniciativas de desenvolvimento de vacinas totalmente brasileiras, com as melhores tecnologias, e cinco delas já estão em fase de ensaios clínicos”, explicou.
Além disso, Sérgio Almeida também enumerou outras conquistas importantes para o país, como a criação de um Laboratório Nacional de Máxima Contenção Biológica, que está sendo construído em Campinas, e o projeto Mulheres Empreendedoras, que está apoiando 30 startups brasileiras criadas por empresárias.
Sobre o Sebrae 50+50
Em 2022, o Sebrae celebra 50 anos de existência, com atividades em torno do tema "Construir o futuro é fazer história". Denominado Projeto Sebrae 50+50, a iniciativa enfatiza os três pilares de atuação da instituição: promover a cultura empreendedora, aprimorar a gestão empresarial e desenvolver um ambiente de negócios saudável e inovador para os pequenos negócios no Brasil. Passado, presente e futuro estão em foco, mostrando a evolução desde a fundação em 1972 até os dias de hoje, com um olhar também para os novos desafios que virão para o empreendedorismo no país.
Fonte: Agência Sebrae de Notícias
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Abrir uma startup dá trabalho e muitos empreendedores não veem a hora de conquistar um aporte para poder expandir seus negócios. Mas, investimentos são baseados em critérios como confiança, retorno sobre o capital e o encaixe entre as estratégias do fundo e da empresa investida. Por isso, um investimento em early-stage (fase inicial) pode demorar mais do que você pensa. Cada investidor tem um timing próprio e um processo de avaliação diferente. No Brasil, existem quatro tipos mais comuns de investidores:1. Angels que atuam individualmente Também conhecidos como “investidores-anjo”, se tiverem boas referências do empreendedor e do projeto, podem levar de 2 a 8 semanas para investirem uma média de R$ 100 mil (ou até mais que isso, em alguns casos).2. Grupos de Angels Grupos de angels atuando em conjunto costumam avaliar projetos em fóruns semestrais. Aproveitando a janela de oportunidade e sendo aprovado para os fóruns na hora certa, você pode conseguir de R$ 200 mil a R$ 500 mil em até 3 meses.3. Fundos de capital semente com recursos privados (como a Astella ou Monashees): Os fundos com recursos privados geralmente definem suas próprias regras porque tem mais flexibilidade para negociar acordos junto aos seus diversos investidores. Alguns deles podem avaliar sua empresa, sumir por um tempo e reaparecer com uma proposta. Outros podem ajudá-lo a melhorar a empresa informalmente e, ao final de vários meses de interação constante, fazerem uma proposta formal de investimento para fechá-la em poucos dias. Fundos como esses tendem a fazer um primeiro aporte de R$ 200 mil a R$ 1 milhão em um período entre 3 a 6 meses para projetos realmente atrativos.4. Fundos de capital semente com capital público em sua composição (como a Confrapar e alguns fundos da FIR Capital) Nesse caso, os fundos têm regras específicas e investidores institucionais, aumentando a formalidade do processo de avaliação. Por isso, podem levar de 3 a 6 meses somente para avaliar se a empresa está apta a receber um investimento de entre R$ 1 milhão e R$ 5 milhões. Na média, projetos maduros recebem R$ 2 milhões em até 6 meses, contando 3 meses para avaliação e 3 meses migrando a empresa para a nova estrutura de capital. Como organizar seu contato com investidores Interagir com o tipo certo de investidor é importante porque traz conselhos relevantes e ajuda a medir a atratividade do seu projeto. Mesmo assim, essa prática deve ser muito bem gerenciada: o empreendedor não pode ficar muito tempo sem obter feedback, mas também não pode gastar tempo demais atendendo às demandas dos investidores. Também é importante ressaltar que a pior hora para conseguir investimentos é quando o dinheiro acaba, a ponto do projeto congelar ou mesmo morrer. Planeje-se para engrenar sua startup antes dessa hora chegar ou gerencie seu contato com os investidores certos para acioná-los na hora certa. Autor convidado: Yuri Gitahy, fundador da Aceleradora.