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José Roberto Tadros, presidente do CDN do Sebrae: criação da nova unidade estimula o empreendedorismo na capital e municípios adjacentes (Foto/crédito - Andressa Miretzki/Sebrae)
Os empreendedores de micro e pequenas empresas da capital paranaense contam agora com o apoio da nova regional do Sebrae, em Curitiba. O anúncio da criação da unidade e da nova estratégia de atendimento ocorreu na tarde desta segunda-feira (21/02), na sede do Sebrae. Lideranças empresariais e públicas acompanharam o evento, realizado de acordo com os protocolos de segurança devido à pandemia. O Sebrae Paraná passa a contar com sete regionais e 26 escritórios.
A instalação da Regional Curitiba marca um momento especial de celebração dos 50 anos do Sebrae, que visa transformar o período do cinquentenário em uma oportunidade para reforçar a relevância dos pequenos negócios no desenvolvimento socioeconômico do estado e do país.
“A nova regional é resultado de uma estratégia de ampliação do atendimento, pois a capital reúne a maior concentração de pequenos negócios. E conciliamos com o cinquentenário, que tem uma representação histórica sobre o papel dos pequenos negócios no desenvolvimento, sempre com impacto positivo na geração de trabalho, emprego e renda, ainda mais agora na crise econômica decorrente da pandemia”, comenta Fernando Moraes, presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae Paraná.
A implantação da regional vai impactar no atendimento e no desenvolvimento de ações e projetos. De início, serão instalados cinco novos Escritórios de Articulação – divididos entre as Regionais Administrativas de Curitiba. Os três primeiros serão na regional Matriz, em Santa Felicidade e na Cidade Industrial. “Nossos consultores atuarão de maneira itinerante, com o trabalho nas ruas, nas empresas e instituições empresariais, para atender, levantar demandas e encaminhar parcerias com foco na melhoria das MPE e do próprio ambiente de negócios”, explica o gerente da regional Curitiba, Joailson Agostinho.
Segundo Eduardo Pimentel, vice-prefeito de Curitiba, a divisão dos escritórios de articulação realizada pelo Sebrae Paraná é uma forma de entender melhor a necessidade dos empreendedores da cidade. “É importante essa divisão do Sebrae, que tem a sensibilidade para sentir a realidade dos segmentos empresariais no dia a dia, que atua permanentemente para incentivar o empreendedorismo e auxilia, efetivamente, na retomada econômica da nossa cidade”, destaca Pimentel.
A partir do trabalho de articulação, até o final de 2022, o Sebrae, junto com parceiros interessados, instalará mais dez Pontos de Atendimento na capital, que poderão ser dentro de instituições empresariais ou associações, sempre com o objetivo de levar informação e fortalecer os pequenos negócios.
Outro aspecto envolve a ampliação de soluções nas dez salas do empreendedor, já instaladas em Curitiba, como a Trilha do MEI, que compreende temáticas de compras, gestão financeira, mundo digital, vendas e planejamento, bem como uma série sobre tendências para os microempreendedores individuais. No ano passado, as salas em Curitiba realizaram 29.514 atendimentos. Para 2022, a previsão supera os 35 mil.
“Além da atualização do portfólio das salas, da articulação e presença nos bairros, vamos promover um aumento significativo nas capacitações. Para ser ter uma ideia, somente a solução Porta a Porta sairá de 6.640 atendimentos em 2021, para 30 mil em 2022, dentro da proposta da nova regional”, projeta o diretor de Operações do Sebrae Paraná, Julio Cezar Agostini.
O governador em exercício, Darci Piana, lembrou a parceria do governo do Paraná com o Sebrae, que oferta programas e ações para empreendedores, e destacou a dinâmica da nova regional. “Com o atendimento dedicado na Capital, cujas necessidades de cada bairro são diferentes, assim como o comércio e o comportamento do consumidor, o Sebrae vai oferecer um atendimento com eficiência para os segmentos empresariais de micro e pequenos negócios”, projeta Piana.
A área que compreende a Região Metropolitana de Curitiba, Litoral e Vale do Ribeira seguirá sendo atendida pela Regional Leste do Sebrae Paraná.
Resposta à crise
O empreendedorismo alcançou uma marca histórica no Brasil e no Paraná, em 2021. Segundo levantamento feito pelo Sebrae, com base em dados da Receita Federal, o ano passado registrou um recorde de novos pequenos negócios. Foram mais de 3,9 milhões de empreendedores que se formalizaram em busca de obter uma fonte de renda ou para realizar o sonho de serem donos da própria empresa. No Paraná, foram 265.545 novos negócios registrados.
Curitiba concentra 388.316 micros e pequenos negócios e representa 20% do PIB do estado. Números que impactam a economia e ratificam a instalação da nova regional.
“Vamos ampliar o relacionamento com clientes e o setor produtivo na capital para sermos um alicerce no movimento de retomada, pois, da mesma forma que a pandemia forçou muitas pessoas a irem para o empreendedorismo por necessidade, ela também estimulou a busca desse meio de vida por oportunidade. Então, empresas que nascem mais organizadas tendem a crescer, gerar empregos e renda nas suas comunidades. Esse é nosso papel”, aponta Vitor Roberto Tioqueta, diretor-superintendente do Sebrae Paraná.
José Roberto Tadros, presidente da Confederação Nacional do Comércio (CNC) e presidente do Conselho Deliberativo Nacional do Sebrae, enfatizou que Curitiba é uma referência de urbanização, infraestrutura e empreendedorismo. “Crises acontecem ciclicamente, por isso precisamos incentivar o desenvolvimento das micro e pequenas empresas. A criação da nova regional do Sebrae Paraná é um estímulo para o empreendedorismo curitibano, podendo ter melhores resultados na cidade e nos municípios adjacentes, podendo escutar a realidade de cada bairro, que são diferentes e possuem necessidades diferentes”, estima Tadros.
Estiveram presentes José Gava Neto, diretor de Administração e Finanças do Sebrae Paraná; coronel Sérgio Malucelli, presidente da Federação das Empresas de Transporte de Cargas do Estado do Paraná (Fetranspar); Ercílio Santinoni, Federação das Associações de Micro e Pequenas Empresas do Paraná (Fampepar); Camilo Turmina, presidente da Associação Comercial do Paraná (ACP); João Arthur Mohr, gerente de assuntos estratégicos da FIEP; Graciela Bolzón de Muniz, vice-reitora da Universidade Federal do Paraná (UFPR); João Barreto Lopes, da Associação das Empresas da INDL de Curitiba (AECIC); Francisco Costa Filho, da Associação do Comércio e Indústria de Uberaba e Região (ACIUR); Paulo Iglesias, presidente da Curitiba e Região Convention & Visitors Bureau (CCVB); Renato Maçaneiro, diretor da Fomento Paraná; Luciana Burko, da Câmara da Mulher Empreendedora; Guto Silva, deputado estadual, e os vereadores de Curitiba Márcio Barros e Mauro Bobato, além de secretários municipais e lideranças.
Os interessados em receber atendimento da Regional Curitiba podem procurar os canais do Sebrae, que estão disponíveis pelo 0800570800, Salas do Empreendedor, nas redes sociais e acessando https://www.sebraepr.com.br/
Fonte: Agência Sebrae de Notícias – Paraná
Sobre o Sebrae 50+50
Em 2022, o Sebrae celebra 50 anos de existência, com atividades em torno do tema "Criar o futuro é fazer história". Denominado Projeto Sebrae 50+50, a iniciativa enfatiza os três pilares de atuação da instituição: promover a cultura empreendedora, aprimorar a gestão empresarial e desenvolver um ambiente de negócios saudável e inovador para os pequenos negócios no Brasil. Passado, presente e futuro estão em foco, mostrando a evolução desde a fundação em 1972 até os dias de hoje, com um olhar também para os novos desafios que virão para o empreendedorismo no país.
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Abrir uma startup dá trabalho e muitos empreendedores não veem a hora de conquistar um aporte para poder expandir seus negócios. Mas, investimentos são baseados em critérios como confiança, retorno sobre o capital e o encaixe entre as estratégias do fundo e da empresa investida. Por isso, um investimento em early-stage (fase inicial) pode demorar mais do que você pensa. Cada investidor tem um timing próprio e um processo de avaliação diferente. No Brasil, existem quatro tipos mais comuns de investidores:1. Angels que atuam individualmente Também conhecidos como “investidores-anjo”, se tiverem boas referências do empreendedor e do projeto, podem levar de 2 a 8 semanas para investirem uma média de R$ 100 mil (ou até mais que isso, em alguns casos).2. Grupos de Angels Grupos de angels atuando em conjunto costumam avaliar projetos em fóruns semestrais. Aproveitando a janela de oportunidade e sendo aprovado para os fóruns na hora certa, você pode conseguir de R$ 200 mil a R$ 500 mil em até 3 meses.3. Fundos de capital semente com recursos privados (como a Astella ou Monashees): Os fundos com recursos privados geralmente definem suas próprias regras porque tem mais flexibilidade para negociar acordos junto aos seus diversos investidores. Alguns deles podem avaliar sua empresa, sumir por um tempo e reaparecer com uma proposta. Outros podem ajudá-lo a melhorar a empresa informalmente e, ao final de vários meses de interação constante, fazerem uma proposta formal de investimento para fechá-la em poucos dias. Fundos como esses tendem a fazer um primeiro aporte de R$ 200 mil a R$ 1 milhão em um período entre 3 a 6 meses para projetos realmente atrativos.4. Fundos de capital semente com capital público em sua composição (como a Confrapar e alguns fundos da FIR Capital) Nesse caso, os fundos têm regras específicas e investidores institucionais, aumentando a formalidade do processo de avaliação. Por isso, podem levar de 3 a 6 meses somente para avaliar se a empresa está apta a receber um investimento de entre R$ 1 milhão e R$ 5 milhões. Na média, projetos maduros recebem R$ 2 milhões em até 6 meses, contando 3 meses para avaliação e 3 meses migrando a empresa para a nova estrutura de capital. Como organizar seu contato com investidores Interagir com o tipo certo de investidor é importante porque traz conselhos relevantes e ajuda a medir a atratividade do seu projeto. Mesmo assim, essa prática deve ser muito bem gerenciada: o empreendedor não pode ficar muito tempo sem obter feedback, mas também não pode gastar tempo demais atendendo às demandas dos investidores. Também é importante ressaltar que a pior hora para conseguir investimentos é quando o dinheiro acaba, a ponto do projeto congelar ou mesmo morrer. Planeje-se para engrenar sua startup antes dessa hora chegar ou gerencie seu contato com os investidores certos para acioná-los na hora certa. Autor convidado: Yuri Gitahy, fundador da Aceleradora.