Encontre algumas respostas para questões importantes sobre adubação e correção do solo.
Perguntas sobre amostras de solo, compostagem e rotação de culturas, entre outras, respondidas pelo engenheiro agrônomo Manoel Elizeu Alvez.
1. Como fazer para retirar amostras de solo?
A retirada das amostras deve ser feita de acordo com a configuração do terreno e as características do solo. Numa área que apresenta topografia variada, as amostras dos pontos de maior cota devem ser retiradas separadamente das amostras onde existem baixas ou áreas mais planas. No geral, deve-se amostrar a área em forma de zig-zag, coletando amostras simples para, em seguida, serem convertidas após a mistura em uma só amostra, que é a amostra composta.
Para efeito prático e de fertilidade, nas culturas de ciclo se retira a amostra simples com profundidade de 0-20 cm. Entretanto, para as amostras nas quais serão plantadas culturas permanentes, retira-se de 0-20 e de 21-40 cm, sendo que a parte de superfície tem que ser desprezada para não interferir quanto ao teor de matéria orgânica.
2. Devemos retirar materiais orgânicos superficiais?
Sim.
3. O solo precisa ser virgem?
Pode ser em qualquer solo: tanto solo não cultivado, como solo sistematicamente cultivado. Nas culturas anuais, as amostras devem ser retiradas a cada ciclo da cultura. Para as culturas perenes, pelo menos anualmente.
4. Posso substituir madeira por folha na confecção da matéria orgânica (composto)?
Para usar a matéria orgânica, é necessário que se utilize o máximo possível de fonte de materiais. A madeira geralmente é fonte de lignina, componente muito importante para a fertilidade do solo. As folhas e cascas de grãos, frutos etc. são ricos em celulose. São importantes para compor os materiais que vão promover a fertilidade do solo, mas não são excludentes, ou seja, são todos absolutamente necessários.
5. Pode-se colocar o fósforo junto à matéria orgânica para o plantio de melancia?
Isso é imprescindível para melhor disponibilidade do elemento, assim como evitar que haja reações indesejáveis do elemento com os materiais de argila do solo, o que pode promover efeitos danosos de indisponibilidade.
6. Qual o composto ideal?
O composto ideal é aquele em que há maior diversidade de materiais usados na compostagem e que promove diversidade e aumento de micro-organismo no meio onde for usado.
7. Por que a planta morre quando se coloca muito esterco?
Não é questão de quantidade, é questão de ser o esterco “fresco”, não curtido, muito rico em nitrogênio – por exemplo, sais de amônia. Esses gases são tóxicos ao vegetal. Por outro lado, no processo de decomposição do material, ocorre uma reação exotérmica que também é prejudicial ao vegetal.
8. Podemos colocar esterco fresco na planta?
É melhor curtir o esterco.
9. No caso do coqueiro, devo colocar adubo perto do tronco ou na bainha?
No coqueiro o sistema radicular é fasciculado, e se distribui do tronco até à projeção da copa.
10. Que quantidade de calcário deve-se colocar no solo?
Depende da resposta da análise do solo e do sistema de manejo da cultura.
11. Qual o melhor: pó de serragem ou esterco?
Não há comparativo, os dois são importantes e não se excluem mutuamente.
12. De quanto em quanto tempo deve se fazer a rotação de cultura?
Sempre que puder.
13. Qual o tempo que leva para decompor a massa verde?
Depende idade do material, que vai influir diretamente na reação carbono/nitrogênio. Depende também do manejo empregado no processo de compostagem. Há ocasião em que se utiliza até substâncias ricas em bactérias celulolíticas e alguns ácidos, para atuação do material na folha de compostagem, o que acelera o processo de decomposição.
14. Pode-se misturar adubo químico mineral na compostagem?
Pode e deve, depende de necessidade refletida na análise de solo.
15. Quanto tempo leva para ficar pronta a compostagem?
Depende do manejo. Numa compostagem sólida, por exemplo, leva de 45 a 90 dias para ficar pronta, em condições normais de manejo. Em uma compostagem líquida aeróbica e semiaeróbica, pode levar de 18 a 22 dias.
16. O que acontece quando há má interpretação da análise do solo, ou quando ela não é bem feita?
O paciente principal, que é a planta, vai sofrer. É necessário que se resolva este problema, procurando não somente a coleta correta, mas a interpretação e prescrição correta.
17. Matéria orgânica é suficiente para adubação?
Quando combinada, e em proporção conveniente, sim. Porém, é muito difícil, em cultivos comerciais e extensivos, trabalhar só com matéria orgânica.
18. E quanto à deficiência de elementos minerais na matéria orgânica?
Pode ser suprida quando se tem material de diversas origens.
19. É possível a aplicação de herbicidas na fruticultura?
A rigor, não se deve aplicar herbicida em fruticultura por razões ecológicas e funcionais do solo e sua inter-relação com os micro-organismos. No caso da produção de grãos, é necessária uma maior reflexão, pois há efeitos alelopáticos mais contundentes em culturas de ciclo curto.
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Thu Oct 17 16:25:23 BRT 2024
Norma permite identificar cafés de qualidade
De acordo com a Norma de Qualidade Recomendável e Boas Práticas de Fabricação de Cafés Torrados em Grão e Cafés Torrados e Moídos, da Associação Brasileira da Indústria do Café (ABIC), cafés com qualidade recomendável são aqueles constituídos de cafés arábica puros ou combinados com robusta/conillon, que atendam aos requisitos de qualidade global e aspecto segmentação do Programa de Qualidade do Café (PQC). Os cafés podem ser torrados em grão ou torrados e moídos. A partir dos critérios previstos na norma, adotou-se a seguinte classificação conforme o tipo de café: Tradicionais: qualidade recomendável para uso do Símbolo da Qualidade Tradicional Abic, constituídos de cafés arábica, robusta/conillon ou blendados, conforme o PQC. Superiores: qualidade recomendável para uso do Símbolo da Qualidade Superior Abic, constituídos de cafés arábica ou blendados com café robusta/conillon, que atendam aos requisitos característicos e de qualidade global da bebida, conforme o PQC. Gourmet: qualidade recomendável para uso do Símbolo da Qualidade Gourmet Abic, constituídos de café 100% arábica de origem única ou blendados, que atendam aos requisitos característicos e de qualidade global da bebida, conforme o PQC.
Thu Sep 26 17:03:11 BRT 2024
Normas técnicas para o setor automotivo
Para que as pequenas empresas do setor automotivo mantenham-se competitivas, são condições primordiais atender padrões cada vez mais elevados para produtos e serviços, além da qualidade e o atendimento a requisitos técnicos. Nesse sentido, o acordo firmado entre a ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) e o Sebrae possibilita que os pequenos empreendimentos também participem do processo de normalização e passem a usufruir dos benefícios das normas técnicas. Após breve cadastro na página da MPE no site da ABNT é possível adquirir normas técnicas brasileiras por 1/3 do preço de mercado ou, ainda, acessar algumas coleções gratuitas de normas técnicas. Todo o material está focado no produto e no processo. Desta forma, abre-se a possibilidade para que as pequenas empresas inovem e se tornem mais competitivas. Além das normas que orientam para procedimentos de reparo dos mais variados tipos de autopeças, os empreendedores encontram outros documentos como: ABNT NBR 12603:1992 – Geometria da suspensão de veículos rodoviários automotores – Terminologia; ABNT NBR 15296:2005 – Veículos rodoviários automotores – Peças – Vocabulário; ABNT NBR 15681:2009 – Veículos rodoviários automotores – Qualificação de mecânico de manutenção.
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Quem não tem competência não se estabelece. Mas o que isso significa?
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Wed Jun 12 11:41:49 BRT 2024
Jornada MEI: "Sem competência, não se estabelece" - Significado
Competência é definida no dicionário como capacidade de resolver determinados problemas ou exercer certas funções; aptidão para um área de atividade específica. Descobrir onde se é mais competente é o passo inicial para escolher o caminho ideal para alcançar sucesso nos negócios. No universo dos negócios, o conjunto de competências deve estar alinhado à estratégia. Cada segmento, organização e função requer competências específicas, além das gerais, comuns a todos eles. Essas características que compõem o perfil profissional são chamadas de hard skills e soft skills. - Hard skills são competências relacionadas à capacidade técnica e funcional, compreendendo cursos, treinamentos e capacitações. - Soft skills são competências relacionadas ao modo de se comportar do profissional e à sua porção mais humana, ou seja, os seus relacionamentos interpessoais e a forma de lidar com o trabalho e as outras pessoas. O ideal é chegar ao equilíbrio desses dois tipos de competências para que se consiga qualificar e potencializar capacidades. Algumas características desejáveis em boa parte dos recrutamentos das empresas são: Organização. Trabalho em equipe. Liderança. Criatividade. Proatividade. Comprometimento. Inteligência emocional. Competências que são muito importantes e funcionam em vários contextos podem ser chamadas de essenciais, pois são imprescindíveis para o bom funcionamento do seu negócio.
Wed Jun 12 11:14:48 BRT 2024
Carnaval: hora de abrir alas para uma parceria com bons fornecedores
Ao longo do ano, existem muitas datas que ajudam a aumentar as vendas de sua empresa. Sem dúvida, o Carnaval é uma delas. Afinal, não é todo dia que as pessoas estão alegres, animadas e propensas a consumir. Contudo, mesmo com o clima colorido e festivo que, certamente, vai tomar conta da sua loja, é indispensável que você saiba preservar a qualidade da experiência de compra e escolher com sucesso os fornecedores mais ajustados ao seu negócio. Qualidade, preços justos e prazos adequados Assim, aproveite a onda do Carnaval, mas não se deixe levar pela euforia, as compras devem se manter em quantidade compatível com a realidade das vendas e, sobretudo, com a exigência de qualidade com a qual o seu consumidor está habituado. Esses itens devem ser muito bem pactuados com os fornecedores. Além disso, preços justos e prazos para pagamento adequados às necessidades de seu fluxo de caixa são também pontos importantes para que as vendas de Carnaval tragam bons resultados para a sua empresa. Critérios de avaliação dos fornecedores Na hora de bater o martelo na escolha do fornecedor para o Carnaval, é preciso definir quais são os critérios de avaliação que você vai utilizar. Veja os itens que precisam ser levados em conta: Qualidade: Verifique se os fornecedores estão oferecendo o produto ou serviço nas especificações técnicas exigidas por leis ou regulamentações. Capacidade de entrega: Certifique-se de que a capacidade produtiva ou de entrega atenderá suas necessidades e expectativas no menor tempo possível, sem prejudicar a qualidade dos produtos ou serviços. Distância: Considere a distância entre você e o fornecedor, fator que pode ser decisivo, caso você não tenha condições de manter estoque grande e precise fazer pedidos com prazo de entrega curto. Confiança: Pesquise histórico, reputação, estabilidade e saúde financeira dos fornecedores para reduzir riscos (cuidado com fornecedores de ocasião). Preços: Compare os preços com outros fornecedores e calcule se estão na média do mercado. Planejamento financeiro é essencial Para finalizar, saiba onde encontrar e como avaliar um potencial fornecedor, não só para esse carnaval, mas para todas as demais datas especiais do ano. E lembre-se de realizar um planejamento financeiro consistente e adequado aos seus objetivos para o carnaval de 2024. Feito isso, aproveite para comemorar as boas vendas e não se esqueça de também se divertir ao máximo neste Carnaval!
Fri Feb 02 09:33:49 BRT 2024
A importância da ESG na construção civil
Atualmente, as empresas estão cada vez mais preocupadas com a chamada “métrica” ESG. Mas, o que é isso? Das iniciais em inglês Environment, Social and Governance (Ambiente, Social e Governança), o conceito vem ganhando corpo nos últimos anos, integrando cada vez mais a agenda estratégica de empresas de diferentes setores, entre eles o da construção civil, como base para a tomada de decisões. O termo foi cunhado no ano de 2004 em uma publicação do Banco Mundial, em parceria com o Pacto Global da Organização das Nações Unidas (ONU) e instituições financeiras de nove países, chamada Who Cares Wins (Ganha quem se importa). Os critérios do ESG revelam até que ponto uma empresa trabalha em prol de objetivos sociais que vão além do papel de maximizar os lucros em nome de seus acionistas. O documento resultou de uma provocação do então secretário-geral da ONU Kofi Annan a cerca de 50 CEOs de grandes corporações financeiras do mundo. A proposta era obter respostas dos bancos e financeiras sobre como integrar os fatores ESG ao mercado de capitais. Dados divulgados em 2021 pela Global Sustainable Investment Alliance (colaboração de organizações associadas com foco em investimentos sustentáveis) mostram que cerca de US$ 30 trilhões de ativos globais sob gestão estão investidos hoje em estratégias associadas ao ESG. O tripé ESG passou a ser ainda mais valorizado em razão dos escândalos de corrupção em grandes empresas globais, além de graves acidentes ambientais causados por corporações. O mercado e as empresas perceberam que uma vez que empresas implementam sistemas de governança e incorporam em sua cultura e em suas operações uma visão mais responsável do papel da organização na sociedade, têm maiores chances de se manterem vivas no mercado a longo prazo. Segundo dados da Bloomberg, entre 2019 e 2020 foram injetados US$ 347 bilhões (cerca de R$ 1,8 trilhão) em fundos de investimento focados em ESG. Além disso, no mesmo período, mais de 700 novos fundos foram lançados globalmente para capturar o fluxo de capital no segmento ESG. De olho neste movimento, a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) lançou em novembro a cartilha ESG no Segmento de Obras Industriais e Corporativas. O documento aborda tanto a importância do ESG para empresas em geral quanto para a indústria da construção civil. A cartilha também apresenta estratégias de mitigação de riscos; planejamento para curto, médio e longo prazos; os desafios e as oportunidades, além de estudos e pesquisas no Brasil sobre o setor. De acordo com a cartilha, as empresas do setor de construção civil estão passando por um momento de transição, no qual já começaram ou deverão começar a implantar o modelo ESG nos seus negócios. Os benefícios das empresas que incorporam a agenda ESG são muito claros. Quando uma obra é executada economizando combustíveis fósseis e recursos hídricos e reaproveitando materiais, a empresa traz uma grande contribuição para a preservação do meio ambiente e da sustentabilidade, além ver sua marca realçada e auferir ganhos financeiros. A cartilha revelou que 94% dos executivos brasileiros enxergam grandes oportunidades nas ações de ESG, mas 72% deles reconhecem que estão pouco ou nada familiarizados com a métrica ESG. Entre os entrevistados, 71% acreditam que o Estado deve estimular as empresas, para que elas sigam regras ambientalmente sustentáveis. Por fim, 73% dos empresários afirmam que ampliarão os investimentos em ESG nos próximos dois anos. O desempenho competente de ESG pode ser atrelado a uma boa performance praticamente em todas as questões empresariais, seja de operações, gestão de pessoas, tecnologia ou estratégia. A correlação é forte em todos os pilares, mas é ainda mais forte no aspecto econômico. As empresas que desenvolvem a gestão ESG terão resultados econômicos mais consistentes. Quanto mais uma empresa desenvolve aspectos de gestão ESG, mais ela cresce na parte econômica. Os dados mostram que para cada 1 ponto de melhoria em ESG, espera-se 1,72 de melhoria nos aspectos econômicos. No mundo contemporâneo, as empresas estão cada vez mais entendendo a necessidade de praticar a responsabilidade social e ambiental, ampliando a percepção de que essa busca pela sustentabilidade traz benefícios a toda a sociedade, mas também às próprias companhias que as fomentam.
Fri Oct 27 16:38:40 BRT 2023
E-book aborda atuação de empresas de impacto no mercado internacional
Você já ouviu falar nas “empresas de impacto”? São empreendimentos que atuam de acordo com a lógica de mercado, mas que buscam algo além do retorno financeiro: elas têm o compromisso de medir o impacto socioambiental gerado pela sua atividade principal, seja no produto ou serviço ofertado, seja no seu modo de operação. Os desafios e as oportunidades para empresas de impacto no mercado internacional são temas de um e-book (https://www.sebrae.com.br/Sebrae/Portal%20Sebrae/Arquivos/ImpactoPositivoCNISebrae.pdf) criado pelo Sebrae, em parceria com a Confederação Nacional da Indústria (CNI). O e-book mostra as consequências dessa nova economia nos negócios, retratando o ecossistema brasileiro de impacto e comparando com o que ocorre nas principais economias do mundo. Também são abordadas quais certificações auxiliam no processo de estruturação das empresas e que atuam como diferenciais competitivos frente às empresas tradicionais. O estudo conta, ainda, com dicas de boas práticas e propõe atividades que devem ser adotadas pelas empresas para que os negócios sejam cada vez mais comprometidos com a evolução social e a perenidade do planeta. O objetivo do e-book é mostrar como as empresas de impacto positivo podem utilizar-se desse diferencial competitivo para alcançar o mercado internacional. De acordo com a pesquisa do Sebrae em parceria com a CNI, o conceito de impacto positivo tem como base os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), criados em 2012, no Brasil, durante a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, no Rio de Janeiro. Os ODS têm a intenção de conduzir governos, empresas e sociedade para um mundo mais sustentável e inclusivo, servindo de orientação para os países superarem os desafios ambientais, políticos e econômicos mais urgentes. Eles trazem conceitos importantes, como Responsabilidade Social Corporativa, que é o conjunto de ações voluntárias de uma empresa em prol da sociedade, e ESG (Environmental, Social, Governance) ou ASG (Ambiental, Social e Governança), utilizados para designar práticas de mercado que consideram esses três aspectos centrais na medição da sustentabilidade e do impacto social de um investimento em uma empresa ou negócio. O compromisso com os critérios ESG aumentou 41% entre 2014 e 2016, totalizando US$ 8,4 trilhões em ativos, de acordo com o Global Sustainable Investment Alliance5 (GSIA). A demanda por analistas ESG no mercado de trabalho disparou e o ESG também se manifestou como desinvestimentos induzidos pelos critérios de impacto. Essa ameaça é fundamental para fazer as empresas levarem a sustentabilidade a sério. Já o conceito de valor compartilhado pode ser definido como políticas e práticas operacionais que aumentam a competitividade de uma empresa, ao mesmo tempo em que melhoram as condições socioeconômicas nas comunidades em que a empresa atua. Empresas de propósito A consciência sobre os impactos provocados pela revolução digital, que evidenciou as disparidades sociais e escancarou as consequências do aumento do consumo sobre o meio ambiente, despertou um novo modelo de negócio baseado no propósito. Empresas com propósito querem ser vetores de mudança na sociedade sem deixar de lado a rentabilidade. Assim foi criado o Setor Dois e Meio, uma referência ao fato de as empresas atuarem de acordo com características do segundo e terceiro setores. Esse novo comportamento de negócio motivou um novo comportamento de consumo, mais consciente e atento aos impactos gerados pelas empresas. Marcas passaram a gerir comunidades e a se relacionar com clientes como se fossem parceiros em suas atividades e o consumo passou a ser um ato de ativismo. As pessoas passaram a buscar marcas com propósitos alinhados aos seus. Conforme dados do e-book, um levantamento de 2019 mapeou a existência de 1.002 empresas de impacto no Brasil. A maioria está concentrada no Sudeste (62%). O Sul ocupa o segundo lugar (14%) e o Nordeste aparece com 11%. Em relação ao número de funcionários, 54% dos negócios de impacto empregam de duas a cinco pessoas, 30% empregam seis ou mais pessoas, 16% são compostos por apenas um empreendedor e 77% usam trabalhadores freelancers. Viabilizar mais empresas de propósito levará a mais modelos de operação testados e a mais casos de sucesso com impacto mensurado e resultado financeiro comprovado, atraindo mais investimentos e gerando um ciclo virtuoso e inspirador para novos empreendedores e investidores. E você, empreendedor, não pode ficar de fora dessa onda!
Fri Oct 27 14:47:35 BRT 2023
Adote práticas para diminuir resíduos na produção de moda
A sustentabilidade já chegou às prateleiras e é requisito importante na visão do consumidor. Se o seu negócio está no setor produtivo de moda, saiba que os rejeitos da produção podem ter destino ecologicamente correto. Além disso, medidas sustentáveis devem ser incorporadas às suas estratégias comerciais como forma de integrar a economia circular. A gestão correta de resíduos garante sustentabilidade ao processo produtivo e aumenta a competitividade, pois reaproveita restos, reduz custos e ganha a simpatia do público consumidor. “No Brasil, são geradas aproximadamente 170 mil toneladas de resíduos têxteis todos os anos e apenas 20% são reciclados. O resto, 135 mil toneladas, acaba nos aterros sanitários ou no meio ambiente. Dados do Sebrae e do relatório Fios da Moda ainda indicam que 80% dessas 170 mil toneladas são descartadas indevidamente.” Confira a seguir informações e dicas de como você pode adotar práticas sustentáveis. Legislação Reduzir as sobras da produção e dar a elas destino correto são ações fundamentais para que o seu empreendimento cumpra o compromisso social de manter e preservar o meio ambiente. Nesse sentido, o empreendedor alinha o negócio aos objetivos da Política Nacional dos Resíduos Sólidos (PNRS), que regulamenta e exige, dos setores público e privado, gerenciamento ambiental para os resíduos. Atualmente, ocorrem movimentações para que a lei incentive mais ações específicas no setor têxtil. Abaixo estão dicas para que a sua empresa siga a regulamentação da PNRS: Faça um diagnóstico do processo produtivo: verifique como são gerados os resíduos industriais, considerando quantidade e características físicas e químicas. Tenha apoio técnico: busque auxílio especializado para analisar como a geração de resíduos impacta a empresa e obtenha apoio jurídico para tomar decisões. Revise o processo produtivo: colabore na diminuição da geração de resíduos na fonte e avalie seu destino ambiental adequado. Crie ferramentas para identificação: apresente cada etapa do processo, incluindo seu manejo, coleta, transporte interno e armazenamento de resíduos. Troque equipamentos antigos: substitua-os por máquinas que consumam menos energia e sejam menos poluentes. Reaproveite resíduos: crie novas linhas de produtos sustentáveis para auxiliar no reaproveitamento interno de resíduos e recorra aos conceitos de upcycling e modelagem zero waste, ótimos para esse desenvolvimento. Recicle resíduos: doe os resíduos para quem recicla ou busque parceiros para a venda do material como alternativa para reciclar os rejeitos externamente. Planeje o gerenciamento dos resíduos: elabore o Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos Industriais (PGRSI). Reúna dados anuais: faça um relatório anual, coletando informações qualitativas e quantitativas sobre os resíduos gerados e sua destinação, e leve-o ao órgão ambiental competente. Esteja no Cadastro Técnico: preencha o Cadastro Técnico Federal, que alimenta o Sistema Nacional de Informações sobre a Gestão dos Resíduos Sólidos (SINIR). Crie parcerias: junte-se a outras empresas do setor para facilitar o processo de adequação à legislação vigente. Padronize a gestão ambiental: escolha um modelo para orientar as atividades da empresa na busca de práticas mais sustentáveis. Gestão ambiental O seu negócio pode adotar diferentes modelos de gestão ambiental. Conheça e entenda os três abaixo: Produção mais Limpa (P+L): proposta com foco na reutilização de resíduos, uso de tecnologias, produção com menor consumo de matérias-primas e diminuição da geração de resíduos na fonte. Ecoeficiência: modelo que se caracteriza por liberar menos resíduos tóxicos e fazer uso eficiente da matéria-prima com a criação de produtos que demoram mais tempo para retornar à natureza. Ecodesign ou ecoplanejamento: planejamento para criar novos produtos com base em materiais alternativos ou reciclados, reduzir o consumo de energia no processo produtivo e facilitar a manutenção do produto. Vantagens Empresas que adotam a gestão ambiental como estratégia de negócio têm muitos benefícios. Além de garantir a preservação e a manutenção do meio ambiente, assumindo a responsabilidade pelo impacto que causa, a empresa diminui gastos de produção e atende aos padrões previstos na legislação ambiental. Linhas de financiamento também são outro ponto positivo, pois projetos relacionados à tecnologia ambiental têm acesso facilitado ao crédito. Saiba mais Confira o boletim Gestão de resíduos: mecanismos legais para os negócios do setor de moda. Entenda por que a boa gestão dos processos garante a qualidade do produto. Veja o artigo Pequenos negócios podem adotar práticas de gestão sustentável. Conheça o Centro Sebrae de Sustentabilidade e fique por dentro do assunto.
Fri Sep 22 15:27:20 BRT 2023
O que é ESG e como adotá-lo?
Sigla que significa Environmental, Social and Governance (ambiental, social e governança), foi lançada pela Organização das Nações Unidas, em 2005, com o relatório Who cares wins ou “Ganha quem se importa”. O documento aborda as iniciativas no sentido de promover sustentabilidade nessas três esferas e os impactos positivos para as empresas que as adotam. De lá para cá, esse conceito só fez crescer e passou a ser reconhecido como um aspecto necessário para a geração de melhores resultados a longo prazo e, consequentemente, maior sustentabilidade para as empresas. Neste e-book, você vai conhecer melhor os princípios do ESG e as recomendações práticas para que sua empresa adote medidas e se beneficie com a sustentabilidade. Boa leitura!