Em meados de 2004, Brezolim Oliveira e outros agricultores receberam áreas rurais no Assentamento Monte Alegre, no município de Muriqui (ES), para iniciar a atividade de produção de hortaliças, em cultivo convencional, sistema que utilizava adubos químicos, defensivos agrícolas e outros insumos com o objetivo de aumentar a produtividade.
No entanto, em 2006, estava difícil inserir as hortaliças no mercado, tendo em vista que se tratava de um produto sem diferencial e ofertado em pequena quantidade. Com a área de plantio limitada e com dificuldades crescentes para comercializarem os seus produtos, a cada dia, os produtores rurais estavam mais desmotivados e frustrados com a atividade.
O agricultor Brezolim, uma das lideranças do assentamento, sentiu a necessidade de buscar alternativas para garantir a sustentabilidade das famílias do local.
Buscou orientação sobre a produção orgânica de alimentos, e junto com parceiros do setor privado e público liderou a instalação de unidades produtivas familiares com o uso de conceitos e práticas sustentáveis. E batalhou para superar as dificuldades iniciais, como a ainda pequena produção e a dificuldade dos assentados trabalharem em grupo.
A produção orgânica acabou se tornando um diferencial competitivo, gerando mais renda e qualidade de vida aos assentados.