É de suma importância que o empresário conheça muito bem seus custos e despesas, e saiba calcular corretamente o preço de venda de seus produtos.
Maikon Richardson
· Atualizado em 12/04/2023O que é o preço de venda na indústria?
O cálculo dos custos e preços de venda na indústria merece a atenção dos empreendedores, para evitar prejuízos devido a erros neste processo.
Mas se você perguntar a empreendedores se eles sabem como fazer esse cálculo, pode ser que eles não tenham a resposta na ponta da língua e isso gera uma grande preocupação.
É necessário ter muito cuidado e buscar conhecimentos sobre o assunto para não ter dor de cabeça, afinal de contas, é com o cálculo correto dos custos e preços de venda que você vai garantir o seu lucro.
Assim, conhecer a realidade dos custos é fundamental para definir o preço ideal das vendas.
Se você não tem muita experiência na área, saiba que pode contar conosco para tirar todas as suas dúvidas.
Ante de mais nada, é preciso entender que todos os gastos de produção devem ser considerados! Nenhum detalhe pode passar despercebido, caso contrário o resultado pode não ser satisfatório.
Uma dica importante é: nunca defina um preço muito abaixo ou acima da média.
Na maioria das vezes em que isso acontece em uma empresa acaba resultando em prejuízos difíceis de reverter e isso pode acabar virando uma bola de neve.
Se você tem dúvidas sobre como calcular o preço de venda na indústria, então continue lendo este texto, desenvolvido para te ajudar a não passar por situações negativas para a sua empresa. Continue conosco e boa leitura!
A definição dos preços de produtos na indústria é influenciado por diversos fatores, tanto internamente quanto externamente.
Esses valores podem mudar, então é bom sempre ficar de olho nos preços praticados no mercado.
Basicamente, este preço é o valor cobrado para cobrir os custos de produção, gastos da empresa (fixos ou variáveis), impostos e para garantir a margem de lucro ao negócio.
Viu como esse cálculo é importante para a saúde da sua empresa? Ele vai guiar todos os seus faturamentos futuros.
Conforme a cartilha “Custos nas Pequenas empresas” disponibilizada virtualmente pelo Sebrae, quem domina esses cálculos reage adequadamente em situações de risco.
Os custos industriais representam o fator principal para a definição do preço de venda. Porque a cobertura destes gastos permite que a atividade continue.
Estes custos são classificados em:
Custos diretos:
São os custos relacionados diretamente a produção como, por exemplo, a compra de matéria-prima e a mão de obra da produção. Para esse tipo de custo é mais fácil definir valores sem necessidade de rateios.
O cálculo funciona da seguinte forma: você soma os gastos com a mão de obra e a matéria-prima e divide o valor pela quantidade de produtos fabricados.
Custos indiretos:
Ao contrário da facilidade na precificação dos custos diretos, os custos indiretos são mais difíceis de serem estabelecidos. Nesse tipo de custo é necessário calcular o valor de cada unidade de produto fabricado.
Nesse caso é utilizado o critério de rateio, em outras palavras, é definido um valor aproximado para o cálculo de cada unidade.
Imagine que você tem uma fábrica de camisas e paga a conta de luz mensalmente. Você precisa projetar o valor desse custo nos produtos e dividir esse valor em cada camisa confeccionada.
Custos fixos:
É necessário ter muito cuidado com o gerenciamento desse tipo de custo, por todos os meses eles serão cobrados e não é uma boa ideia deixar acumular.
Dentro desses custos estão os pagamentos básicos como aluguel, água, luz, entre outros.
É importante lembrar também que esse tipo de custo sempre vai existir, independente se naquele mês houve boas vendas ou não.
A nomenclatura “custos fixos” diz respeito justamente a essa cobrança mensal, mas lembre-se: o valor em si, pode ser variável. Por exemplo, a conta de luz vence todo mês, mas ela pode apresentar valores diferentes em cada vencimento.
Custos variáveis:
Esse tipo de custo está ligado diretamente a variações na produção e na venda.
Nesse caso as alterações acontecem a curto prazo e as oscilações nos preços na maioria das vezes está ligada ao custo da matéria-prima.
Por exemplo, imagine que você tem uma batedeira de açaí e diariamente precisa comprar o fruto do atravessador. Essa matéria-prima sofre alterações diárias e por isso o preço do produto final também varia diariamente.
O cálculo desse tipo de custo é um pouco mais difícil, entretanto, é possível fazer uma projeção ainda que seja variável.
Você pode somar todos os custos num período determinado (pode ser mensal) e dividir o valor total por produtos fabricados neste mesmo período.
Como funciona o preço de venda
Os pequenos negócios empresariais formados pelas micro e pequenas empresas (MPE) representam grande importância para o desenvolvimento econômico-social.
Esse tipo de empreendimento ganhou bastante espaço no mercado e os trabalhadores informais resolveram regularizar a situação de suas empresas.
Em muitos casos, quando esses empreendedores trabalhavam na informalidade, não havia uma grande necessidade de se pensar em como fazer cálculos de preço e venda na indústria porque os produtos eram desenvolvidos em menor escala.
Mas agora que o negócio cresceu, é preciso tomar cuidado.
Muitos gestores e contadores precisam utilizar a ferramenta contábil para fazer a melhor precificação de venda na indústria.
A falta de informação e /ou a não utilização da ferramenta contábil prejudica a tomada de decisão.
E aqui vai uma dica valiosa:
Você precisa enxergar o seu contador como um dos seus principais aliados para fazer o seu negócio decolar.
Se possível, aprenda com ele como calcular melhor os preços e não deixe de entender como esses cálculos funcionam na prática.
A contadora Giana Rita Slongo, explica em sua tese de conclusão de curso como funciona a formação do preço de venda de produtos industrializados.
De acordo com Slongo, para fazer o cálculo certo é de extrema importância uma abordagem contábil.
O profissional contábil conhece os recursos das ferramentas que podem garantir informações precisas para que o gestor possa tomar as decisões mais acertadas, garantindo dessa forma vantagens competitivas.
Como calcular custos e preços de venda
Para calcularmos o preço dos produtos colocados à venda devemos, além de conhecer nossos custos e despesas, ou seja, nosso custo interno, devemos também verificar o preço praticado na concorrência.
A procura por bons preços e qualidade nos produtos e serviços, estão entre as prioridades dos consumidores.
Assim, os preços calculados por meio de fórmulas são uma boa referência para concorrer no mercado e avaliam qual a condição de estrutura de custos perante as demais empresas.
Você com certeza já conheceu aquele cliente que vai na sua empresa e diz que está primeiramente olhando os preços e que pode voltar outra hora.
Saiba que esse tipo de atitude sempre vai ser comum e por isso, você precisa encontrar o equilíbrio entre cobrar um preço justo que agrade o cliente e que não gere prejuízos financeiros.
Veja o exemplo, na prática
Para explicar na prática sobre o cálculo para chegar no valor ideal, vamos usar como exemplo que a empresa está fabricando uma camisa.
O material utilizado na produção é o informando no quadro abaixo.
Os valores devem ser extraídos das notas fiscais de compra, excluindo os impostos recuperáveis, no caso o ICMS.
Digamos que a empresa produz mensalmente 4 mil unidades de camisetas. Portanto, deve-se calcular o Valor Fixo Unitário, ou seja, quanto cada unidade produzida deve contribuir para pagamento do custo fixo, aquele que a gente já viu mais acima.
Vamos utilizar a seguinte fórmula:
CFU = CFM / Qt.
Peças produzidas para tirar a Margem de Lucro (ML) que é o lucro esperado pelo empresário, após pago todos os custos.
CFU = R$ 10.122,00 / 4.000
CFU = 2,53
Para fixação da margem de lucro a empresa deverá ficar atenta, e verificar também o preço praticado pelo mercado. No nosso exemplo, vamos utilizar uma margem de lucro de 15%.
Com base nos dados acima, vamos calcular o preço de venda, aplicando a seguinte fórmula:
PV = CVP + CFU
1 – [(CVV+lucro)/100]
Aplicando a fórmula temos:
PV = R$ 48,68+ R$ 2,53
1 – [ ( 26,43 + 15,00)/100]
PV = 51,21 1- 0,41
PV = 51,21 0,59
PV = 51,21 + 59%
Desta forma, o preço de venda da camisa é de R$ 81,42.
Para te ajudar mais, o Sebrae preparou uma planilha de cálculos bem completa! Para baixar, é só clicar aqui.
E, se ainda tiver ficado com alguma dúvida, aqui tem um vídeo super simples que o Sebrae fez para você!
Dicas finais
Reforçamos ser fundamental conhecer todos os elementos, as ferramentas e as estruturas de custos e preço de venda, porque, notadamente, o mercado é quem vai estabelecer qual o valor em que está disposto a pagar pela aquisição dos bens.
Portanto, verifique também qual o regime tributário adotado na empresa para cálculo das alíquotas dos impostos e contribuições.
Assim, é recomendável consultar o contador da empresa para obter esses dados de forma mais detalhada.
Destacamos que a prioridade máxima na realização da venda é o convencimento de seu cliente, pois é ele quem determinará se realmente o seu preço é justo.
Então, além de calcular o preço de venda da indústria de forma correta, gerando lucros para a empresa, é também necessário verificar o preço praticado pelos concorrentes.
Esses cálculos podem parecer difíceis, mas com a prática você empreendedor vai aprendendo gradualmente e quando menos perceber já fará com mais facilidade.
Não esqueça de buscar ajuda com os nossos consultores, o Sebrae no Amapá ficará muito satisfeito em ajudá-lo.
Foi um prazer te ajudar :)
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April, 2023
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Como esse método vai me ajudar? Pagar as contas do fim do mês, não é uma tarefa nada fácil. Mas existem formas que podem ajudar você, a facilitar esse trabalho. Uma delas, é o Controle de Contas a Pagar, um método financeiro, onde são registrados todos os pagamentos de uma empresa, ajudando a manter a lucratividade. Para muitos empreendedores, principalmente no caso de quem viu o negócio crescer rapidamente e ainda não tem bastante experiência com a parte financeira, o controle de contas a pagar representa um gargalo na administração empresarial. Mas, é necessário ter em mente que esse também é um ponto que vai fazer toda a diferença e é indispensável para a saúde do seu negócio. É preciso lembrar também que o problema não é o surgimento de dívidas, sendo comum em qualquer negócio e na maioria das vezes acontece, seja em empresas grandes ou pequenas. O problema real é não saber como gerenciar as dívidas e deixar que elas se tornem uma bola de neve. Contrair dívidas como empréstimos é algo bastante comum, mas os juros devem ser controlados. É preciso ter em mente que esse valor deve ser utilizado para multiplicar as suas finanças e não puxar o seu negócio ladeira abaixo. Segundo o Administrar On-line, empresa que disponibiliza dicas de gestão financeira por profissionais do ramo, fazer estes cálculos evita gastos sem necessidade, como pagamento de juros, multas e outras despesas. Você deve colocar na sua planilha os gastos que vão acontecer futuramente e que já estão agendadas, e até mesmo as imprevisíveis, mas que você imagina que podem ocorrer, afinal de contas nunca se sabe quando você vai precisar de uma ajudinha extra. O controle de contas a pagar possibilita a identificação dos seguintes elementos: Monitoramento de todas as obrigações a pagar: É necessário fazer um levantamento de todas as contas que você precisa pagar mensalmente. Não dá para deixar para o mês seguinte esse tipo de dívida, pois essa prática pode resultar em um acúmulo difícil de controlar. Prioridade aos pagamentos, na hipótese de dificuldade financeira: Se são tempos difíceis para a sua empresa, não dá para ficar gastando com coisas que estão além das despesas necessárias, o supérfluo pode sair caro e resultar em mais dívidas. Não permita a perda de prazo, para conseguir descontos: Quem não gosta de desconto não é mesmo? É bom ficar sempre atento para não perder esse tipo de benefício. Pagar as contas em dia é sempre a melhor opção! Não permita a perda de prazo, de forma que implique no pagamento de multa e juros: Nesse caso, a situação só fica ainda pior, por isso, fique sempre atento as datas de pagamento das contas. Forneça informações para elaboração do fluxo de caixa: Um bom gerenciamento da empresa não se limita apenas aos cuidados com os custos da Receita. É muito importante monitorar a entrada e saída de dinheiro e construir uma base de informações, que podem ajudar a prever e se antecipar em situações de risco. Conciliação com os saldos contábeis: A conciliação é uma forma de acompanhamento mensal, semestral ou anual que registra todos os valores creditados ou debitados da planilha contábil da empresa. Com os relatórios é possível fazer comparações e obter melhores resultados financeiros. Um relatório de empréstimo com a atualização de juros é um exemplo de demonstrativo para conciliação com os saldos contábeis.