O valor do pró-labore deve ser definido com base nos salários de mercado para o tipo de atividade que o sócio desempenha.
George Wagner
· Atualizado em 27/09/2023
O cálculo do pró-labore
Como definir o valor da retirada de pró labore dos sócios
O instrumento serve para orientar sobre os diversos aspectos da inclusão da remuneração dos sócios, nos custos.
O cálculo do pró-labore faz-se necessário para se chegar ao pagamento justo do trabalho dos sócios na empresa que é parte componente dos custos administrativos da empresa.
Assim, o valor do pró-labore deve ser definido com base nos salários de mercado para o tipo de atividade que o sócio desempenha.
Não se deve retirar mais recursos como pró-labore do que se pagaria a um empregado que realizasse as tarefas que os sócios que trabalham na empresa realizam.
Isto seria antieconômico e poderia aumentar o custo fixo da empresa além de sobrecarregar a capacidade remuneratória da empresa dependendo seu porte (MEI, ME, EPP) comprometendo a lucratividade em alguns casos.
Uma dica para se estabelecer a composição da retirada do pró-labore de uma pequena empresa que está iniciando suas atividades é realizar o levantamento dos custos fixos pessoais do empresário, tais como aluguel, alimentação, prestação do veículo, escola,
energia, chegando assim o valor mínimo que o empresário necessita para pagar sua despesas mensais e ao final inclua mais 20% desse valor para um fundo de reserva pessoal para que não necessite retirar mais recursos da empresa ao longo do mês.
Ex:
Aluguel R$ 1.200,00
Prestação Veículo R$ 1.100,00
Combustível R$ 600,00
Alimentação R$ 1.500,00
Escola R$ 600,00
Total das despesas fixas: R$ 5.000,00
20% de fundo de reserva: R$ 1.000,00
Total de retirada de pró-labore: R$ 6.000,00
Esse seria o primeiro parâmetro para chegar a um valor da retirada do pró-labore do sócio, porém devemos considerar a capacidade remunerativa que a empresa tem para custear esse valor, o valor de mercado que se paga para um administrado com a mesma
função para que se possa estabelecer a retirada dos sócios caso tenha mais de um proprietário.
O pró-labore é considerado uma despesa administrativa e deve ser apropriadamente custeado e pago, conforme o vencimento das obrigações da empresa.
Apesar de ser muito confundido como "salário", não se confunda. Ele é considerado uma verba concedida fora das circunstâncias normais. Ou seja, dentro da despesa administrativa.
Formas de remunerar os sócios
Existem duas formas de remunerar os sócios de uma empresa: o pró-labore e a distribuição de lucros.
Diferença de pró-labore e distribuição de lucros:
O pró-labore mensal deve custear os gastos pessoais e habituais dos sócios, sem prejudicar o caixa da empresa.
Enquanto a distribuição de lucros, pode ser uma alternativa para os sócios aplicarem recursos em gastos não habituais ou investimentos.
Pontos importantes e serem seguidos ao final de estabelecer o valor da retirada do pró-labore:
1 - Separação das despesas pessoais e da empresa: o empresário não deve misturar os gastos pessoais com os gastos da empresa, para isso a importante abrir uma conta de pessoa física e transferir o valor do seu pró-labore em data pré-definida, sendo que toda a receita da empresa dever entrar na conta de pessoa jurídica.
2 - Garantir de sustentabilidade financeira da empresa: as retiradas pró-labore não podem prejudicar o caixa da empresa para seus custeios operacionais, reservas e de investimentos.
3 - Adaptabilidade do padrão de vida dos sócios: em tempos de dificuldades financeiras, o empresário deve rever a possibilidade de se diminuir as retiradas e os gastos pessoais.
4 - Nível de maturidade da empresa: se a empresa é nova, é mais indicado estabelecer pró-labore mais baixos do que uma empresa já consolidada, pois a prioridade é gerar caixa para o crescimento do empreendimento.
5 - Projeção de aposentadoria dos sócios: quem é empresário e não possui outra fonte de renda, deve projetar sua retirada pró-labore, recolhendo o INSS para o regime geral de previdência social e se limitando ao teto de contribuição mensal.
Podendo, alternativamente, contratar um plano de previdência complementar, objetivando melhores rendas na aposentadoria.
6 - Lucratividade do empreendimento: se a empresa possui bons lucros, pode ser uma boa estratégia definir um cronograma de distribuição de lucros, podendo ser mensal ou anual, por exemplo.
Para as empresas com prejuízo acumulado, o pró-labore representa a única alternativa de remuneração dos sócios, uma vez que não existe a possibilidade de distribuição de lucros.
7 - Toda decisão na empresa vai impactar as finanças quer seja nas despesas como no investimento, com a retirada do pró-labore não é diferente.
Portanto, análise com atenção cada atividade desempenhada pelo sócio, pesquise salários compatíveis no mercado, avalie se vale mais a pena contratar um funcionário para desempenhar aquelas atividades ou fazer você mesmo, defina o papel de cada um na empresa e esteja sempre atento ao fluxo de caixa da empresa, defina um pró-labore que quer a empresa possa pagar.
Finalmente recomendamos consultar seu contador na hora de definir o pró-labore para que te oriente conforme as legislações vigentes e a melhor estratégia de retirada.
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O que é e como calcular os custos e preços de venda na indústria
O que é o preço de venda na indústria? O cálculo dos custos e preços de venda na indústria merece a atenção dos empreendedores, para evitar prejuízos devido a erros neste processo. Mas se você perguntar a empreendedores se eles sabem como fazer esse cálculo, pode ser que eles não tenham a resposta na ponta da língua e isso gera uma grande preocupação. É necessário ter muito cuidado e buscar conhecimentos sobre o assunto para não ter dor de cabeça, afinal de contas, é com o cálculo correto dos custos e preços de venda que você vai garantir o seu lucro. Assim, conhecer a realidade dos custos é fundamental para definir o preço ideal das vendas. Se você não tem muita experiência na área, saiba que pode contar conosco para tirar todas as suas dúvidas. Ante de mais nada, é preciso entender que todos os gastos de produção devem ser considerados! Nenhum detalhe pode passar despercebido, caso contrário o resultado pode não ser satisfatório. Uma dica importante é: nunca defina um preço muito abaixo ou acima da média. Na maioria das vezes em que isso acontece em uma empresa acaba resultando em prejuízos difíceis de reverter e isso pode acabar virando uma bola de neve. Se você tem dúvidas sobre como calcular o preço de venda na indústria, então continue lendo este texto, desenvolvido para te ajudar a não passar por situações negativas para a sua empresa. Continue conosco e boa leitura! A definição dos preços de produtos na indústria é influenciado por diversos fatores, tanto internamente quanto externamente. Esses valores podem mudar, então é bom sempre ficar de olho nos preços praticados no mercado. Basicamente, este preço é o valor cobrado para cobrir os custos de produção, gastos da empresa (fixos ou variáveis), impostos e para garantir a margem de lucro ao negócio. Viu como esse cálculo é importante para a saúde da sua empresa? Ele vai guiar todos os seus faturamentos futuros. Conforme a cartilha “Custos nas Pequenas empresas” disponibilizada virtualmente pelo Sebrae, quem domina esses cálculos reage adequadamente em situações de risco. Os custos industriais representam o fator principal para a definição do preço de venda. Porque a cobertura destes gastos permite que a atividade continue. Estes custos são classificados em: Custos diretos: São os custos relacionados diretamente a produção como, por exemplo, a compra de matéria-prima e a mão de obra da produção. Para esse tipo de custo é mais fácil definir valores sem necessidade de rateios. O cálculo funciona da seguinte forma: você soma os gastos com a mão de obra e a matéria-prima e divide o valor pela quantidade de produtos fabricados. Custos indiretos: Ao contrário da facilidade na precificação dos custos diretos, os custos indiretos são mais difíceis de serem estabelecidos. Nesse tipo de custo é necessário calcular o valor de cada unidade de produto fabricado. Nesse caso é utilizado o critério de rateio, em outras palavras, é definido um valor aproximado para o cálculo de cada unidade. Imagine que você tem uma fábrica de camisas e paga a conta de luz mensalmente. Você precisa projetar o valor desse custo nos produtos e dividir esse valor em cada camisa confeccionada. Custos fixos: É necessário ter muito cuidado com o gerenciamento desse tipo de custo, por todos os meses eles serão cobrados e não é uma boa ideia deixar acumular. Dentro desses custos estão os pagamentos básicos como aluguel, água, luz, entre outros. É importante lembrar também que esse tipo de custo sempre vai existir, independente se naquele mês houve boas vendas ou não. A nomenclatura “custos fixos” diz respeito justamente a essa cobrança mensal, mas lembre-se: o valor em si, pode ser variável. Por exemplo, a conta de luz vence todo mês, mas ela pode apresentar valores diferentes em cada vencimento. Custos variáveis: Esse tipo de custo está ligado diretamente a variações na produção e na venda. Nesse caso as alterações acontecem a curto prazo e as oscilações nos preços na maioria das vezes está ligada ao custo da matéria-prima. Por exemplo, imagine que você tem uma batedeira de açaí e diariamente precisa comprar o fruto do atravessador. Essa matéria-prima sofre alterações diárias e por isso o preço do produto final também varia diariamente. O cálculo desse tipo de custo é um pouco mais difícil, entretanto, é possível fazer uma projeção ainda que seja variável. Você pode somar todos os custos num período determinado (pode ser mensal) e dividir o valor total por produtos fabricados neste mesmo período.