O método, simples, pode ajudar empresas a terem uma boa gestão financeira e deve prever uma melhor margem de lucratividade.
Maikon Richardson
· Atualizado em 12/04/2023Como esse método vai me ajudar?
Pagar as contas do fim do mês, não é uma tarefa nada fácil. Mas existem formas que podem ajudar você, a facilitar esse trabalho.
Uma delas, é o Controle de Contas a Pagar, um método financeiro, onde são registrados todos os pagamentos de uma empresa, ajudando a manter a lucratividade.
Para muitos empreendedores, principalmente no caso de quem viu o negócio crescer rapidamente e ainda não tem bastante experiência com a parte financeira, o controle de contas a pagar representa um gargalo na administração empresarial.
Mas, é necessário ter em mente que esse também é um ponto que vai fazer toda a diferença e é indispensável para a saúde do seu negócio.
É preciso lembrar também que o problema não é o surgimento de dívidas, sendo comum em qualquer negócio e na maioria das vezes acontece, seja em empresas grandes ou pequenas.
O problema real é não saber como gerenciar as dívidas e deixar que elas se tornem uma bola de neve.
Contrair dívidas como empréstimos é algo bastante comum, mas os juros devem ser controlados.
É preciso ter em mente que esse valor deve ser utilizado para multiplicar as suas finanças e não puxar o seu negócio ladeira abaixo.
Segundo o Administrar On-line, empresa que disponibiliza dicas de gestão financeira por profissionais do ramo, fazer estes cálculos evita gastos sem necessidade, como pagamento de juros, multas e outras despesas.
Você deve colocar na sua planilha os gastos que vão acontecer futuramente e que já estão agendadas, e até mesmo as imprevisíveis, mas que você imagina que podem ocorrer, afinal de contas nunca se sabe quando você vai precisar de uma ajudinha extra.
O controle de contas a pagar possibilita a identificação dos seguintes elementos:
Monitoramento de todas as obrigações a pagar:
É necessário fazer um levantamento de todas as contas que você precisa pagar mensalmente. Não dá para deixar para o mês seguinte esse tipo de dívida, pois essa prática pode resultar em um acúmulo difícil de controlar.
Prioridade aos pagamentos, na hipótese de dificuldade financeira:
Se são tempos difíceis para a sua empresa, não dá para ficar gastando com coisas que estão além das despesas necessárias, o supérfluo pode sair caro e resultar em mais dívidas.
Não permita a perda de prazo, para conseguir descontos:
Quem não gosta de desconto não é mesmo?
É bom ficar sempre atento para não perder esse tipo de benefício.
Pagar as contas em dia é sempre a melhor opção!
Não permita a perda de prazo, de forma que implique no pagamento de multa e juros:
Nesse caso, a situação só fica ainda pior, por isso, fique sempre atento as datas de pagamento das contas.
Forneça informações para elaboração do fluxo de caixa:
Um bom gerenciamento da empresa não se limita apenas aos cuidados com os custos da Receita.
É muito importante monitorar a entrada e saída de dinheiro e construir uma base de informações, que podem ajudar a prever e se antecipar em situações de risco.
Conciliação com os saldos contábeis:
A conciliação é uma forma de acompanhamento mensal, semestral ou anual que registra todos os valores creditados ou debitados da planilha contábil da empresa.
Com os relatórios é possível fazer comparações e obter melhores resultados financeiros.
Um relatório de empréstimo com a atualização de juros é um exemplo de demonstrativo para conciliação com os saldos contábeis.
Demonstração
Para você entender melhor como o sistema de contas a pagar funciona, nós separamos para você uma demonstração de como organizar o Controle de Contas a Pagar, com os dados abaixo:
- 31/08 conta de luz conforme NF008 no valor R$ 800,00;
- Em Compra do Armazém Bicudo Ltda., 01/09 no valor de R$ 1.200,00, com vencimento em 01/09 da duplicata 008;
- Em Compra do Armazém Bigode Grande Ltda. no dia 01/09 no valor de R$ 1.500,00, com vencimento da duplicata n.º 003 para o dia 15/09;
- Em Compra do Armazém Bicho do Mato Ltda. no dia 20/09 no valor de R$ 890,00, com vencimento da duplicata n.º 012 para o dia 20/09;
- Em Compra do Armazém Bicudo Ltda. no dia 03/08 no valor de R$ 450,00, com vencimento da duplicata n.º 168 para 05/09;
- Compra da Teixeira e Sá Ltda. no dia 04/08 no valor de R$ 380,00, com vencimento da duplicata n.º 047 para 10/09;
- 31/08 folha de pagamento do mês de agosto no valor R$ 5.000,00.
Pagamentos
Agora, você vai inserir do lado direito da planilha, seus pagamentos, que de forma geral, é o principal objetivo para ter o controle e registro do que está sendo gasto e os descontos que podem ser adquiridos, dependendo da data de débito da conta, o que pode refletir em uma margem de lucro no fim do mês.
Veja abaixo:
- Até o dia 03/10 ocorreram os seguintes pagamentos:
- Em 01/09 foi pago a conta de luz;
- Em 15/09 foi pago a duplicata 003 do Armazém Bicudo;
- Em 18/09 foi pago a duplicata n.º 009 do Armazém Bigode Grande;
- Em 20/09 foi pago a duplicata n.º 012 do Armazém Bicho do Mato
- Em 27/09 foi pago a duplicata n.º 026 do Armazém Bicudo no valor de R$ 1.220,00, com juros.
- Em 20/09 foi pago a duplicata n.º 030 do Armazém Boca Louco
- Em 03/10 foi quitada a folha de pagamento.
Abaixo, o modelo utilizado para a tabela de gastos da empresa que realizou as compras e pagamentos, respectivamente:
Empresa: Minibox São Tomé
Mês: Outubro
CONTROLE DE CONTAS A PAGAR |
PAGAMENTO |
||||||||
Data |
Cliente |
Documento |
Venc |
Valor |
Data |
Valor |
Desconto |
Juros |
Obs |
31/08 |
Conta de luz |
NF.008 |
01/09 |
800,00 |
01/09 |
800,00 |
- |
- |
- |
01/09 |
Armazém Bicudo |
Duplicata 003 |
15/09 |
1.200,00 |
15/09 |
1.200,00 |
- |
- |
- |
01/09 |
Armazém Bigode Grande |
Duplicata 009 |
18/09 |
1.500,00 |
18/09 |
1.500,00 |
- |
- |
- |
02/09 |
Armazém Bicho do mato |
Duplicata 012 |
20/09 |
890,00 |
20/09 |
890,00 |
- |
- |
- |
03/09 |
Armazém Bicudo |
Duplicata 026 |
25/09 |
1.100,00 |
27/09 |
1.220,00 |
- |
110,00 |
- |
04/09 |
Armazém Boca Louca |
Duplicata 030 |
28/09 |
720,00 |
28/09 |
720,00 |
- |
- |
- |
04/09 |
Folha |
Folpa 09/2014 |
05/10 |
4.800,00 |
03/10 |
4.800,00 |
- |
- |
- |
TOTAL NO MÊS |
11.010,00 |
|
6.330,00 |
- |
110,00 |
- |
Resultados
Através deste relatório, é possível ter todos os compromissos da empresa controlados, fornecendo ao administrador a possibilidade de verificar todos os seus compromissos por: fornecedor, tipo de pagamento, títulos a pagar e títulos pagos, duplicatas em atraso e em qualquer intervalo de datas.
Fique de olho nas dicas de controle!
É comum nas pequenas empresas que o proprietário dê mais atenção às operações diárias de compra e/ou produção e venda, em detrimento da organização administrativa.
Mas, lembre-se, quem tem o controle da empresa administra melhor, e assim pode conseguir maiores resultados.
Use ferramentas para garantir que todas as contas, prazos e valores de débitos sejam registrados.
Concentrando-as em um só espaço, o trabalho de gerência será muito mais eficiente.
Se você ainda tem dificuldade quando se fala em controle financeiro, uma dica boa e procurar consultorias e cursos de qualificação.
O Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) de Minas Gerais elaborou o Manual Como Elaborar Controles Financeiros, com várias dicas sobre o assunto.
Segundo o documento, o que mais gera problemas nas finanças é justamente a falta de controles gerenciais e informações básicas para a gestão de capital de giro, que engloba estoque, contas a receber e contas a pagar, além de compras e gastos.
Sem essas informações, o microempreendedor trabalha como se estivesse “de olhos fechados”.
Essa atitude acaba provocando um permanente aperto financeiro, segundo a cartilha.
Essa situação torna cada vez mais difícil administrar as finanças da empresa e o empreendedor acaba dedicando todo o seu tempo e esforço para reparar danos.
Por outro lado, você já consegue imaginar como é a realidade de uma empresa que toma suas decisões com base em planejamento e com condições favoráveis?
À medida que todos os cuidados de monitoramento e registro da saída e entrada de valores de uma empresa são tomados, é possível que o próprio microempreendedor consiga solucionar problemas pequenos e evitar que eles se tornem mais complicados em um futuro próximo.
A palavra de lei é aprimorar a gestão financeira e torná-la uma tarefa mais simples.
Você pode obter grandes mudanças no saldo da sua conta bancária em pouco tempo, desde faça um bom planejamento dos valores a pagar por meio do monitoramento correto das finanças de sua empresa.
E não esqueça: Evite se comprometer com dívidas, não gaste mais do que você possui, e facilite as formas de pagamento.
Ser flexível pode ajudar a atrair mais clientes e mantê-los sempre em busca dos seus serviços.
O Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas no Amapá apoia os pequenos negócios. Procure nossos consultores, é uma grande satisfação poder te ajudar a crescer ainda mais.
Foi um prazer te ajudar :)
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Abril, 2023
Veja como calcular custos e preço de venda na prestação de serviços
Afinal, o que é preço de venda? Saber calcular os custos e preço de venda na prestação de serviços é muito importante para os pequenos negócios empresariais, formados pelas micro e pequenas empresas (MPE), pois dá um maior controle das despesas, o que é necessário para manter as contas sempre em dia e não perder benefícios. Mas esta é uma dúvida recorrente entre muitos empreendedores. A falta de informação e /ou a não utilização da ferramenta contábil prejudica a tomada de decisão. Por isso, o gestor deve enxergar o contador como aliado para seus negócios. Por outro lado, o profissional contábil deve conhecer os recursos da ferramenta contábil e garantir informações precisas para que o gestor possa tomar as decisões mais acertadas, garantindo dessa forma vantagens competitivas. Pensando nisso, elaboramos este artigo com informações essenciais para calcular os custos e preços de venda na prestação de serviços, com o uso da ferramenta contábil. Entender o conceito de preço de venda ajuda a calcular de forma correta os custos e preços na prestação de serviço, o que é essencial para o sucesso de seu negócio. Trata-se do valor que a empresa cobra para manter o negócio e obter ganhos, que deve ser o suficiente para pagar todos os custos dos produtos e serviços ofertados e ainda sobrar para a empresa ter lucro nas operações. O preço de venda, então, tem o objetivo de gerar uma margem de lucro, além de cobrir despesas como: materiais; equipamentos; mão-de-obra; pagamento de contas (aluguel, água, luz); imprevistos. O preço de venda deve ser competitivo e, na medida do possível, ser melhor que o da concorrência, deve permitir a manutenção do cliente e a expansão das vendas. A importância de calcular os custos e preços de venda Calcular os custos com uma ferramenta contábil ajuda o empreendedor no desafio de encontrar o preço ideal para não ter prejuízo quando for cobrar dos clientes e, mais uma vez, você deve lembrar: o seu contador é o seu melhor aliado! Para decidir sobre o preço de venda na prestação de serviços é preciso, além de conhecer todos os custos e despesas, sem deixar nada de fora, também olhar um pouco para o “terreno do vizinho” e verificar o preço praticado na concorrência. Afinal de contas, como você sabe, os clientes estão sempre pesquisando preços e, simultaneamente, procurando qualidade, tanto dos serviços quanto do atendimento. Assim, os preços calculados por fórmulas servirão apenas como um referencial para comparação com os de mercado. Isso não significa dizer que não devemos calculá-los, ao contrário, esse cálculo nos dará um parâmetro para avaliarmos se a nossa estrutura de custos nos permite ser competitivos. E como calcular os custos de preço e venda da prestação de serviços? O preço de venda precisa sempre ser revisto, seja por aumento no preço de compra de materiais empregados na prestação dos serviços, por exigência dos consumidores ou pela concorrência, e assim, se enquadrar nas regras do mercado. Terminologia Para fazer o cálculo, os conceitos utilizados na área de custos são: Custos Fixos: todos os gastos que não variam em função dos volumes produzidos; Custos Variáveis: gastos que variam proporcionalmente aos volumes produzidos. Custos Diretos: gastos que podem ser apropriados diretamente ao produto ou ao serviço. Custos Indiretos: gastos que, para serem incorporados aos produtos ou aos serviços, utilizam um critério de rateio, também são chamados de despesas (por não terem ligação direta com a produção). Como a empresa de serviços não pratica atos do comércio, isto é, não compra nem vende mercadorias, e muito menos pratica operações caracterizadas como industriais, esse cálculo se torna prioridade. E quando o preço dos serviços inclui o material a ser gasto, mesmo assim, podemos dizer que o prestador de serviço não está vendendo o material, este é, apenas, o custo dos serviços prestados. Para facilitar o entendimento da apuração do preço de venda na prestação de serviços, vamos considerar que a empresa é uma lavagem de automóveis, e está efetuando um serviço de lavagem completa, enceramento e polimento, e que o serviço será executado em 08 horas.
Abril, 2023
O que é e como calcular os custos e preços de venda na indústria
O que é o preço de venda na indústria? O cálculo dos custos e preços de venda na indústria merece a atenção dos empreendedores, para evitar prejuízos devido a erros neste processo. Mas se você perguntar a empreendedores se eles sabem como fazer esse cálculo, pode ser que eles não tenham a resposta na ponta da língua e isso gera uma grande preocupação. É necessário ter muito cuidado e buscar conhecimentos sobre o assunto para não ter dor de cabeça, afinal de contas, é com o cálculo correto dos custos e preços de venda que você vai garantir o seu lucro. Assim, conhecer a realidade dos custos é fundamental para definir o preço ideal das vendas. Se você não tem muita experiência na área, saiba que pode contar conosco para tirar todas as suas dúvidas. Ante de mais nada, é preciso entender que todos os gastos de produção devem ser considerados! Nenhum detalhe pode passar despercebido, caso contrário o resultado pode não ser satisfatório. Uma dica importante é: nunca defina um preço muito abaixo ou acima da média. Na maioria das vezes em que isso acontece em uma empresa acaba resultando em prejuízos difíceis de reverter e isso pode acabar virando uma bola de neve. Se você tem dúvidas sobre como calcular o preço de venda na indústria, então continue lendo este texto, desenvolvido para te ajudar a não passar por situações negativas para a sua empresa. Continue conosco e boa leitura! A definição dos preços de produtos na indústria é influenciado por diversos fatores, tanto internamente quanto externamente. Esses valores podem mudar, então é bom sempre ficar de olho nos preços praticados no mercado. Basicamente, este preço é o valor cobrado para cobrir os custos de produção, gastos da empresa (fixos ou variáveis), impostos e para garantir a margem de lucro ao negócio. Viu como esse cálculo é importante para a saúde da sua empresa? Ele vai guiar todos os seus faturamentos futuros. Conforme a cartilha “Custos nas Pequenas empresas” disponibilizada virtualmente pelo Sebrae, quem domina esses cálculos reage adequadamente em situações de risco. Os custos industriais representam o fator principal para a definição do preço de venda. Porque a cobertura destes gastos permite que a atividade continue. Estes custos são classificados em: Custos diretos: São os custos relacionados diretamente a produção como, por exemplo, a compra de matéria-prima e a mão de obra da produção. Para esse tipo de custo é mais fácil definir valores sem necessidade de rateios. O cálculo funciona da seguinte forma: você soma os gastos com a mão de obra e a matéria-prima e divide o valor pela quantidade de produtos fabricados. Custos indiretos: Ao contrário da facilidade na precificação dos custos diretos, os custos indiretos são mais difíceis de serem estabelecidos. Nesse tipo de custo é necessário calcular o valor de cada unidade de produto fabricado. Nesse caso é utilizado o critério de rateio, em outras palavras, é definido um valor aproximado para o cálculo de cada unidade. Imagine que você tem uma fábrica de camisas e paga a conta de luz mensalmente. Você precisa projetar o valor desse custo nos produtos e dividir esse valor em cada camisa confeccionada. Custos fixos: É necessário ter muito cuidado com o gerenciamento desse tipo de custo, por todos os meses eles serão cobrados e não é uma boa ideia deixar acumular. Dentro desses custos estão os pagamentos básicos como aluguel, água, luz, entre outros. É importante lembrar também que esse tipo de custo sempre vai existir, independente se naquele mês houve boas vendas ou não. A nomenclatura “custos fixos” diz respeito justamente a essa cobrança mensal, mas lembre-se: o valor em si, pode ser variável. Por exemplo, a conta de luz vence todo mês, mas ela pode apresentar valores diferentes em cada vencimento. Custos variáveis: Esse tipo de custo está ligado diretamente a variações na produção e na venda. Nesse caso as alterações acontecem a curto prazo e as oscilações nos preços na maioria das vezes está ligada ao custo da matéria-prima. Por exemplo, imagine que você tem uma batedeira de açaí e diariamente precisa comprar o fruto do atravessador. Essa matéria-prima sofre alterações diárias e por isso o preço do produto final também varia diariamente. O cálculo desse tipo de custo é um pouco mais difícil, entretanto, é possível fazer uma projeção ainda que seja variável. Você pode somar todos os custos num período determinado (pode ser mensal) e dividir o valor total por produtos fabricados neste mesmo período.