Conhecer os custos de sua empresa é vital para controlar e planejar os gastos, impactando nos lucros ou prejuízos da empresa.

George Wagner
· 21/08/2018 · Atualizado em 27/09/2023
Custo Fixo e Variável
O Controle de custos permite o monitoramento do dinheiro gasto pela empresa, identificando se os recursos estão sendo aplicados de forma eficiente ou sem retorno significativo.
Através do controle de custo que o empreendedor consegue enxergar de forma mais clara se o orçamento da empresa e os valores cobrados por seus serviços são compatíveis com a realidade do mercado e da empresa.
Na apuração de resultados da empresa podemos estabelecer dois tipos de custos: Custos Fixos e Custos Variáveis.
Custos Fixos
Nos Custos Fixos estão os gastos que não variam em razão do volume, ou seja, ainda que um mês registre 50% a mais na demanda, tais despesas se mantêm pois são aqueles que não sofrem alteração de valor em caso de aumento ou de serviços executados ou produtos vendidos.
A principal característica deste gasto é, na verdade, sua periodicidade: que ocorre todos os meses independente se não houver venda ou prestação e serviços.
É muito importante lembrar que estes gastos ocorrem em caso de ter faturamento ou não.
São exemplos de custos fixos:
- Contas de água e de energia elétrica;
- Aluguel e condomínio;
- Folha de pagamento;
- Pró-labore;
- Telefonia e internet;
- Material de limpeza;
- Seguro;
- Parcela de empréstimos;
- Serviços de vigilância e segurança;
Custos Variáveis
Nos Custos Variáveis os valores se modificam conforme o total de serviços prestados ou produtos vendidos, quanto maior a venda ou serviços executados, mais alto será o custo.
É importante lembrar que os custos variam proporcionalmente de acordo com o nível de produção ou das atividades e seus valores dependem diretamente do volume produzido ou das vendas num determinado período e os gastos só ocorrem porque houve a venda, se não houver venda não gera o custo.
São exemplos de custos variáveis:
- Custo de mercadoria vendida(CMV) (ou seja, tudo que saiu do estoque no mês a preço de custo (venda).
- Impostos, tributos e taxas;
- Comissões;
- Taxa administrativa de cartões de crédito e débito;
- Embalagens;
- Frete;
No exemplo acima podemos identificar três custos variáveis CMV, Simples Nacional e Taxa de administração de cartões.
Em um faturamento (venda total) no valor de R$ 101.000,00 os custo variáveis irão aumentar se a venda for de R$ 150.000,00 pois o imposto será calculado em cima do faturamento por isso é variável, da mesma forma acontece taxa do cartão que embora seja uma taxa fixa, mais o valor e calculado em cima do total das venda no cartão de credito e debito e por fim o CMV pois precisará de mais mercadorias para repor o estoque vendido.
Ai você pergunta... mais porque devo separar esses custos fixos e variáveis? Se no final iremos somar todas as despesas subtrair do total das receitas para ver se deu lucro ou prejuízo não é tudo igual?
A resposta é não, no custo variável podemos analisar se os insumos/mercadorias estão sendo compradas por com preços competitivos, se os impostos podem ser reduzidos, se a taxa de cartão de crédito está adequada.
Possibilitando medidas de gestão para reduzir esses valores reduzindo os custos e aumentando o lucro, da mesma forma acontece com os custos fixos que permitem analisar se cabe também mediadas de redução desses custos, tais como: aluguel, economia de energia e combustível.
De modo geral, os custos fixos são aqueles que não oscilam muito e que não estão atrelados ao volume de vendas ou de produção.
Já os custos variáveis, como o nome indica, podem variar constantemente, de acordo com o número de itens vendidos e o nível de produção do seu negócio.
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Você sabe como está a saúde financeira da sua empresa? O faturamento é um conceito inicial que todo empreendedor deve saber antes de iniciar o seu negócio, para ter uma gestão eficiente e mais assertiva na tomada de decisões. É importante que os gestores compreendam conteúdos sobre administração para poder analisar todos os dados e características do mercado e da empresa da melhor maneira possível a fim de direcionar o melhor caminho a seguir, por meio de ações preventivas ou corretivas. A maioria dos empreendedores acha que a saúde financeira da empresa só está boa se ela der lucro. Claro que este é um sinal positivo, entretanto não podemos misturar lucro com faturamento. Cada um representa um conceito diferente, que se complementam. O que é o faturamento? A estimativa de faturamento é uma espécie de previsão da receita decorrente das vendas de um determinado produto ou a prestação de serviço de qualquer natureza em determinado período do ano. Ela pode ser feita analisando números anteriores das vendas da empresa e pode auxiliar em um planejamento de curto, médio e longo prazo: As estimativas de faturamento podem ser realizadas por métodos diferentes; Projeção baseada no histórico passado; Projeção baseada no mercado; Projeção baseada na margem de contribuição. Se você está começando ou já possui um empreendimento, é fundamental se familiarizar com um dos principais indicadores do sucesso de qualquer negócio: o faturamento. Podemos dizer que ele é a soma dos valores arrecadados por uma empresa pela realização de sua atividade comercial, seja vendendo bens ou prestando serviços a terceiros. Para que serve o faturamento? Um dos objetivos principais do faturamento é determinar o desempenho de vendas, além de servir como indicador de preço a ser cobrado e se atende a expectativa do consumidor. Outro uso comum é como base de cálculo para imposto, ou seja, dependendo do montante faturado, a receita federal vai enquadrar a empresa de acordo com seu porte, podendo ser um microempreendedor individual (MEI) ou uma Empresa de Pequeno Porte (EPP), por exemplo. A projeção financeira permite uma visão antecipada e real do seu negócio, possibilita uma gestão mais segura e eficaz, ajuda a reduzir perdas financeiras e a aumentar a produtividade da empresa, recomendada também para os seguintes casos: Apresentar uma proposta concreta a um banco para obter créditos e fazer investimentos; Prever a possibilidade de amortizar investimentos para expansão do negócio; Conhecer os períodos de baixas e altas em vendas durante o ano; Entre outros fatores.