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Fonte: Histórias de Sucesso: Mulheres de Negócios do Amapá. Macapá: Sebrae/Ap,2007

Há mais ou menos sete anos, o mercado amapaense limitava-se a algumas marcas que abusavam do preço por não terem concorrentes no mercado. Foi pensando nisso, para preencher esta lacuna, que Constância Maria Portela Nunes idealizou a loja Arrazo. 

Em pouco tempo, com muita determinação, fez de sua loja um sucesso que marca o mercado da moda de Macapá. É uma empreendedora de sucesso por acreditar que um dos caminhos para alcançar o sucesso consiste em confiar no próprio potencial, fazer das dificuldades uma motivação e, acima de tudo, trabalhar com foco total nos clientes e em suas necessidades.

Constância avalia que errou muito nos dois primeiros anos com relação à concessão de crédito e ao estoque, o que provocou um desequilíbrio no financiamento, alto índice de inadimplência, acúmulo e defasagem de mercadorias. Mas a experiência lhe ensinou a fazer reuniões mensais, onde analisa, junto com seus colaboradores, o mês que passou, e planeja ações para o próximo mês.

Os funcionários que apresentam maior retorno de qualidade dos serviços são premiados, foi implantada na empresa uma política de valorização de ideias, ou seja, os colaboradores que derem ideias que gerem impactos positivos à empresa também são premiados. Constância Maria investe sempre em melhorias internas, mudando o ambiente e a maneira de tratar os clientes, sem jamais esquecer as estratégias financeiras e de marketing.

Um grande amigo da família, chamado Moreira, de Belém, tinha a intenção de instalar uma filial de suas lojas em Macapá e convidou Constância Maria para ser sua gerente. Ela analisou a proposta, que financeiramente era excelente, porém, seu desejo era tomar conta do seu próprio negócio, onde pudesse agregar seus valores e virtudes. Em uma tarde de sábado, reuniu-se com o amigo para analisar alguns pontos comerciais, e foi nesta ocasião que lhe perguntou se ele não se importaria que ela mesma fizesse aquele investimento.

A surpresa de Moreira pela ousadia de Constância foi enorme, o que levou a questioná-la sobre como conseguiria os recursos para o investimento e se ela se sentia segura em ser empresária. A resposta de Constância foi firme, imediata e segura, pois tinha plena convicção de que possuía parte de cada coisa. Logo, porém surgiu o primeiro obstáculo: vender o quê? Mais uma vez Moreira tentou ajudá-la e dispôs a sua marca para revenda.

Entretanto, Constância buscava algo que fosse seu. Na época a empreendedora dispunha de recursos provindos de uma indenização, e contou com mais algum dinheiro de parentes, o que foi suficiente para iniciar o negócio. No princípio, a loja contava com três colaboradores, uma funcionária, seu marido e ela.

Constância considera que a mola propulsora do empreendimento foi o amigo e empresário Moreira, que lhe apresentou aos fornecedores, e através dele obteve crédito, o que foi de grande valia, pois os recursos financeiros eram limitados. “A maior dificuldade que enfrentamos foi suprir a necessidade financeira, e logo tivemos que cortar alguns gastos fúteis e outros necessários. Tínhamos dois problemas, o de caixa e a necessidade de fazer brilhar a nossa marca” relembra a empresária, que investiu em mídia de impacto, agregada às promoções internas, a fim de gerar caixa.

Logo vieram as primeiras pressões dos concorrentes, mas ela manteve a postura e no prazo de seis meses já havia conquistado uma parte expressiva do mercado, principalmente como referência em grife. Foi então elaborado um criterioso acompanhamento de metas mensais, com acompanhamento diário, além de uma política de fidelidade, através do pós e pré-venda, com acompanhamento direcionado aos clientes, que vai desde as suas necessidades até uma ligação ou cartão de datas comemorativas como aniversários.