Corina Balieiro e sua família sempre trabalharam na agricultura e quando se casou foi morar em uma casa na Perimetral Norte em um terreno muito grande com um açaizal lindo e sua vida começou neste lugar. Ela e seu marido foram trabalhar na roça e começaram a plantar abacaxi, cupuaçu e laranja. Quando começou a colheita não deram conta e tiveram que contratar uns ajudantes e no final do dia faziam os pagamentos a eles e davam frutas para levarem para as suas famílias, pois sabiam que eram pais de família e que precisavam, principalmente porque esse serviço da agricultura é muito pesado e não podiam perder o tempo da colheita.

Para vender toda a produção tinham que se empenhar ao máximo porque havia os dias certos para o caminhão do governo passar para apanha-los e levar a produção. Toda segunda tem a feira no município de Santana onde fica localizado o seu box, além de deixarem uma parte nos comércios próximos ao Porto Grande, também fornecem para as escolas do Estado e do Município para a merenda escolar, isso ocorre toda semana. Ainda tem o trabalho na roça e na despolpadeira de frutas, o problema é que não possuem uma máquina para embalar as polpas e são obrigados a fornecer polpa para outra pessoa embalar e saem perdendo com isso, seria possível fazerem pois possuem energia elétrica, diferente de outras comunidades que não têm, mas pretendem dar um jeito com a aquisição de uma máquina, mas ainda não será este ano. A vida no campo é muito boa temos uma boa qualidade de vida, mas precisam se deslocar para escoar a produção e pra comprar mantimentos, roupas, ferramentas, mesmo com as dificuldades gostam muito do que fazem e não se acostumariam em outro lugar.

Querem para o futuro como já foi dito pela empreendedora uma máquina para embalar as polpas de frutas e também ampliar os pontos para escoarem a produção, não possuem grandes ambições, só querem continuar com o seu plantio e poder colher e comercializar seus produtos sabe-se que muita coisa depende do governos como a melhoria dessas estradas que estão precárias, e também melhores condições para os agricultores, que estão trabalhando na feira, precisam de Box em boas condições de banheiros adequados e um transporte próprio. Mas estão fazendo a sua parte, produzindo produtos de qualidade para alimentar a população desse Estado, a sua situação é igual à de muitos agricultores que só querem trabalhar com dignidade e em condições boas.

Os frutos que colhem dão a eles muitos resultados, possuem muito orgulho por serem humildes, trabalhadores, respeitam o próximo e ajudam quem precisa. Conseguem pagar a faculdade de sua única filha, que é seu maior orgulho e que se orgulha em dizer que é filha de agricultores, conseguiram comprar os móveis para sua casa que é muito simples, mas acolhedora, compraram um carro para levar a produção para Porto Grande e também um pequeno trator para ajudar no plantio. A produtora rural admira muito tudo que conquistou porque não é fácil, principalmente para uma mulher pois o serviço é duro, mas um apoia o outro e quando ela desanima seu marido da força.

Este ano à agricultora e sua família tiveram uma boa colheita de pupunha, acerola, cupuaçu e laranja, agora estão com o abacaxi e o açaí e esperam conseguir escoar a colheita evitando ao máximo o desperdício.