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Tue Aug 29 11:34:57 BRT 2023
Inovação | STARTUP
Como melhorar o relacionamento das startups com seus stakeholders?

Buscar melhorar o relacionamento das startups com os diversos grupos de stakeholders que formam seu ecossistema é essencial para o sucesso do negócio

· Atualizado em 29/08/2023
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No mundo corporativo, construir vínculos é essencial para formar uma rede de contatos e apoio. Pois, fomentar boas relações com os stakeholders coloca as empresas em melhores condições diante de dificuldades. Mas o relacionamento das startups com os interessados, envolvidos e impactados por ela deve ir um passo além.

Essa comunidade de investidores, colaboradores, fornecedores, clientes etc. em que o negócio está inserido é fundamental para esse tipo de empreendimento desenvolver suas soluções e abordagens inovadores. Afinal, eles abrem portas, facilitam o crescimento e ajudam na hora de se destacar no mercado.

Confira como melhorar essas ligações e os motivos para investir nisso a seguir!

Como pode ser formatado o relacionamento com stakeholders?

O relacionamento das startups com os stakeholders abrange todas as ligações e vínculos com interessados, afetados ou envolvidos com a empresa. Trata-se de uma relação de troca em que um é impactado pelo outro.

São clientes, colaboradores, fornecedores, investidores e parceiros que não só fazem parte do ecossistema inovador onde o empreendimento está inserido, como contribuem ativamente com esse negócio por serem capazes de:

  • desenvolver produtos ou serviços específicos para suas necessidades;
  • formar ou promover parcerias estratégicas;
  • encontrar soluções para suas demandas;
  • apoiar o progresso e a entrada no mercado;
  • dar acesso a oportunidades e recursos.

Para tanto, há diversos formatos de colaboração possíveis, incluindo participar de incubadoras e aceleradoras ou formar joint ventures, fusões, aquisições, projetos conjuntos, contratações, testes beta etc. 

Qual é a importância desses relacionamentos para as startups?

Como visto, o relacionamento das startups com os stakeholders se diferencia de outras relações corporativas à medida que essas empresas necessitam de elementos únicos para se desenvolver. Esse quadro cria uma maior dependência entre o negócio e o ecossistema em que está, fazendo disso o principal motivo para investir nessas ligações.

Entretanto, a importância dessas conexões se estende para outros benefícios. A começar por ser essencial para a reputação da organização, uma vez que o impacto dela para esses envolvidos pode ser negativo. Assim, ter um canal de comunicação aberto ajuda a negociar e chegar a uma solução.

Um exemplo em que acontece são as comunidades em que o estabelecimento se instala. Pois isso causa desde a chegada de novos moradores para trabalhar no empreendimento, aumentando preços e reduzindo a oferta de moradias, até efeitos no meio ambiente, afetando grupos que dependem dele.

Outra vantagem de ter uma rede de contatos e parceiros é a ampliação da capacidade gerencial para quem está se arriscando no empreendedorismo. Afinal, são fontes de informações, influência e aprendizado. Cultivar esse vínculo também rende mais produtividade e efetividade às atividades empresariais, gerando engajamento tanto de colaboradores quanto de fornecedores.

Como melhorar o relacionamento das startups com os stakeholders?

Melhorar o relacionamento das startups com os diversos tipos de stakeholders com quem a gestão interage exige entender:

  • o papel de cada um para o negócio em construção;
  • os impactos da organização em suas realidades;
  • os perfis dos envolvidos.

Confira a seguir algumas dicas de como agir diante de cada grupo!

Grandes empresas e fundos de investimento

Grandes empreendimentos têm vários papéis como stakeholders em projetos inovadores. Portanto, o relacionamento das startups e empresas desse porte pode colocar esses negócios como clientes, fornecedores, investidores, parceiros etc. Mas de maneira geral, algumas práticas são comuns em todas as situações. Veja quais são!

Defina o objetivo com clareza

Na hora de fechar com um investidor ou parceiro para escalar a startup, muitas formas de organizar a colaboração são possíveis. Trocas de recursos, desenvolvimento de projetos conjuntos, injeção de dinheiro, compra de participação, entre outros. 

Porém, quando se trata de grandes empreendimentos ou fundos de investimento, é preciso ter clareza sobre qual modelo se busca. Assim, aqueles que não se encaixam já ficam fora da lista e as opções com maior potencial são facilmente identificadas.

Isso também vale ao oferecer seu produto ou serviço ou sondar a aquisição de algum componente que uma grande corporação fornece. Afinal, são organizações bastante visadas, que não arriscam sua imagem com quem não demonstra o máximo profissionalismo.

Alinhe a proposta

Se as grandes organizações são bastante visadas por outros negócios em busca de parcerias, contratos e investimentos, é preciso se destacar na abordagem para iniciar uma relação com elas, certo?

Alinhar sua proposta ao perfil do negócio em questão ajuda nesse objetivo. Pois, é uma forma de mostrar o quanto os empreendimentos têm em comum e quais ganhos a colaboração pode render para as metas dessa corporação. 

Mais que isso, uma negociação desse nível tende a se desenrolar com maior facilidade e rapidez quando feita a partir de informações apresentadas de maneira não só atrativa como direta.

Saiba os dados da sua empresa

Métricas e indicadores são a melhor maneira de justificar qualquer ação corporativa. Ainda mais na hora de iniciar um relacionamento com grandes empresas ou fundos de investimento. Estar com os dados em mãos para se apresentar demonstra tanto a viabilidade da ideia quanto o profissionalismo do empreendedor por trás dela.

Um bom exemplo são as informações coletadas durante a validação da startup, já que esse processo exige que a proposta funcione do ponto de vista mercadológico, financeiro e operacional. Entre o que é essencial ter mensurado inclui-se:

  • custos;
  • percentual de aceitação;
  • projeção de demandas e receitas;
  • tamanho do mercado potencial.

Clientes

Tanto grandes empresas quanto consumidores estão entre os potenciais clientes de uma startup. O foco depende da ideia inovadora que propõe. Na fase de avaliação do mercado, já é possível definir qual perfil tem maior aceitação e construir estratégias para fomentar um relacionamento com stakeholders desse grupo. Saiba quais ajudam nisso!

Conheça o comportamento do público-alvo

O relacionamento das startups com os clientes deve se basear em um profundo conhecimento sobre o perfil desse consumidor. Além de informações demográficas, é importante levantar dados comportamentais para direcionar as estratégias de comunicação. 

As plataformas de redes sociais auxiliam a obter esse tipo de análise. Mas pesquisas de opinião e testes de aceitação também geram insights úteis, principalmente quando se trata de produtos ou serviços inovadores.

Priorize a experiência

Fortalecer o relacionamento das startups com seus clientes passa por um elemento básico para qualquer empresa: a experiência de consumo. O aspecto mais evidente disso é o atendimento, já que constantemente a clientela reclama dele.

Questões como ser resolutivo e facilitar o contato se somam a abordagem do atendente, que precisa ser humanizada, demonstrando empatia com o público. Nesse sentido, treinar a equipe e adaptar a linguagem são ações que ajudam a melhorar esse quesito.

Foque nas necessidades do cliente

Não importa o quão única e revolucionária seja a ideia por trás do negócio, qualquer empresa precisa atender as necessidades do cliente para ter sucesso. O relacionamento das startups com seu público pode se valer da fase de validação para, já nesse momento, ouvir suas demandas e adaptar a solução a elas.

Além disso, manter uma constante interação com os diversos perfis de potenciais compradores oportuniza que o projeto continue sendo relevante diante de mudanças mercadológicas.

Fornecedores

Os fornecedores são todos os contratados para dar suporte direta ou indiretamente à empresa. Prestadores de serviços, produtores de matérias-primas e indústrias de transformação são apenas alguns exemplos, a depender da proposta. Confira como a gestão é capaz de melhorar o relacionamento das startups com eles!

Não troque qualidade e confiança por preço

A viabilidade financeira é sempre uma preocupação no início de uma empresa. Ainda mais para startups que precisam de grandes fundos para desenvolver algo inovador. Entretanto, trocar qualidade e confiança de um fornecedor conhecido por outro que só oferece um bom preço pode ser fatal para o sucesso do projeto.

Nesse cenário, há muitos riscos. O primeiro é o produto ou serviço criado apresentar problemas por causa de componentes inferiores, afetando negativamente a imagem do novo negócio. 

Outra possibilidade são atrasos capazes de fazer o empreendimento em construção perder contratos. Além disso, a de se considerar que os custos dessas dificuldades costumam ser maiores que a economia obtida.

Busque uma negociação ganha-ganha

Outro erro comum na hora de negociar com fornecedores é se colocar no lugar do cliente e esperar que o vendedor faça todo o possível para fechar com a empresa. Nessa situação, é preciso lembrar que o relacionamento das startups com seus stakeholders envolve uma alta dependência, requerendo que ambos busquem por um entendimento ganha-ganha. 

Deixe explícitas suas demandas e necessidades

O desencontro operacional é o pior que pode ocorrer no relacionamento das startups com seus fornecedores. Evitar esse cenário exige transparência de ambas as partes sobre demandas e necessidades. Alinhar processos, quantidades e prazos permite que falhas na cadeia de suprimentos não aconteçam para atrapalhar o desenvolvimento do novo negócio.

Colaboradores

Nem sempre os colaboradores são vistos como stakeholders importantes. Entretanto, o relacionamento das startups com seus funcionários é um exemplo do quanto cultivar esse vínculo também é útil para o empreendimento. Afinal, realizar ideias inovadores depende do talento de quem as constrói. Entenda como melhorar essas conexões!

Pense no perfil antes de contratar

Habilidades técnicas devem estar somadas a competências e valores humanos para que uma contratação gere um relacionamento duradouro. O mapeamento de perfil é uma ferramenta para se chegar a combinação perfeita nesse momento.

O primeiro passo é definir as características que o profissional ideal para ocupar cada vaga precisa ter e levantar a disponibilidade disso no mercado. Em seguida, deve-se escolher quais metodologias serão usadas para avaliar os candidatos.

Já para o processo de recrutamento e seleção ser bem-sucedido, é necessário:

  • promover a divulgação clara dos requisitos;
  • optar por canais que ampliam o acesso de potenciais concorrentes;
  • organizar as etapas de forma que vivências distintas possam ser consideradas.

Garanta um ambiente de trabalho positivo

O time, assim como a liderança e a cultura empresarial, influencia na construção do ambiente organizacional. Na prática, uma mentalidade global tóxica gera hábitos ruins que tornam a convivência desgastante. Como efeito, a produtividade cai.

Na contramão disso, empreendedores de sucesso promovem valores positivos por meio de ações que visam a colaboração, o bem-estar, a resolução de conflitos e o apoio a equipe, a fim de obter resultados melhores. Uma startup que depende do talento dos seus colaboradores só tem a ganhar investindo nesse modelo.

Invista no desenvolvimento da equipe

Outro elemento central é o desenvolvimento dos colaboradores, principalmente em relação a novas tecnologias que precisam ser incorporadas na proposta em construção. Essa prática aprofunda o relacionamento das startups com sua equipe.

Mais que isso, gera um processo de troca em que ambos ganham. Os funcionários aumentam suas perspectivas de carreira e o negócio consegue maximizar seu desempenho, criando valor a partir do capital humano. 

Recompense resultadas

Outra oportunidade de aprofundar o relacionamento das startups com seus colaboradores surge do modelo de negócios. Por ser uma proposta inovadora, é viável criar um programa de recompensas baseado em resultados desde o início.

Além dos tradicionais bônus financeiros, há opções mais adequadas para esse formato. Entre os exemplos que se destacam, a participação acionária na empresa ou nos direitos sobre produtos e serviços desenvolvidos é uma medida capaz de acelerar o desenvolvimento de um projeto ou gerar novas ideias.

Parceiros e organizações de fomento

Além de grandes empresas ou fundos de investimento, as startups podem recorrer ao apoio de parceiros e organizações de fomento criados para ajudar no progresso de ideias empreendedoras. Entre eles estão incubadoras, aceleradoras outras entidades que prestam apoio a empreendedimentos.

Entenda como funcionam essas organizações

Cada organização tem suas regras. Por exemplo, há programas de aceleração que não investem dinheiro, mas oferecem recursos e contatos. Já algumas entidades têm serviços gratuitos e outros pagos. Ainda, podem ser públicas ou privadas. Por isso, antes de entrar em contato, procure entender seu funcionamento, pesquisando e levantando informações.

Não entre em seleções fora do escopo do seu negócio

Uma das formas de obter o apoio desse tipo de organização é ao se inscrever em editais de seleção. Porém, antes de sair participando de todos os processos abertos que encontrar, busque conhecer seu negócio para não entrar em programas que visam startups com mais maturidade ou com um foco diferente do seu, por exemplo.

Manter um bom relacionamento com os stakeholders é essencial para alavancar os resultados do negócio. Assim, essa tarefa é de extrema relevância para os gestores que são os responsáveis por buscar isso. Para ter sucesso frente a esse objetivo, não deixe de seguir as dicas desse conteúdo.

Se você quiser ficar a par de outras informações e sugestões úteis para administrar o seu negócio, siga-nos nas redes sociais! Estamos no Instagram, Facebook, YouTube, Twitter e LinkedIn.


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