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Mon Feb 06 16:39:13 BRT 2023
Empreendedorismo | EMPREENDEDOR
Consumo sustentável: a evolução dos comportamentos na sociedade

Para se aliarem à tendência de consumo sustentável, as empresas precisam iniciar com mudanças pequenas, mas que já façam a diferença para o consumidor. Veja com

· Atualizado em 06/02/2023
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Do transporte que você utiliza, passando pela roupa que veste, até os alimentos que você ingere, todas as escolhas de consumo necessariamente trazem alguma consequência para o mundo. Então, principalmente por essa razão, muito se fala em insustentabilidade da dependência do crescimento econômico para o suprimento das demandas da sociedade, que implica um custo ambiental e social.

Afinal, com a disponibilidade finita de recursos da natureza e os atuais padrões de desenvolvimento global que se baseiam na contínua extração desses mesmos recursos — em muitos casos, sem haver a possibilidade de reposição —, determinados problemas, como a poluição escancarada e o aquecimento global, alastram-se progressivamente em várias regiões do mundo. Daí a tamanha relevância do consumo sustentável.

Pensando na importância do tema, neste post, vamos conceituar o consumo sustentável, explicar a sua importância, elencar as principais práticas, entre outros aspectos. Continue a leitura e fique por dentro!

O que é o consumo sustentável?

Em termos simples, é possível definir o consumo sustentável como um movimento em contínuo crescimento que estimula a conscientização da sociedade acerca dos impactos das suas práticas de consumo, não apenas sobre o planeta, mas também sobre o seu próprio bem-estar.

Também conhecido como "consumo responsável", nesse caso, há uma notória preferência por itens que utilizam menos recursos naturais no seu processo produtivo. Nesse sentido, aqueles produtos cuja fabricação não é em massa e que, em geral, são compostos por materiais reciclados ganham um grande destaque.

Em outras palavras, o consumo sustentável implica o repensar das próprias escolhas, de modo a se optar por aquilo que é melhor diante do estilo de vida que se leva e das possibilidades que se tem.

Trata-se, então, de agir com mais consciência na aquisição, no uso e no descarte de produtos, sempre com a priorização de ações que reverberam menos reflexos negativos para o meio ambiente.

Qual é a sua importância?

Na prática, a tamanha importância do consumo sustentável reside nas vantagens que a prática proporciona, como:

  • a redução das implicações sociais, comunitárias, econômicas e ambientais;
  • a diminuição dos custos em razão da economia de recursos;
  • o estímulo à inovação etc.

A verdade é que o conceito desestimula o desperdício. Então, as corporações realmente preocupadas com essa causa voltam-se para o desenvolvimento de soluções de melhor qualidade e, principalmente, mais duráveis. Além disso, é comum que incorporem a economia circular e as tecnologias sustentáveis à cultura organizacional.

À vista disso, quando se opta por praticar um consumo verde, há também um processo de deliberação para o consumo intencional daquilo que é necessário e mais benéfico que se expande. Ou seja, há o reforço de um modo de consumir mais consciente, em que se avalia quais escolhas terão mais impactos negativos e positivos sobre o ecossistema à volta.

Quais são as práticas de consumo sustentável?

No âmbito empresarial, o consumo sustentável implica um conjunto de práticas e ações que são desenvolvidas com o objetivo de evoluir o impacto positivo gerado na sociedade, em termos econômicos, sociais e ambientais. Além disso, o alinhamento com uma estratégia que envolve propriamente a ideia de sustentabilidade promove diversas vantagens, tanto externas quanto internas, como:

  • a geração de novas oportunidades de negócio;
  • o aumento da visibilidade da marca;
  • o desenvolvimento de uma imagem positiva no mercado de atuação;
  • a adoção de uma conduta regeneradora para com o meio ambiente;
  • a redução dos custos;
  • a elevação das receitas.

Nessa perspectiva, é interessante conhecer algumas das práticas de consumo sustentável que vêm se fortalecendo cada vez mais com o passar dos anos e que, quando estimuladas e implementadas, mostram ao público-alvo a preocupação da sua marca com a relação estabelecida com o planeta. Veja a seguir!

Slow fashion

O termo "slow fashion" surgiu por volta de 2004 e, em tradução literal, significa "moda lenta". A popularização desse conceito — que se inspira no "slow food" — deu-se em razão da contraposição ao já conhecido fast fashion, que é um sistema produtivo industrial que prioriza a fabricação em massa, inclusive com a ocultação dos impactos sobre o meio ambiente.

Assim, o slow fashion "nasceu" como uma alternativa socioambiental muito mais sustentável, cujas principais características são:

  • a valorização dos recursos locais — o que representa uma espécie de resistência contra a avalanche fruto da globalização, além de aumentar o espaço, por exemplo, para especificidades culturais, em contraposição ao sistema fast fashion, cuja produção é realizada por grandes marcas que padronizam a moda em todo o mundo;
  • a transparência dos sistemas produtivos e a redução da intermediação entre o consumidor e o produtor — na tendência slow fashion, a transparência está relacionada à disponibilização de informações acerca da real origem dos produtos, e a diminuição do número de intermediadores no processo de troca dos produtos traz mais proximidade para a relação entre o consumidor final e o produtor, fazendo com que o segundo, inclusive, se sinta mais responsável por zelar pela qualidade;
  • o desafio à moda que se fundamenta exclusivamente na imagem — o slow fashion desafia o universo da moda a reorientar a qualidade das suas mercadorias de modo que a produção considere não somente a aparência, mas aspectos integrais.

Moda circular

Essa tendência visa à criação de produtos partindo de um ciclo de vida muito mais sustentável, apresentando-se como uma alternativa para modificar a maneira como as pessoas vêm consumindo recursos finitos.

Inclusive, o conceito de moda circular eleva "automaticamente" a vida útil dos itens, com uma proposta de que as peças não sejam descartadas, mas, em vez disso, inseridas novamente no processo de utilização.

Na perspectiva empresarial, essa iniciativa se revela uma excelente opção para diminuir a liberação de resíduos por parte das indústrias, tornando a atuação varejista mais sustentável.

Upcycling

A tendência do upcycling não é exatamente uma novidade, já que se trata de uma prática bastante comum em períodos de incerteza no âmbito da economia. No entanto, fato é que, recentemente, o conceito tem ganhado mais fôlego em razão da pegada ambiental promovida e das técnicas sustentáveis utilizadas.

Basicamente, trata-se de dar um propósito novo àqueles materiais que passariam pelo descarte, de modo criativo e prezando por uma qualidade equivalente ou até superior à apresentada pelo item original.

O upcycling, além de diminuir expressivamente o volume de resíduos produzidos, reduz a necessidade de se utilizar recursos naturais para a produção de novas mercadorias, envolvendo também uma significativa economia de energia e água.

Diminuição do consumo de carne

Embora nem todos saibam — ou atentem a esse fato —, a produção de carne envolve a emissão de gases poluentes e torna os efeitos do aquecimento global mais acelerados, afetando o meio ambiente de diferentes formas. Conseguinte, o mais indicado para conter uma catástrofe climática em um futuro não tão distante é reduzir o consumo de proteína animal.

Alimentos plant based

Inicialmente, é válido destacar que o termo "plant based" surgiu originalmente por volta de 1980 para "dar nome" a um hábito alimentar em que o vegetal é o elemento predominantemente ingerido. Portanto, no sentido de dieta, o conceito remete à preferência de se privilegiar vegetais, legumes, grãos e folhas, embora não necessariamente haja a exclusão da proteína de origem animal.

No entanto, atualmente, o termo passou a ser utilizado pela indústria alimentar no intuito de designar aqueles alimentos que são estritamente vegetarianos, mas similares aos de origem animal.

Logo, queijos, leite e hambúrgueres plant based, por exemplo, via de regra, representam sinônimos de itens que se assemelham aos tradicionais, mas cuja produção somente envolve ingredientes de origem vegetal.

Inclusive, o setor é um dos mais promissores nos dias de hoje. Uma estimativa trazida por um estudo da Bloomberg aponta que é esperado que esse mercado se expanda mundialmente, em 10 anos, mais de cinco vezes.

Esse aumento expressivo deve-se muito aos adeptos da alimentação vegana e vegetariana — embora os demais consumidores também tenham a sua parcela de responsabilidade —, que não costumam incluir a carne na dieta regular.

Como adaptar o seu negócio ao consumo sustentável?

De forma geral, o consumo sustentável, naturalmente, está estreitamente associado às demais práticas sustentáveis. Cada diz mais, tornar-se uma empresa que implementa o conceito da sustentabilidade no dia a dia deixa de ser uma mera tendência e transforma-se em uma premissa, especialmente para as marcas que visam a dialogar mais com o seu público-alvo.

O fato é que essa preocupação com o meio ambiente por parte dos empreendimentos, independentemente do porte, é um fator-chave para se destacar perante a concorrência.

Nesse contexto, uma pesquisa conduzida pela Opinion Box, no ano de 2021, revelou que 54% dos consumidores no Brasil não consumiriam serviços e produtos de companhias ligadas a casos de agressão ao meio ambiente. Além disso, 53% não comprariam itens agressivos à natureza. A seguir, elencamos uma série de boas práticas que podem ser implementadas no seu negócio para adaptá-lo ao conceito de sustentabilidade.

Analise a sua cadeia de fornecedores

Uma imagem corporativa pode demorar anos para se consolidar efetivamente, mas acredite: apenas alguns instantes bastam para que ela "desmorone", especialmente na era digital em que vivemos atualmente.

Então, considerando que os consumidores estão cada vez mais conscientes acerca de tudo aquilo que consomem, como vimos, é crucial que você seja altamente criterioso no momento de selecionar os seus fornecedores.

Nesse caso, sempre considere os valores ambientais, econômicos e sociais que as companhias transmitem ao mercado.

Promova a transparência no âmbito interno

Um diálogo aberto, transparente, direto e eficiente com os profissionais que integram o quadro de pessoal da empresa é uma prática simples, mas que pode fazer toda a diferença, melhorando o clima organizacional.

Isso, por sua vez, tende a elevar a produtividade dos colaboradores, gerando reflexos positivos nos resultados alcançados pela empresa, principalmente em termos de lucratividade.

Busque fontes de energia alternativas

Sempre que for viável, prefira a utilização de energias limpas, como a eólica e a solar. Afinal, embora o investimento financeiro seja de longo prazo, os benefícios — da perspectiva da sustentabilidade — surgem imediatamente.

Desligue os equipamentos

Muitos equipamentos, como computadores, consomem energia de modo significativo mesmo quando mantidos no modo "stand by". Então, desligá-los da tomada é outra medida que pode reduzir o uso de energia elétrica no dia a dia empresarial, demonstrando consciência ambiental.

Oportunize uma cultura sustentável

Por fim, tenha em mente que a sua organização não se tornará sustentável se os profissionais que integram o seu quadro de colaboradores não pensarem igualmente de modo sustentável.

Logo, pouco adianta, por exemplo, dispor lixeiras para a separação dos recicláveis se não houver a conscientização e, posteriormente, o engajamento dos trabalhadores no sentido de adotarem boas práticas sustentáveis. O mesmo vale, por outro lado, para a adoção da energia solar em um cenário em que os usuários não compreendem o quanto a economia dos recursos é importante.

Sendo assim, é fundamental investir tanto em ações informativas quanto em treinamentos regulares para conscientizar o seu público interno sobre as medidas adotadas e a relevância de cada uma delas. Isso se aplica, inclusive, não somente à empresa, mas a toda a sociedade, de forma geral.

A verdade é que, na prática, além de propagarem valores fundamentais para o público-alvo, as marcas que zelam verdadeiramente pelo caráter sustentável dos seus processos empresariais também se beneficiam internamente. Os impactos mais comumente vistos são:

  • a melhoria da segmentação do público;
  • a elevação da receita em decorrência da fidelização de consumidores;
  • a adequação às legislações vigentes, cada vez mais presentes nos mais diversos mercados.

Como vimos, o consumo sustentável é aquele que objetiva a diminuição do impacto ambiental gerado pelas atividades corporativas, seja proveniente da cadeia produtiva, seja proveniente do "modus operandi" das empresas, a exemplo dos meios de descarte utilizados.

Considerando que, para os clientes que têm essa prioridade nas suas relações de consumo, uma companhia que adere ao movimento eco-friendly ganha destaque perante as demais. Vale a pena adaptar o seu negócio a essa tendência que, sem dúvida alguma, veio para ficar.

Agora, aproveitando o gancho, confira o conteúdo especial que preparamos, com práticas sustentáveis para aplicar no ramo da construção civil!


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