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Tue Apr 18 02:01:08 BRT 2023
Empreendedorismo | OPORTUNIDADE DE NEGÓCIO
Brasil tem grande potencial para turismo de observação de plantas

O Brasil tem apenas um roteiro estabelecido para o turismo de observação de plantas, o que faz com que esse seja um campo a ser desbravado.

· Atualizado em 18/04/2023
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O turismo de observação de plantas ainda é pouco explorado no mundo, mas tem um potencial enorme. A busca pelo contato com a natureza, principalmente em unidades de conservação, está em alta e atrai turistas com diferentes perfis, interessados em atividades como esportes, lazer e conhecimento.  

O foco principal dessa modalidade de turismo de observação de plantas está nas flores silvestres, por isso é chamado em outros países de “flower-viewing tourism”. No Brasil, o único roteiro oficialmente estabelecido para observação de plantas está na Serra do Cipó (distrito do município de Santana do Riacho – MG), na Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Alto Palácio, onde são oferecidas visitas ecopedagógicas para a observação de aves e flores típicas do Cerrado.  

Em países onde esse segmento de turismo está mais desenvolvido, como Austrália, África do Sul, China e Japão, a observação de flores atrai principalmente pessoas na faixa dos 55 anos de idade, similar ao do público da observação de aves. Para os empreendedores que pensam em atuar nesse segmento, o mercado é muito promissor, porém, ainda carece de um melhor trabalho de marketing.  

Para empreender no turismo de observação de plantas, é preciso uma série de cuidados, pois é fácil se perder em florestas, e é bom sempre ter um guia especializado para oferecer informações sobre a flora local aos visitantes. Além disso, deve-se ter os cuidados necessários com a segurança e com a preservação do meio ambiente, evitando deixar no local algum resíduo poluente, como uma garrafa plástica, por exemplo. 

O Brasil e o turismo de observação de plantas 

Foram contabilizados cerca de 15 milhões de turistas que visitaram reservas ambientais federais no Brasil, em 2019, uma alta de 300% nos últimos 13 anos. Se por um lado esse aumento reflete um maior interesse dos brasileiros em conhecer a fauna e a flora do país, por outro, apenas 22 das 137 unidades de conservação (UC) que têm a atividade turística acompanhada pelo governo federal concentram 92% desses visitantes. 

O Brasil ocupa uma posição de destaque no mundo em termos de suas florestas naturais. Apenas a Rússia tem território maior de florestas do que o país. As florestas brasileiras estão distribuídas em cinco biomas: Amazônia, Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica, Pampas e Pantanal, cada um deles com suas características próprias. 

O Brasil possui 2.446 unidades de conservação públicas cadastradas no Ministério do Meio Ambiente. Elas são administradas pelo governo federal, estados e municípios. Dessas, 777 são classificadas como de "proteção integral", onde são permitidos apenas usos indiretos dos recursos naturais, como recreação em contato com a natureza, turismo ecológico, pesquisa científica e educação ambiental. As demais 1.669 unidades são do tipo "uso sustentável dos recursos naturais", onde é possível desenvolver atividades de coleta e uso dos recursos naturais, desde que assegurada a preservação dos recursos ambientais e processos ecológicos. 

Existem outras 993 reservas particulares do patrimônio natural (RPPNs), que são áreas privadas transformadas em reservas ambientais após regularização do poder público, a pedido dos proprietários. Elas são classificadas como de "proteção integral". 

turismo ecológico, tido como alternativa de desenvolvimento econômico e sustentável, ainda engatinha no Brasil. Problemas de regularização, de dados públicos, de infraestrutura, falta de pessoal e até de acesso impedem que o setor deslanche. Mas, como o turismo de observação de plantas tem um potencial enorme, ele carece de empreendedores dispostos a colocar a mão na massa e causar um verdadeiro impacto social. 

Saiba mais: 

O Sebrae dispõe de uma série de ferramentas para ajudar empreendedores. Entre elas, destacamos os cursos on-line Projeto de Extensão em Empreendedorismo Social e Negócios de Impacto Social e Como criar um Modelo de Negócio de Impacto Socioambiental. 

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