A utilização do EPS na construção a seco é uma opção sustentável. Entenda o que é esse material e quais as suas vantagens para a construção civil.

O EPS (poliestireno expandido) é um produto derivado do petróleo cuja matéria-prima sofre uma expansão de 20 a 50 vezes sua quantidade. Além disso, por ser um material com 98% de ar e apenas 2% de matéria sólida, possui baixo peso.
Entenda melhor o que é esse material, do que ele é feito, quais as suas vantagens para a construção civil e confira alguns mitos sobre o EPS.
O que é o EPS?
O EPS, popularmente conhecido como isopor, é formado por pequenos grânulos de poliestireno expandidos. Quando esse material é fabricado, são utilizados gases que fazem essas partículas se expandirem, por isso ele chega a até 50 vezes o seu tamanho original.
Depois disso, o EPS pode ser moldado em diversas formas, e é nesse momento que ele adquire diferentes densidades.
O poliestireno expandido tem várias funcionalidades na construção civil, sendo possível aplicá-lo em estrutura de forros, molduras, lajes e paredes.
Vale ressaltar que o isopor EPS não é o mesmo que utilizamos para embalagens no dia a dia. O EPS recortado (classificação dada ao material usado na construção civil) é mais resistente e denso que o isopor comum.
Quais as vantagens do EPS?
A construção civil que utiliza o EPS tem vários benefícios. Confira quais são eles:
- Obra até 40% mais rápida do que construções feitas com a alvenaria convencional.
- Baixo peso, reduzindo o custo das fundações com concreto e ferragens.
- Resistência mecânica e química.
- Baixa absorção de água.
- Facilidade de manuseio em obra, com grande versatilidade e precisão.
- Resistência à compressão.
- Resistência ao envelhecimento.
- Baixa condutividade térmica, que ajuda a diminuir o consumo de eletricidade (o EPS é o mesmo material utilizado nos recipientes que mantêm alimentos e bebidas gelados).
- Ausência de resíduo de obra.
Sustentabilidade
Uma construção feita de EPS é considerada uma construção sustentável, já que o uso do material reduz gastos com energia e água, chegando a uma economia de quase 60%.
Ele também diminui a emissão de CO2 na atmosfera: se comparada a uma construção feita com EPS, uma obra convencional emite 40% a mais desse poluente.
O poliestireno expandido, além de ser 100% reaproveitável e reciclável, podendo voltar à condição de matéria-prima, ele não apodrece nem libera substâncias no ambiente. Dessa forma, ele não contamina o solo, a água ou o ar.
Por fim, os painéis de EPS são entregues prontos para serem fixados na obra, eliminando até 100% da perda de materiais.
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Custo
Uma das desvantagens do EPS está no custo inicial: considerando as opções de construção a seco, ele é o que apresenta preço mais elevado, em torno de 20% superior à alvenaria.
Contudo, pelas suas propriedades, destacamos que esse custo pode ser revertido em economia durante a obra, com redução de tempo de construção e de consumo de água. Após a sua conclusão, o consumo de eletricidade também é menor.
Mitos sobre o EPS
Por ser um método não tão convencional de construção, a utilização do EPS gerou alguns mitos que devem ser elucidados.
- A construção não é resistente
Falso! A parede de EPS é até 30% mais resistente que a parede de tijolo, podendo ser utilizada em prédios de até cinco pavimentos. Esse material é largamente executado em residências, prédios comerciais, industriais e casas populares.
- As paredes serão ocas
Falso! O EPS é usado para preencher os espaços ocupados pelo cimento, contando ainda com uma tela armada. Esse processo é conhecido como nervurada.
- Não conseguirei pendurar nada nas paredes
Falso! A resistência da parede de EPS pode ser até maior do que a parede de alvenaria. É possível instalar qualquer material, desde um simples quadro até uma pesada bancada de granito.
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