A vida do empreendedor é feita de erros e acertos, e são os erros que proporcionam as maiores vivências, basta olhar para as histórias de sucesso.

As revistas de negócios estão repletas de histórias de sucesso. Quem já não teve a oportunidade de ler como um empreendedor desafiou o lugar-comum e transformou uma ideia em um negócio de sucesso? Por trás dessas narrativas, sempre surgem o carisma, a sensibilidade, a ousadia do empreendedor.
Por sua vez, existem pouquíssimas histórias de fracasso. Em geral, o ser humano hesita em entrar em contato com o medo de perder algo ou acredita que tornar pública a sua história vai afetar a sua credibilidade, perder amigos, não ser aceito ou até mesmo influenciar a percepção que as pessoas possuem da figura humana que há por trás da construção de uma marca.
É mais fácil parecer vencedor que perdedor. Então, a concepção que temos é de que os empreendedores são sempre vencedores e, muitas vezes, compramos a ideia de que a trajetória foi feita somente de momentos exitosos. Isso porque, na maioria das vezes, o sucesso é apresentado como fruto do acaso ou da intervenção divina, e não de degraus que foram alcançados um a um, da infância pobre, do início difícil vencendo a fome, o desespero, aceitando trabalhos considerados inferiores e do sucesso que somente aconteceu depois de muitos dissabores e fracassos.
Um pequeno empresário de origem humilde, feliz com o que havia conquistado até então, utilizava como frase inspiradora escrita atrás da mesa que ocupava no escritório simples: “O homem nasce. Antes de andar, começa a engatinhar ainda tropeçando com as pernas; depois, sim, aprende a andar, e finalmente o passo seguinte é voar para um horizonte sem limites.”
Na Revista Forbes, edição on-line disponível no link 5 dicas do empreendedor que faliu seis vezes e hoje fatura R$ 50 milhões por ano, encontramos a história do empreendedor Geraldo Rufino, fundador da empresa JR Diesel, que recebeu de sua mãe, Dona Geralda, os valores que o construíram como o empreendedor que é hoje.
Na sua infância no interior de Minas Gerais, na casa de pau a pique, aprendeu a valorizar os nados nos riachos da região, as lições da natureza e, principalmente, as orientações de dona Geralda. Quando ele tinha quatro anos de idade, a família perdeu a lavoura e teve que se mudar para a periferia da Zona Oeste de São Paulo. Mas, ele agradecia a luz e o calor do sol que entravam pelos buracos do barraco em que morava. Aos onze anos de idade, começou a juntar latinhas para ajudar o pai no sustento da casa.
A sua jornada no mundo do empreendedorismo iniciou aos treze anos, quando passou de vendedor de pipocas no Parque Playcenter a chefe de carrinho de pipoca, etapa em que ele diz ter aprendido educação financeira e o empreendedorismo da forma mais pura. “Eu vendia muita pipoca, sentia prazer naquilo, polia o carrinho, limpava, fazia os pipoqueiros usarem gravata borboleta...” Você tem que ser empreendedor em tudo o que faz, toque aquilo como se fosse seu, empreenda para você.”
Depois, cresceu profissionalmente, chegando a diretor da Playland, trabalhando no grupo Playcenter dos 13 aos 30 anos. Com tudo isso, conseguiu montar o seu próprio negócio, uma frota de caminhões de transporte. Porém, “um belo dia”, como afirma Rufino, os caminhões se envolveram em um grande acidente, e ele afirma que fala um “belo dia” porque “Deus não sacaneia”. De repente, não tinha dinheiro para pagar as dívidas que havia feito para montar a empresa.
Foi quando decidiu desmontar os caminhões e vender as peças, criando a maior empresa de peças seminovas da América Latina. A frase final de Geraldo Rufino compartilhando toda a sua vida e as suas experiências extremamente ricas é: “Não fui visionário, foi um acidente de percurso. Pode parecer estranho, mas os problemas são necessários. É uma oportunidade de evoluir. Na verdade, eu fiquei sem dinheiro. E dinheiro é o menor dos valores.”
Que história, não é mesmo? Então, quais são as principais lições que podemos extrair da experiência de vida de Geraldo Rufino?
- Todo mundo falha, todo mundo erra, isso é o que nos faz seres humanos.
- Quem erra é porque tentou fazer alguma coisa, quem erra três, quatro ou cinco vezes é porque é persistente, tem foco, isso é algo bom e que deve ser valorizado.
- A pior resposta que podemos dar ao mundo é esconder e se esconder de nossos erros e fracassos.
- Há sempre uma possibilidade de voltar atrás e fazer tudo diferente.
- Não procure a solidão, há sempre alguém que pode lhe dar a mão, mesmo quando parece que se chegou ao fundo do poço.
- Use toda a sua capacidade de aprender com os erros e evoluir com os acertos.
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