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Tue Apr 12 12:22:23 BRT 2022
Empreendedorismo | INICIATIVA EMPREENDEDORA
Explore o potencial de mercado das frutas desidratadas

Saborosas, nutritivas, compactas e rentáveis, elas formam um nicho ainda pouco explorado e que pode trazer bom retorno ao empreendedor.

· Atualizado em 12/04/2022
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Embora acredite-se que a primeira técnica de retirar a água das frutas tenha surgido lá pelo século 18, foi na Segunda Guerra Mundial que as frutas desidratadas mostraram o quão nutritivas e o quão práticas eram para ser carregadas de um lugar a outro, principalmente em momentos críticos, em que é impossível fazer uma refeição normal.

Talvez pelo preço elas ainda não sejam uma unanimidade entre os consumidores brasileiros, já que apenas 25% do volume produzido são consumidos pelas classes sociais mais baixas. Mas, para quem pode pagar, elas são ótimas para qualquer hora do dia, principalmente para os intervalos entre as refeições principais. Veja algumas das suas vantagens:

  • São fáceis de levar na bolsa: não escorrem, são leves e ocupam pouco espaço;
  • São extremamente nutritivas: seu processo retira a água, mas mantém a maioria das vitaminas e minerais da fruta in natura;
  • São duráveis: quando perdem água, ficam menos sujeitas aos microrganismos que causam apodrecimento.

Como são feitas?

A desidratação consiste na eliminação da água do alimento, o que prolonga sua vida útil nas gôndolas dos supermercados. Um dos processos consiste em aplicar correntes controladas de ar quente (entre 50ºC e 60ºC), que levam a água da fruta a evaporar e ir mudando a sua cor e textura. Para trabalhar em escala industrial, o empresário precisa adquirir uma desidratadora média, equipamento de custo inicial de cerca de R$ 5 mil.

  • Conheça, nesta cartilha do Sebrae, as principais linhas de crédito anunciadas pelas instituições financeiras.

Outro método possível é o da desidratação osmótica, feito a temperatura ambiente. Nele, uma substância açucarada – geralmente chamada de soluto – é aplicada, provocando a perda espontânea da água. É um processo semelhante ao da produção de carne ou peixe secos. Eles são saturados de sal, que penetra nas fibras e elimina a água até o ponto desejado.

Dá para ganhar dinheiro?

Como você já percebeu, toda a complexidade e os custos de produção envolvidos encarecem o produto, quando o comparamos à sua versão fresca nas feiras e no comércio em geral. O mercado brasileiro ainda é tímido, o que indica que esse pode ser um bom nicho a ser explorado, com profissionalismo e vontade de vencer por parte do empreendedor.

Deve-se levar em conta o peso da sazonalidade sobre o consumo, já que ele costuma aumentar em datas específicas, como na Páscoa, no Natal e no Ano-Novo (sim, o gosto pela uva passa ainda será um assunto bastante discutido entre famílias e amigos!).

O empreendedor pode optar por produzir e/ou revender. No primeiro caso, deverá obter na prefeitura todas as licenças sanitárias, técnicas e ambientais.

Vale lembrar que, além das frutas como abacaxi, pêssego, banana, ameixa, uvas e maçã, também é possível se capacitar e investir na produção ou revenda de outros alimentos desidratados, como tomates e cogumelos, que também representam mercados promissores.

O Sebrae apoia as iniciativas para o setor. Quer aprender mais sobre como montar um negócio de frutas desidratadas?

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