Os títulos verdes são recursos voltados para projetos de sustentabilidade e, por isso, vantajosos tanto para empresas e investidores quanto para a sociedade.

Você sabe o que significa o termo green bonds ou títulos verdes? São títulos de renda fixa emitidos por empresas, governos e organizações multilaterais para viabilizar iniciativas econômicas de sustentabilidade.
Os green bonds vêm ganhando destaque no mercado por conta do cenário de investimentos. Esses títulos estão disponíveis em vários mercados e podem ser uma importante mola de alavancagem para novas iniciativas e tecnologias de sustentabilidade dentro das organizações.
A projeção para 2022 é de que os investimentos globais alcancem US$ 1 trilhão. No entanto, segundo a Climate Bonds Initiative (CBI), para reduzir a lacuna de capital que dificulta a transição para uma economia de baixo carbono, é necessário chegar a US$ 5 trilhões/ano até 2025.
Também são conhecidos como o nome de títulos sociais, sustentáveis ou green, social, sustainability e sustainability-linked bonds. A diferença entre essas nomenclaturas está no foco principal, no social, no ambiental ou em critérios ESG (como sustainability-linked bonds).
Para cada um desses títulos, há um foco específico de investimento. Veja abaixo:
Realizar a transição para uma economia sustentável exige bastante investimento. Os títulos verdes são vantajosos por serem recursos financeiros disponibilizados para aplicação em processos e projetos de sustentabilidade e ESG.
É fundamental essa destinação de recursos para que governos e organizações possam desenvolver tecnologias de produção mais sustentáveis, alinhadas com diretrizes de sustentabilidade global, traduzidos no Acordo de Paris e na Agenda dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU.
No Brasil, o mercado de green bonds ainda é recente. Seus primeiros registros foram em 2015. Conforme a Climate Bonds Initiative, o volume acumulado é de US$ 11,2 bilhões emitidos pelas instituições brasileiras. No entanto, na América Latina, o país só perde para o Chile, que soma US$ 11,9 bilhões.
Como funcionam os green bonds?
O dinheiro arrecadado dos investidores e sua emissão ocorre da mesma forma que qualquer outro título governamental ou privado. Os investidores que compram os títulos verdes esperam retorno financeiro com a valorização dos títulos. Geralmente, esses títulos possuem benefícios fiscais como isenção de impostos, o que os torna um investimento mais atraente.
Para sua aplicação, os green bonds precisam ser verificados por instituições que têm o papel de avaliar e atestar a validade dos projetos sustentáveis aos quais eles serão destinados. No Brasil, existem duas instituições responsáveis por fazer essas avaliações: Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e Conselho Empresarial para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS).
Para a emissão de um título verde, o processo é parecido com um título convencional. Primeiro, é feita uma análise de mercado e a elaboração do projeto. Após análise, empresas ou governos elaboram um projeto com foco ambiental ou que contribua para mudanças climáticas.
Em seguida, é feita a certificação. Antes de ser emitido, o título deve ser analisado por uma avaliadora externa para garantir que os recursos serão destinados para projetos verdes e com indicadores de impacto bem definidos
O terceiro passo é a emissão e oferta do título a investidores. Um órgão intermediador, como um banco, uma agência financeira ou corporações credenciadas emitem o título. Por fim, é feita a pós-emissão. A empresa deverá reportar relatórios contendo detalhamento dos investimentos do título verde.
Há uma série de garantias e documentações necessárias para emissão dos títulos verdes. Informações do projeto, como o fluxo de caixa e ativos, fiança e contratos de venda com recebíveis, são algumas garantias necessárias.
Os ganhos com os títulos verdes são inúmeros. Existe ainda a possibilidade de captações com prazos mais longos, visando a ampliar a capacidade de investimento em projetos e ações socioambientais. Além disso, os green bonds permitem a prevenção dos riscos originados pelas mudanças climáticas.
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