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Fri Jul 22 18:05:30 BRT 2022
Empreendedorismo | EMPREENDEDOR
Negócios liderados por mulheres: desafios e ações necessárias

É preciso entender para valorizar o ambiente do empreendedorismo feminino.

· Atualizado em 22/07/2022
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Uma pesquisa realizada pelo Global Entrepreneurship Monitor (GEM) em 2020, em parceria com o Sebrae e com o Instituto Brasileiro de Qualidade e Produtividade (IBPQ), classifica o Brasil como o sétimo país do mundo com o maior número de mulheres empreendedoras. Entre os 52 milhões de empreendedores que existem no país, 30 milhões são mulheres, entre as quais 44% são chefes de família e 85% são responsáveis pelas decisões de compra em suas casas. Entre os microempreendedores individuais (MEI), as mulheres ocupam 48% da presença, com destaque para os negócios relacionados à moda, alimentação e beleza. É preciso pontuar ainda que 55% das empreendedoras iniciam suas atividades comerciais pela necessidade de gerar renda e, com isso, possibilitar a sua sobrevivência e a de seus filhos. Estas ainda enfrentam o desafio de conciliar os negócios com as exigências de serem mães.

Entender essa realidade é um dos primeiros passos para compreender a importância do empreendedorismo feminino no Brasil, pois não se trata somente de ocupar espaços, mas de promover transformações sociais nas vidas que estão ligadas a essas mulheres: famílias, comunidades e até mesmo uma nação inteira, afinal, conforme explica Ana Fontes, fundadora da Rede Mulher Empreendedora (RME), primeira e maior rede de apoio ao empreendedorismo feminino do Brasil, “quando você fala das mulheres em geral, especialmente em vulnerabilidade social, o ato de empreender tem a ver com botar comida na mesa; 40% das empreendedoras têm como principal ou única fonte de renda o seu negócio”.

“A maioria das empreendedoras no Brasil são arrimo de família, vendem o almoço para pagar a janta e sustentam a família. Essas empreendedoras realmente precisam de muito impulso. Falta incentivo para que elas saiam deste lugar de sobrevivência e entrem num lugar de mais respiro, para poder ter mais criatividade, tempo para pensar e escalar os seus negócios e ter mais qualidade de vida, porque elas trabalham 24/7 para conseguir fazer o negócio dar certo”, comenta Vivi Duarte, fundadora da consultoria Plano Feminino e do Instituto Plano de Menina e head of connection planning da Meta na América Latina.

O economista e professor em Bangladesh Muhammad Yunus, referência mundial no empreendedorismo feminino, realizava uma atividade prática com suas alunas, com mulheres que moravam às margens de uma rodovia onde ele se locomovia todos os dias de sua residência até a Universidade, quando compreendeu que as mulheres possuem um alto comprometimento em proporcionar casa e alimentação para os filhos, e por isso o seu envolvimento com a realização de um negócio está acima de qualquer outra coisa na vida. Não é à toa que a partir do modelo desenvolvido por Yunus no Grameen Bank e multiplicado mundo afora através de instituições bancárias denominadas de Banco do Povo, tornou-se um padrão mundial com o objetivo de apoiar a mulher como provedora familiar, quer seja com programas de subsistência básica ou no desenvolvimento de micronegócios para geração de renda de subsistência.

Apesar dos progressos, muitos desafios ainda se impõem ao empreendedorismo feminino, como a inserção do negócio no mundo digital (reduzindo a interferência de intermediários), dificuldade de acesso ao mercado (onde vender o produto ou serviço) e ao crédito, entre outros. E essas dificuldades, segundo Ana Fontes, aumentam quanto mais marcadores sociais a mulher tem: se é negra, egressa do sistema prisional, indígena, imigrante, trans… Por isso, apoiar o empreendedorismo feminino, incentivando, consumindo os produtos e serviços, realizando parcerias para capacitação, acesso ao crédito, entre outras necessidades dessa fatia empreendedora do país, constitui-se em ações estrategicamente necessárias.

O Sebrae dispõe de um portal especialmente voltado para as mulheres empreendedoras. Saiba mais acessando: Portal Sebrae Empreendedorismo Feminino.


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