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Mercado e Vendas | POSICIONAMENTO
Principais festivais de música em PE: oportunidades para músicos

Pernambuco é um dos principais centros musicais do país, com eventos e oportunidades para músicos que queiram mostrar sua arte a um bom público.

· 18/08/2023 · Atualizado em 18/08/2023
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"Música" e "Pernambuco" são praticamente sinônimos. As canções de Alceu Valença são entoadas no mundo inteiro e até hoje é comum encontrar quem se emociona com o falecimento de Chico Science. Toda essa tradição explica a presença dos inúmeros festivais de música no estado, destinados a fomentar a cena local.

Além de contar com grandes nomes da música mundial, os festivais de Pernambuco também têm como objetivo fomentar a cena independente do estado, o que faz com que muitos artistas tenham interesse em conhecer o panorama de eventos do tipo no estado.

Por isso, preparamos um post especial sobre os festivais de música: os principais nomes, os meios de se preparar e como aproveitas oportunidades. Boa leitura!

Como funcionam os festivais de música?

São eventos que contam com artistas nacionais e internacionais. É possível encontrar opções que sejam mais focadas, como festivais de música popular brasileira, ou atrações que misturam diversos gêneros, como o rock, o rap, o funk e outros.

Em um estado com uma imensa riqueza cultural como Pernambuco, evento para tocar não é o que falta. Artistas independentes poderão se aventurar em inúmeros ritmos, uma vez que a maioria dos festivais de música em Pernambuco não se prendem a um gênero específico.

Além de mostrarem o seu som para uma boa quantidade de pessoas, os artistas ainda podem negociar espaço para venderem itens de merchandising, como camisas, blusas, canecas, CDs e vinis.

Como cada um dos eventos que mostraremos escala muitas bandas independentes para tocar, eles também servem como uma oportunidade de fazer networking com outros músicos e combinar colaborações futuras. É possível até mesmo organizar turnês conjuntas, firmar parcerias com influenciadores e outras ações para fortalecer a cena musical de cada região.

Quais os principais festivais de música em Pernambuco?

Agora, conheceremos os principais eventos para músicos emergentes no estado. Eles abrem oportunidades para músicos de diversos gêneros, do frevo até o rock mais pesado.

Abril Pro Rock

O Abril Pro Rock não é apenas uma das principais atrações de Recife, mas também é um dos maiores festivais de música no Brasil todo. Ele mistura atrações locais com nomes internacionais, o que torna uma ótima oportunidade de ganhar experiência e até fazer um networking.

Como o próprio nome indica, ele sempre acontece em abril — e, em 2023, completou 30 anos de existência. O mais interessante é que o ano de 1993 coincidiu com a explosão de uma cena riquíssima em Pernambuco, com nomes como Chico Science & Nação Zumbi, Mundo Livre S.A., Penélope, Eddie e Devotos.

Todas essas bandas nativas utilizaram o Abril Pro Rock para alcançarem um espaço dentro da música brasileira. Outros nomes destacados do rock internacional, como o Suicidal Tendencies, o Misfits e Blaze Bailey (ex-vocalista do Iron Maiden) também já passaram pelo evento.

Guaiamum Treloso Rural

O Guaiamum Treloso é um festival para músicos e para amantes da cultura que desejam curtir atrações em um cenário de total comunhão com a natureza. Não à toa, o próprio evento chama carinhosamente os frequentadores de "seres da mata", já que ele ocorre em um sítio.

No entanto, não será preciso fazer uma longa viagem para chegar lá: o Guaiamum Treloso fica em Camaragibe, na Grande Recife. Isso aumenta as chances de que tanto os músicos da capital como da região metropolitana possam participar.

Nas últimas edições, o festival contou com Cordel do Fogo Encantado, Mundo Livre S.A. e muitas bandas independentes — de gêneros tão diversos como o rock, a MPB, a música eletrônica e ritmos populares de Pernambuco e do Nordeste.

Coquetel Molotov

O Coquetel Molotov é outro festival pernambucano de grande tradição, que completa 20 anos em 2023. O evento costuma rolar no campus da UFPE, em Recife. Ele tem foco justamente nos artistas independentes, mesclando com atrações nacionais mais conhecidas.

O mais legal é que o próprio evento já oferece a oportunidade para que artistas se inscrevam para se apresentar nele. O projeto, conhecido como Incubadora Musical de Pernambuco, é uma iniciativa para que músicos emergentes encontrem um palco para demonstrar o seu talento.

Inclusive, o projeto também é democrático: em 2022, abriu um espaço especial para incentivar a participação de artistas das regiões Agreste, da Zona da Mata e Sertão pernambucano. Múltiplos gêneros musicais são representados na versão do festival, do funk ao rock experimental.

Festival de Inverno Garanhuns

O FIG mostra que o agreste pernambucano também tem o seu espaço entre os festivais no estado. Em 2023, o evento chega aos 31 anos de vida, homenageando o nativo Luiz Gonzaga.

Além disso, o festival se destaca pela grande quantidade de atrações: só na edição de 2022, foram 17 dias de muita música e 1,4 milhão de espectadores. Na programação de cada ano, é possível encontrar artistas que estão começando, mas também veteranos respeitados, como Lenine e Otto.

Um dos aspectos mais interessantes é que é possível se inscrever e enviar a sua proposta artística. Por isso, músicos que queiram se estabelecer na cena pernambucana devem estar sempre de olho nos diversos links oficiais do festival.

Porto Musical

Em 2022, o Porto Musical chegou à sua décima edição, com shows, debates e conferências na Praça do Arsenal e no Paço do Frevo, em Recife. O festival conta com artistas de Pernambuco, mas também com outras atrações, principalmente do nordeste do país.

O evento reúne não apenas bandas, mas representantes de selos independentes e gravadoras. Os artistas podem se cadastrar para showcases, conferências e os chamados pitchings, uma forma de apresentação rápida para apresentar a sua ideia para empresários e investidores.

Rock na Calçada

Como o próprio nome já entrega, esse projeto nasceu nas calçadas da capital pernambucana, mais especificamente no Recife Antigo, em 2013. O festival tem como maior objetivo fomentar a cena autoral recifense.

De acordo com os dados na página no Facebook do projeto, já foram realizadas 26 edições desde então, com mais de 300 apresentações de bandas e artistas diversos. Além da capital do Pernambuco, o Rock na Calçada também já passou por Natal e João Pessoa.

Caruaru, no agreste pernambucano, também já teve a sua edição do evento. Isso mostra que artistas sediados no interior do estado também têm boas oportunidades de tocar ao vivo.

Como negociar uma oportunidade dentro desses espaços?

Alguns dos festivais oferecem um período de inscrições, realizado dentro do próprio site, como é o caso do Coquetel Molotov. Outros, como são mais modestos e a organização é feita "na raça", como é o caso do Rock na Calçada, podem ser abordados em suas redes sociais.

Todos os festivais que listamos aqui oferecem oportunidades para artistas que não são tão conhecidos, então é essencial entrar em contato com os organizadores. Caso você já tenha material gravado, como músicas prontas ou vídeos, servirá de portfólio para aumentar suas chances de se apresentar.

Outra dica é ficar atento a sites como o Editais Culturais e o Festivais do Brasil, que são atualizados regularmente com as principais oportunidades para músicos emergentes se inscreverem. O caderno cultural de jornais como a Folha de Pernambuco também são uma leitura relevante para quem quer garimpar chances de tocar ao vivo.

Como o músico deve se planejar para os festivais de música?

Se planejar para os festivais de música envolve duas fases. A primeira delas é a de a preparação e empreendedorismo, em que o músico conquista oportunidades para tocar em um evento desses.

Já a segunda envolve aquele estágio em que a participação já está confirmada — e o música precisa caprichar na apresentação. Vamos abordar as etapas dos dois processos.

Capriche na divulgação

Utilize as redes sociais para divulgar os eventos em que você for tocar. Uma boa ideia é visitar a página do festival (ou casa de música, se for o caso) e divulgar um vídeo para que as pessoas tenham uma boa ideia do seu material.

Caso você tenha uma grana separada para a divulgação, considere investir em anúncios pagos, em redes como o Facebook, o Google Adwords e o Instagram. Só tome cuidado para que não haja um exagero nas ações promocionais, uma vez que isso pode acabar gerando antipatia por parte das pessoas, que podem pensar "Lá vem essa banda de novo!".

Faça amizade com outros artistas

Quando os artistas se unem, eles podem trocar divulgações — uma banda postando o vídeo de uma apresentação de outro grupo em suas redes sociais, por exemplos. Isso é ainda mais eficiente quando há uma semelhança sonora entre ambos.

Além disso, a união entre artistas também pode gerar resultados mais ambiciosos, como a criação de outros festivais. Gravar músicas com participações de outros músicos também é uma forma de chamar a atenção em dobro para os trabalhos.

Capriche no uso do YouTube

Para músicos, o YouTube une o melhor de dois mundos: as pessoas conferem o som do artista, mas também têm uma boa ideia de como será a sua performance. Como ouvinte, quem nunca foi cativado por apresentações cheias de energia e carisma?

Por isso, para aumentar as chances de que o seu trabalho chegue aos festivais, tenha um carinho especial pelo YouTube. Poste músicas novas, histórias curiosas sobre a banda, apresentações e clipes. Também é uma ótima ideia realizar lives e responder perguntas, como um modo de se aproximar mais do seu público.

Defina a sua identidade

Em primeiro lugar, é preciso ter um bom repertório para cativar a sua audiência. Isso também pela passa pelo perfil da banda: você quer tocar versões de músicas já consagradas ou apresentar composições novas?

Caso a sua opção seja a primeira, você já pode garimpar locais para tocar em sua cidade, como em bares e casas noturnas fechadas. Já para as bandas autorais, correr atrás dos festivais é uma maneira de se apresentar para um bom público e ainda começar a se associar com outros grupos, como um modo de fortalecer coletivamente a cena.

Além disso, você deve pensar na identidade visual do seu trabalho — como as cores utilizadas nas divulgações, no site, nos álbuns e nos materiais promocionais. Caso você esteja sem muitas ideias nesse campo, converse com designers e profissionais das artes gráficas.

Mesmo que você não tenha dinheiro para pagar alguém para desenvolver a sua identidade visual, pense em parcerias: ao tocar em um festival, que tal utilizar uma camisa que divulgue o projeto de um designer, por exemplo? Ou divulgar o trabalho dessa pessoa em seus canais promocionais?

Ensaie regularmente

Você pode até se apresentar sozinho, como no esquema voz e violão, ou com uma banda completa. Independentemente dos dois cenários, será preciso ensaiar para não fazer feio na frente de um bom público.

Por isso, ensaie regularmente as canções: só assim será possível apresentá-las, ao vivo, do modo com que você as imaginou enquanto compunha. Também é legal ensaiar o modo com que você vai se dirigir à plateia, escolhendo uma abordagem que combine com o perfil do seu trabalho.

Para artistas que enveredam por um lado mais cômico da música, por exemplo, é importante se expressar com irreverência. Já para músicos que prezam pela seriedade, será preciso escolher outro caminho.

Prepare um repertório inesquecível

Voltemos à questão do repertório. Artistas independentes não costumam se apresentar por muito tempo, em comparação com as atrações principais — então é preciso se concentrar nas suas músicas mais empolgantes, de modo a despertar a atenção dos ouvintes de modo imediato.

Lembre-se de que as primeiras músicas que você tocar poderão ser consideradas, em um futuro próximo, os clássicos do seu repertório. Por isso, explore as suas composições mais fortes.

Gerencie sua agenda

Conseguiu engatar uma sequência de apresentações? Ótimo. Só que outro desafio se inicia: a gestão de agenda e de recursos financeiros. Por isso, priorize eventos que atendem às suas necessidades do momento.

Alguns deles podem não pagar tanto, mas promovem uma viabilidade ou networking. Do mesmo modo, figurar em um grande festival pode ser aquele empurrãozinho financeiro para começar a gravar um novo álbum, por exemplo. Nesse sentido, nada melhor do que equilibrar prioridades e pensar bem no que é melhor para você.

Qual a importância de um bom planejamento?

Planejar-se é estar atento a diversas oportunidades de mercado, para se alçar em voos cada vez maiores. Para músicos pernambucanos, isso não se limita ao estado. Um exemplo clássico é o da banda Sheik Tosado que, em 2001, ganhou um concurso para bandas novas e conseguiu se apresentar em um dos maiores eventos do músico, o Rock in Rio.

O Sheik Tosado foi uma das bandas que começou do zero, se apresentando em pequenos eventos em Pernambuco até chegar aos maiores palcos. Artistas como a Alceu Valença, Nação Zumbi e Otto são outros exemplos de músicos que, hoje, são referências no Brasil todo — e até fora dele.

Como o músico pode ter sucesso em festivais de música?

O sucesso em um festival de música depende de todos os fatores que citamos ao longo do texto: boas composições, um repertório bem encaixado, divulgação, networking e uso otimizado das redes sociais.

Claro que você pode tentar ser bem-sucedido "à maneira antiga", pegando um violão e o levando para a rua para apresentar as suas músicas: contudo, essa tática seria um desperdício do poderio que as redes sociais e a internet têm nos dias de hoje.

Como você viu no artigo, os festivais de música em Pernambuco são uma excelente oportunidade para músicos de todas as vertentes. Afinal, público não é o que falta e a cena pernambucana é a responsável por gerar talentos para o mundo todo. Com um pouco de resiliência e tendo boas canções para apresentar, você aos poucos vai conquistando seu espaço.

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