Entender o conceito de deep tech é o primeiro passo para empreender em uma das áreas mais promissoras dos próximos anos.

Deep techs são startups baseadas em investigação científica apoiada por patentes, que atuam com inovação complexa, lidando com problemas como o tratamento de doenças, mobilidades, aquecimento global e desenvolvimento industrial.
É uma área que enfrenta uma intensa pressão para provar que sua ciência pode resultar em enormes receitas tão rapidamente quanto as empresas do setor de tecnologia geral; é um dos setores mais promissores dos próximos anos e que tem recebido investimentos privados impressionantes.
Tendo movimentado cerca de R$ 88 bilhões (ou US$ 18 bilhões) em 2021, segundo o divulgado pela instituição Liga Ventures, o setor tem crescido a passos largos no Brasil (cerca de 25% ao ano), e por excelentes motivos: a proposta do modelo do setor inclui resolver questões associadas à desigualdade, meio ambiente e cultura, ultrapassando em muito o desejo de se obter lucro imediato. A visão de futuro deep tech é uma prosperidade coletiva e sustentável.
Usando ferramentas como inteligência artificial, internet das coisas (IoT), robótica, biotecnologia, computação quântica e outros avanços tecnológicos, praticamente todos os setores da economia e da sociedade devem se beneficiar das inovações científicas trazidas pelas deep techs.
Esta modalidade, que está impactando o mercado de forma crescente, surgiu como conceito em 2014 através da social media indiana Swati Chaturvedi, com o objetivo de diferenciar empresas de “tecnologia profunda” das startups de internet, dispositivos móveis e comércio eletrônico.
Desde então esse conceito vem ganhando novas camadas de significados, como startups que possuem risco científico para seu produto funcionar (como a Air Street Capital de Nathan Benaich) ou tecnologias que adicionam ao risco ou descoberta científica o fator de soluções aos desafios fundamentais do mundo e aos problemas significativos (como as divulgadas por Joshua Siegel, Sriram Krishnan, J. Siota e Prats).
Por ser baseada em pesquisas que levam a inovações disruptivas, o mercado muda o tempo todo, sempre recebendo novas tendências e abrindo oportunidades de investimentos.
Impacto social
A deep tech atua em diversas frentes, procurando soluções novas para grandes problemas da sociedade. Na clínica médica, a tecnologia escuta e traduz a fala do paciente, gerando uma jornada personalizada do indivíduo, com mapeamento genético e testes clínicos descentralizados. A digitalização de serviços de saúde pode fazer o acesso da população a serviços mais eficientes.
Na mobilidade, a tecnologia pode otimizar o fluxo de pessoas em áreas de grande concentração populacional.
No meio ambiente, as deep techs podem combater o aquecimento global implementando matrizes limpas para geração de energia, desenvolvimento de cadeias de fornecimento sustentáveis e apoio à economia circular.
Ferramentas tecnológicas concretas oferecem oportunidades de empreender de forma socialmente justa e sustentável.
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