Globo e Sebrae se unem para te ajudar a conduzir melhor o seu negócio. Aqui, você encontra conteúdos sobre práticas sustentáveis, ESG e muito mais para impulsionar seu empreendimento!
O curso ESG para pequenas empresas oferece ao empreendedor o conteúdo necessário sobre um dos temas mais importantes da atualidade, relacionado a questões de interesse ambiental, social e de governança. Ou seja, em como te ajudar a transformar sua empresa de sucesso, além de lucrativa, em um negócio que seja também comprometido com a sustentabilidade.
ESG é a sigla, em inglês, para Environmental, Social and Governance (Ambiental, Social e Governança). De modo geral, o ESG mostra o quanto um negócio está buscando maneiras de minimizar os seus impactos no meio ambiente, de construir um mundo mais justo e responsável e de manter os melhores processos de administração. O termo ESG surgiu pela primeira vez em um relatório de 2004, da Organização das Nações Unidas (ONU), chamado Who Cares Wins (Ganha quem se importa). A sigla ESG une três preocupações que as empresas devem ter: Environmental ou Ambiental Refere-se a práticas e princípios adotados na empresa para a conservação do meio ambiente. Entre as práticas ambientais, podemos citar: Busca por alternativas sustentáveis para a redução do impacto no meio ambiente; Redução na emissão de poluentes; Boas práticas com embalagens, geração, cuidado e descarte de plásticos e outros materiais; Gerenciamento correto do descarte de lixo. Social Diz respeito à relação que a empresa tem com as pessoas do seu entorno. Podemos destacar algumas práticas sociais: Aderência aos direitos trabalhistas; Valorização da saúde e segurança no ambiente de trabalho; Apoio à diversidade e inclusão; Posicionamento da empresa em causas e projetos sociais; Atuação com a comunidade. Governance ou Governança É a forma como a empresa realiza a gestão dos seus processos, com foco na transparência. Abaixo, algumas práticas de governança: Adoção de políticas para o controle dos processos; Comportamento e política institucional relacionados às práticas anticorrupção, lavagem de dinheiro e trabalho escravo, por exemplo; Transparência na política de remuneração dos diretores; Valores, postura moral e ética nos negócios; Valorização da prestação de contas e da responsabilidade corporativa; Veracidade das informações de produtos e processos da empresa.
O termo ESG (Environment, Social and Governance) vai além da preocupação com o futuro do planeta e da sociedade. Ele está totalmente embasado nos resultados financeiros e na longevidade do seu negócio. ESG significa implantar, nos processos e nas atividades da empresa, as melhores práticas ambientais, sociais e de governança. Mas, engana-se quem acredita que a Governança esteja acima das outras áreas, Meio Ambiente e Social. Ainda que sua preocupação seja o sucesso financeiro da sua empresa, faz muito sentido implementar práticas de gestão focadas no meio ambiente e na sociedade. Isso porque, diante do amplo impacto dos critérios ambientais, sociais e de governança, a agenda ESG passou a ser um fator relevante de análise por parte dos consumidores e investidores no momento de escolher produtos, serviços ou ações de investimento. Assim, a decisão por uma marca ou empresa, leva em consideração práticas como: Falando sobre a questão ambiental, compromisso com a redução de desperdícios e emissão de gases carbonos. Ações em prol da reciclagem e reutilização de materiais e insumos; Sobre o social, ações em favor da diversidade e erradicação de discriminação e do assédio, além de ações para a comunidade local; A respeito da governança, organização de conselhos, criação de canais de denúncia, conduta ética da empresa, políticas de equidade de remuneração, entre outras. De acordo a pesquisa EY Global Institutional Investor Survey, 90% dos investidores dizem que, desde a pandemia da covid-19, eles atribuem maior importância ao ESG, quando se trata de investir em uma empresa. Outro estudo, Sustentabilidade na Agenda dos Líderes Latino-Americanos, informa que no Brasil, 68% dos gestores afirmam já ter estratégias de sustentabilidade implementadas. Esses dados mostram a importância da estratégia ESG no ambiente de negócios na atualidade, apresentando uma tendência de crescimento e relevância ainda maior, independentemente do tipo e do tamanho da sua empresa. Como implantar ações ESG na sua empresa? Separamos os principais passos para a implantação de uma agenda ESG. Qualquer empresa, micro ou pequena, pode e deve elaborar uma política de ESG de acordo com sua atividade econômica. Primeiramente, é importante entender cada um dos critérios ESG (Ambiental, Social e Governança). Para ser uma empresa ESG, é importante que a organização: Compreenda os impactos positivos e negativos das suas ações; Trabalhe para minimizar ou eliminar impactos negativos, a partir de uma estratégia e um planejamento com orçamento financeiro. Confira os passos mais importantes para organizar esse trabalho dentro da sua empresa. 1. Estude os conceitos relacionados à temática ESG O primeiro passo é compreender o conceito de ESG, os critérios e práticas que estão envolvidos com este tema. Esse conhecimento é necessário e deve partir dos gestores, diretores da empresa e passar para as outras áreas e setores. A partir do momento em que novas medidas forem implantadas em sua empresa, você terá que envolver os colaboradores, profissionais, e prestar informações sobre as mudanças. Assim, ter um conhecimento sobre o ESG é importante para que a estratégia seja implementada de forma integral e sem grande resistência pelas pessoas que trabalham na empresa. 2. Crie um conselho ou comitê ESG na sua empresa A criação de um conselho ESG é importante para aprofundar as discussões e trazer conhecimentos que ajudem a definir uma estratégia a ser criada pela empresa e promover ações práticas. Assim, esse conselho contribui na organização, no planejamento e na divulgação da agenda em todos os ambientes da empresa e nas etapas para implantação. Aqui, o próprio conselho pode analisar e trazer tecnologias e ferramentas que serão utilizadas para implantação do ESG. O conselho pode ser formado por parceiros, diretores e colaboradores da sua empresa. 3. Realize um diagnóstico da sua empresa O objetivo é entender a realidade a partir de critérios ESG, mapeando impactos positivos e negativos da sua atuação quanto aos quesitos de governança, social e ambiental. Essa análise visa a identificar as oportunidades e metas que a sua empresa tem para iniciar a agenda ESG. Para ajudar nessa etapa, você pode analisar os 17 pontos dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), da Organização das Nações Unidas (ONU). Com eles, é possível identificar quais objetivos fazem sentido para sua empresa e que contribuem para uma análise por soluções. Por exemplo, você pode observar o primeiro objetivo, “Erradicação da pobreza”, e questionar: como sua empresa pode contribuir para a erradicação da pobreza? Que medidas pode adotar? 4. Defina prioridades ESG Lembre-se de que implantar ESG é uma jornada. Você precisa avaliar se é capaz de cumprir seus objetivos a longo prazo. Não se trata de um processo rápido ou instantâneo. Com o diagnóstico anterior e uma análise da situação atual, sua empresa consegue definir quais são as melhores estratégias e priorizá-las nas ações de ESG. 5. Estabeleça metas e indicadores A partir das estratégias traçadas, o próximo passo é o planejamento das ações e das mudanças pretendidas. Defina metas e indicadores para avaliar com mais facilidade a evolução. 6. Coloque em prática Aqui, coloca-se em prática o desenho e o planejamento das práticas ESG no seu negócio. Promova campanhas de conscientização entre seus colaboradores e capacite-os para que a agenda ESG não fique apenas na teoria. 7. Faça medição e monitoramento Após colocar em prática o planejamento das ações, você deve ter o cuidado de medir e acompanhar o que está sendo feito, de acordo com o que foi definido. Esse monitoramento deve ser constante e frequente. 8. Trabalhe a transparência e a comunicação Importante medir e acompanhar as mudanças de cenários, deixando claras todas as informações das ações que estão sendo realizadas. Registrar em relatórios e divulgar é muito importante, até para possíveis ajustes durante a jornada. O ESG é um processo que fortalece, não apenas as empresas, mas, também, os seus colaboradores, a comunidade do seu entorno e o meio ambiente. Os resultados financeiros são objetivos e consequências de ações responsáveis e sustentáveis. Para saber mais, leia os textos a seguir: ESG: o que é e qual é a importância? Saiba aqui! ESG possibilita rentabilidade para pequenos negócios inovadores
O ESG (Environmental, Social and Governance) é um termo que sintetiza preocupações com questões relacionadas ao meio ambiente, social e governança. É essencial que as pequenas e médias empresas atuem dentro das boas práticas de ESG. Environmental ou meio ambiente diz respeito a uma atuação de baixo impacto ambiental. O social está relacionado à responsabilidade social e à atuação junto aos colaboradores e à comunidade. Já governance ou governança se baseia na transparência, prestação de contas, ética e na gestão eficiente e efetiva. Atualmente, investidores e sociedade esperam uma nova postura das empresas. Ser responsável e manter boas práticas de ESG é um diferencial que traz algumas vantagens, como: Incentiva investimentos Geralmente, as empresas que adotam práticas ESG são estáveis e têm um maior controle dos seus gastos e custos. Elas transmitem mais segurança para investidores e clientes. Performance financeira Um fator leva a outro. Com mais investimentos, melhor a performance financeira. Empresas com práticas de ESG focam mais na performance, na otimização de processo, o que poupa recursos. Fortalecimento do relacionamento com cliente Uma boa reputação fideliza e atrai mais clientes, já que eles se identificam com os valores da organização. Retenção de talentos Como o ESG promove a qualificação e o cuidado com os colaboradores, a empresa consegue reter seus talentos e promover um clima organizacional de qualidade. Diminui o desperdício A redução de custos está presente nos três eixos do ESG, de maneira que acabam promovendo novos hábitos e uma mudança da cultura organizacional sustentável. Também é possível reduzir riscos financeiros, já que a empresa passa a ter uma postura mais consciente, seja no uso dos seus recursos ou no controle das suas ações. Como criar uma marca responsável? Confira boas práticas para se criar uma marca responsável de acordo com os pilares do ESG: Meio ambiente Você pode adotar um modelo de negócio com base na ecoeficiência, propondo, por exemplo, a diminuição do consumo energético e hídrico, evitando desperdícios ou incentivando o uso de garrafas e copos de vidro em vez de plástico. Social Promova a diversidade e a inclusão. Invista na qualidade do ambiente de trabalho. Ofereça condições e segurança no contrato de trabalho dos seus colaboradores. Opte por fornecedores locais e faça parcerias. É uma maneira de contribuir para o desenvolvimento econômico da sua cidade. Governança Defina e promova regras de conduta ética para que todos os colaboradores tenham comportamento adequado e alinhado com os valores da empresa. Faça um planejamento dos gastos e mantenha o controle e a avaliação constante. O ESG não é apenas para as grandes empresas, todo empreendedor deve ter responsabilidade com seu negócio e reverter em boas práticas para a sociedade. Além de ser apropriado, é estratégico e um diferencial que pode atrair investidores e clientes. Para saber mais, leia os textos a seguir: Sustentabilidade: a prática que só gera vantagens 5 tendências para uma indústria de moda mais digital e sustentável
As empresas estão cada vez mais engajadas com o propósito da sustentabilidade em todos os seus processos, adotando políticas mais conscientes e sustentáveis de produção. Uma delas é a política ESG, que mostra caminhos para a responsabilidade ambiental. A sigla ESG deriva da expressão em inglês environmental, social and governance: meio ambiente, social e governança. A partir desses critérios, as empresas são avaliadas e certificadas quanto ao andamento das boas práticas. Cada letra da sigla ESG aborda uma grandeza específica, que revela o nível de comprometimento da empresa para com a causa em questão. Confira: Ao investir em ESG, além de demonstrar que está alinhada aos propósitos de preservação ambiental, a empresa mostra-se confiável para fins de investimentos. Também é vista com muita atenção pela concorrência e pelos acionistas e tende a prosperar a médio e longo prazo. Seguir as políticas ESG também é uma forma de a empresa dizer para o mundo que está comprometida com seu crescimento, com seu impacto ambiental e com o bem-estar de seus colaboradores. Entre as diversas práticas ESG que podem ser implementadas pelas empresas estão: Ações conectadas com o propósito da empresa. Minimizar impactos ambientais. Incentivar a diversidade e inclusão. Programas de ética e transparência. Aqui vão alguns exemplos de benefícios da política ESG: Autoridade frente aos concorrentes: o mercado está antenado para o que acontece com as empresas, e se a sua é eficaz naquilo que se propõe a fazer e é certificada com o ESG, então, você sairá na frente; Confiança no mercado: o ESG não chama atenção somente por conta de suas práticas sustentáveis. Mais do que isso, ele é também uma oportunidade de investimento. Como você pôde ver anteriormente, existem fundos de ações, debêntures e outros investimentos. Vantagem competitiva: o mercado é altamente competitivo, e o que faz uma empresa se destacar é unicamente a percepção que outras empresas e os clientes têm sobre ela. Ao comprometer-se com projetos de causa ambiental e social, a empresa assume uma atuação sustentável e responsável, seguindo os princípios morais e éticos que são demandados pelas empresas modernas. Consumidores, parceiros, investidores e até mesmo trabalhadores estão dando cada vez mais valor a empresas que seguem as práticas ESG. E isso traz apenas consequências positivas para o negócio. Ao implementá-las, as empresas atraem novos investimentos com mais facilidade. Já pela perspectiva interna, organizações que usam práticas ESG são mais estáveis e menos suscetíveis a fraudes e casos de corrupção. Os consumidores também têm voltado seus olhos para as empresas socioambientalmente responsáveis, o que gera mais vendas e fortalece a retenção e a fidelização de clientes. Essas ações geram, ainda, redução do desperdício e dos custos operacionais, colaborando para alta na lucratividade. Práticas ESG impactam, também, as equipes, permitindo a retenção de talentos: com mais investimentos, a empresa torna-se mais estável, cresce em vendas e paga melhores salários. Agora que você sabe o que significa ESG, implemente práticas sustentáveis na sua empresa o quanto antes e potencialize seus ganhos. Saiba mais sobre ESG: ESG: o que é e qual é a importância? Saiba aqui! Como aplicar o conceito de ESG na sua empresa
O curso tem por objetivo ensinar o que é eficiência energética, qual a importância do uso racional de energia nos pequenos negócios e como medidas simples e práticas ajudam a reduzir os desperdícios de energia de forma a cortar gastos e aumentar a competitividade da empresa mantendo a qualidade e segurança dos produtos ou serviços.
Apresentar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e as tendências de Sustentabilidade e ESG, fornecendo exemplos e ferramentas do tema para aplicação prática no contexto de pequenos negócios. No curso Descomplica: gestão sustentável para pequenos negócios, oferecido pelo WhatsApp ou Telegram, você entenderá a importância e o papel fundamental dos pequenos negócios para a sustentabilidade.
Reduzir ou neutralizar as emissões de carbono é uma das formas de contribuir com o objetivo da ONU de redução das emissões de gases do efeito estufa. Segundo a ONU, essas emissões globais, em 2030, precisam ser de 25% a 55% menores do que em 2018. Isso para diminuir o aumento de temperatura média da Terra entre 1,5°C e 2°C, temperatura considerada segura para os estudiosos do clima. Ser carbono zero ou carbon free significa calcular o total das suas emissões, reduzi-las conforme suas possibilidades e, ainda, balancear o restante das emissões por meio da compensação. E uma das maneiras de compensar está na compra de créditos de carbono em mercados voluntários ou na recuperação de áreas degradadas via arranjos florestais. Esse conceito de carbono zero foi estabelecido pelo acordo de Paris, quando líderes mundiais concordaram em reduzir as emissões até 2030. No caso do Brasil, a meta é reduzir em 43% as emissões totais até 2030. No entanto, o país está aumentando sua emissão de gases do efeito estufa. Houve crescimento de 10% apenas em 2020, ou seja, mais de 2,17 bilhões de toneladas de dióxido de carbono ou cerca de 10 toneladas de Co2 por habitante foram enviados para atmosfera. Como fazer o cálculo de emissões de gases de efeito estufa? A ferramenta do cálculo é, na verdade, um inventário que quantifica as emissões de GEEs emitidos pelas instituições ou empresas, a partir do perfil de emissões. Esse inventário é feito a partir da coleta de dados sobre o consumo de energia, geração de resíduos, consumo de água, transportes da empresa, entre outros. Os objetivos desse inventário são: compensar as emissões de GEEs, contribuir com a meta global de neutralização de carbono e atender às exigências legais. No geral, o processo de inventário é composto pela fase de concepção e implantação de um programa de carbono zero de acordo com a necessidade da empresa e, posteriormente, pela fase de plantio, descarbonização e manutenção. A partir da implantação do programa carbono zero, a empresa pode receber o certificado do carbono neutralizado e começar a utilizar o selo com credibilidade junto aos seus clientes. Assim, o carbono zero pode ser considerado uma espécie de balança ambiental, na qual são calculados GEEs emitidos pela empresa no ambiente durante seu processo produtivo. O desequilíbrio deve ser compensado com a neutralização de uma quantidade presente na atmosfera. Dessa forma, espera-se que a empresa tenha um “crédito”, neutralizando mais do que emitindo GEEs. Por isso, fala-se em “crédito de carbono”. Para cada uma tonelada de CO2, que não foi para atmosfera, tem-se um crédito de carbono. As Conferências sobre Mudança do Clima das Nações Unidas (ONU) consideram que o aquecimento médio do planeta deve chegar no máximo a 1.5 Cº. Segundo o Relatório do painel intergovernamental de mudanças climáticas (IPCC), as consequências, caso a temperatura ultrapasse esse ponto, serão graves ao planeta, como extinção de 99% dos corais e recifes, de 16% das plantas, 18% dos insetos e 8% dos vertebrados, entre outros danos. Para diminuir essas consequências, duas ações são fundamentais: contenção da queima de combustíveis fósseis e a diminuição do desmatamento das florestas, grandes emissores de CO² e outros gases de efeito estufa. O desequilíbrio gerado pela ação humana na natureza faz com que seja urgente sociedade e empresas adotarem iniciativas socioambientais em seu cotidiano. Apesar de parecer pequena, toda ação tomada em prol da preservação do planeta tem impacto relevante. Para saber mais, leia os textos a seguir: ESG: o que é e qual é a importância? Saiba aqui! ESG possibilita rentabilidade para pequenos negócios inovadores
Diminuir custos com energia aumenta a competitividade das empresas e usar fontes renováveis contribui para implantar uma agenda ESG. Saiba mais sobre fontes alternativas e medidas de redução de desperdício de energia no e-book ESG, Energia renovável e eficiência energética.
A indústria da construção civil tem grandes desafios na redução de resíduos. O setor descarta cerca de 47 mil toneladas por ano em materiais provenientes de construções, reformas, reparos e demolições, como tijolos, blocos cerâmicos, concretos em geral, forros, resinas, entre outros. Startups já estão criando aplicativos para a gestão desses resíduos, contribuindo para o seu descarte adequado e ajudando a aumentar os lucros dos negócios. Pequenos empreendedores têm boas oportunidades no setor de construção civil. Nas regiões metropolitanas, por exemplo, o negócio pode até mesmo ser especializado para atender segmentos específicos, como: residencial, comercial ou industrial. Diferencial sustentável As empresas que integram conceitos sustentáveis em todos os processos têm maiores chances de sucesso no mercado. De acordo com o relatório “A Ascensão da Mídia Sustentável”, divulgado pela Dentsu International e Microsoft Advertising, 91% dos entrevistados desejam mais transparência das corporações e que sejam exemplos por meio da divulgação de ações positivas. Adotar práticas ESG (Environmental, Social and Governance) – termo que sintetiza preocupações com questões relacionadas ao meio ambiente, social e governança – também devem ser iniciativas dos micros e pequenos negócios, para que se tornem marcas responsáveis. Gestão de resíduos na construção através de aplicativos favorece lucratividade O uso de aplicativos entrou no dia a dia dos negócios e ganhou ainda mais importância com o advento da pandemia. Diante da necessidade de isolamento social, essas ferramentas trouxeram novas soluções, acessíveis nas palmas das nossas mãos. Na construção civil, diversas startups oferecem soluções para unir catadores de resíduos aos interessados em reduzir seus impactos no meio ambiente. A gestão de resíduos sólidos pode gerar lucros para a sua empresa. Um dos ganhos mais importantes é o fortalecimento da sua marca no mercado. O ambiente entre os colaboradores também pode ser beneficiado. Esses profissionais percebem que estão contribuindo com algo maior e o dia a dia no trabalho pode ser muito mais prazeroso. Além disso, com a preocupação ESG, as empresas desenvolvem processos mais eficientes e podem reduzir despesas e reaproveitar ou fazer a destinação correta dos resíduos. Mercado em ascensão Oferecer soluções para a indústria da construção civil por meio de aplicativos é outra boa oportunidade de negócios. Esse é um mercado com tendência de crescimento. E as empresas estão cada vez mais conectadas com clientes, fornecedores e um amplo público. Além de realizar e fazer chamadas de voz, os smartphones caíram no gosto do consumidor pelos aplicativos com diferentes funcionalidades. Assim como os computadores, esses equipamentos trabalham por meio de softwares, que são um conjunto de códigos que controlam o funcionamento do hardware - a parte física da ferramenta. De uma maneira geral, todo aplicativo é uma forma de software com funções específicas. Porém nem todo software é aplicativo, pois sua função mais abrangente é oferecer instruções para serem executadas pelo computador. Proteja sua criação Os empreendedores interessados em desenvolver aplicativos precisam proteger as suas criações no Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI). O registro da marca vai garantir ao proprietário o direito de uso exclusivo em todo o território nacional e inclusive pode ser estendido para mais 137 países, porque o Brasil é membro da Convenção da União de Paris de 1883 (CUP). O Sebrae pode ajudar você a conhecer melhor o potencial desse negócio. Aproveite as oportunidades e invista no seu sucesso!
ESG (Environmental, Social and Governance) é a sigla que traduz os princípios de sustentabilidade baseada em três pilares: ambiental, social e governamental. A gestão de resíduos sólidos adequada é um dos aspectos importantes para a sustentabilidade do meio ambiente. Para se ter um gerenciamento eficiente de resíduos, as empresas devem analisar o seu funcionamento produtivo, realizando um estudo sobre os resíduos gerados em cada etapa do processo de produção. A empresa deve mapear e diagnosticar como é a gestão de resíduos no estágio atual. Essa ação visa a identificar os tipos de resíduos para saber qual o melhor tratamento e destinação para cada um deles. Saiba mais no e-book ESG – Gestão de Resíduos Sólidos.
Você viu em outro artigo que um crédito de carbono é a representação de uma tonelada de carbono que deixou de ser emitida para a atmosfera, contribuindo para a diminuição do efeito estufa. Ou seja, uma tonelada de dióxido de carbono é igual a um crédito de carbono. O crédito de carbono é a moeda utilizada no mercado de carbono: empresas que possuem um nível de emissão muito alto e poucas opções para a redução podem comprar créditos de carbono para compensar suas emissões. Assim, quanto mais um país ou uma organização se empenhar para reduzir a emissão de poluentes, mais crédito consegue gerar, podendo utilizar esses créditos como moeda de negociação com outros países que não tenham alcançado suas metas de redução. O mercado de crédito de carbono no Brasil e no mundo As receitas de crédito de carbono podem gerar US$ 100 bilhões ao Brasil até 2030, de acordo com um estudo da representação brasileira da Câmara de Comércio Internacional (ICC Brasil). Estima-se que, até 2050, irá movimentar mais de USD 300 bilhões. Atualmente, o mercado de crédito de carbono voluntário é o que gera um maior retorno financeiro no nosso país. Segundo relatório da Fundação Getúlio Vargas (FGV), citando o Ecosystem Marketplace, em 2021, o volume de crédito de carbono aumentou 236% se comparado ao ano anterior. Até a próxima década, o Brasil tem potencial para suprir até 37,5% da demanda global do mercado voluntário de créditos de carbono e até 22% da demanda do mercado regulado pela Organização das Nações Unidas (ONU). Esse potencial econômico foi um dos principais motivos que estimularam a publicação do Decreto 11.075/22 sobre a regulamentação do mercado de créditos de carbono no Brasil, sendo um ponto de partida para que o Brasil tenha um mercado regulamentado até 2025. Por enquanto, o mercado europeu responde por cerca de 90% da comercialização de todo o crédito de carbono do mundo. Os principais mercados voluntários de carbono estão localizados na Índia (23,1 milhões de toneladas de CO2 equivalente), nos Estados Unidos (14,4 MtCO2e) e China (10,2 MtCO2e). O Brasil ocupa apenas a sétima posição, com 4,6 mtCO2e. Comercialização de créditos de carbono O mercado de crédito de carbono se estabelece a partir do comércio de emissões de carbono e do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL). Os projetos de MDL aprovados geram Reduções Certificadas de Emissão (RCEs), as quais podem ser negociadas com empresas, indústrias ou países que não atingem as metas de emissão de CO2. O mercado de carbono é regulado em cada país por uma legislação. No Brasil, a regulamentação é feita pelo Decreto nº 5.882, de 2006. O mercado de carbono caracteriza-se, basicamente, pela venda dos créditos de carbono entre um país que os detém, ao ter reduzido a sua emissão de dióxido de carbono, e um país que precisa reduzir suas emissões, mas não atingiu as metas. Quando se trata da venda de créditos de carbono no mercado de carbono, há dois mercados distintos e significativos para escolher. Um é um mercado regulamentado, estabelecido por regulamentos de cap-and-trade por meio de compromissos assumidos entre países, as empresas têm um limite máximo estipulado de emissões e, a partir disso, podem comprar e vender permissões. O mercado regulatório é obrigatório. Nele, cada empresa que opera sob um programa de cap-and-trade recebe um certo número de créditos de carbono a cada ano. Aquelas que produzem menos emissões do que o número de créditos que lhes são atribuídos ficam com um excedente de créditos de carbono. O outro é um mercado voluntário, em que empresas e indivíduos compram créditos (por conta própria) para compensar as emissões de carbono. Essa forma de mercado é opcional, de modo que o crédito de carbono pode ser adquirido de forma voluntária por qualquer país ou empresa interessada em reduzir a emissão de CO2. O Protocolo de Kyoto atribui a cada país um determinado padrão de emissões de crédito de carbono a cumprir. Quando uma nação emite menos CO2 do que a sua meta, pode vender os créditos excedentes para outros países que não cumprem com as metas de nível de emissões estabelecidas. A regulamentação para esses ocorre por meio de um contrato legal denominado de Emission Reduction Purchase Agreement (ERPA). Já o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo é destinado especificamente a países em desenvolvimento, que emitem créditos de carbono para apoiar iniciativas de desenvolvimento sustentável, conforme previsto no Protocolo de Kyoto. Como qualquer outra moeda, o valor do crédito de carbono também varia, sendo influenciado por questões econômicas, mercadológicas e ambientais de cada país. Os títulos de crédito de carbono podem ser negociados diretamente entre comprador e vendedor ou de forma indireta no mercado secundário regulado pela bolsa de valores. Quem quer, no entanto, entrar nesse mercado, necessita elaborar projetos, o que requer a contratação de profissionais ambientais para calcular a redução de gases do efeito estufa (GEE) gerada pelas iniciativas. Também pode haver a necessidade de uma consultoria especializada para ajudar na comercialização do ativo, já que ainda não há regras claras para o mercado brasileiro. Ficou interessado e precisa de ajuda? Contate o Sebrae mais próximo de você! E, se quiser saber mais sobre sustentabilidade, acesse os conteúdos que separamos para você: ESG: o que é e qual é a importância? Saiba aqui! e ESG possibilita rentabilidade para pequenos negócios inovadores.
Você sabia que as pequenas empresas podem adotar práticas sustentáveis, contribuindo para reduzir a emissão de gases de efeito estufa (GEEs), que é a grande vilã do aumento do aquecimento global? Toda atividade econômica gera dióxido de carbono (CO2), um dos principais GEEs. Para medir e reduzir essa produção de poluentes, existe um método chamado “pegada de carbono”. Surgida na década de 1990, a pegada de carbono (carbon footprint, em inglês) é uma metodologia que mede as emissões de GEEs. Essas emissões são geradas pelas atividades de pessoas, indústrias, empresas, governos e cidades. Elas incluem, entre outras, a queima de combustíveis fósseis, a criação de pastagem para gado, o desmatamento e as queimadas, entre outras. A importância da “descarbonização” Segundo o relatório Mudanças Climáticas 2022: Impactos, Adaptações e Vulnerabilidade, do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), da Organização das Nações Unidas (ONU) , as emissões de GEEs continuam aumentando, e os planos para combater as mudanças climáticas não são suficientes para limitar o aumento de temperatura do planeta em 1,5º C, o que poderia evitar impactos ainda mais catastróficos. Para se ter uma ideia, em 2015, foi estabelecida a meta de reduzir as emissões de carbono em 7,7% ao ano até 2030. Só que, na última década, nós só conseguimos reduzir a produção desse poluente na indústria e na queima de combustíveis fósseis em apenas 0,3% ao ano. Diante desse cenário sombrio, ninguém pode cruzar os braços. A boa notícia é que os brasileiros já estão sensibilizados com o tema. De acordo com uma pesquisa realizada nos EUA pelas agências Union & Webster, nada menos que 87% dos brasileiros preferem comprar produtos e serviços de empresas sustentáveis. Além disso, 70% dos pesquisados dizem não se importar em ter que pagar mais caro por isso. Segundo os dados do Sebrae, as MPEs representam 99% das empresas brasileiras, e elas são um grande catalisador econômico e social. O GHG Protocol e o cálculo da pegada de carbono Criado em 1998, o Greenhouse Gas Protocol (GHG) Iniciative é uma parceria entre governos, empresas, ONGs e outras entidades reunidas pela World Resources Institute (WRI), uma ONGs ambiental sediada nos EUA, e pelo World Business Council for Sustainable Development (WBCSD), uma coligação de 170 empresas sediada em Genebra (Suíça). O objetivo da iniciativa é desenvolver normas internacionalmente aceitas de monitoramento e comunicação das emissões de GHG (em português, GEE). O GHG Protocol é o método mais utilizado globalmente para este fim. O Programa Brasileiro GHG Protocol foi criado em 2008 e é responsável pela adaptação do método original ao contexto do país. Como alcançar a neutralidade de emissão de carbono na sua empresa A neutralidade de carbono ocorre quando não se adiciona nenhum equivalente de CO2 à atmosfera. Isso envolve tanto à eliminação de emissões quanto à sua compensação ou uma combinação de ambos. Evidentemente, alcançar emissões líquidas zero é mais difícil, pois envolve a eliminação de emissões indiretas de toda a cadeia de valor, incluindo fornecedores e clientes. Antes de iniciar seu processo de monitoramento e neutralização de GEEs, é necessário planejar e engajar sua equipe. Passo a passo para a descarbonização: Priorizar como estratégia da empresa a redução de emissão de GEE; Envolver todos os colaboradores e familiares neste processo; Estabelecer um programa de transição para tornar-se uma empresa carbono neutro; Mensurar e divulgar as emissões; Fazer investimentos financeiros para reduzir, mitigar e zerar as emissões; Comunicar suas estratégias a toda sua cadeia de valor; Buscar conhecimento em fontes confiáveis; Usar a tecnologia para descobrir qual é a sua pegada de carbono; Olhar para dentro do negócio e para os seus hábitos pessoais para saber o que pode ser feito para reduzir as emissões de carbono; É inútil comprar créditos para neutralizar a emissão sem mudar a cultura para as práticas sustentáveis; Engaje-se! Lideranças empresariais devem estar convencidas e envolvidas na mudança de postura rumo à descarbonização; Compense o que for inevitável. Use o mercado de carbono para neutralizar o que não foi possível evitar em emissões e apoie projetos que ajudem a zerar o desmatamento; Utilize as redes sociais para divulgar as iniciativas, além de cadastro de estabelecimentos em sites como Google Meu Negócio. Deter o aquecimento global é tarefa de todos – indivíduos, sociedade, empresas, governo –, pois, como é sabido, “não existe planeta B”.
Você, empreendedor, deve estar sempre atento às tecnologias e às inovações que o mercado oferece para o seu negócio. Atualmente, um dos caminhos com grande notoriedade empresarial é o uso da energia solar como uma alternativa sustentável para reduzir custos, melhorar a economia e não agredir o meio ambiente. De acordo com dados recentes da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), em 2022, o Brasil conseguiu ultrapassar a marca de um milhão de usuários de energia solar. Dentro desse número, o maior percentual é de usuários residenciais. Para compreender melhor o processo de energia fotovoltaica e saber como sua empresa pode atuar nesse segmento, o Sebrae preparou um artigo completo com todas as etapas desse processo. O que é energia solar e como ela funciona? De forma bem intuitiva, a energia solar é caracterizada por ter o Sol como fonte. Ela pode ser captada com o uso de alguns recursos tecnológicos, como sistemas fotovoltaicos (painéis) ou energia solar térmica (usinas heliotérmicas e aquecedores solares). A luz solar, quando captada, pode ser revertida em energia elétrica, que pode ser usada em casas ou empresas. Como implantar a energia solar na minha empresa? Para começar, você deve procurar uma empresa responsável pela prestação desse serviço e estudar quais são as possibilidades viáveis para o seu negócio. Um bom planejamento financeiro e administrativo deve fazer parte do projeto de execução. O Portal Solar, o maior portal sobre energia solar no Brasil, oferece uma plataforma que permite consultar quais são os instaladores e as empresas de energia solar mais perto de você. Principais vantagens da energia fotovoltaica Uma das maiores vantagens do sistema de energia fotovoltaico para uma empresa é a sua durabilidade. Se o seu empreendimento conta com o uso excessivo de energia elétrica, maquinários que puxam muito a rede e demais fatores operacionais, a energia solar será uma grande aliada. Apesar de a adesão ao sistema ter um custo no início, com o decorrer do tempo será perceptível uma economia significativa nas contas de luz, principalmente se a instalação for feita de forma programada pela empresa. Isso ocorre porque as distribuidoras de energia elétrica possuem um sistema de créditos que incentiva o uso de energia sustentável, o que traz um bom retorno financeiro ao longo do tempo. Retorno do investimento Para compreender melhor esse retorno financeiro, vamos entender como a conta de luz é calculada? São levados em consideração alguns pontos, como: - Medida de consumo (calculada em quilowatt-hora). - Diferença do consumo entre um mês e outro. - Bandeira tarifária (variante de cada região do país). Além desses fatores, há a variável da alta da energia, que podemos chamar de inflação energética. Esta sofre alterações de acordo com situações políticas, econômicas e naturais de cada estado (como um período de seca, por exemplo). No que diz respeito ao consumo, quanto maior for o sistema fotovoltaico, menor é o seu custo por watt, ou seja, mais rentável ele é. Como atuar no mercado? Como o setor de energia está em processo de crescimento e adesão, o mercado de energia fotovoltaica tende a crescer muito mais nos próximos anos, então atuar nesse campo pode ser bastante lucrativo. Mas talvez você se pergunte por onde começar. Para responder a essa pergunta, a primeira dica é: estudo e qualificação. Investir em uma empresa de energia solar requer que você, como empreendedor, tenha um amplo conhecimento do assunto, visto que prestará serviços para outras pessoas ou empresas. Esse ponto também é bem importante para ter uma divulgação do seu trabalho que transmita confiança, seriedade e qualidade do serviço prestado. Logo, é importante investir em cursos sobre o tema e buscar se aprofundar no seu nicho de atuação. É válido constituir parcerias com engenheiros, lojas de materiais de construção e demais setores que irão atuar de forma conjunta com a sua empresa. Considerando que existem redes franqueadoras de fornecimento de energia solar, outra alternativa para quem é iniciante nesse setor é montar uma franquia. Por ser uma rede estruturada, as vantagens incluem o nome da empresa, treinamentos e todo o suporte necessário para o empreendedor gerir o seu negócio. Sustentabilidade O sistema fotovoltaico é uma fonte de energia limpa e renovável, já que é proveniente do calor do Sol, e, por isso, não agride o meio ambiente com poluentes tóxicos. Essa tecnologia é colaborativa tanto para o empreendedor como para o crescimento do país em empresas conscientes e sustentáveis. O uso dessa energia reduz a emissão de gases poluentes, como óxidos de nitrogênio, dióxido de carbono e dióxido de enxofre, agressivos ao meio ambiente e à saúde humana. Quer saber mais sobre esse tema? Acompanhe o conteúdo do Sebrae sobre a importância da sustentabilidade nos pequenos negócios e sobre como usar a energia fotovoltaica na sua empresa. Acesse o Portal do Sebrae Energia e obtenha mais informações sobre o mercado de energias renováveis.
Gerar economia para sua empresa e, ao mesmo tempo, cumprir a legislação e ter compromisso com a sustentabilidade: essas são premissas que devem ser regra em todo negócio. Na construção civil, elas podem ser aplicadas diariamente e trazer excelentes resultados. Os resíduos sólidos da construção civil são os materiais gerados por construções, reformas, escavações etc. Argamassa, colas, tijolos, gesso, metais, resinas, rochas, fiações, compensados, blocos cerâmicos, concretos, tubulações, madeiras, forros e lajotas estão entre os mais comuns. Essas sobras apresentam forte potencial poluente e, quando não são reaproveitadas, precisam ser manuseadas e descartadas corretamente, para não prejudicar o meio ambiente. Pensando nisso, foram criadas leis e normas que padronizam o gerenciamento desses materiais. A Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), por exemplo, instituída pela Lei Federal nº 12.305/2010, combate a poluição e estabelece boas práticas para reduzir a quantidade de resíduos destinados a aterros e a Áreas de Transbordo e Triagem (ATTs). Dentre as regras trazidas pela PNRS, recomenda-se a não geração, a redução, a reutilização, a reciclagem, o tratamento dos resíduos sólidos e a disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos. Na prática, é preferível que resíduos não sejam gerados, mas, se isso não for possível, eles devem ser descartados de maneira adequada. Como utilizá-los corretamente Você, empreendedor, precisa ter em mente que os resíduos nunca podem ser vistos apenas como restos. As empresas mais inteligentes os reaproveitam de diversas formas, o que gera economia para as próximas obras. Para isso, a Resolução n° 307/2002, do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), divide os resíduos em quatro grupos: Classe A: resíduos reutilizáveis ou recicláveis, como os gerados por construções, demolições, reformas e reparos de pavimentação e de outras obras de infraestrutura. Também estão inclusos os componentes cerâmicos, como telhas, placas de revestimentos, tijolos e outros. Classe B: resíduos recicláveis para outros setores e destinos, como plásticos, papéis, madeiras, metais, papelões, vidros e embalagens vazias. Classe C: resíduos que não apresentam, até o momento, possibilidades de reciclagem ou recuperação diante das tecnologias ou aplicações atuais, já que essas não são economicamente viáveis. Classe D: resíduos que oferecem riscos pela sua composição, como tintas, solventes, óleos e outros materiais que podem contaminar ou prejudicar a saúde de quem os manuseia. Esses resíduos têm como origem reformas, reparos de clínicas radiológicas e instalações industriais, bem como demolições. Além disso, também estão inclusos nessa categoria materiais como telhas e objetos que contêm amianto ou outros produtos nocivos à saúde. É imprescindível, portanto, que se tenha o entendimento dos tipos de resíduos e de suas possibilidades, para que, a partir daí, se busque no mercado boas ideias e práticas para melhor reaproveitá-los. Para realizar reciclagem e reutilização eficiente, é fundamental que haja um planejamento no qual sejam elencados fatores como: Classificação correta dos resíduos. Organização da coleta seletiva. Mobilização e treinamento de pessoas envolvidas no processo. Planejamento do local de armazenamento. O Sebrae preparou uma cartilha completa sobre gestão de resíduos sólidos. Ela oferece o conhecimento necessário para a transformação dos pequenos negócios em direção ao novo contexto que já começou a se formar, em que empresas e consumidores são igualmente responsáveis pelo gerenciamento desses resíduos. Acesse o documento e conte com o Sebrae!
Capacitar pequenas e médias empresas fornecedoras de produtos e serviços para grandes empresas, provendo conhecimentos básicos em Compliance.
À medida em que uma empresa começa a cristalizar sua visão de sustentabilidade, torna-se fundamental adotar um conjunto de diretrizes claras que vão conferir direção aos fornecedores e colegas na empresa. A esse conjunto de diretrizes, damos o nome de Código de Conduta. Também chamado de código de ética, o código de conduta é um conjunto de regras e princípios que deverão ser adotados por todos os funcionários, colaboradores e prestadores de serviço da empresa. Ele é um instrumento que reúne os preceitos necessários para embasar comportamentos éticos, estabelecendo os parâmetros para bons relacionamentos e regras do dia a dia, orientando lideranças, funcionários e parceiros no trato com clientes, fornecedores, sócios minoritários e outros players do mercado. Os códigos de conduta são críticos para o estabelecimento e gerenciamento das expectativas, tanto de clientes como de fornecedores. Eles criam uma base compartilhada entre os profissionais de gerenciamento de suprimentos, fornecedores e outros integrantes da cadeia que oferece informações sobre sustentabilidade fundamentais para a tomada de decisões. A adoção de um código de conduta se traduz em inúmeros benefícios para as empresas, como: Melhora a comunicação interna, tanto em termos verticais como horizontais; Melhoria da imagem corporativa; Auxilia na produtividade da empresa; Evita problemas éticos dentro da companhia; Estabelece diretrizes para toda a cadeia de fornecimento da empresa; Define parâmetros sociais, ambientais e de governança; Orienta as parcerias e os relacionamentos com órgãos e governos; Mantém a empresa funcionando de acordo com a lei. Ao se elaborar um código de conduta, a empresa deve ter em mente que ele deve ser um instrumento para alcançar certos objetivos, como guiar as pessoas sobre qual deve ser a forma certa de agir, melhorar o relacionamento e o clima organizacional, criar e aumentar a vantagem competitiva de maneira saudável e elevar a produtividade e a qualidade das entregas. O código de conduta visa, ainda, a integrar gestores e equipes, fortalecer a imagem e consolidar a marca no mercado, garantir transparência nas negociações com fornecedores e, por último, mas não menos importante, atrair, encantar e reter os clientes com práticas éticas. Diretrizes para um bom código de conduta Todo código de conduta deve refletir o que a empresa representa, seus propósitos, valores, cultura e forma de operação. Pode-se utilizar de alguns exemplos e orientações para a confecção de um código de conduta, mas deve-se considerar a realidade de cada empresa e suas diversas áreas. Por isso, o processo de constituição e implementação de um código de conduta deve incluir, necessariamente, desde as lideranças até funcionários e colaboradores na base da organização. Podemos considerar certas características essenciais de um código bem feito: Precisa ser acessível para os funcionários e toda a sua rede de parcerias a partir de canais de comunicação e informação da empresa; Tem que ser claro e objetivo, com linguagem adequada e fácil de entender para o leitor, evitando termos jurídicos e técnicos; Deve refletir o cotidiano da empresa, tratar das operações do dia a dia de forma que todos os colaboradores e parceiros possam se identificar com as questões apresentadas. Relação do código de conduta com a sustentabilidade Engana-se quem pensa que basta apenas um documento escrito e assinado pela diretoria ou CEO para estabelecer um código de conduta. Suas normas são itens obrigatórios em qualquer processo de fornecimento de produtos ou serviços e devem estar internalizadas nas práticas da empresa. O código de conduta é uma prática de governança ambiental, social e corporativa (ESG, a partir da sigla em inglês) que é fundamental para o encadeamento produtivo de organizações e para a gestão da cadeia de suprimentos das empresas. As grandes empresas, em sua rede de fornecimento, condicionam os parceiros comerciais a desenvolver práticas de ESG como forma de garantir conformidade a toda a sua cadeia de valor. Por isso, o código de conduta é importante para as micro e pequenas empresas não só como instrumento de gestão e relacionamento, como também para conquistar clientes corporativos. Quer saber como elaborar o código de conduta? Veja outros artigos no Portal Sebrae sobre este tema e outros de sustentabilidade e ESG, como: ESG: o que é e qual é a importância? Saiba aqui! ESG possibilita rentabilidade para pequenos negócios inovadores Também está disponível o curso on-line ESG para pequenas empresas.
Você sabe elaborar um código de conduta? Sabe por que ele é importante para a sua empresa? é um documento que estabelece padrões de comportamento e formas de agir, de acordo com a missão, os valores e os objetivos da empresa, ele pode servir como base para as relações com clientes, fornecedores, parceiros, órgãos governamentais e outros stakeholders, fazendo parte da cultura organizacional. Independentemente do porte da empresa, criar um código de conduta é um dos primeiros passos para reforçar a integridade da empresa. Ele é essencial para garantir a transparência e o respeito às leis e normas no ambiente de trabalho. Por isso, é importante não só divulgar o documento com frequência para os colaboradores, mas também treiná-los periodicamente sobre os principais temas do código, para que conheçam a cultura e as regras do empregador. Que pontos são importantes ao elaborar um código de conduta? 1. Definir o grupo de pessoas que irá pensar o código: este grupo não deve ser muito extenso e deve contemplar a participação de lideranças, coordenadores de áreas estratégicas e colaboradores que sejam referências nos diversos setores da empresa. 2. Consultar os públicos de interesse: a consulta das partes interessadas do negócio, entre elas, clientes, comunidades, fornecedores, parceiros etc., mapeia prioridades e potenciais questões que devem ser formalizadas no termo de conduta da organização. 3. Procurar referências: não significa copiar modelos. O código de conduta deve ser um reflexo da operação e dos propósitos de cada empresa, para ajudar a analisar assuntos relevantes que devem ser tratados pela empresa. 4. Basear na lei: tomar por base expectativas sobre as normas e legislações nacionais e setoriais. No caso de empresas que fazem exportação, deve-se evitar a corrosão das leis internacionais e prevenir expectativas conflitantes para fornecedores com múltiplos compradores. 5. Redigir uma versão inicial do código: o grupo de trabalho deve definir o conjunto de normas com ajuda dos líderes de setor e redigir a versão inicial do documento. 6. Revisar e concluir o conteúdo: o código precisa de uma revisão crítica, feita por um advogado ou um consultor experiente, para adaptação da linguagem e definição do texto final. O documento já deve ter um layout definido antes da postagem. Com o documento pronto, é hora de publicar nos canais de comunicação internos e externos. Para valorizar a transparência, as empresas têm compartilhado seus códigos de conduta nos sites e redes sociais. É sempre importante revisar o código periodicamente, para mantê-lo atualizado. Nos links abaixo, estão alguns bons modelos de código de conduta: Vivara: Fundada em 1962, a loja familiar é hoje a maior rede de joalheria do Brasil, com mais de 230 pontos de vendas nas principais capitais e um vasto portfólio de produtos, entre joias, relógios, acessórios, fragrâncias. Instituto Ethos: O Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social é uma Oscip criada em 1998 por um grupo de empresários que tem a missão de mobilizar, sensibilizar e ajudar as empresas a gerirem seus negócios de forma socialmente responsável, tornando-as parceiras na construção de uma sociedade justa e sustentável. Alcoa: No Brasil desde 1965, dedicada ao desenvolvimento compartilhado e sustentável, a Alcoa trabalha em diversos elos da cadeia produtiva de alumínio desde a mineração da bauxita, ao refino da alumina produção de lingotes e pó de alumínio. Conta com mais de 7 mil colaboradores, diretos e indiretos, no Brasil. Camargo e Correa: A Construtora Camargo Corrêa, ao longo de seus 80 anos, executou mais de 500 grandes obras de infraestrutura nas áreas de energia, saneamento, mineração, óleo e gás, portos, aeroportos, rodovias, sistemas de transportes e construções industriais no Brasil e no exterior. As vantagens em se adotar um código de conduta passam pela melhoria da imagem institucional, padronização dos relacionamentos, diagnóstico de desvio de conduta e segurança. Agora, você já sabe que o código de conduta não deve ser apenas um ideal a ser seguido, precisa ser colocado em prática, como um excelente mecanismo para auxiliar no cumprimento das leis e na manutenção da integridade e da segurança de toda a empresa. ESG: o que é e qual é a importância? Saiba aqui! (artigo – 2022 atualizado em 09/02/2022): “ESG é um conjunto de políticas e práticas para melhorar a governança da empresa, bem como o seu cuidado com as pessoas e o planeta. São muitos os benefícios!” ESG possibilita rentabilidade para pequenos negócios inovadores: "Considero que nosso negócio é ESG raiz. No início, nos questionamos se estávamos muito à frente, mas hoje percebemos que estamos no caminho certo. O mundo está mudando e as empresas que não tiverem a consciência deste momento não terão espaço no mercado, pois a própria sociedade tem demonstrado que prefere negócios que aplicam ESG.”
Em geral, integridade é definida como a qualidade daquele que se comporta de maneira correta, honesta e contrária à corrupção. Em nossa sociedade, cidade ou bairro, sempre existe alguém conhecido por todos como sendo uma pessoa boa, que faz o certo, adota valores e respeita o próximo e toda a comunidade. Essa pessoa boa, honesta e íntegra é tida como um exemplo a ser seguido, como um bom amigo, ou bom parente, ou ainda simplesmente como alguém que vale a pena ser conhecido. É normal nos sentirmos bem ao lado dela. A integridade traz confiança, conforto e lealdade. Ter integridade significa dar exemplo, ter valores e adotar uma conduta correta. E não é só no campo das amizades e dos relacionamentos que a integridade tem valor: tanto para a vida pessoal ou comunitária quanto para as relações comerciais, a integridade é um bom negócio! Uma empresa íntegra atua dentro da legalidade, pautando suas atividades por valores e princípios éticos, buscando sempre defender a honestidade e impedir a ocorrência de irregularidades em seus negócios. Para que a integridade seja garantida, é recomendável que a empresa estabeleça valores, regras, mecanismos e procedimentos para orientar a atuação de seus funcionários e dirigentes, tanto internamente, quanto na relação com clientes e parceiros, com o objetivo de prevenir, detectar e sanar a ocorrência de desvios, fraudes, irregularidades e atos ilícitos praticados contra a administração pública, nacional e estrangeira. Esse conjunto de medidas adotado pelas empresas com a intenção de evitar a ocorrência de irregularidades é conhecido como programa de integridade. Integridade independe do tamanho da empresa e do ramo de atuação. Adotar uma postura correta é um dever de cada cidadão, empresa ou instituição. Ter valores e preocupar-se em combater e prevenir a ocorrência de irregularidades não depende da quantidade de funcionários ou de estar atuando em outros países; ter integridade é um compromisso com você, com sua empresa e com sua sociedade. Benefícios para quem adota medidas de integridade: Mais conhecimento sobre o seu negócio e o mercado em que atua; Melhor aplicação de recursos financeiros; Proteção: evita a ocorrência de fraudes e de irregularidades; Maiores chances de contratação; Redução de penalidades, caso a empresa seja responsabilizada com base na Lei Anticorrupção. O Sebrae realizou uma pesquisa com dois mil sócios proprietários de micro e pequenas empresas no Brasil, de 22/10 a 14/11/2018, para identificar a situação atual das MPE quanto à questão da integridade das empresas. Os principais resultados foram: Na média, apenas um pouco mais do que uma em cada três (36%) entrevistadas costuma vender para ‘grandes empresas’, o que, no mínimo indica um considerável espaço para crescimento nessa direção; Tal situação é um pouco pior no universo das microempresas (33%), mas mesmo nas EPP (48%) tal direcionamento das vendas para as ‘grandes empresas’ ainda se restringe a menos da metade desse universo; Entre as MPEs que não costumam vender para as ‘grandes empresas’, a maioria (56%) gostaria de começar a fazê-lo; A aspiração de ampliar o mercado vendendo para as grandes empresas é um pouco maior nas MEs (58%) se comparado às EPPs (49%); O conhecimento com relação à demanda de um ‘programa de integridade’ ainda é bem restrito no universo de ME e EPP, limitando-se a aproximadamente um em cada três desses entrevistados (35%); Esse conhecimento é um pouco maior (18%) junto ao perfil de EPP, mas ainda assim ambos os percentuais são ainda bastante restritos; O conhecimento com relação à responsabilização da empresa a partir de algum ato de corrupção praticado por um funcionário abarca dois em cada três empreendedores (66%); Esse conhecimento é um pouco maior (14%) no grupo das EPPs (72%), mas de qualquer forma já se trata de percentuais robustos; Atualmente, apenas uma em cada três empresas entrevistadas (33%) possui um código de ética formal, o que não deixa de ser um resultado interessante na medida em que se tratava apenas de ME e EPP; Tal situação é mais frequente no grupo das EPPs (40%), proporção 1/3 maior que o verificado nas MEs (31%). De qualquer forma, já se trata de um bom ponto de partida para uma maior disseminação e para a consolidação de programas de integridade entre as MPEs; Praticamente uma em cada duas empresas entrevistadas (46%) já realizaria algum treinamento sobre valores, condutas e comportamentos, o que não deixa de ser um resultado bem positivo na medida em que se trata de ME e EPP; Tal situação é mais frequente junto ao grupo das EPPs (52%), proporção 1/5 maior que nas MEs (44%); Atualmente, apenas cerca de uma em cada cinco empresas entrevistadas (22%) já publicou uma declaração sobre valores e compromisso, proporção bem inferior aos demais itens aqui utilizados para avaliar o nível de integridade dessas empresas; Tal situação é mais frequente no grupo das EPPs (31%), bem superior ao verificado nas ME (20%), mas de qualquer forma já seria um ponto de partida para uma maior disseminação e para a consolidação de programas de integridade entre as MPEs; O desconhecimento sobre os programas de integridade, como esperado, por se tratar de ME e EPP, é muito reduzido, tanto que mais de um em cada quatro entrevistados (26%) reconhece não ter nenhum conhecimento sobre o tema; Ainda que o desconhecimento sobre programas de integridade seja bem elevado, paradoxalmente é bem presente a percepção da importância das empresas possuírem o seu próprio; Atualmente apenas cerca de uma em cada sete empresas entrevistadas (15%) já possui o seu próprio programa de integridade; Tal situação é mais frequente no grupo das EPPs (18%), com quatro pontos percentuais acima das MEs (14%), mas de qualquer forma já seria um ponto de partida para uma maior disseminação e para a consolidação de programas de integridade entre as MPEs. Os dados acima deixam claro que o tema de integridade empresarial ainda precisa ser muito trabalhado junto às micro e pequenas empresas. Saiba mais Curso: Avaliação da gestão na propriedade rural Curso: Boas práticas como diferencial na gestão das propriedades rurais Se precisar, procure a ajuda especializada do Sebrae no seu estado. Artigo criado a partir do conteúdo do DataSebrae.
Por Cleto Paixão, analista do Sebrae em Pernambuco Hoje fala-se muito em corrupção, propinas e escândalos envolvendo grandes empresas, mas é importante ressaltar que as Micro e Pequenas também estão sujeitas à mesma lei que criou regra de conduta e determina sanções a dirigentes de empresas no país. Criada em 01 de agosto de 2013, a Lei 12.846, conhecida como Lei Anticorrupção, busca combater atos lesivos contra a administração pública, praticados por empresários de qualquer tipo de empresa. A lei foi regulamentada em 18 de março de 2015 pelo Decreto n.º 8.420, que em seu artigo 41 fala sobre o programa de integridade. Este programa estabeleceu mecanismos e procedimentos que devem ser adotados por todas as empresas tais como: auditoria, aplicação de códigos de ética, conduta e incentivos de denúncia de irregularidades. Visando a adequar esses controles, que chamamos de Compliance, as peculiaridades das Micro e Pequenas Empresas, a Controladoria Geral da União – CGU em conjunto com a Secretaria da Micro e Pequena Empresa, publicou em 11 de setembro de 2015 a Portaria Número 2.279. Esta portaria proporciona às micro e pequenas empresas parâmetros mais simples, com um menor rigor formal, mas sem perder a essência e objetivo da lei. Para que os empresários das Micro e Pequenas Empresas entendessem melhor toda essa legislação, suas finalidades e benefícios, o Sebrae, em conjunto com a CGU, lançou a cartilha “Integridade nos Pequenos Negócios”. A publicação faz parte de um programa desenvolvido pelo Sebrae, em parceria com a CGU, chamado Empresa Íntegra. Esse projeto tem como finalidade apresentar aos empresários das micro e pequenas empresas, em especial aos que negociam ou pretendem negociar com órgãos governamentais, quais são esses parâmetros da Integridade empresarial, a importância de manter os controles exigidos na Lei, assim como os benefícios que esses controles podem trazer a sua empresa. Os parâmetros são: 1. Comprometimento da direção da empresa; 2. Adoção e implementação de padrões de conduta, código de ética, políticas e procedimentos; 3. Treinamentos e divulgação do programa de integridade; 4. Registros contábeis confiáveis; 5. Controles internos que assegurem a elaboração e a confiabilidade de relatórios e demonstrações financeiras; 6. Procedimentos para prevenção de fraudes e irregularidades em licitações, na execução de contratos administrativos ou em qualquer interação com o setor público; 7. Medidas disciplinares; 8. Procedimentos que assegurem a pronta interrupção de irregularidades e correção de danos; 9. Transparência na doação a candidatos e a partidos políticos. É importante que o empresário da micro e pequena empresa entenda a importância de buscar esses parâmetros de integridade e veja isso como um investimento que poderá mitigar riscos empresariais, tais como: (Risco de Imagem, Risco financeiro e até Risco de continuidade). Esses controles vão provocar mudanças no dia a dia de sua empresa, vão levar a um melhor desempenho do seu negócio, com baixo custo e melhoria na qualidade de seus funcionários. Entenda melhor cada um desses parâmetros e como devem ser implantados em sua empresa acessando o link abaixo.
Os aspectos do compliance, um termo relativamente novo no meio corporativo, podem ser importantes ferramentas de gestão e de transparência nos negócios. O termo compliance sugere um conjunto de medidas e ações realizadas pela administração da empresa para que todas as normas internas e externas possam ser cumpridas. Além disso, essas ações têm como objetivo evitar, detectar e tratar qualquer desvio ou inconformidade. Importância do compliance No Brasil, as micro e pequenas empresas (MPEs) representam 99% dos estabelecimentos e são responsáveis por mais de 50% dos empregos formais do país. Diante desse cenário, o compliance faz-se necessário e é fundamental para a sobrevivência desses negócios. Engana-se quem pensa que o compliance é assunto, apenas, para grandes organizações. As leis são direcionadas a todas as empresas e quem não atende está sujeito a multas e penalidades, colocando em risco a evolução do negócio. Compliance deriva do verbo em inglês “comply” e significa obedecer a uma regra ou lei. O compliance pode ser entendido como uma forma esperada de resposta a uma determinada situação, seja uma lei, ordem ou solicitação. A não conformidade com a legislação também pode gerar ações judiciais, impedimento em licitações, término de parcerias e perda de mercado consumidor. Nas ações de ESG e de sustentabilidade, o compliance e a governança estabelecem a coerência entre as ações socioambientais e a política da empresa. Não é possível falar em ESG em uma empresa que não garante os direitos trabalhistas de seus funcionários, por exemplo. Como aplicar o compliance na MPE A política de compliance em MPEs deve cuidar de áreas do negócio que garantem a responsabilidade, a ética e a conformidade perante a legislação e os consumidores. Assim, questões como a tributária, fiscal, trabalhista, ambiental são responsabilidade do compliance. Além disso, o compliance das empresas deve garantir um programa de integridade, visando ao combate às ações de corrupção dentro da empresa. Importante ressaltar que o compliance não é uma teoria. Trata-se de uma ação de gestão responsável e necessária a toda e qualquer empresa, pois implementa o princípio da transparência e da credibilidade. Nesse sentido, o comprometimento dos proprietários do empreendimento é fundamental. Sem ele, nenhuma ação de compliance será internalizada na cultura da pequena empresa. Um dos primeiros passos é definir um profissional ou um grupo responsável por cuidar do compliance. Como muitas MPEs têm dificuldades financeiras para contratação de um profissional específico, uma alternativa pode ser escolher algum colaborador em nível gerencial para cuidar especificamente desses processos. O mapeamento de riscos na empresa é a etapa seguinte. Com essa ferramenta, é possível identificar áreas críticas, em desacordo com leis ou órgãos reguladores. A próxima fase é implantar processos e rotinas que precisam ser transformados para garantir uma boa política de compliance. Confira algumas dicas para que uma pequena empresa tenha eficiência no compliance! Lembre-se que o comprometimento dos sócios e lideranças deve ser a motivação central para toda a empresa. O trabalho de compliance faz parte de uma mudança de cultura e deve ser contínuo. Para saber mais, leia os textos a seguir: ESG: o que é e qual é a importância? Saiba aqui! ESG possibilita rentabilidade para pequenos negócios inovadores.
Muito se fala sobre o Revit, pois escritórios de arquitetura e engenharia já tornaram esse software padrão em seus projetos. Vale ressaltar, porém, que esse é apenas um dos softwares da tecnologia BIM. Em português, BIM significa Modelagem da Informação da Construção. Além do 3D, essa tecnologia oferece uma compatibilização de projetos dentro do escritório ou na troca de informações, funcionando como uma simulação da construção. Assim, o processo construtivo se torna cada vez mais prático se trabalhado com a tecnologia BIM, já que todos do projeto podem ter acesso a informações precisas e detalhadas, sendo esse seu ponto mais positivo. Mas o modelo BIM depende de política, processos e tecnologias. Não basta ter um modelo e uma informação, é necessário saber o que fazer com essa informação e quais processos utilizar em cada momento. Compliance, no ramo de construção civil, tem sentido de obediência, retratando o cumprimento de leis e regras com a garantia de retornos mais éticos. E quais os princípios fundamentais da ética na construção civil? Transparência; Divulgação; Confidencialidade; Confiança; Responsabilidade técnica. Saiba mais: Ouça o episódio de podcast: O que é Compliance e quais os benefícios dele na construção civil.
Governança corporativa é a gestão responsável e necessária a toda e qualquer empresa, pois traz o princípio da transparência e da credibilidade. Trata-se de?uma questão de sobrevivência e competitividade. ?Micro e pequenas empresas vendem seus produtos e serviços para grandes empresas, e estas costumam exigir um programa de conformidade de seus fornecedores (Due Diligence). Aquelas que não estão alinhadas à uma política de conformidade corre grandes riscos de perder espaço frente aos seus concorrentes. Saiba mais sobre o tema e como adequar a sua empresa às boas práticas vigentes no E-book ESG – Governança e Compliance.
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Social
Como sua empresa pode evoluir ao considerar o bem-estar dos colaboradores e da comunidade ao seu redor.
Responsabilidade social empresarial
Aprenda o que é responsabilidade social, sua importância para a qualidade de vida e o bem-estar da sociedade e os benefícios para sua empresa.
Outubro, 2025
Ter uma empresa inclusiva e diversa pode gerar melhores resultados
É preciso entender os conceitos de uma empresa diversa e inclusiva. Quando falamos sobre diversidade, estamos pensando em ambientes de trabalho que tenham uma quantidade maior de pessoas com diferentes perfis, ou seja, de raças, gêneros, idades, formações e necessidades diferenciadas. Isso quer dizer que uma empresa diversa é aquela que conta com perspectivas e vivências diferentes dentro de seu quadro de colaboradores. Já a inclusão é mais do que apenas inserir pessoas diferentes em um mesmo ambiente, é respeitar, acolher e proporcionar a essas pessoas as mesmas oportunidades e condições de desenvolvimento das demais. Uma empresa inclusiva e diversa é aquela que olha para a organização e busca formas de criar um cenário totalmente igualitário. Isso significa que não basta ter pessoas negras ou com deficiência nos times, essas pessoas também precisam ter portas abertas para crescerem e alcançarem posições de liderança, por exemplo. Investir em diversidade e inclusão é uma forma de abrir o leque para atrair talentos que, embora qualificados, muitas vezes, não têm oportunidades. Esse tipo de visão torna as equipes muito mais ricas, já que une pessoas diferentes e com perspectivas e vivências distintas. Além disso, ao oferecer as mesmas oportunidades para todos, a organização garante equipes mais engajadas e produtivas, que se sentem acolhidas e pertencentes ao ambiente organizacional e com mais motivação no trabalho. Para construir uma cultura de diversidade e inclusão, existem algumas etapas que as empresas podem seguir: Mapeie a diversidade da organização Olhar para a organização é o primeiro passo para entender como ela está em relação à inclusão e o que ainda precisa ser feito. Para isso, é importante analisar a composição de cada um dos times e, principalmente, os cargos de liderança. Estabeleça metas focadas em inclusão Um planejamento estratégico também pode ajudar em uma gestão focada na inclusão. Assim, se a análise mostra um time pouco diverso, vale a pena pensar em metas a curto, médio e longo prazos para mudar esse cenário. Revise a cultura organizacional Esse também é um bom momento para revisar a cultura organizacional, buscando incluir mais tolerância, inclusão e respeito às diferenças. Com uma cultura forte voltada para a diversidade, é possível estimular a boa convivência e alinhar expectativas e visões. Treine as lideranças e os recrutadores Os líderes são o retrato da organização e precisam ser treinados para agir com base no que ela acredita e prega. Assim, é fundamental capacitar as lideranças para que elas atuem de forma humanizada, inclusiva e flexível no dia a dia. Adapte o recrutamento e seleção Um bom processo de recrutamento e seleção é essencial para criar uma empresa inclusiva. É preciso que os processos sejam pensados de forma a acolher pessoas de diferentes realidades, com formações e vivências distintas. Respeite e valorize as diferenças A inclusão e a valorização das diferenças devem ser colocadas em prática no dia a dia da organização, e não somente nos processos de recrutamento e seleção. Por isso, pode ser interessante criar comitês de diversidade que ajudarão a pensar em ações estratégicas para cada grupo minoritário. Saiba mais: Curso: Gestão de pessoas Curso: Recrutamento e seleção: como formar um time vencedor E-book: A liderança na gestão de equipes Artigo criado a partir do conteúdo do Portal Sebrae RS
Junho, 2023
Qual é o papel da inclusão social nas microempresas
Inclusão, diversidade, engajamento, direitos humanos, relação com as comunidades, responsabilidade com os clientes, direitos do trabalhador, boas políticas e relações de trabalho são algumas das questões ligadas à letra S, que compõe a sigla ESG e significa Social. Em resumo, implementar boas práticas sociais significa cuidar das pessoas. Assim, gerar impacto na comunidade na qual as micro e pequenas empresas estão inseridas é altamente relevante. Especialmente para aquelas que possuem um grande número de clientes na vizinhança. A redução da desigualdade social passa a ser benéfica para os negócios. Quanto mais uma comunidade prospera, mais pessoas têm condições de consumir, e os negócios tendem a crescer. Diante da importância socioeconômica, as micro e pequenas empresas podem ser agentes importantes para a inclusão social e produtiva do país. Quando falamos em inclusão social nas empresas, estamos tratando de incluir pessoas com deficiências, idosos, pessoas com orientações sexuais diversas, diferentes classes sociais, etnias, nacionalidade e muito mais. Vantagens da diversidade e da inclusão social nas empresas Muitas pessoas confundem inclusão com diversidade. A diversidade diz respeito à representação demográfica de negros, pessoas com deficiências, LGBTQIA+, mulheres, entre outros. Para desenvolver a inclusão dentro da empresa, é preciso contar com diferentes colaboradores, ou seja, ter diversidade. Empresas que estimulam e praticam tanto a diversidade quanto a inclusão social têm as seguintes vantagens: Equipes mais criativas: ao unir diferentes pensamentos e culturas, as empresas proporcionam experiências que permitem a convivência e a troca de ideias, promovendo aprendizado, a criatividade e a inovação; Maior vínculo com o negócio: os colaboradores sentem-se mais atraídos e comprometidos com os propósitos da empresa. Melhor ambiente e relacionamento entre as pessoas: uma empresa inclusiva promove ações que estimulam os relacionamentos. Isso faz com que as pessoas alinhem seus objetivos pessoais com as metas do negócio. Visibilidade da empresa: empresas que promovem a inclusão social ganham mais visibilidade tanto para clientes quanto para investidores. Práticas que podem ser adotadas pelas pequenas empresas Primeiramente, a empresa deve desenvolver uma cultura de diversidade e inclusão social, ou seja, deve começar no seu ambiente interno, com colaboradores e gestores. Encontros e palestras são exemplos de ações que podem ser realizadas inicialmente. A organização deve colocar a inclusão social como parte dos valores da empresa. Ela pode ser até um indicador social, que deverá ser analisado continuamente. Além disso, é necessário revisar o processo de contratação de colaboradores da empresa e suas ferramentas de comunicação. De nada adianta a empresa estruturar um processo de inclusão social se toda a equipe estiver à margem do processo. Por isso, o terreno deve ser preparado para que as ações de inclusão sejam eficientes e permanentes. O papel do líder é fundamental. Ele deve ter uma postura transparente e acolher culturas e contextos sociais diferentes. O passo seguinte é ter um plano estruturado. Para isso, deve-se elaborar um processo de seleção e contratação inclusivo, cuidando de requisitos e linguagem de comunicação. Outro ponto interessante é pensar e planejar um espaço de trabalho inclusivo a todo tipo de pessoas, verificando estrutura, mobilidade nas salas, banheiros, elevadores. Lembre-se que a inclusão deve ser permanente e não pontual. Trata-se de um processo e de uma mudança de cultura organizacional. Por isso, as práticas sociais devem estar atreladas ao propósito e às estratégias do negócio. Para saber mais, leia os textos a seguir: ESG: o que é e qual é a importância? Saiba aqui! ESG possibilita rentabilidade para pequenos negócios inovadores
Novembro, 2022
Empresas e Direitos Humanos – Diretrizes para uma agenda responsável
Uma política de direitos humanos nas empresas, sejam grandes, médias ou pequenas, é essencial para garantir sua competitividade em tempos de consumidores mais engajados com causas sociais e ambientais. Os temas ligados a sustentabilidade, por meio da agenda ESG (Environmental - Meio ambiente; Social; Governance - Governança), vêm ganhando relevância no contexto empresarial, sendo que, a pauta dos direitos humanos é uma das dimensões mais sensíveis. Saiba mais no e-book Empresas e Direitos Humanos – Diretrizes para uma agenda responsável.
Julho, 2023
Diversidade e inclusão nas empresas: porque isso é importante!
Desenhar uma estratégia em que a diversidade e a inclusão sejam catalisadores para mais inovação e melhores resultados ainda não é transversal a todas as empresas Existem pessoas pretas, pardas, orientais, acima de 50 anos, com deficiência… todas elas podem ser produtivas e gerar riqueza para as empresas. Antes de entender como adotar estratégias para ter uma empresa mais inclusiva e diversa, é importante saber a diferença entre os termos diversidade e inclusão. Promover a diversidade significa inserir no ambiente de trabalho uma quantidade maior de diferentes tipos de profissionais, ou seja: pessoas de raças, etnias, gêneros, idades, formações, entre outras características, distintas. Após promover a diversidade dentro do espaço organizacional, a empresa pode e deve ir além disso: promover a verdadeira inclusão dessas pessoas. Isso significa garantir que todos ali terão as mesmas oportunidades e condições de desenvolvimento. De acordo com uma pesquisa da organização McKinsey & Company, empresas com diversidade étnica e racial no quadro de colaboradores têm 35% mais chances de conseguir rendimentos acima da média do seu setor. O estudo também mostrou que as companhias com mais diversidade de gênero possuem 15% mais chances de ter rendimentos acima da média. Investir em diversidade e inclusão é uma forma de abrir o leque para atrair talentos que, embora qualificados, muitas vezes não têm oportunidades. Esse tipo de visão torna as equipes muito mais ricas, já que une pessoas diferentes e com perspectivas e vivências distintas. Além disso, ao oferecer as mesmas oportunidades para todos, a organização garante equipes mais engajadas e produtivas, que se sentem acolhidas e pertencentes ao ambiente organizacional e com mais motivação no trabalho. Vale lembrar que a inclusão e a diversidade são assuntos cada vez mais em alta. Por isso, empresas que têm esse posicionamento e lutam por uma sociedade mais justa têm uma melhor reputação no mercado, o que traz um diferencial competitivo e impacta na atração e retenção de talentos. É importante destacar que quando falamos sobre pessoas com deficiência, a contratação vai além de boas práticas, pois ela é prevista em lei. A legislação prevê a obrigatoriedade da destinação de 2% a 5% das vagas para PCDs em empresas com mais de 99 funcionários. As diferenças promovidas por meio da multiplicidade no ambiente de trabalho quebram paradigmas e aumentam o potencial da sua empresa para atender a todos os públicos e demandas. Além disso, as seguintes vantagens são percebidas: Diferencial competitivo nos processos de R&S Cada vez mais, os profissionais escolhem atuar em empresas que estejam alinhadas com os seus valores, visões de vida e que tenham compromisso com o desenvolvimento de ações para um mundo melhor. Estar atento à promoção da diversidade e da inclusão é, também, abrir o leque para atrair talentos e profissionais ainda mais qualificados e abertos à troca de experiências e da percepção de realidades diferentes das suas. Equipes mais produtivas Grande parte do nível de produtividade dos colaboradores vem da motivação no trabalho e do quanto eles se sentem engajados com a empresa. Por isso, quando eles sentem-se pertencentes e acolhidos no ambiente organizacional, a tendência é que a produtividade seja ainda melhor. Melhores oportunidades de negócios Quando uma empresa está atenta à importância de ser mais diversa e inclusiva, mais pessoas se sentem representadas pela marca e isso é uma porta de entrada para realização de novas parcerias com diferentes tipos de stakeholders. Para ter uma empresa mais inclusiva e diversa, podem ser adotadas as seguintes medidas: Você já sabe que o colaborador deve ser avaliado pela sua performance e seu potencial profissional e nada além disso, certo? Mas, como colocar isso em prática, já que a teoria não é suficiente para mudar a realidade da instituição? Veja algumas dicas! Mapear a diversidade da empresa Olhar para a organização é o primeiro passo para entender como ela está em relação à inclusão e o que ainda precisa ser feito. Para isso, é importante analisar a composição de cada um dos times e, principalmente, os cargos de liderança. Estabelecer metas e indicadores focados em inclusão Ao identificar a equipe e o que precisa ser feito para aumentar a variedade de oportunidades, utilize recursos que poderão ajudar nesse processo, como o People Analytics, ferramenta essencial para coletar e mensurar dados dos colaboradores. Revisitar a cultura organizacional Estimular a cultura da tolerância e da boa convivência entre as diferenças. Para isso, proponha ações que ajudem as pessoas a entenderem os desafios que as diferenças geram no ambiente de trabalho, pois isso ajuda a reduzir os conflitos internos. Treinar os líderes Inserir essas mudanças na empresa também inclui o treinamento dos líderes, afinal eles são o retrato da organização para os colaboradores. Desenvolver materiais e projetos focados nesse compromisso Após treinados os líderes, é hora de colocar a cultura da diversidade em prática no dia a dia da empresa, e para isso é preciso investir em treinamentos para os times. Adaptar o processo seletivo Uma das principais formas de tornar uma empresa mais diversa e inclusiva é ter atenção ao processo de recrutamento e seleção, e isso acontece por diversos motivos. Entre eles está a possibilidade de a empresa contratar pessoas de mente aberta e dispostas a atuar em um ambiente diverso e sem preconceitos. Se precisar, procure a ajuda especializada do Sebrae no seu estado. Consulte também os artigos Ter uma empresa inclusiva e diversa pode gerar melhores resultados e Inovação Social não é o mesmo que Empreendedorismo Social. Artigo criado a partir do conteúdo do Podcast Negócio que eu quero – Ep. 22: https://open.spotify.com/episode/3wSgU8t4ZmSRZav3LYXtlu?si=b3669b7f95fc43d7&nd=1
Junho, 2023
Como promover uma cultura de diversidade e inclusão na sua empresa
Durante suas ações de marketing digital, é importante que seus clientes se sintam e se vejam refletidos em seu empreendimento. Sentir-se reconhecido e validado por uma empresa permite que potenciais parceiros, colaboradores e clientes saibam que são bem-vindos no seu negócio. Com estratégias de marketing inclusivas, você pode transmitir esse sentimento de inclusão e de aceitação das diferenças. O marketing inclusivo atua com a diversidade, prioriza a acessibilidade e realiza ações de responsabilidade social que fazem com que sua empresa se destaque da concorrência. Atualmente, os consumidores priorizam empresas com valores alinhados aos deles. Por isso, o marketing inclusivo é tão importante para o sucesso dos negócios. Seja a indústria da beleza ou um varejo, é preciso mostrar que seu produto ou serviço atende aos desejos e às necessidades do cliente. Adotar a diversidade e a inclusão como princípio ajuda as marcas a se conectarem com os potenciais clientes. A responsabilidade social corporativa deve ser promovida desde o propósito da marca, que precisa estar relacionado ao que a marca vende ou fornece. Não se trata, apenas, de uma tática de marketing isolada. A responsabilidade social corporativa deve ser incorporada à imagem, processos e práticas da sua empresa. Por exemplo, sua empresa pode criar um programa que estimula a criatividade das crianças, posicionando pais e professores como parceiros no processo de aprendizagem. Essa é uma ação diferente de, simplesmente, comprar lápis para alunos de determinada escola. Público-alvo Saber quem é seu público-alvo é fundamental. Evite assumir que eles são padronizados, fisicamente aptos ou que todos pertencem a um grupo demográfico ou cultura específica. Pesquise e compreenda alguns pontos a respeito do seu público-alvo: O que os torna únicos; Apoie sua diversidade para a inclusão; Pense em suas necessidades; Faça seus consumidores sentirem que sua marca realmente os respeita. Desta forma, seu público sente-se especial e valorizado. Consequentemente, isso amplia o impacto das mensagens da sua marca. Utilize a linguagem adequada A implementação de uma estratégia de marketing inclusiva requer o uso de uma linguagem culturalmente sensível. Seja nas campanhas de marketing de mídia social ou no conteúdo do seu site, a linguagem inclusiva é fundamental para conectar-se com um público mais diversificado. Algumas expressões podem ser ofensivas e depreciativas para alguns de seus clientes em potencial. Além disso, tome cuidado com o uso de metáforas, pois elas podem ser específicas de uma cultura e nem sempre são compreendidas universalmente. Portanto, faça uma pesquisa para não cometer ofensas e afastar os seus potenciais clientes. Evite estereótipos Inclusão é reconhecer que seus consumidores são únicos e têm suas próprias opiniões, crenças e atitudes. Não importa o que eles vestem, como eles se parecem ou como eles falam. É preciso evitar fazer julgamentos rápidos e categorizar as pessoas em grupos. Contrate uma equipe diversificada É importante definir uma cultura diversificada e inclusiva para que você não tenha pessoas com a mesma mentalidade, com uma perspectiva singular ou educações idênticas. A diversidade cultural é fundamental para a inovação, para a geração de novas ideias e soluções. Encontre novos insights e perspectivas pesquisando seu público e entrevistando clientes. Você pode usar seus dados para explorar tendências. Isso garante que você não esteja, simplesmente, comercializando seu produto ou serviço para aqueles que se enquadram em personas restritas de comprador. Trabalhe realmente pela diversidade e inclusão e promova ações reais, com impactos diretos nos seus consumidores, colaboradores, fornecedores e a comunidade que interage com sua empresa. Lembre-se que desenvolver e promover uma cultura inclusiva como prioridade da marca é uma expectativa do cliente. Assim, as empresas que acompanharem essa tendência farão a diferença e terão sucesso. Artigo escrito a partir do texto do Sebrae-PR, Comunidade Sebrae: Diversidade e inclusão no marketing Aproveite os cursos do Sebrae:Crescimento planejado e orientado para resultados Inovação e possibilidades de crescimento
Agosto, 2025
A gestão do clima organizacional aplicada ao pequeno negócio
O salário e o pacote de benefícios que você oferece aos empregados da sua empresa não são suficientes para retê-los? Com frequência, você perde empregados para seus concorrentes? Há conflitos no seu ambiente de trabalho? A produtividade está baixa? Certamente, esses são alguns problemas que os empresários de pequenos negócios enfrentam no dia a dia. Como atuar para amenizar o turnover e o clima de trabalho hostil e pouco produtivo? É bom lembrar que nem sempre as pessoas são motivadas somente pelo aspecto financeiro. Abraham Maslow foi um dos estudiosos que abordou o tema. Segundo ele, o ser humano tem um conjunto de necessidades hierarquicamente organizadas que devem ser “escaladas” nível a nível até atingir a autorrealização. As cinco necessidades organizadas numa pirâmide são: fisiológicas, de segurança, sociais, de autoestima e de autorrealização. Por isso, a teoria recebeu o nome de Pirâmide de Maslow. Outros teóricos também trataram o tema a partir de diferentes pontos de vista, como Frederick Herzberg, cuja teoria dos dois fatores procurou estudar o comportamento e a motivação das pessoas sob dois aspectos (motivacionais e higiênicos), e McClelland, que identificou três necessidades motivacionais (necessidade de realização, de afiliação e de poder). Seja qual for a teoria adotada, no fim fica uma lição: seres humanos são motivados por diferentes necessidades, que podem ser mais ou menos dominantes em um espaço de tempo. E, graças a isso, o pequeno empresário tem chances de reter o empregado ao propiciar um bom clima organizacional.
Dezembro, 2023
Tendências para os negócios: marketing e propósito social
Nos últimos anos, estratégias de advocacy têm sido muito utilizadas por marcas. A nova relação que estabelecemos com as informações, com o avanço das redes e das tecnologias de comunicação, também mudou a forma como vemos e interagimos com as marcas, o que exigiu novas estratégias das empresas. No novo paradigma, marca tem menos a ver com a obtenção de uma vantagem competitiva e mais a ver com posicionamento; menos a ver com a divulgação unidirecional de uma imagem controlada e mais a ver com diálogo e construção participativa com o público (Laydler-Kylander e Stenzel, 2014) – que, por sua vez, valoriza, cada vez mais, não apenas a qualidade do produto e serviço da empresa, mas sua responsabilidade e seu posicionamento social, o que tem impulsionado as marcas para a busca pelo engajamento. Para se ter uma ideia, a Natura foi uma das principais precursoras do discurso engajado no Brasil. A partir de crenças que compõem sua essência, a empresa construiu atributos relacionados à sustentabilidade, cuidado com as relações e beleza livre de estereótipos, que se transformaram em causas que orientaram a comunicação e venda de produtos e serviços (Cause, 2016). O ambiente empresarial atravessa grandes transformações. O contexto da globalização e a concorrência cada vez mais acirrada por determinada fatia de consumidores no mercado têm potencializado essas transformações e causado rupturas em modelos de gestão até então tradicionais. O marketing, por exemplo, é uma dessas áreas que vem se reinventado ao longo do tempo. Philip Kotler, professor e consultor em marketing, considerado o maior especialista na área, descreve as etapas de evolução que o marketing vem atravessando ao longo do tempo. Em resumo, essas etapas de transformação do marketing podem ser descritas da seguinte maneira: Marketing 1.0: Ações e estratégias mais focadas no produto, na venda e no lucro. O objetivo era padronizar e ganhar escala; Marketing 2.0: Ações e estratégias mais focadas no consumidor. Em vez de apenas querer vender, as empresas começam a perceber as necessidades dos clientes, buscando sua satisfação e retenção; Marketing 3.0: Ações e estratégias focadas em valores. O objetivo é ir muito além da venda que satisfaça e retenha o consumidor, é preciso conquistar e engajá-lo em um propósito maior. Marketing 4.0: Surgimento de tecnologias digitais, como inteligência artificial, big data e realidade virtual. As ações utilizam a tecnologia para gerar valor para os consumidores. Marketing 5.0: É a consolidação da tecnologia digital. O marketing digital passa a ser orientado por dados, é preditivo, contextual e mais ágil. As ações utilizam tecnologia, mas com foco no bem-estar das pessoas. Marketing social E a sua empresa, costuma praticar qual tipo de marketing? Já não é de hoje que sabemos que o consumidor está muito mais consciente, especialmente, informado sobre o que acontece no mundo dos negócios. No entanto, esse mesmo consumidor vem dando atenção também a temas da agenda social das organizações, como por exemplo, sustentabilidade, diversidade, mobilidade urbana, poluição, entre outros. Com um cliente cada vez mais informado, fica cada vez mais evidente a importância de estabelecer relacionamentos baseados na confiança, na lealdade e no propósito. Se a sua empresa mantém relacionamentos desleais, sem transparência, antiéticos e de natureza mercenária com seus clientes, saiba que seu negócio está fadado ao fracasso e será engolido pelo mercado. Deste modo, as ações de marketing social contribuem para a promoção da imagem da empresa. Segundo Kotler, marketing social é um processo que aplica princípios e técnicas para criar valor, comunicar e entregar valor de forma a influenciar comportamentos do público-alvo que beneficiem a sociedade (saúde pública, segurança, meio ambiente e comunidades) assim como o próprio público-alvo. Entretanto, construir esse caminho não é tarefa fácil. Quando falamos de propósito, engajamento e marketing social é fundamental ter: Consistência; Coerência; Regularidade; Ações de longo prazo. O empreendedor necessita acreditar em seus princípios, selecionar ações e direcionar esforços que deem autenticidade à sua empresa e às pessoas que nela trabalham. É muito importante focar em ações que reforcem a identidade da sua marca. Assim, as ações de marketing social vão se tornando mais um diferencial competitivo da empresa no mercado e uma obrigatoriedade para os que querem entrar e manter-se no mercado. Existem basicamente três etapas para compartilhar valores e um propósito que sejam positivos para os clientes: Identificar os valores do consumidor e da própria empresa; Mapear as causas sociais e/ou criar algo novo que permeie esses valores; Escolher uma ou mais causas e dedicar-se a ela(s) com objetivos claros de curto, médio e longo prazo. Iniciativas bem sucedidas #LikeAGirl: A campanha da Always mostra a força das mulheres que praticam esportes. A marca de absorventes, da Procter & Gamble, propõe reforçar a confiança das garotas no quesito esportes. A campanha prega que as garotas continuem praticando esportes e não deixem que a sua confiança seja abalada por puro sexismo. Assim, busca mais uma vez tirar o estigma de fraqueza comumente associado a comportamentos "de garota". O vídeo da campanha começa com algumas meninas, de diferentes idades, desabafando sobre os preconceitos que já sofreram dentro do mundo do esporte simplesmente pelo fato de serem mulheres. A campanha da Always reforça a conexão que existe entre a causa, a marca e seu público. O que seus clientes procuram é relacionamento e interação. As redes sociais facilitam esse processo de troca entre empresas e consumidores, mas é imprescindível que seus clientes compreendam o valor para manter contato com a sua empresa. O marketing social também contribui para a mudança de processos internos na empresa, uma vez que essas ações externas precisam estar enraizadas à identidade da empresa. Ações de marketing social que usam do “oba oba” ou “temas da moda” para aumentar as vendas ou aumentar a participação de mercado, não passam credibilidade e são facilmente desmascaradas pelos consumidores. A cerveja Skol, da Ambev, iniciou um trabalho interno que investigou processos que poderiam estar ultrapassados e que, naturalmente, vinham impactando nos resultados comerciais do produto. A Skol assume o passado machista e ressalta a importância de evoluir. A empresa iniciou um trabalho interno que investigou processos que poderiam estar ultrapassados. Segundo a diretora de marketing, Maria Fernanda Albuquerque, esse trabalho resultou em mudanças em diversas frentes corporativas: contratações, políticas de igualdade em cargos e salários, e criação de grupos de afinidades, como o comitê LGBTQIA+. A grande vantagem de trabalhar o marketing social nas empresas é a conquista do cliente, sobretudo o engajamento dele nas ações de promoção da marca. As empresas que hoje já praticam o Marketing 3.0, com ações de responsabilidade social aumentam sua capacidade de gerar impactos positivos na sociedade e passam a realmente executar o marketing social. Um belo exemplo de campanhas que geram impactos positivos para a sociedade é realizada pelo McDonalds todos os anos. A campanha McDia Feliz do McDonald 's apropriou-se da causa do câncer infantil para envolver seus clientes e a população como um todo. No último sábado de agosto, as vendas do Big Mac, um sanduíche do cardápio, são revertidas em doações a instituições que trabalham na melhoria da vida de crianças com câncer. A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (Correios) também realiza campanhas de marketing social. A mais conhecida delas é a campanha Papai Noel dos Correios. Realizada anualmente de novembro a dezembro, a campanha Papai Noel dos Correios acontece há mais de 20 anos e já é uma das maiores campanhas de marketing social do Brasil. Focada em crianças em situações de vulnerabilidade social, ela conecta as cartas infantis para o Papai Noel a pessoas dispostas a presenteá-las na data comemorativa. Além dos presentes em si, as 28 diretorias regionais dos correios envolvidas no projeto, auxiliam as crianças a redigir as cartas, endereçando corretamente as correspondências para que não haja falhas nas entregas e incentivando as crianças a escrever corretamente. A campanha não apenas cumpre a meta de responsabilidade social da empresa, como envolve toda a sociedade, promovendo solidariedade e cidadania. Mix de marketing social As ferramentas (Mix de Marketing) de marketing para realizar campanhas de marketing social são as mesmas do marketing tradicional. A diferença é que o marketing social necessita ser ajustado para levar em consideração o propósito. Geralmente, o que compõe as ferramentas de marketing do Marketing Social são: Produto: normalmente, não é algo tangível. O marketing social vende a mudança de comportamento em relação a algum problema. Preço: também não é algo simples. Aqui o empreendedor deve considerar o custo (social e emocional) do produto, que é a mudança de comportamento. Praça: você precisa ir até onde o seu público está e comunicar sua mensagem. Promoção: é preciso conhecer o público que deseja atingir e quais os melhores canais para utilizar, sobretudo, ser criativo na forma de promoção da campanha. Públicos: são todos que você deseja afetar com a mudança de comportamento. Pode ser o público interno da empresa, o público externo etc. Parcerias: este item é muito importante para o sucesso do marketing social da empresa, pois dependendo do propósito, do problema a ser resolvido e da mudança de comportamento que sua empresa queira provocar, ela vai precisar de parceiros. Políticas: as políticas (governamentais e organizacionais) podem acelerar a mudança de comportamento do seu público-alvo. Recursos: os parceiros podem ser os financiadores da sua campanha. Apesar de o marketing social trabalhar basicamente as mesmas ferramentas que o marketing tradicional, é possível trabalhar ações de marketing social em campanhas criativas, inteligentes e ousadas também, por exemplo, o caso da empresa provedora de internet da África do Sul, MWEB. A África do Sul está entre os países com as maiores taxas de soropositivos do mundo, e a grande quantidade de campanhas contra o HIV já não surtem o efeito esperado junto à população. Pensando em chamar a atenção do público para o assunto, o provedor MWEB lançou sua campanha de marketing em 1º de dezembro, Dia Mundial Contra a AIDS, disponibilizando conexões desprotegidas de Wi-Fi em 4 grandes shoppings do país a fim de surpreender as pessoas. Quando alguém tentava se conectar uma página se abria com a mensagem “não se arrisque, evite conexões desprotegidas. Para Wi-Fi seguro, conecte-se com a MWEB” Portanto, o marketing social e o propósito de marca são um estímulo que pode renovar e empoderar a sua empresa. Como vimos no início, as empresas que são motivadas pelo propósito já praticam o marketing 3.0, passam a ter novos significados para seus stakeholders (clientes, colaboradores, fornecedores, parceiros e sociedade). Assim, se você pretende construir uma empresa sustentável e produtiva, busque identificar seu propósito e finalidade e faça o marketing social trabalhar a seu favor. Uma maneira simples é descobrir o que você, empreendedor, realmente representa. Autor: Italo Ribeiro. MBA em Marketing pela FGV e especialista em Gestão de Negócios pelo IBMEC. É analista técnico do Sebrae Nacional.
Setembro, 2022