A definição de um valor quantificável para a comercialização de serviços e de bens: isso é o que, resumidamente, conceitua a precificação. Saiba mais aqui!

A precificação pode ser entendida como uma atividade na qual um empreendimento define o valor que será cobrado do público pelos serviços e/ou produtos comercializados. Nesse processo, diversos dados embasam a determinação, como a margem de lucro projetada e os custos com os quais se deve arcar para a manutenção da operabilidade.
Nesse sentido, a formação de preços é, incontestavelmente, fundamental para as organizações, independentemente do nicho de atuação e do porte. Afinal, esse fator não somente tem uma relação direta com a saúde financeira corporativa, mas também pode exercer uma grande influência sobre o quão competitiva a sua marca será no mercado em relação às demais que atuam no mesmo segmento.
Então, considerando a relevância da temática, nós elaboramos este post. O nosso objetivo é explicar por que é tão relevante fazer corretamente a precificação, descrever os principais métodos utilizados para isso e elencar algumas dicas-chave para que você, empreendedor, coloque em prática no seu negócio. Continue a leitura e informe-se!
O que, afinal, é a precificação e por qual razão ela é tão relevante?
A precificação, como brevemente mencionado, é um processo no qual se determina o valor de venda de um serviço e/ou de uma mercadoria, de modo que, para tanto, se faz necessário avaliar o micro e o macroambiente. Dessa maneira, além das análises realizadas acerca do mercado de atuação e da própria organização, é importante monitorar os preços praticados no setor e a sua correção proveniente de variantes diversas — sobre as quais, na maior parte dos casos, o empreendedor não exerce qualquer controle.
A partir dessa compreensão, já se torna claro que essa é uma atividade contínua e que demanda uma frequente "revisitação". Afinal, é imprescindível que os preços estejam sempre condizentes com o cenário, tanto interno (em conformidade com as demandas da operação) quanto externo.
Essa cautela nada mais é do que um reflexo da relevância dos preços do que é comercializado, haja vista que eles representam o valor daquilo que você produz diante do público, assegurando a saúde financeira do negócio e a sua longevidade.
A diferença entre valor e preço
Antes de nos aprofundarmos nas características principais de alguns dos métodos de precificação, é importante esclarecer um ponto que comumente gera confusão: a diferença entre preço e valor. No senso comum, é muito frequente que ambos os termos sejam vistos como sinônimos, mas a verdade é que eles têm significados bastante distintos.
O preço, em suma, representa o valor variável cobrado em uma negociação entre um consumidor e um estabelecimento. A sua determinação, via de regra, ocorre a partir de cálculos matemáticos que levam em conta alguns elementos, como todos os recursos despendidos na produção e a soma desses valores à margem de lucro previamente definida.
O valor, por outro lado, está mais associado à percepção que o público-alvo tem no que tange ao seu serviço e/ou produto. Ou seja, relaciona-se com os benefícios que os clientes em potencial — ou prospects — veem no que você comercializa e com o quanto eles estão dispostos a pagar para acessá-los.
Nesse contexto, é possível afirmar que a distinção mais expressiva reside na tangibilidade. Isso porque o preço se refere a um valor tangível e que pode ser determinado com o cálculo do lucro que se almeja ter e dos gastos internos que foram custeados pela empresa para viabilizar a oferta do item/serviço no mercado. O valor, contudo, já é intangível, já que está relacionado a elementos não quantificáveis, como a ideologia da companhia, a confiança conquistada, a representatividade etc.
Quais são os 2 métodos populares de precificação e as suas características principais?
Inicialmente, é essencial ter em mente que a formação ideal dos preços é extremamente importante porque um valor cobrado muito reduzido provavelmente prejudicaria o seu negócio, mas, em contrapartida, um valor demasiadamente elevado afastaria possíveis consumidores. Por essa razão, é altamente recomendável recorrer a métodos de precificação de eficácia já reconhecida, entendendo como utilizar cada um deles. Para ajudá-lo nessa missão, nesta seção, focaremos em três dos mais populares.
1. Markup
A precificação pode ser determinada por meio do markup, que se trata de uma metodologia com o potencial de definir os valores de comercialização com base nos custos variáveis e fixos. Nesse cálculo, é viável a inclusão de margem de lucro, de impostos, do aluguel do espaço no qual se localiza o estabelecimento, dos salários pagos aos integrantes do quadro de pessoal etc.
O principal propósito, nesse caso, é identificar um preço que cubra todas essas despesas e ofereça também o lucro projetado. Então, o multiplicador utilizado sobre tais custos não equivale à margem de lucro real, mas somente a uma estimativa. A fim de encontrar esse índice multiplicador, é necessário seguir a fórmula:
Markup = 100/[100 - (DV + DF + LP)]
As siglas se referem a:
- DV — a porcentagem das despesas variáveis;
- DF — a porcentagem das despesas fixas;
- LP — a porcentagem do lucro desejado.
No entanto, é interessante lembrar que, nesse cálculo, os valores praticados pelos concorrentes não são levados em conta. Portanto, pode ser interessante combiná-lo com outro método. Além disso, o desafio desse formato é a identificação do "lucro desejado" pelo empreendedor, haja vista que essa variável não pode desconsiderar o mercado.
2. Margem de contribuição
A precificação de mercadorias com base somente na margem de contribuição pode apresentar uma precisão maior em relação aos gastos do negócio. Nesse contexto, a margem de contribuição representa, em percentual, o valor de contribuição aos "gastos do negócio", abrangendo o preço de venda (PV), os impostos (I) e o preço de compra (PC) no cálculo, de modo que:
PV - PC - I = MC
A margem de contribuição aponta, então, o lucro bruto, do qual são retiradas as despesas fixas para a obtenção do lucro líquido.
Quais são as dicas-chave para uma boa precificação?
A precificação bem-feita implica uma série de vantagens a serem percebidas pelo empreendedor, como:
- um controle maior dos resultados, já que, ao prever a lucratividade, o empresário consegue traçar estratégias mais acertadas;
- a otimização dos processos, já que são feitos cálculos e análises em todas as etapas;
- um melhor aproveitamento do nicho de mercado, já que se torna viável oferecer o que o público espera, atendendo às suas expectativas (inclusive no que diz respeito ao preço cobrado pelos produtos ofertados) etc.
No entanto, a verdade é que somente é possível desfrutar de benefícios como esses quando o empreendedor, de fato, aplica as melhores práticas para a definição dos preços, considerando, nesse caso:
- o levantamento das despesas variáveis e fixas, avaliando os recursos empregados para que, ao final, a mercadoria esteja disponível para o público-alvo no mercado;
- a análise dos concorrentes e do setor de atuação, não com o intuito de replicar as estratégias, mas, sim, de entender o que eles vêm fazendo e o quão receptivos os consumidores têm sido;
- a definição da margem de lucro, com a ciência de que é necessário cobrir os custos, mas também assegurar a sobrevivência do empreendimento;
- a identificação da metodologia de precificação mais adequada, seja a Curva ABC, seja o markup, seja a margem de contribuição etc.;
- a manutenção do foco no cliente, buscando satisfazer ao máximo as suas necessidades e levando em conta as suas preferências para a determinação dos preços.
Neste material, você conheceu 3 métodos de precificar o seu produto e/ou serviço. Contudo, é válido destacar que existem diversas outras metodologias que podem ser consideradas, a depender do seu segmento de atuação, do tipo de público ao qual você atende, do que você oferece ao mercado etc. O mais importante, contudo, é lembrar-se de que esse processo é indispensável e exige extrema atenção, afinal, é determinante para assegurar a saúde financeira do seu empreendimento e, mais do que isso, a sua longevidade.
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Após reunir tudo, agende uma conversa direta com o gerente do banco ou consulte plataformas digitais dessas instituições, pois vários editais permitem inscrição online. Durante a análise, esteja preparado para apresentar relatórios de viabilidade e responder dúvidas sobre prazos, metas e indicadores ambientais. Por fim, acompanhe de perto o andamento do pedido e mantenha contato aberto com a instituição. Muitas linhas de crédito contam com acompanhamento técnico, consultorias parceiras ou exigem prestação de contas periódica. Esse acompanhamento ajuda a ajustar o projeto conforme avança e fortalece a relação com quem oferece o recurso. Os benefícios do crédito verde para pequenos negócios O crédito verde tem um grande potencial de trazer benefícios reais para os pequenos negócios. Nos próximos tópicos, apresentaremos os principais. Continue lendo! Facilidade para conquistar crédito com melhores condições Pequenas empresas que buscam esse tipo de financiamento notam mais oportunidades para negociar taxas acessíveis. O crédito verde geralmente oferece prazos de pagamento mais longos, o que reduz a pressão sobre o caixa. Bancos e instituições costumam analisar com mais interesse propostas ligadas à sustentabilidade, pois sabem que esses projetos trazem impacto positivo para toda a sociedade. Portanto, investir em iniciativas ambientais pode ser um caminho direto para acessar recursos sem burocracia excessiva. Valorização no mercado e fortalecimento da imagem Empreendimentos que se conectam à economia verde acabam ganhando destaque em setores que estão cada vez mais exigentes. Muitos fornecedores e clientes preferem fazer negócios com quem demonstra responsabilidade ambiental. Isso amplia a rede de contatos, abre portas para parcerias inéditas e posiciona a marca como referência dentro do segmento. Em alguns casos, a reputação ganha força até mesmo diante de investidores que buscam empresas comprometidas com resultados de longo prazo. Redução de custos operacionais no médio e longo prazo Ao implementar tecnologias limpas e processos sustentáveis, pequenas empresas enxergam queda real nos custos do dia a dia. Com o tempo, a conta de energia diminui, o desperdício de matéria-prima cai e o consumo de água fica sob controle. Essas mudanças aliviam o orçamento e permitem que o gestor foque em novos projetos, sem sustos inesperados nas despesas. Quem começa hoje sente o impacto no caixa já nos primeiros meses. Aumento do potencial de inovação Buscar soluções sustentáveis exige criatividade e vontade de inovar. O crédito verde cria um ambiente favorável para testar ideias e desenvolver produtos diferentes. Muitas vezes, pequenas empresas descobrem alternativas para desafios antigos, impulsionando a produtividade. Essa abertura para o novo traz melhorias que podem virar diferencial competitivo no mercado e ainda inspirar outras empresas do setor. Acesso a novos mercados e clientes Empresas que investem em práticas sustentáveis conseguem se destacar em setores que ainda crescem no país. Frequentemente, contratos com grandes compradores exigem comprovação de responsabilidade ambiental. Quem já tem projetos nesse sentido sai na frente e encontra portas abertas para expandir o público. Esse movimento também ajuda a fidelizar clientes, pois o mercado valoriza cada vez mais quem tem compromisso com o futuro do planeta. Resiliência diante de mudanças no cenário econômico Projetos que envolvem sustentabilidade ajudam pequenas empresas a resistir melhor às incertezas do mercado. Quando surgem crises ou novas regras, quem já investe em recursos limpos e modelos mais enxutos tende a enfrentar menos dificuldades. 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No Brasil, casos de fraude mostram a gravidade desse tema. Em junho de 2024, uma operação da Polícia Federal investigou a venda de créditos de carbono ligados a terras griladas na Amazônia, movimentando cerca de R$ 180 milhões segundo a Folha de S. Paulo. Foram identificados registros duplicados e emissão de certificados sem lastro ambiental, o que compromete todo o setor e traz riscos sérios para quem acredita nessas propostas. O empreendedor que busca crédito verde para seu próprio projeto deve priorizar ações concretas e compromisso com as metas ambientais apresentadas. Manter a fidelidade ao que foi proposto e acompanhar de perto os resultados garante não só transparência para quem financia, mas também fortalece a imagem da empresa no mercado. Dessa forma, fica mais fácil mostrar impacto real, reforçar a confiança e avançar junto com as novas demandas de sustentabilidade. Projetos reais financiados por crédito verde no Brasil Vários projetos que utilizam crédito verde já estão em andamento em nosso país. A seguir, você confere exemplos concretos que mostram a aplicação prática desses recursos. Continue lendo! Reparcelamento de áreas degradadas pela Mombak A startup Mombak, em parceria com Santander e BNDES, recebeu R$?100 milhões para recuperar áreas degradadas na Amazônia. O plano envolve restaurar vegetação nativa, gerar créditos de carbono e monetizar esses certificados com empresas globais. A previsão é alcançar 8 milhões de árvores plantadas até junho de 2025. Recuperação ambiental pela re.green A re.green garantiu R$?80 milhões via BNDES e Bradesco para reflorestar trechos da Mata Atlântica e Amazônia. O foco está na regeneração com espécies nativas, produção de créditos de carbono e comércio desses ativos com grandes compradores internacionais. ProFloresta+: floresta em pé na Amazônia Petrobras e BNDES lançaram o programa ProFloresta+ para restaurar matas na Amazônia. O BNDES ofereceu empréstimos de baixo custo, com investimentos de R$?450 milhões para reflorestar 15.000 hectares e viabilizar certificados ambientais. Recuperação de biogás em aterros Projetos registrados no mecanismo CDM (Clean Development Mechanism) captam metano em aterros como o de Tremembé e Paulínia, convertendo-o em energia ou flares. Essas iniciativas geram créditos de redução de carbono e contam com financiamento vinculado à emissão dessas certificações sustentáveis. Esses são apenas alguns exemplos maiores que foram divulgados por grandes portais. Mas existem milhares de outros projetos menores, focados em pequenas e médias empresas que podem estar acessíveis para o seu negócio. O pequeno empresário não pode mais ficar inerte quanto a suas obrigações. É preciso ter em mente que o tempo em que sustentabilidade e práticas ESG eram assuntos de grandes corporações ficou para trás. Hoje, quem não atua ativamente nesse cenário pode perder espaço no mercado e, principalmente, deixar passar grandes oportunidades. No fim, é importante mencionar que negócios que investem em crédito verde se destacam no mercado, criam oportunidades e mostram preocupação real com o futuro. O caminho para um mundo melhor começa com atitudes assim, que unem propósito e resultado. Quer continuar acompanhando dicas, novidades e oportunidades para transformar o seu negócio? Siga o Sebrae PE nas redes sociais e fique por dentro de tudo que pode ajudar sua empresa a crescer com responsabilidade e inovação. Nos encontre no Facebook, no Instagram, no YouTube e no X.
June, 2025
Confira 10 passos para se manter adimplente e não dever nada a ninguém
Empreender é uma tarefa que tem seus desafios. Lidar com fornecedores, clientes e colaboradores, cuidar do contas a pagar e a receber, dar atenção à contabilidade e ficar atento as mudanças do mercado são apenas alguns exemplos de tarefas que ficam sob a supervisão ou são executadas pelo empreendedor. Nesse cenário, não é difícil esquecer algum boleto para trás ou não prever o pagamento de alguma despesa. Assim, gerando uma condição que conhecemos como inadimplência. Isso é algo que pega empresas grandes ou pequenas em determinado momento. Pensando na importância do assunto, nós resolvemos preparar este conteúdo. Nele, apresentaremos dicas práticas e simples para você manter a sua empresa sempre adimplente perante suas obrigações e não dever mais ninguém. Continue lendo! Por que ser adimplente é tão importante? Ter controle financeiro significa respirar tranquilo. Quando a empresa paga todas as contas sem atrasos, de modo geral, ela conquista respeito no mercado. Bancos, fornecedores e parceiros passam a confiar. Essa confiança abre portas, pois negócios adimplentes conseguem melhores condições de negociação, taxas mais baixas e até facilidade para novos créditos. Ser visto como bom pagador vale muito mais do que apenas um “nome limpo”. Empresas reconhecidas por esse comportamento crescem de forma saudável, têm menos obstáculos e conseguem enfrentar os desafios com mais força. Outro ponto importante está relacionado à própria saúde do negócio. Ao controlar bem as finanças e evitar pendências, a empresa diminui riscos, previne multas e juros, além de conseguir organizar melhor os investimentos. Quais são os 10 passos para se manter adimplente? Chegou a hora de mostrar, na prática, como se manter adimplente. Confira dez atitudes que fazem toda diferença no dia a dia do empreendedor e fortalecem o caminho para a saúde financeira: 1. Organizar o fluxo de caixa Tudo começa pelo fluxo de caixa bem estruturado. Sem um controle de entradas e saídas, fica impossível visualizar a real situação financeira da empresa. O segredo é registrar cada valor recebido ou pagamento efetuado e acompanhar de perto o saldo disponível. Quando existe clareza sobre quanto entra e quanto sai, o empresário consegue tomar decisões seguras, planejar compras e programar pagamentos. Ter um fluxo de caixa organizado mostra para onde vai cada centavo e evita aquela sensação de surpresa quando chega o fim do mês. 2. Criar um calendário financeiro O próximo passo envolve o planejamento dos compromissos. Criar um calendário financeiro permite visualizar todas as datas importantes. Vencimentos de impostos, parcelas do FAMPE, pagamentos de fornecedores e salários dos funcionários precisam estar devidamente registrado. Ter tudo em um mesmo local — de preferência, um software de gestão — facilita bastante o controle. 3. Não misturar finanças pessoais das profissionais Muita gente ainda comete o erro de usar o dinheiro da empresa para despesas pessoais e vice-versa. Misturar essas duas áreas só atrapalha o acompanhamento dos resultados. Por exemplo, como você terá a noção exata de quanto gastou no mês se na movimentação bancária ou do caixa existem saídas que não tem relação nenhuma com a empresa? Portanto, o ideal é manter contas bancárias separadas e estabelecer um pró-labore para uso pessoal, deixando claro o que pertence ao negócio. Com essa divisão, o controle fica mais fácil. A empresa passa a mostrar resultados mais reais, facilitando a tomada de decisões. Além disso, a separação evita problemas com órgãos de fiscalização tributária e reduz riscos de confusão em auditorias ou revisões contábeis. Pequenas atitudes, quando praticadas diariamente, ajudam a manter o negócio organizado. 4. Acompanhar indicadores financeiros Outro passo importante envolve a análise de indicadores. Margem de lucro, custo fixo e ticket médio influenciam diretamente a saúde financeira. Quando esses números estão sob controle, o empresário tem mais condições de honrar compromissos. É comum encontrar empresas com dificuldades de manter adimplência por desconhecerem o impacto desses índices. Avaliar periodicamente cada indicador permite identificar pontos de ajuste, evitar desperdícios e encontrar oportunidades de crescimento. 5. Criar um fundo de reserva emergencial Imprevistos acontecem em qualquer empresa. Uma despesa inesperada, uma queda de vendas ou até mesmo atrasos em pagamentos recebidos podem desequilibrar o caixa. Para evitar problemas, é recomendável criar um fundo de reserva. Esse valor serve como uma espécie de colchão, trazendo segurança para enfrentar períodos turbulentos sem recorrer a empréstimos ou atrasar o pagamento de despesas. 6. Fazer os pagamentos em dia Pagar tudo dentro do prazo deveria ser uma regra para qualquer empresa. Quem mantém essa rotina evita juros, multas e ganha credibilidade. Além de fortalecer a imagem no mercado, pagamentos pontuais demonstram responsabilidade e ajudam a construir parcerias sólidas. Com o hábito de antecipar obrigações, a empresa se destaca, recebe vantagens e conquista melhores condições em futuras negociações. 7. Evitar parcelamentos mal planejados Dividir compras e compromissos pode ajudar em certos momentos, mas parcelar de qualquer forma representa um perigo. Antes de assumir qualquer dívida parcelada, o empresário precisa avaliar o impacto no fluxo de caixa. Parcelamentos mal planejados acabam comprometendo receitas futuras e dificultando a organização das finanças. O ideal é planejar cada compromisso, considerando a real capacidade de pagamento do negócio. Portanto, evite assumir parcelas longas ou valores elevados, principalmente quando existe incerteza sobre os próximos meses. 8. Negociar prazos com fornecedores Conversar com fornecedores, explicar a situação da empresa e buscar prazos mais longos costuma trazer bons resultados. A negociação não serve apenas para conseguir descontos, mas também para adaptar pagamentos à realidade do caixa. Quando surge alguma dificuldade, o ideal é buscar alternativas junto aos fornecedores antes de deixar compromissos atrasarem. Essa atitude demonstra profissionalismo e abre espaço para parcerias mais duradouras. 9.Usar ferramentas de controle financeiro Atualmente, existem diferentes ferramentas que facilitam o controle das finanças. Sistemas e aplicativos tornam o processo mais rápido, além de reduzir riscos de erro. Adotar uma dessas soluções permite visualizar relatórios, acompanhar entradas e saídas em tempo real, automatizar lançamentos e ter acesso a dados importantes para a gestão. A tecnologia pode ser grande aliada no dia a dia do empreendedor. Quanto mais simples e acessível à ferramenta, mais fácil se torna a rotina de acompanhar tudo de perto. 10. Buscar capacitação financeira Por fim, nunca é tarde para aprender. Cursos, workshops e treinamentos voltados para gestão financeira ajudam a ampliar a visão sobre o próprio negócio. Quem busca conhecimento consegue lidar melhor com os desafios, identifica tendências e adota práticas modernas para manter a empresa sempre no caminho certo. Capacitação constante prepara o empresário para enfrentar mudanças de cenário, crises ou períodos de crescimento acelerado. Investir em aprendizado traz retorno rápido, pois permite tomar decisões mais acertadas e evitar erros que prejudicam o caixa. Por fim, manter uma empresa adimplente transforma toda a rotina do empreendedor, trazendo tranquilidade e novas possibilidades para crescer. O hábito de controlar cada detalhe e buscar conhecimento evita surpresas desagradáveis, além de fortalecer a reputação no mercado. Ser adimplente abre portas e torna o caminho muito mais leve e promissor. Quer apoio para manter seu negócio sempre adimplente? Entre em contato com o Sebrae PE e descubra como contar com orientação prática para enfrentar desafios financeiros com mais tranquilidade.
June, 2025
Reforma tributária 2025: o que pequenos negócios precisam saber
A reforma tributária 2025 já começou a mexer com a rotina de quem empreende. Com mudanças que atingem desde a forma de cobrança até o recolhimento de tributos, os pequenos negócios precisam entender o que está acontecendo para não serem pegos de surpresa. Afinal, quem trabalha com vendas, prestações de serviço ou produção precisa saber como manter tudo certo com o fisco, sem comprometer o caixa nem a saúde da empresa. Então, fique por aqui e descubra tudo o que realmente importa para manter sua operação segura com as novas regras. O que é reforma tributária? A reforma tributária é uma mudança na metodologia que os tributos são organizados e cobrados no país. A ideia principal é simplificar esse processo, que hoje é considerado confuso e pesado para quem tem empresa. Atualmente, existem vários impostos diferentes, cada um com regras próprias, prazos diferentes e cálculos complicados. Com a proposta da reforma, muitos desses tributos serão agrupados em um sistema mais claro e direto, o que promete facilitar bastante o dia a dia de quem empreende. Sendo assim, mesmo parecendo um assunto distante, esse movimento pode mexer com muita coisa dentro da rotina de quem trabalha por conta própria. Por que a reforma tributária é importante? No Brasil, entender as regras dos tributos nem sempre é tarefa simples. Muitas vezes, quem tem negócio pequeno precisa lidar com textos difíceis, atualizações constantes e interpretações diferentes para situações parecidas. Isso causa confusão, atraso no cumprimento das obrigações e até medo de cometer algum erro sem querer. Portanto, mexer nessa estrutura tão travada ajuda a diminuir o risco de falhas e torna o caminho mais claro para o empreendedor. Afinal, quando ele entende o que precisa fazer, sobra mais tempo para focar no que realmente movimenta a empresa. O que muda na reforma tributária 2025? A partir da aprovação da Emenda Constitucional nº 132/2023, o sistema de cobrança de tributos sobre consumo passou por uma das transformações mais amplas das últimas décadas. A seguir, veja os pontos que mais impactam a rotina dos pequenos empreendimentos. Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS) e Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) A principal mudança da reforma foi a substituição dos antigos tributos PIS, Cofins, IPI, ICMS e ISS por dois novos modelos: a CBS, que será cobrada pela União, e o IBS, que ficará com estados e municípios. Essa nova estrutura coloca fim à sobreposição de regras que dificultava o dia a dia de quem empreende. A CBS terá uma base nacional, com cobrança uniforme em todo o país. Já o IBS seguirá o mesmo modelo, mas com gestão compartilhada. Isso quer dizer que, em vez de cada estado ou município ter uma regra diferente, agora haverá um sistema mais coeso e centralizado, o que reduz a chance de erro. Criação do Imposto Seletivo (IS) O novo (e polêmico) tributo chamado Imposto Seletivo vai funcionar como um tipo de cobrança extra sobre produtos considerados nocivos. Isso inclui itens como bebidas alcoólicas, cigarros e bens com alto impacto ambiental, como veículos movidos a combustíveis fósseis. O IS terá uma função mais regulatória do que arrecadatória. A ideia é desestimular o consumo de produtos que trazem riscos à saúde pública ou ao meio ambiente. Para o comércio e pequenas distribuidoras que atuam nesses setores, será fundamental acompanhar as listas de produtos afetados e os percentuais aplicáveis, que ainda serão definidos por leis complementares. Novo modelo de transição até 2033 O sistema antigo não será desligado de um dia para o outro. A proposta cria uma fase de convivência entre o modelo atual e o novo. A CBS começa a ser testada a partir de 2026 com uma alíquota reduzida de 0,9%, enquanto o IBS entra em 2027 com 0,1%. Essa fase inicial servirá para calibrar o funcionamento dos dois tributos. Durante esse período, os antigos impostos continuarão existindo e sendo cobrados, mas com pesos gradualmente menores até que, em 2033, sejam extintos por completo. Esse processo é importante para que empresários, contadores e entes públicos se ajustem sem grandes impactos. Estimativa da alíquota total sobre o consumo A alíquota combinada da CBS e do IBS pode chegar a 26,5%, segundo estimativas do governo. Esse número ainda pode variar, pois depende da definição final de regras e da arrecadação de cada esfera pública. A alíquota será única, o que elimina distorções de cobrança entre setores. Isenção para quem fatura até R$ 40,5 mil ao ano Foi criada uma categoria chamada "nanoempreendedor". Essa modalidade isenta da CBS e do IBS pessoas físicas que faturam até R$ 40.500 por ano. A ideia é incentivar a formalização de trabalhadores informais e proteger atividades de subsistência. Quem atua vendendo de forma autônoma, em pequena escala, como artesãos, cozinheiros ou ambulantes, poderá seguir suas atividades sem ter que lidar com o novo sistema. Essa medida pode ser uma oportunidade para quem deseja começar um negócio com mais segurança. Como a reforma tributária afeta a economia? As mudanças não mexem só com regras fiscais. Elas podem influenciar o ritmo do crescimento, a geração de empregos e até o consumo. A seguir, veja como tudo isso se conecta. Estímulo à formalização de pequenos empreendimentos Com a criação da categoria de nanoempreendedor e a simplificação das obrigações fiscais, o cenário se torna mais atrativo para quem atua de forma informal. Pessoas que antes vendiam por fora, com medo de se enrolar no sistema antigo, agora encontram um caminho mais acessível para entrar no jogo. A formalização tende a movimentar o comércio local. Quando mais gente passa a emitir nota e se organiza como empresa, o ciclo da economia gira com mais intensidade. O mercado ganha variedade, o Estado arrecada melhor, e as comunidades se fortalecem. Esse impacto começa pequeno, mas pode crescer rápido. Aumento da previsibilidade no ambiente de negócios Quando as regras ficam claras, as empresas conseguem planejar melhor. Hoje, muitos setores lidam com insegurança jurídica, mudanças repentinas e cobranças que variam de cidade para cidade. Com um modelo mais uniforme, os empresários ganham mais confiança para investir, contratar e expandir. Essa previsibilidade reduz o risco de surpresas fiscais. Quem trabalha com margem apertada sente cada centavo. Por isso, eliminar dúvidas sobre o que e quanto será pago ajuda o negócio a respirar. Isso melhora o clima econômico e atrai mais gente disposta a colocar dinheiro no mercado. Redução de distorções entre setores e regiões A cobrança no destino — que também é uma novidade que está sendo discutida na reforma tributária 2025 — muda o jogo para muitos estados. Antes, quem produzia ganhava mais. Agora, quem consome também entra na conta. Esse novo jeito de distribuir os recursos tende a equilibrar a arrecadação e aumentar os investimentos em regiões que antes recebiam menos atenção. Com isso, cidades mais populosas ou com grande fluxo de vendas passam a ter mais capacidade de cuidar da infraestrutura, apoiar negócios locais e melhorar a qualidade dos serviços públicos. Isso aquece a economia e ajuda a diminuir disparidades entre os diferentes cantos do país. Melhora na competitividade do país Empresas brasileiras perdem espaço no mercado internacional por conta da complexidade tributária. Muitas desistem de exportar ou até de crescer porque não conseguem acompanhar todas as obrigações. Com a reforma, esse empecilho começa a ser resolvido. Um sistema mais claro reduz custos indiretos e abre espaço para que as empresas se posicionem melhor lá fora. Isso atrai novos investimentos, movimenta cadeias produtivas e pode até ajudar a gerar empregos em regiões que hoje enfrentam dificuldades. Geração de empregos e movimentação do consumo Quando o ambiente econômico ganha fôlego, o impacto chega rápido nas contratações. Com mais clareza nas regras e menos travas para operar, empresas tendem a ampliar suas equipes, buscar novos mercados e girar o estoque mais rápido. O consumidor também sente. Com mais estabilidade, os preços se mantêm sob controle, e o poder de compra não sofre tanto com surpresas fiscais. Isso alimenta a confiança e estimula o consumo. E onde há giro, há oportunidades. Como a reforma tributária afeta as pequenas empresas? Quem tem um negócio de menor porte já lida com desafios diários para manter as contas em dia, atrair clientes e organizar tudo com pouco recurso. Por isso, entender o impacto da reforma é um passo importante para seguir com segurança nesse novo cenário. Adaptação aos sistemas eletrônicos Para funcionar bem com os novos tributos, o governo vai depender de plataformas digitais atualizadas. O contribuinte deverá informar as operações de forma padronizada, com dados claros e validados de forma automática. Isso pode representar um obstáculo para quem ainda não usa tecnologia no controle das vendas e compras. Portanto, quem ainda não trabalha com sistemas de gestão ou emissão de notas fiscais eletrônicas precisará correr atrás de soluções básicas. Ter apoio contábil se torna ainda mais valioso nesse momento. Quem tiver isso ajustado sairá na frente. Variação nos preços finais A carga total de tributos poderá subir em alguns casos e cair em outros, dependendo da atividade. O novo sistema vai uniformizar alíquotas, o que pode mexer com margens de lucro em setores que hoje têm benefícios ou tratativas especiais. O empreendedor precisará ficar de olho nessas mudanças para manter seus preços competitivos sem comprometer a saúde do caixa. Rever fornecedores, ajustar embalagens ou repensar estratégias de venda podem ser atitudes importantes nessa transição. Cada detalhe passa a influenciar o resultado. Reorganização do Simples Nacional e MEI O Simples e o Microempreendedor Individual continuam existindo, mas não ficam de fora das mudanças. A reforma permite que quem estiver nesse regime use o modelo novo de crédito financeiro. Ou seja, mesmo pagando dentro de um sistema simplificado, o negócio pode gerar créditos para o cliente que está na outra ponta. Isso pode mudar a forma como o mercado enxerga empresas optantes pelo Simples Nacional ou MEI. A consequência disso é que alguns negócios precisarão avaliar se ainda vale a pena permanecer nesse formato ou se faz mais sentido mudar de regime. Essa decisão não é simples e depende de vários fatores, como volume de vendas, tipo de produto, local onde atua e perfil dos compradores. Aumento da responsabilidade fiscal Com mais clareza nas regras, a fiscalização também será mais rigorosa. O fisco terá acesso a dados em tempo real e poderá identificar erros com mais facilidade. Pequenas falhas que antes passavam batido podem gerar notificações automáticas. Por isso, quem tem empresa pequena precisa começar desde já a organizar documentos, registrar corretamente as operações e emitir os comprovantes certos para cada atividade. A regularidade se torna cada vez mais importante, especialmente em um cenário onde o cruzamento de informações será feito de forma automática. Como está o andamento da aprovação da Reforma Tributária? 2025? A reforma tributária 2025 já passou por etapas decisivas e segue avançando neste ano. A principal novidade foi a sanção da Lei Complementar 214/2025, que criou oficialmente o IBS, CBS e o Imposto Seletivo. Essa norma estabelece as bases do novo modelo de cobrança sobre o consumo, substituindo os tributos antigos. Atualmente, o Senado analisa projetos complementares que tratam da fiscalização, distribuição e funcionamento prático do sistema. A Receita Federal também abriu um canal de consulta pública, permitindo que entidades enviem sugestões até o fim de maio. Além disso, algumas isenções e reduções já estão definidas, como no caso da cesta básica, transporte coletivo, educação e saúde. Portanto, o processo está em andamento e ainda depende de ajustes e votações. Como se preparar para a reforma tributária 2025? Quem tem um negócio precisa começar a se organizar desde já. O primeiro passo é entender as regras que já foram aprovadas e acompanhar de perto os próximos desdobramentos. Também vale conversar com um contador de confiança para revisar o regime tributário atual, conferir se vale a pena manter o modelo ou pensar em outras possibilidades. Atualizar sistemas de emissão fiscal, registrar todas as operações com clareza e manter a documentação em dia são atitudes que farão diferença nesse período de transição. Quanto antes vier essa adaptação, menores serão os riscos lá na frente. Por fim, a?reforma tributária 2025?já está em movimento e vai mudar bastante o cenário para quem empreende. Entender as novas regras ajuda a evitar surpresas e tomar boas decisões. Quanto mais cedo vier a preparação, melhor será a adaptação. Enquanto a reforma não entra em vigor, que tal continuar aprendendo mais sobre a questão tributária da sua empresa? Então, confira o artigo que preparamos. Nele, mostramos como saber o enquadramento fiscal do seu negócio.
June, 2025
Conheça a planilha amiga de finanças para o MEI
Se você é MEI (Microempreendedor Individual), certamente já sabe que um dos seus calcanhares de Aquiles é o controle financeiro. Muitos não separam, por exemplo, as finanças pessoais das do negócio, além de várias outras falhas cometidas no dia a dia. Mas tudo fica bem mais fácil quando você se depara com uma planilha amiga de finanças para o MEI. É fato que gerenciar as finanças de uma MEI pode não parecer uma tarefa fácil, afinal de contas, envolve o controle das formas de pagamento, o gerenciamento das notas fiscais, a necessidade de conhecer o fluxo de caixa, de anotar tudo o que entra e sai, além de várias outras demandas que acabam surgindo na sua rotina. É exatamente por essa razão que vamos apresentar, agora, uma planilha amiga de finanças para o MEI, pois ela vai ajudar a ter um controle maior e dominar as finanças da empresa de uma vez por todas. Continue acompanhando o texto e confira! Quais são as vantagens de ser MEI? A formalização como MEI é muito importante, pois proporciona Cidadania Empresarial. Uma vez formalizado seu empreendimento, você poderá relacionar-se com todo tipo de cliente, seja pessoa física, seja jurídica, inclusive, com o poder público. Além da Cidadania Empresarial, essa formalização oferece proteção previdenciária para o empreendedor e sua família, pois passará a contar com todos os benefícios previdenciários, como auxílio doença, aposentadoria por invalidez, aposentadoria por idade, o salário maternidade para a mulher empreendedora, e a família ficará assegurada com a pensão por morte e o auxílio reclusão. Lembrando que a formalização é feita de forma ágil, de qualquer computador que tenha acesso à internet, sem custo algum, completamente gratuita. Por que o MEI precisa cuidar das finanças? Bom, o empreendedor tem a necessidade de garantir o lucro no negócio. Portanto, esse acompanhamento das finanças proporcionará maior probabilidade do desenvolvimento de ações para atingir esse objetivo, bem como permitir o atendimento a declarações fiscais com exatidão. Esse controle das finanças de um MEI pode ser realizado de diversas maneiras. Você pode, por exemplo, pegar um caderno e anotar tudo: clientes, vendas, gastos, formas de pagamento etc. Ou então fazer tudo isso de modo bem prático, fácil e rápido: utilizando uma planilha amiga de finanças para o MEI. Tal controle pode ser feito diariamente, semanalmente ou mensalmente, dependendo sempre da necessidade de cada negócio. Caso você tenha uma loja ou algum tipo de comércio, pode controlar as vendas todos os dias e, em seguida, fazer um resumo do mês. O que importa mesmo para o MEI é criar o hábito de fazer essa tarefa com disciplina, pois não há milagres. Quais são os maiores erros que os MEIs cometem cuidando das finanças? Bom, alguns erros cometidos pelos MEIs têm ocasionado vários problemas no negócio. Veja os principais: o dimensionamento dos preços de forma desordenada; os gastos sem controles; a mistura com suas despesas pessoais. Por que as planilhas financeiras podem auxiliar em um melhor controle no dia a dia? O registro das informações permite que o empreendedor tome decisões com maior segurança. E, claro, para ter a agilidade que o mercado exige hoje em dia, utilizar as planilhas financeiras torna isso possível. Mas você ainda deve estar se perguntando: como elas vão ajudar a otimizar os resultados da empresa? É simples responder essa pergunta, pois, uma vez que os controles financeiros fornecem informações atualizadas sobre a operacionalização do empreendimento, consegue-se ter o acompanhamento e realizar a correção de rumos de forma rápida, fazendo com que os resultados sejam ampliados. Quais são os benefícios de utilizar uma plataforma amiga das finanças? Ter plena consciência da real situação do empreendimento proporciona ao gestor o aproveitamento de forma adequada das oportunidades, bem como o desenvolvimento de ações para minimizar ou eliminar os efeitos de uma ameaça identificada no mercado. Usando uma plataforma amiga das finanças disponibilizada pelo Sebrae, você consegue fazer contas de forma automatizada, visualizar a realidade do negócio, investigar pontos de melhorias e muito mais. Vale destacar que o foco das ferramentas disponibilizadas pelo Sebrae é a simplicidade. O objetivo é fazer com que mais pessoas usem essas ferramentas no controle financeiro da empresa, para obter resultados melhores. A planilha amiga das finanças para o MEI pode ajudar a melhorar o controle e encontrar formas de otimizar os resultados do negócio. Como o Sebrae ajuda o MEI a controlar as finanças? Podemos afirmar que o Sebrae auxilia o MEI no controle das finanças ao desenvolver ações e ferramentas no sentido de capacitar o empreendedor a construir um entendimento delas e se apoderar na gestão de seu empreendimento. Em sua maioria, os empreendedores não utilizam ferramentas para gestão financeira, pelo fato de acharem difíceis, de não terem tempo, ou de não saberem utilizar. Mas esse não é um problema aqui, já que o foco é a simplicidade que proporciona consciência sobre o negócio e apoia no desenvolvimento de ações corretivas, permitindo um melhor resultado do negócio e absorvendo conceitos para implementação de melhorias em sua gestão. Não é novidade para ninguém que um dos itens mais relevantes para qualquer empreendedor é fazer o controle das suas finanças. Buscar conhecer e estudar bastante sobre essa questão é indispensável para que a empresa tenha sustentabilidade. Então, se o empresário quiser obter resultados positivos no negócio, vai ter que começar a estruturar os seus controles financeiros. Há duas ferramentas muito essenciais para o controle de qualquer empreendimento: uma é o Demonstrativo de Resultados, que segue o conceito econômico; outra ferramenta é o Fluxo de Caixa, no campo do conceito financeiro. É preciso deixar claro que o MEI não tem que investir em um sistema caro e complexo para controle. É possível usar planilhas no próprio notebook. Assim, ao fazer esses controles, tem-se um conhecimento bastante aprofundado do próprio negócio. Em qual momento da empresa é preciso controlar as finanças? Independentemente do momento em que o empreendimento esteja, controlar as movimentações é o que vai garantir maior tranquilidade e segurança no dia a dia, além, é claro, de diminuir os riscos de endividamento. Tendo um bom plano financeiro, você vai conseguir ter dados e números sobre as finanças do seu MEI em mãos; ter uma visão bem clara de aonde o empreendimento quer chegar e o que deve ser feito; tomar decisões mais assertivas e fáceis; e, claro, reconhecer o cenário atual e desenvolver estratégias para ter um posicionamento melhor no mercado. Se seus objetivos são lucrar mais, entender melhor como o dinheiro está fluindo no caixa e criar estratégias para manter esse fluxo sempre positivo, saiba que você precisa contar com uma planilha amiga de finanças para o MEI, para fazer contas e visualizar melhor a realidade financeira da sua empresa. Gostou de saber mais sobre a planilha amiga de finanças para MEI e quer ter um conhecimento aprofundado do seu negócio? Então, entre em contato conosco para saber mais detalhes! Aproveite e confira mais sobre como encontrar o ponto de equilíbrio da sua empresa. Isso também é um fator financeiro essencial para garantir o sucesso da sua empresa!
May, 2025
Empréstimo para abrir um negócio próprio: confira o passo a passo!
Três a cada dez jovens brasileiros querem abrir o próprio negócio. É o que aponta uma pesquisa feita pela Universidade Federal de São Paulo. O empreendedorismo é visto como uma possibilidade para conquistar a desejada liberdade financeira, gerenciar o próprio tempo e ter autonomia para tomar decisões. Para quem está começando, ter o capital necessário para dar os primeiros passos e conduzir um empreendimento com estabilidade é um desafio. Mesmo sem grandes investimentos, é preciso pensar a longo prazo e já se precaver. Logo, fazer um empréstimo para abrir um negócio próprio torna-se uma ótima solução, já que é uma verba imediata. Pensando nisso, preparamos um artigo especial, que vai explicar tudo o que você precisa saber para fazer o seu empréstimo para abrir um negócio próprio. Acompanhe! O que é preciso para fazer um empréstimo? No caso de uma conta comercial, com um CNPJ, as linhas de crédito são melhores para pequenas e microempresas. Isso porque as instituições financeiras concedem, em grande parte dos casos, três possibilidades a mais: empréstimo a partir do capital de giro; microcrédito; Todas as três modalidades oferecem juros menores e melhores condições de pagamento Já para a pessoa física, profissionais autônomos que utilizam um CPF, as opções mais comuns são empréstimo consignado, pessoal e com garantia. Não são modalidades ruins, mas são limitadas em alguns aspectos. Em ambos os casos, para fazer o pedido ao banco, o processo varia de empresa para empresa. No entanto, os requisitos e a documentação necessária costumam ser os mesmos: ter entre 18 e 79 anos; residir no Brasil ou ser brasileiro; apresentar CPF e RG; apresentar comprovante de renda e de residência; não ter restrições de crédito; ter bom histórico de pagamento. Como escolher o melhor empréstimo? O empréstimo consignado, por exemplo, tem as menores taxas do mercado e um prazo de até 72 meses para quitação. Em contraponto, não está disponível para todas as pessoas. O empréstimo pessoal não requer tantos cuidados e comprovações como o empresarial. É acessível e fácil de ser aprovado. Porém, cobra taxas de juros mais altas que as outras modalidades. Já o empréstimo por garantia é um dos favoritos. Com uma garantia, como um carro ou um imóvel, você tem acesso a juros baixos, com até 240 meses (20 anos) para pagar. O microcrédito é ótimo para quem está começando seu negócio. Ele pode ser solicitado por pessoas jurídicas formalizadas ou não, sendo concedido por instituições financeiras conveniadas. Os juros são baixos, entretanto, você só tem 24 meses para pagar. O que saber antes de fazer um empréstimo? De início, existem duas coisas que você precisa fazer: simplificar o seu negócio e ter clareza sobre suas metas e objetivos antes de tomar qualquer decisão. Em contraponto, é preciso ter cuidado para evitar problemas futuros, como pagar taxas desproporcionais, dívida final muito cara, aumento de despesas etc. Logo, é fundamental analisar a viabilidade e se planejar. Considerando tudo isso, separamos algumas dicas do que levar em consideração na hora de adquirir crédito para abrir um negócio próprio! Entenda suas necessidades financeiras É preciso compreender em que fase seu empreendimento está. Você já fez o planejamento financeiro? Separou o que é preciso investir agora e o que pode esperar para depois? Considerou como será a entrada de capital nos meses iniciais para não se endividar? Perguntas assim ajudam a compreender a real necessidade do seu negócio, juntamente a que tipo de empréstimo é ideal para o seu caso. Não se esqueça de verificar o valor da parcela e se a mesma se encaixa ao cenário atual da sua empresa. Conheça as formas de crédito Cheque especial, investidores-anjos, empréstimo rotativo, entre outros. Existem inúmeros tipos de crédito disponíveis no mercado. Portanto, antes de pedir seu empréstimo, estude as possibilidades. Uma dica: costuma ser mais fácil conseguir aprovações com instituições nas quais você mantém um bom histórico de relacionamento. Desenvolva um plano de negócio Para acreditar na sua ideia e liberar seu crédito, bancos e investidores necessitam de uma comprovação de que o empreendimento é financeiramente viável. Um plano de negócio bem elaborado cumpre com esse requisito. Nele, apresente os resultados da sua empresa, seus planos de crescimento e investimento, como você pretende pagar as parcelas, entre outras coisas. Para mais, é uma excelente maneira de enxergar seu empreendimento a longo prazo, estando atento a ameaças e oportunidades futuras, além de compreender o que é preciso para chegar aos seus objetivos. Esteja atento aos fatores de restrição Quanto mais informações você oferece à sua instituição financeira, maiores são as chances de seu pedido ser aceito. Nesse cenário, os fatores de restrição são ainda mais relevantes. Estes são os pontos analisados pela organização com o propósito de compreender a viabilidade do seu negócio. Alguns exemplos são: situação legal, capital próprio, histórico de pagamento, se você é sócio ou proprietário de outras empresas etc. Separe a documentação necessária Como já dito, é possível pedir empréstimo como pessoa física ou jurídica. Em ambos os casos, para acelerar o processo e reduzir a burocracia, esteja com toda a documentação já preparada. Vale lembrar que a papelada precisa estar atualizada; alguns, em específico, com até seis meses no máximo para ser válido. No caso do comprovante de renda, a folha de pagamento de salários dos funcionários e/ou a declaração de imposto de renda são ótimas opções. Verifique, também, se há alguma pendência no seu nome que pode ser um empecilho, como dívidas em atraso ou nome sujo em instituições fiscais. Realize o empréstimo Vá até o gerente ou o responsável pela sua solicitação com toda a documentação em mãos, garantias e o plano de negócio. A instituição financeira dará um retorno após realizar todas as análises necessárias e compreender a situação atual do seu empreendimento. Monitore os resultados Mesmo que o empréstimo tenha sido aprovado, é preciso continuar monitorando os dados e acompanhando o desempenho da sua empresa. Quando você compreende todo o cenário presente, passado e futuro do seu empreendimento, além de ser mais fácil tomar decisões de gestão, seus resultados como um todo serão melhores. Como definir o valor ideal do empréstimo para abrir empresa? Antes de fazer a solicitação do empréstimo, você precisa realizar um bom planejamento financeiro. Dessa forma, é possível conseguir um valor do crédito suficiente para cobrir as principais necessidades iniciais, sem comprometer a saúde financeira da empresa nos primeiros meses. Vale destacar que, para que o empréstimo seja sustentável, a parcela não deve ultrapassar 25% do lucro líquido esperado nos primeiros seis a oito meses. Por exemplo, se você projeta um lucro líquido de R$ 10 mil nos primeiros meses, a parcela do empréstimo não deve ultrapassar R$ 2.500. Lembre-se também de que o primeiro ano de um negócio pode ser instável, por isso, simule diferentes cenários para evitar imprevistos e prejuízos. Por que pedir um empréstimo para abrir um negócio próprio? Independentemente do tamanho da empresa, ter um capital a mais, de forma imediata, possibilita otimizar os resultados do empreendimento. O dinheiro do empréstimo pode ajudar a: pagar dívidas; investir em capacitação para os profissionais; comprar maquinaria permanente; automatizar processos; solidificar ideias em execução. Outro ponto positivo é que os juros podem ser descontados do imposto de renda. Para quem está começando agora, desde que feito com o devido cuidado e planejamento, o empréstimo pode ser uma decisão excelente. Começar já com dinheiro no caixa cria inúmeras possibilidades e rompe com limitações. Permite comprar e contratar tudo o que é preciso para já começar e, por fim, cria estabilidade com um caixa para capital de giro, já que traz uma segurança a mais nos meses iniciais. Quais as vantagens do empréstimo para abertura de negócio próprio? Um empréstimo bem planejado ajuda a acelerar o crescimento da empresa e evitar as barreiras que muitos empreendedores enfrentam nos primeiros meses. Com dinheiro no caixa desde o início, você pode: quitar dívidas e começar com as contas equilibradas; investir na capacitação da equipe e garantir mais qualidade no atendimento; adquirir máquinas e equipamentos permanentes para a operação; automatizar processos e aumentar a produtividade; fortalecer projetos em andamento e consolidar a empresa no mercado. Quais as diferenças entre empréstimo e financiamento? É muito comum confundir empréstimo com financiamento. Ainda que, em ambos os casos, você consiga uma verba a mais, seus objetivos são diferentes. No empréstimo, você pode pegar o dinheiro para fazer o que quiser. Pagar contas, investir na sua empresa, nos funcionários, o que for, a decisão é sua. Não está atrelado à compra de nada. Por outro lado, o financiamento é o crédito concedido para um objetivo específico. Seja para financiar um imóvel ou uma faculdade, seja para comprar um carro, é preciso seguir o que foi combinado. Como garantir a capacidade de pagamento do empréstimo? Para que essa decisão não vire um problema, você precisa garantir que as parcelas não vão comprometer a estabilidade financeira da empresa. Mas e agora, como avaliar a capacidade de pagamento de um negócio? É isso que mostramos a seguir. Confira! Calcule sua renda líquida A renda líquida é o valor real que você recebe após impostos, descontos e outras obrigações. Esse é o ponto de partida para entender quanto do seu orçamento pode ser destinado ao pagamento do empréstimo. Liste todas as suas despesas Organize suas despesas em fixas (como aluguel, contas de luz e água) e variáveis (como lazer e alimentação) para entender o quanto do seu dinheiro já está comprometido. Reserve uma margem para imprevistos Infelizmente, não conseguimos prever o futuro, por isso, é necessário manter uma reserva financeira para emergências. Sendo assim, antes de assumir um empréstimo, garanta que terá uma folga financeira para lidar com situações inesperadas. Conseguir um empréstimo para abrir um negócio próprio é uma excelente oportunidade para ter recursos suficientes para começar com o pé direito. Empreender não é uma tarefa simples, pois exige dedicação, foco e um olhar atento às tendências do mercado. Logo, ter acesso a esse crédito ajuda você a equilibrar as finanças. Agora, você já sabe o que é preciso para fazer seu empreendimento ter um fôlego inicial. É hora do próximo passo. Entre em contato conosco e saiba como podemos ajudar!
April, 2025
Tributação de pequenas empresas: como pagar menos de forma legal
Pagar impostos é uma das maiores preocupações de quem tem um pequeno negócio. Muitas vezes, a carga tributária pesa mais do que deveria, comprometendo o crescimento da empresa. Mas há maneiras totalmente legais de reduzir esses custos e equilibrar as contas sem dores de cabeça. A boa notícia é que entender a tributação de pequenas empresas não precisa ser complicado. Com as escolhas certas, dá para diminuir os valores pagos sem correr riscos. Vamos direto ao ponto e explorar como isso pode ser feito de forma segura e inteligente. Acompanhe! Desafios da tributação de pequenos negócios Quem tem um pequeno negócio enfrenta muitos obstáculos para manter tudo em ordem, e a tributação para pequenas empresas está entre os mais complicados. As regras mudam com frequência, há diferentes regimes e qualquer erro pode resultar em cobranças inesperadas. Para muitos empreendedores, esse assunto parece um verdadeiro labirinto, cheio de termos técnicos e siglas difíceis de entender. Um dos grandes desafios é escolher o melhor regime. O Simples Nacional, por exemplo, é bastante popular, mas nem sempre é a opção mais vantajosa. Dependendo do faturamento e da atividade da empresa, outro modelo pode ser mais interessante. Além disso, o pagamento de tributos precisa estar sempre em dia, evitando juros e multas que podem pesar no orçamento. Ignorar esse assunto pode custar caro. Quem não acompanha as regras pode acabar pagando mais do que deveria ou, pior, enfrentando problemas fiscais. Estar bem informado sobre tributação micro e pequenas empresas ajuda a evitar surpresas e a manter a empresa dentro da lei. É um conhecimento que faz toda a diferença para a saúde financeira do negócio! Impostos para pequenas empresas Quem tem um negócio precisa lidar com tributos obrigatórios. Cada um tem uma função e pode ser cobrado de formas diferentes, dependendo do regime escolhido. Entender esses impostos ajuda a manter tudo regularizado sem pagar além do necessário. Programa de Integração Social (PIS) Criado para beneficiar trabalhadores do setor privado, esse tributo financia o pagamento do abono salarial e do seguro-desemprego. Empresas que adotam o regime cumulativo pagam uma alíquota fixa sobre o faturamento, sem direito a deduções. Já no regime não cumulativo, há possibilidade de abatimentos conforme os créditos permitidos. Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS) Recolhido para cobrir gastos com previdência, saúde e assistência social, esse imposto também pode seguir o modelo cumulativo ou não. No primeiro, o cálculo é simples e sem deduções. No segundo, é possível descontar determinados custos e despesas operacionais. Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) Cobrando sobre o lucro, esse imposto pode ser calculado de quatro formas: Simples Nacional, Lucro Presumido, Lucro Real ou Arbitrado. Empresas menores costumam optar pelo Simples, que une esse e outros tributos em um único pagamento. No Lucro Presumido, a tributação se baseia em um percentual fixo da receita. No Lucro Real, o cálculo é feito sobre o lucro líquido, considerando todas as receitas e despesas. Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) Direcionada ao financiamento da seguridade social, essa contribuição funciona de forma parecida com o IRPJ. A cobrança acontece sobre o lucro da empresa, seguindo as mesmas regras dos regimes de tributação aplicáveis. As alíquotas variam conforme o tipo de atividade exercida. Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) Aplica-se a quem fabrica ou importa mercadorias. O percentual depende do tipo de item e do processo de produção envolvido. Empresas do Simples Nacional podem ter isenção em alguns casos, enquanto outras precisam calcular e pagar separadamente esse tributo. Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços de Qualquer Natureza (ICMS) Esse tributo incide sobre a movimentação de produtos e algumas prestações de serviço. Os estados são responsáveis pela sua cobrança, e as alíquotas podem variar conforme o tipo de operação e o local. Ele aparece em diferentes situações, como na compra de mercadorias, transporte interestadual e até na conta de luz. Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN) Esse imposto está ligado à prestação de serviços e é cobrado pelos municípios. A alíquota varia conforme a atividade e a cidade onde o serviço é realizado. Profissionais autônomos, empresas do setor de tecnologia, saúde, construção civil e muitas outras áreas precisam pagar esse tributo sempre que prestam algum serviço. Simples Nacional e MEI Negócios de menor porte podem optar por esse regime para simplificar a rotina tributária. O pagamento dos impostos acontece por meio do DAS (Documento de Arrecadação do Simples Nacional), reunindo todos os tributos em uma única cobrança. O valor devido depende da receita bruta e da atividade desempenhada. O Microempreendedor Individual não é um regime de tributação. Mass também precisa ser mencionado pois muitos empresários começam sua jornada no empreendedorismo por meio dele. Assim como as empresas do Simples, o MEI também paga uma única guia abrangendo todos os impostos. Nesse caso, abrange somente o ISS e o ICMS ou ambos, dependendo da atividade da sua empresa. Dicas para pagar menos impostos de forma legal Quem tem um pequeno negócio sabe que a carga tributária pode pesar no orçamento. Mas existem formas de reduzir esse impacto sem correr riscos. O segredo está em conhecer bem as regras e usá-las a seu favor. A seguir, você vai encontrar estratégias que ajudam a diminuir os valores pagos dentro da lei. Escolha do regime tributário Cada empresa precisa pagar tributos conforme sua atividade e faturamento. Mas a forma como esses valores são calculados muda de acordo com o regime escolhido. Entender essas diferenças evita gastos desnecessários. Simples Nacional O Simples Nacional é a opção mais usada por pequenos negócios. Ele unifica vários tributos em uma única guia mensal, o que facilita o pagamento. Podem aderir a esse modelo as empresas que faturam até R$ 4,8 milhões por ano. As alíquotas variam conforme a atividade e o faturamento, sendo geralmente menores do que em outros regimes. Outro ponto positivo é a redução da burocracia, já que o pagamento de impostos ocorre de forma simplificada. Dependendo do setor, há também isenção de alguns tributos, o que pode ser um diferencial. Apesar desses benefícios, nem sempre essa é a melhor escolha. Empresas que têm despesas elevadas com folha de pagamento ou margens de lucro menores precisam avaliar bem se essa opção realmente vale a pena. Lucro Presumido O Lucro Presumido calcula os tributos com base em uma margem de lucro pré-definida pelo governo. Essa margem varia conforme a atividade. Na prática, significa que o imposto incide sobre um percentual fixo do faturamento, e não sobre o lucro real da empresa. Empresas com faturamento de até R$ 78 milhões anuais podem aderir a esse regime. Ele costuma ser vantajoso para negócios que têm margens de lucro maiores do que a presunção estabelecida. Em alguns casos, principalmente no setor de serviços, a carga tributária pode ser mais baixa do que no Simples Nacional. Mas esse modelo exige atenção. Se a margem de lucro real for menor do que a presumida pelo governo, a empresa pode acabar pagando mais imposto do que deveria. O ideal é fazer simulações para entender se essa é a melhor alternativa. Lucro Real O Lucro Real é um regime mais complexo, mas pode ser interessante para negócios que possuem despesas elevadas. Nesse modelo, os tributos incidem sobre o lucro líquido da empresa, ou seja, sobre o faturamento menos as despesas. Empresas com faturamento acima de R$ 78 milhões anuais são obrigadas a seguir esse regime. Mas negócios menores também podem optar por ele se perceberem que suas despesas operacionais reduzem o lucro tributável. Um ponto positivo é a possibilidade de compensar prejuízos fiscais em períodos seguintes, o que pode aliviar o impacto dos impostos. Por outro lado, o Lucro Real exige mais controle financeiro e contábil e um acompanhamento detalhado das finanças. A apuração dos tributos ocorre de forma trimestral ou anual, o que pode ser um desafio para pequenos negócios sem uma boa estrutura de gestão financeira. Planejamento tributário Escolher o regime certo é só o primeiro passo. Para pagar menos impostos de forma legal, é essencial planejar cada detalhe da operação. Isso significa organizar as finanças, revisar custos e entender quais práticas ajudam a reduzir a carga tributária. Registrar corretamente todas as despesas faz diferença. Gastos operacionais, quando bem documentados, podem diminuir o valor do imposto devido. Empresas que adotam uma boa estratégia de gestão fiscal conseguem evitar surpresas e melhorar a rentabilidade. Outra ação importante é revisar regularmente o faturamento e os impostos pagos. Pequenos ajustes, como antecipar ou postergar algumas operações, podem ajudar a evitar tributações mais altas. Além disso, estar atento a mudanças na legislação evita problemas futuros. Aproveitamento de benefícios fiscais e incentivos Muitos negócios deixam de economizar por desconhecer os incentivos disponíveis. Dependendo do setor e da localização, é possível pagar menos impostos de maneira totalmente legal. Empresas que investem em inovação, por exemplo, podem se beneficiar da Lei do Bem. Já algumas atividades industriais e de comércio contam com incentivos estaduais e municipais. Em determinadas regiões, há reduções ou isenções de tributos para estimular a economia local. Outro ponto importante é o aproveitamento correto de créditos tributários. No caso do ICMS, PIS e Cofins, por exemplo, algumas compras permitem a recuperação de valores pagos. Isso reduz o custo final da operação e melhora o fluxo de caixa. O ideal é buscar orientação contábil para identificar todas as oportunidades e garantir que a empresa esteja aproveitando os incentivos da melhor forma possível. Análise da classificação fiscal de produtos e serviços Cada produto ou serviço possui uma classificação fiscal específica, que determina quais impostos serão aplicados e em qual percentual. Um erro nesse enquadramento pode levar ao pagamento indevido de tributos ou até gerar penalidades. Revisar essa classificação regularmente ajuda a evitar cobranças indevidas. Em alguns casos, ajustes simples podem reduzir o imposto pago. Isso acontece porque alguns produtos têm alíquotas diferenciadas ou até mesmo isenção em determinados estados. Uma análise detalhada da tabela NCM (Nomenclatura Comum do Mercosul) pode revelar oportunidades de economia. O mesmo vale para o enquadramento correto dos serviços dentro da lista da legislação municipal. Atenção às obrigações acessórias Além do pagamento de impostos, as empresas precisam cumprir uma série de obrigações acessórias. Essas exigências envolvem a entrega de declarações, escrituração de documentos fiscais e envio de informações aos órgãos competentes. Descumprir essas obrigações pode gerar multas e até mesmo impedir a emissão de certidões negativas, o que pode atrapalhar contratos e financiamentos. Ter um controle rigoroso dessas obrigações evita problemas futuros. Manter um calendário atualizado com prazos e revisar regularmente os documentos fiscais são práticas que ajudam a manter tudo em dia. Controle rigoroso das despesas Manter as contas organizadas não é só uma questão de gestão financeira. Um controle eficiente dos custos também impacta diretamente no valor dos impostos pagos. Registrar todas as suas despesas permite que a empresa aproveite deduções fiscais e faça um planejamento mais preciso. Além disso, gastos desnecessários podem ser identificados e reduzidos, melhorando a margem de lucro. Outra vantagem desse controle é a possibilidade de comprovar despesas na hora de calcular impostos no Lucro Real. Quanto mais detalhado for esse acompanhamento, menor será o impacto da tributação sobre os resultados do negócio. No fim das contas, reduzir a carga tributária exige estratégia e conhecimento. Quanto mais informações o empresário tiver sobre as regras e opções disponíveis, maior será a chance de economizar dentro da legalidade. Custos ocultos na tributação de pequenas empresas Nem sempre os impostos são o único peso no orçamento. Muitos negócios pagam mais do que deveriam por não identificarem custos ocultos que afetam a tributação de pequenas empresas. Esses gastos, embora menos evidentes, podem comprometer o caixa e reduzir os lucros. Multas e juros por atrasos no pagamento de tributos estão entre os principais custos escondidos. Pequenos deslizes na organização financeira fazem com que empresas desembolsem valores extras sem necessidade. Obrigações acessórias não cumpridas também geram penalidades, muitas vezes ignoradas até que a conta chega. Outro fator pouco observado é a escolha errada do regime tributário. Um enquadramento inadequado pode levar ao pagamento de impostos maiores do que o necessário. A classificação incorreta de produtos e serviços também resulta em cobranças indevidas, aumentando os custos sem que o empresário perceba. Despesas administrativas ligadas à gestão fiscal são outro ponto de atenção. Sistemas desatualizados, falta de profissionais capacitados e processos manuais dificultam o controle dos tributos, gerando retrabalho e desperdício de recursos. Para evitar surpresas, é importante revisar frequentemente todas as obrigações fiscais, manter as finanças organizadas e buscar formas de otimizar a tributação. Pequenos ajustes fazem diferença e ajudam a reduzir gastos desnecessários. Dicas extras para reduzir impostos Negócios de pequeno porte podem pagar menos tributos seguindo algumas estratégias simples. A tributação para pequenas empresas varia conforme a atividade, mas ajustes inteligentes ajudam a diminuir os valores de forma legal. Uma boa prática é acompanhar de perto as despesas. Gastos operacionais registrados corretamente diminuem a base de cálculo de impostos, especialmente no Lucro Real. Pequenos ajustes na estrutura de faturamento também podem evitar cobranças desnecessárias. Outro ponto importante é ficar atento às mudanças na legislação. O tributário Simples Nacional, por exemplo, passa por atualizações frequentes. Algumas alterações podem impactar diretamente os valores pagos. A revisão periódica do regime tributário é outro passo importante. O que foi vantajoso em um ano pode não ser no seguinte. Avaliar os números com frequência evita gastos desnecessários. Buscar orientação especializada ajuda a identificar oportunidades dentro da lei. Muitas microempresas (ME) e Empresas de Pequeno Porte (EPP) desconhecem incentivos disponíveis, como isenções regionais e recuperação de créditos tributários. Ter um olhar atento sobre esses detalhes reduz custos e melhora os resultados. Reduzir os tributos exige planejamento e atenção aos detalhes. Pequenos ajustes na organização financeira e no regime escolhido fazem diferença no caixa. A tributação de pequenas empresas pode ser otimizada com conhecimento e boas práticas. Quanto mais informação, menores os riscos e os custos. Quem tem um negócio precisa estar sempre atualizado sobre tributos e oportunidades de economia. Para esclarecer dúvidas e buscar orientações sobre a tributação de pequenas empresas, entre em contato com o Sebrae/PE que nós podemos te ajudar!
March, 2025
6 dicas para uma gestão de custos estratégica na construção civil
As margens de lucro no setor da construção civil são muito estreitas. Por isso, erros simples na gestão de custos podem gerar problemas sérios que interferem diretamente na qualidade dos serviços prestados e, até mesmo, na continuidade dos negócios. Gerenciar os custos de uma empresa não se resume a cortar gastos deliberadamente. Estamos falando de um assunto que demanda muita análise, planejamento e otimização de recursos. Como se trata de um tema de grande relevância, resolvemos produzir este conteúdo. Nele, vamos mostrar 6 dicas práticas que facilitarão a gestão de custos em seu negócio. Então, continue lendo para saber mais! Quais os desafios de gestão de custos na construção civil? Um dos obstáculos mais importantes desse gerenciamento é a variação de preços dos insumos e mão de obra na construção civil. Nesse ramo de negócios, os prazos de execução dos serviços podem ser longos. Ultrapassando o limite de meses e, em alguns casos, de anos, dependendo do tamanho do projeto. Durante esse tempo, pode haver uma grande oscilação nos preços, que dificulta a gestão de custos. Outro ponto crítico é a manutenção do fluxo de caixa. Empresas de menor porte tendem a enfrentar mais desafios como atrasos de recebimentos e dificuldade de obtenção de condições diferenciadas com fornecedores, o que pode contribuir para o aumento dos custos. Por fim, a ausência de tecnologias mais avançadas, geralmente disponíveis apenas para grandes corporações, também pode prejudicar o gerenciamento de custos das empresas. Sendo assim, o empresário ou gestor precisa adotar medidas que tenham o poder de superar esses desafios e manter a empresa ativa e competitiva no mercado. Como fazer gestão de custos de forma estratégica? Os desafios que mencionamos podem ser superados com a adoção de algumas práticas simples. Nos próximos tópicos, apresentaremos em detalhes as 6 principais. Continue lendo! 1. Planejamento orçamentário Elaborar um orçamento é o primeiro passo para uma gestão de custos eficiente. Para tanto, você deve mapear todos os gastos envolvidos na obra, desde os materiais até o pagamento de pessoal, sempre colocando uma margem de segurança para imprevistos. Um planejamento orçamentário bem estruturado deve servir como um guia para todas as etapas do projeto, evitando surpresas e garantindo um maior controle sobre os custos e recursos disponíveis. 2. Controle do fluxo de caixa O controle do fluxo de caixa é outra estratégia simples, mas que pode fazer toda a diferença na gestão de custos. Esse trabalho envolve registrar as entradas e saídas de recursos com precisão, inserindo todos os gastos e recebimentos, por menores que sejam. É importante ter o cuidado para não confundir esse conceito com o anterior. O planejamento orçamentário é uma espécie de previsão. Já o fluxo de caixa envolve as receitas e a execução dos gastos previstos no orçamento. Com uma gestão de fluxo de caixa bem estruturada, você tem uma visão ampla das finanças do seu negócio. Ele permite controlar as contas que vencerão nos próximos dias, bem como averiguar se a empresa terá recursos para honrá-las. 3. Gestão de recursos e mão de obra Alocar recursos e pessoal corretamente é fundamental para uma boa gestão de custos. Quando esse trabalho é feito de forma estratégica, você reduz o custo com perdas de insumos utilizados na obra ou pagamentos de diárias e horas extras desnecessárias. Para fazer uma gestão adequada nessa área, também é importante ter um cronograma de obra bem estabelecido e seguir à risca cada um de seus pontos. 4. Software de gestão financeira Um bom sistema de gerenciamento das finanças é o coração de uma gestão de custos eficiente. Isso ocorre porque essa ferramenta permite automatizar tarefas repetitivas, evitando erros que podem levar os gestores a tomarem decisões erradas, contribuindo para o aumento dos gastos. Além disso, os softwares de gestão financeira oferecem uma visão mais clara e objetiva de toda a situação da obra. Isso permite que os gestores analisem os custos com mais atenção e encontrem gargalos que estão drenando a sua capacidade de gerenciamento das finanças. 5. Automação de processos A automação de processos é uma grande aliada da gestão de custos na construção civil. Ela atua em diferentes frentes, por exemplo, na gestão de estoque, acompanhamento do cronograma da obra ou na automatização de tarefas repetidas. Por exemplo, você pode investir em um sistema que emite notificações todas as vezes que um material é retirado do estoque da obra. Quando esse item começa a ficar com baixa quantidade, o software pode avaliar a necessidade de adquirir mais e enviar um alerta para o gestor. Esse é apenas um exemplo de como a automação de processos pode contribuir para a sua obra. De modo geral, ela torna os fluxos de trabalho menos manuais e mais otimizados. Com isso, você consegue evitar custos indevidos como a compra de materiais desnecessários, por exemplo. 6. Centralização de dados financeiros Por fim, centralizar todas as informações financeiras da obra em uma única plataforma ou sistema ajuda (e muito!) a gerenciar os seus custos. Essa ação permitirá que você tenha uma visão ampla e integrada de todos os gastos que ocorrem na obra, permitindo identificar padrões de gastos, prever necessidades de recursos e ajustar rapidamente suas estratégias. Além disso, ter informações centralizadas reduz o risco de informações desencontradas ou mal interpretadas. Ao investir nisso, você terá acesso a todos os dados corretamente, evitando tomar decisões com base em opiniões, sentimentos ou “achismos”. Quais ferramentas e tecnologias adotar? Existem várias ferramentas que podem ser úteis na hora de gerenciar os custos do seu negócio da área de construção civil. O primeiro deles é o software ERP, que será o responsável por integrar todas as finanças da empresa, executando trabalhos como gerenciamento do fluxo de caixa, conciliação bancária, controle de contas etc. Em seguida, você também pode contar com aplicativos específicos do segmento de engenharia. Alguns exemplos incluem PlanGrid e Pocore. Essas ferramentas auxiliam no acompanhamento do projeto e na comunicação entre as equipes. As planilhas ainda são ferramentas úteis na construção civil. Elas podem ser vinculadas a banco de dados e possibilitam informar à gestão quanto ao uso de materiais e insumos da obra. Por fim, quem busca processos automatizados pode contar com ferramentas que utilizam Inteligência Artificial. Esses sistemas podem ajudar a administrar o cronograma, executar análises preditivas e outras ações que otimizam a gestão de custos das obras. Enfim, nós concluímos afirmando que a gestão de custos é o caminho para garantir a sustentabilidade e a lucratividade na construção civil, especialmente para pequenos negócios. Com as dicas que mencionamos, é possível superar desafios, otimizar seus recursos e manter as finanças em equilíbrio. Quer saber como implementar essas estratégias em seu negócio? Então, entre em contato com o Sebrae-PE. Nosso time de especialistas está pronto para ouvir suas necessidades e apresentar as melhores soluções para superar seus desafios.
January, 2025
Como precificar um produto no ramo de alimentos e bebidas? Descubra!
Saber como precificar um produto é um dos fatores mais críticos em uma empresa que atua no ramo alimentício. Definir o preço certo pode influenciar diretamente as vendas, a percepção de valor dos clientes e, claro, a lucratividade da empresa. Porém, encontrar o equilíbrio entre um preço atrativo para o cliente e um valor que cubra os custos e gere lucro nem sempre é uma tarefa simples. Nesse sentido, entender todos os fatores que compõem esse valor pode impactar suas vendas e o lucro do negócio. Neste artigo, mostraremos como funciona a precificação de produtos, além de demonstrar algumas estratégias para definir esse valor. Continue lendo! Qual a importância de precificar produtos corretamente? Precificar produtos alimentícios de forma não é fácil. Mas, é uma tarefa que precisa ser executada com o máximo de cuidado. Isso porque, um preço bem ajustado impacta diretamente as vendas, a competitividade e a percepção de valor dos consumidores. Definir um preço muito alto pode afastar clientes, especialmente em um mercado sensível a variações de preço. Por outro lado, um preço muito baixo pode reduzir significativamente sua margem de lucro, além de sugerir baixa qualidade, o que afeta a credibilidade do produto. De fato, é uma tarefa complexa e o empresário do setor alimentício precisa saber dosar bem os cuidados entre oferecer um preço atrativo, mas que proporcione lucratividade para o negócio. Essa habilidade é o que vai proporcionar cobrir todos os custos de produção, proporcionar a atração de clientes e assegurar a lucratividade no longo prazo. Como precificar produtos alimentícios corretamente? Antes de qualquer coisa, é importante você entender que a precificação de alimentos e bebidas envolve vários elementos básicos. Primeiro, nós temos a parte que poderíamos chamar de teórica. Nessa etapa, apuramos todos os gastos relacionados ao produto a ser vendido e inserimos o lucro esperado. Nesse sentido, para precificar corretamente, é importante considerar todos os custos envolvidos na produção de alimentos e bebidas. O cálculo deve incluir: custo de ingredientes utilizados na preparação do produto; despesas operacionais, como aluguel, água, energia elétrica, gás e salários dos funcionários; custos indiretos, tais como as embalagens, marketing, taxas administrativas e desperdício de alimentos; margem de lucro: esse é o montante que será agregado ao custo total para garantir a lucratividade. Neste momento, utilizaremos uma margem de lucro estimada para elaborar os exemplos. Em outro tópico deste artigo, discorreremos um pouco mais sobre este assunto. Com isso em mente, temos que a fórmula básica para o preço de venda é: PV (Preço de Venda) = custo total do produto/ 1- (margem de lucro/100) Com isso em mente, pensemos em um produto que tem o custo total apurado em R$ 20,00. Após vários cálculos e mensurações, encontramos uma margem de lucro de 30% para este item. Aplicando esses dados na fórmula, nós temos: PV= 20/ 1 – (30%/100) PV = 20/ 1 – 0,30 PV = 20/0,70 Preço de venda = 28,57. Margem de lucro em alimentos e garantia da competitividade A margem de lucro é algo que merece atenção especial na apuração do preço de venda. Normalmente, em alimentos preparados, ela pode girar entre 20% e 40%, dependendo da complexidade do prato, dos ingredientes utilizados e do público-alvo. Para fast-foods ou produtos com menor valor agregado, a margem tende a ser mais alta. Já em pratos gourmet ou bebidas sofisticadas, a margem pode ser menor, porém compensada pelo preço mais elevado. O que precisa ficar muito claro nesse aspecto é que a sua margem de lucro não pode ser tão alta a ponto de fazer com que seus produtos percam a competitividade. Isso significa que, além de apurar todos esses valores que mencionamos, você também precisa ficar de olho no mercado. Portanto, vale a pena seguir essas dicas para não errar na hora de colocar preço nos seus produtos: veja o que a concorrência anda fazendo: observe os preços praticados por estabelecimentos semelhantes para manter a competitividade sem sacrificar a lucratividade; invista na percepção de valor: produtos que utilizam ingredientes premium ou possuem uma apresentação diferenciada podem justificar preços mais altos, desde que o cliente perceba esse valor agregado; elasticidade de preço: compreenda como seus clientes reagem a alterações de preços. Se o produto for essencial ou diferenciado, o consumidor pode aceitar preços mais elevados. Com essas dicas em mente, você terá margem suficiente para adequar a sua lucratividade, sem perder competitividade no mercado. Como demonstrar os preços dos alimentos e bebidas no cardápio? Ao definir o preço de itens em um cardápio, é fundamental criar uma estratégia que equilibre a rentabilidade e a percepção de valor dos clientes. Pensando nisso, nós separamos algumas dicas que podem ajudar. Continue lendo! Exploração do menu engineering O menu engineering consiste em categorizar os pratos de acordo com sua popularidade e lucratividade. Por exemplo, itens com alta lucratividade e alta demanda devem ser destacados no cardápio para maximizar o volume de vendas. Enquanto isso, pratos e bebidas de baixa lucratividade e popularidade podem ser eliminados ou ajustados. Esta técnica ajuda a posicionar estrategicamente os pratos no cardápio, influenciando diretamente as escolhas dos clientes e maximizando os lucros. Utilização os produtos âncora Outra estratégia eficaz é utilizar produtos âncora, ou seja, itens populares ou de alta demanda que atraem os clientes para o seu restaurante. Estes podem ter uma margem de lucro mais baixa, mas são responsáveis por gerar fluxo de vendas. Uma vez que os clientes são atraídos pelo preço competitivo desses pratos, eles podem ser incentivados a comprar outros itens com margens maiores. Isso funciona muito bem em cardápios de cafés e restaurantes que trabalham com pratos do dia ou promoções especiais. Diferenciação por tamanho ou porção Oferecer diferentes tamanhos de porções para um mesmo prato pode ajudar a alcançar diferentes tipos de clientes. Isso é comum em pratos de bebidas, sobremesas ou refeições principais. Ao definir o preço, garanta que a opção menor tenha uma margem proporcionalmente maior, já que muitos clientes podem optar pela versão econômica, o que ajuda a aumentar a lucratividade. Além disso, o cliente sente que tem controle sobre o que vai gastar, aumentando sua satisfação. Por fim, saber como precificar um produto corretamente é indispensável para o sucesso do seu negócio. Ao aplicar as estratégias certas de precificação, você garante que seus itens se destaquem e que sua empresa permaneça competitiva em um mercado em constante mudança. Gostou deste artigo? Que tal continuar lendo sobre esse assunto? Então, confira o post que preparamos especialmente para você que chegou até aqui. Nele, mostramos os principais erros na hora de fixar preços em produtos.
October, 2024
Jornada MEI: Conheça a planilha amiga de finanças para o MEI
Se você é MEI (Microempreendedor Individual), certamente já sabe que um dos seus calcanhares de Aquiles é o controle financeiro. Muitos não separam, por exemplo, as finanças pessoais das do negócio, além de várias outras falhas cometidas no dia a dia. Mas tudo fica bem mais fácil quando você se depara com uma planilha amiga de finanças para o MEI. É fato que gerenciar as finanças de uma MEI pode não parecer uma tarefa fácil, afinal de contas, envolve o controle das formas de pagamento, o gerenciamento das notas fiscais, a necessidade de conhecer o fluxo de caixa, de anotar tudo o que entra e sai, além de várias outras demandas que acabam surgindo na sua rotina. É exatamente por essa razão que vamos apresentar, agora, uma planilha amiga de finanças para o MEI, pois ela vai ajudar a ter um controle maior e dominar as finanças da empresa de uma vez por todas. Continue acompanhando o texto e confira! Quais são as vantagens de ser MEI? A formalização como MEI é muito importante, pois proporciona Cidadania Empresarial. Uma vez formalizado seu empreendimento, você poderá relacionar-se com todo tipo de cliente, seja pessoa física, seja jurídica, inclusive, com o poder público. Além da Cidadania Empresarial, essa formalização oferece proteção previdenciária para o empreendedor e sua família, pois passará a contar com todos os benefícios previdenciários, como auxílio doença, aposentadoria por invalidez, aposentadoria por idade, o salário maternidade para a mulher empreendedora, e a família ficará assegurada com a pensão por morte e o auxílio reclusão. Lembrando que a formalização é feita de forma ágil, de qualquer computador que tenha acesso à internet, sem custo algum, completamente gratuita. Por que o MEI precisa cuidar das finanças? Bom, o empreendedor tem a necessidade de garantir o lucro no negócio. Portanto, esse acompanhamento das finanças proporcionará maior probabilidade do desenvolvimento de ações para atingir esse objetivo, bem como permitir o atendimento a declarações fiscais com exatidão. Esse controle das finanças de um MEI pode ser realizado de diversas maneiras. Você pode, por exemplo, pegar um caderno e anotar tudo: clientes, vendas, gastos, formas de pagamento etc. Ou então fazer tudo isso de modo bem prático, fácil e rápido: utilizando uma planilha amiga de finanças para o MEI. Tal controle pode ser feito diariamente, semanalmente ou mensalmente, dependendo sempre da necessidade de cada negócio. Caso você tenha uma loja ou algum tipo de comércio, pode controlar as vendas todos os dias e, em seguida, fazer um resumo do mês. O que importa mesmo para o MEI é criar o hábito de fazer essa tarefa com disciplina, pois não há milagres. Quais são os maiores erros que os MEIs cometem cuidando das finanças? Bom, alguns erros cometidos pelos MEIs têm ocasionado vários problemas no negócio. Veja os principais: o dimensionamento dos preços de forma desordenada; os gastos sem controles; a mistura com suas despesas pessoais. Por que as planilhas financeiras podem auxiliar em um melhor controle no dia a dia? O registro das informações permite que o empreendedor tome decisões com maior segurança. E, claro, para ter a agilidade que o mercado exige hoje em dia, utilizar as planilhas financeiras torna isso possível. Mas você ainda deve estar se perguntando: como elas vão ajudar a otimizar os resultados da empresa? É simples responder essa pergunta, pois, uma vez que os controles financeiros fornecem informações atualizadas sobre a operacionalização do empreendimento, consegue-se ter o acompanhamento e realizar a correção de rumos de forma rápida, fazendo com que os resultados sejam ampliados. Quais são os benefícios de utilizar uma plataforma amiga das finanças? Ter plena consciência da real situação do empreendimento proporciona ao gestor o aproveitamento de forma adequada das oportunidades, bem como o desenvolvimento de ações para minimizar ou eliminar os efeitos de uma ameaça identificada no mercado. Usando uma plataforma amiga das finanças disponibilizada pelo Sebrae, você consegue fazer contas de forma automatizada, visualizar a realidade do negócio, investigar pontos de melhorias e muito mais. Vale destacar que o foco das ferramentas disponibilizadas pelo Sebrae é a simplicidade. O objetivo é fazer com que mais pessoas usem essas ferramentas no controle financeiro da empresa, para obter resultados melhores. A planilha amiga das finanças para o MEI pode ajudar a melhorar o controle e encontrar formas de otimizar os resultados do negócio. Como o Sebrae ajuda o MEI a controlar as finanças? Podemos afirmar que o Sebrae auxilia o MEI no controle das finanças ao desenvolver ações e ferramentas no sentido de capacitar o empreendedor a construir um entendimento delas e se apoderar na gestão de seu empreendimento. Em sua maioria, os empreendedores não utilizam ferramentas para gestão financeira, pelo fato de acharem difíceis, de não terem tempo, ou de não saberem utilizar. Mas esse não é um problema aqui, já que o foco é a simplicidade que proporciona consciência sobre o negócio e apoia no desenvolvimento de ações corretivas, permitindo um melhor resultado do negócio e absorvendo conceitos para implementação de melhorias em sua gestão. Não é novidade para ninguém que um dos itens mais relevantes para qualquer empreendedor é fazer o controle das suas finanças. Buscar conhecer e estudar bastante sobre essa questão é indispensável para que a empresa tenha sustentabilidade. Então, se o empresário quiser obter resultados positivos no negócio, vai ter que começar a estruturar os seus controles financeiros. Há duas ferramentas muito essenciais para o controle de qualquer empreendimento: uma é o Demonstrativo de Resultados, que segue o conceito econômico; outra ferramenta é o Fluxo de Caixa, no campo do conceito financeiro. É preciso deixar claro que o MEI não tem que investir em um sistema caro e complexo para controle. É possível usar planilhas no próprio notebook. Assim, ao fazer esses controles, tem-se um conhecimento bastante aprofundado do próprio negócio. Em qual momento da empresa é preciso controlar as finanças? Independentemente do momento em que o empreendimento esteja, controlar as movimentações é o que vai garantir maior tranquilidade e segurança no dia a dia, além, é claro, de diminuir os riscos de endividamento. Tendo um bom plano financeiro, você vai conseguir ter dados e números sobre as finanças do seu MEI em mãos; ter uma visão bem clara de aonde o empreendimento quer chegar e o que deve ser feito; tomar decisões mais assertivas e fáceis; e, claro, reconhecer o cenário atual e desenvolver estratégias para ter um posicionamento melhor no mercado. Se seus objetivos são lucrar mais, entender melhor como o dinheiro está fluindo no caixa e criar estratégias para manter esse fluxo sempre positivo, saiba que você precisa contar com uma planilha amiga de finanças para o MEI, para fazer contas e visualizar melhor a realidade financeira da sua empresa. Gostou de saber mais sobre a planilha amiga de finanças para MEI e quer ter um conhecimento aprofundado do seu negócio? Então, entre em contato conosco para saber mais detalhes! Aproveite e confira mais sobre como encontrar o ponto de equilíbrio da sua empresa. Isso também é um fator financeiro essencial para garantir o sucesso da sua empresa!
June, 2024
Como separar as finanças pessoais das contas da empresa: 8 dicas
"Como separar as finanças pessoais da empresa?" — a pergunta parece simples, mas acredite: muitos empreendedores, especialmente no início da atuação, cometem o deslize de envolver as suas despesas pessoais com as do negócio. O resultado? Além da falta de clareza, há grandes chances de prejudicar as finanças corporativas. Justamente por isso, é muito importante investir em estratégias de organização, mantendo uma conta para os gastos pessoais e outra para as despesas relativas ao empreendimento. Inclusive, pensando em ajudá-lo nesse processo, vamos elencar algumas dicas práticas neste post. Continue a leitura! Por que separar as finanças pessoais da empresa? Como dito na introdução, a necessidade de se ter clareza em relação ao orçamento empresarial é um motivo suficiente para procurar saber como separar os gastos pessoais das finanças da empresa. No entanto, a verdade é que existem outras vantagens provenientes da implementação desse tipo de organização. A seguir, vamos conhecer as principais: auxílio na avaliação dos riscos — quando não há diferença entre as contas pessoais e do negócio, a tendência é de que a gestão tenha dificuldades em entender a origem dos recebimentos e das despesas. Não há como fazer uma projeção correta, logo, não é possível avaliar os riscos aos quais o empreendimento está exposto; viabilização de tomadas de decisões mais seguras — entendendo como separar as finanças pessoais das contas da empresa, fica mais fácil determinar um planejamento e traçar estratégias de acordo com as condições do empreendimento. Ou seja, a simples separação das contas já auxilia a gestão a visualizar o quanto a companhia arrecadou e qual é o percentual que pode ser utilizado para investimentos e outros processos; aumento da confiabilidade do controle das finanças — é claro que essa medida é essencial para a gestão do empreendimento de maneira geral, mas, quando envolve os gastos pessoais, a iniciativa também garante um controle mais preciso dos seus recursos. Dessa forma, é possível saber quanto há disponível para o uso de forma clara, tanto no caixa corporativo quanto na conta pessoal. Como separar as finanças pessoais das contas da empresa? Mais do que saber o que diz respeito ao negócio e o que faz parte das suas finanças pessoais, manter contas separadas "força" você a mudar a maneira de lidar com o dinheiro de forma geral. Afinal, torna-se viável ter um controle mais detalhado da origem dos seus recebimentos e das despesas — o que se torna ainda mais prático a partir do investimento em um sistema para a gestão. Nesse contexto, as dicas que separamos foram pensadas para proporcionar a melhor administração possível das suas finanças. Vamos conferir?! 1. Tenha uma conta para a sua empresa Essa não é apenas a primeira dica-chave. Na verdade, deve ser o ponto de partida para que você realmente não misture as despesas. Na prática, o processo é até mais simples do que parece. Afinal, existe uma série de bancos que, atualmente, facilitam a abertura de contas para PJ (Pessoa Jurídica), principalmente se você for MEI. A ideia, como vimos, é manter duas contas: uma para os seus gastos pessoais e outra para a empresa. A primeira, obviamente, será utilizada para cuidar das suas despesas e das suas receitas. Já a segunda será exclusiva para administrar as finanças do negócio. Ou seja, todos os recebimentos (sejam de vendas, sejam de investimentos) deverão ser direcionados para essa conta, assim como os gastos relacionados ao empreendimento. 2. Determine um pró-labore O pró-labore pode ser compreendido como uma espécie de "salário para o dono do negócio". No entanto, é claro que essa conceituação é uma maneira simplificada de denominá-lo. Sim, ele realmente funciona como uma remuneração, mas não é similar a um honorário, até porque não há impostos ou descontos incidentes sobre essa quantia. Além disso, o valor não segue um padrão, dependendo dos critérios do proprietário da empresa. Então, como determiná-lo? Existem duas maneiras de definir a quantia: baseando-se no pior faturamento da companhia ou a partir da meta de receita. No primeiro caso, trata-se de uma maneira de evitar que os valores sejam extrapolados, especialmente quando falamos de períodos de risco. Sendo assim, o recomendável é considerar o valor do pior mês de faturamento do seu negócio e, a partir daí, retirar as despesas e 10% para o fundo de reserva. Portanto, o que restar será equivalente ao pró-labore. No segundo caso, você se baseará no valor do faturamento ideal. Na prática, considere essa quantia e subtraia os gastos mensais e 10% para o fundo de reserva. Novamente, o que sobrar corresponderá ao pró-labore. Apenas lembre-se de que o pró-labore não deve ser retirado do lucro, visto que fará parte das despesas periódicas do negócio. O lucro, na verdade, só será revelado depois que todos os pagamentos forem realizados — incluindo o pró-labore. Outro ponto que é válido ter em mente é que o valor precisa ser idealmente baseado no faturamento e é interessante determiná-lo de acordo com as funções desempenhadas na empresa. 3. Registre as entradas e as saídas da empresa Essa é uma tarefa que não ajuda apenas na separação de contas, mas, na verdade, é essencial para uma administração eficiente das finanças. De modo geral, o balanço das movimentações funciona como um guia para verificar como a companhia passou o mês e oferece clareza para que a gestão entenda o que pode ser melhorado. Por isso, trata-se de uma atividade que deve ser executada mensalmente. Para tanto, anote as despesas do negócio conforme elas ocorrem e mantenha-se atento, pois esse é o momento de analisar se você não está utilizando o faturamento para cobrir as suas contas pessoais. 4. Estabeleça sistemas diferentes para organizar as finanças No tópico anterior, você viu que é essencial registrar as entradas e as saídas do seu negócio para saber como separar as finanças pessoais da empresa. A grande questão é: onde fazê-lo? Bem, a boa notícia é que, quando se trata da gestão de finanças e de processos, existe uma série de possibilidades. Nesse caso, é possível considerar desde as mais simples, como um caderno de anotações, até as mais complexas, como softwares de gestão. Como alguns exemplos, podemos citar: planilhas — são ferramentas muito úteis, já que atendem bem tanto a usuários iniciantes quanto a avançados. Ou seja, para manipulá-las, não é necessário dominar todos os seus recursos. Foque usá-las para o seu objetivo principal, que é registrar as entradas e as saídas do negócio. Nesse sentido, boas opções são o popular Excel e o Google Sheets; softwares de gestão financeira — são programas específicos para as finanças, portanto, tendem a disponibilizar recursos mais direcionados, embora comumente sejam bastante intuitivos. Atualmente, há muitas alternativas no mercado, por isso, é interessante que você tenha uma ideia do que busca, já que existem soluções que permitem o registro de notas fiscais, a elaboração de relatórios, o controle de estoque etc.; aplicativos — são sistemas que podem ser equiparados ao anterior, até porque muitos são apenas a sua versão mobile. No entanto, é válido destacar que também existem aplicativos encontrados apenas em smartphones e tablets. As suas grandes vantagens são a flexibilidade de acesso e a tendência a ser responsivo, que é maior em comparação a um software convencional; assessoria contábil — embora estejamos falando de uma alternativa distinta das demais citadas, é importante ressaltar que também é possível contratar um escritório de contabilidade ou um profissional que o ajudará a melhorar a sua gestão financeira. Nesse caso, o benefício é que muitos processos deixam de ficar sob a sua responsabilidade, logo, você pode focar o que a empresa produz. 5. Tenha duas reservas de emergência distintas Quando se tem um negócio, mais do que se preparar para ir em busca do sucesso, é essencial estar pronto para os momentos difíceis que eventualmente virão. Na prática, isso inclui tanto as questões internas (como a perda de colaboradores, a queda das vendas e os problemas de gestão) quanto as circunstâncias externas, como as crises econômicas. Trata-se de situações que, muitas vezes, fogem do controle, mas devem, de algum modo, fazer parte do seu planejamento. Por isso, é fundamental manter uma reserva de emergência. Ou seja, um fundo para guardar, pelo menos, 10% do faturamento corporativo para possíveis imprevistos. Aliás, essa dica serve não apenas para as finanças da empresa: os seus rendimentos pessoais também devem formar uma reserva. Nesse caso, o ideal é separar um valor mensal para construir uma poupança que contenha, pelo menos, seis meses do seu pró-labore. 6. Faça diferentes investimentos Para as pessoas jurídicas, os investimentos costumam ser mais restritos à compra de equipamentos e de máquinas, à contratação de pessoal etc. No entanto, é possível ter ativos do mercado direcionados para o seu negócio. Inicialmente, é preciso esclarecer que as possibilidades de investimentos financeiros para empresas é também um pouco mais limitada. Além disso, existem algumas diretrizes específicas para que os empreendimentos possam investir. Para ajudá-lo, separamos algumas alternativas permitidas para as empresas. Veja a seguir! CDB Os Certificados de Depósito Bancário — ou CDBs — são um tipo de empréstimo que o investidor disponibiliza ao banco e, em troca, recebe uma remuneração com juros. Trata-se de uma boa alternativa, já que oferece prazos e liquidez e tem a opção de ser vinculado ao índice CDI (Certificado de Depósito Interbancário) ou ao IPCA (inflação). Fundos de investimentos Os fundos de investimentos são uma forma de aplicação financeira em que o investidor coloca o seu dinheiro em um grupo de ativos, que é gerenciado por um gestor. Esses investimentos podem incluir ações, Títulos de Renda Fixa, moedas, commodities etc. Ao investir em um fundo, ocorre a aquisição do que chamamos de cota: a representação de uma fração do patrimônio. O valor delas varia conforme a performance dos ativos no mercado, assim como os rendimentos da aplicação. LCI e LCA A LCA (Letra de Crédito do Agronegócio) e a LCI (Letra de Crédito Imobiliário) são ativos de renda fixa criados por instituições financeiras. O seu objetivo é trazer recursos para financiar os setores do agronegócio e do mercado imobiliário. O seu funcionamento é bem parecido com o dos CDBs, já que são títulos que atuam como um empréstimo para que os bancos invistam nos respectivos segmentos. Do mesmo modo, em troca, o investidor recebe uma remuneração prefixada ou pós-fixada. O retorno, geralmente, é superior ao de outras aplicações de renda fixa, como a poupança. 7. Utilize um cartão de crédito exclusivo para a empresa Sempre é preciso ter um cuidado a mais ao lidar com os cartões de crédito. Até porque esse é um tipo de ferramenta que oferece uma "renda a curto prazo", mas, por causa dos juros, pode levar o empresário a altas dívidas. Então, é fundamental usar esse recurso com responsabilidade. Se você já criou uma conta para PJ, provavelmente, receberá dois cartões: um para as movimentações relativas à sua vida pessoal e outro para o que diz respeito à empresa. No entanto, o cartão corporativo realmente só deve ser utilizado para as despesas do negócio. Inclusive, os gastos deverão ser bem específicos no momento do registro. Ou seja, o ideal é evitar colocar apenas algo como “despesa do cartão”. Lembre-se de que é interessante e conveniente que você saiba no que está gastando, até para ter uma ideia clara de para onde o seu dinheiro está indo. Nesse sentido, uma das vantagens de ter um meio de pagamento exclusivo para os custos da companhia é que todas as transações financeiras serão registradas em uma única fonte. Acredite: isso facilitará a separação das movimentações. Além disso, na prática, fazê-lo o ajudará a manter um registro preciso dos gastos do empreendimento, também facilitando a identificação de eventuais custos desnecessários. 8. Crie um planejamento orçamentário Por fim, junto ao registro das suas despesas, elaborar um plano de orçamento será essencial para a longevidade do negócio. Em outras palavras, o planejamento orçamentário se configura como uma estratégia de previsão das metas financeiras. Além disso, essa iniciativa ajuda a definir os limites de gastos durante um período determinado. É claro que isso não significa que não existirão imprevistos que poderão modificar as previsões. Adversidades acontecem. No entanto, de modo geral, o negócio terá um guia que norteará o caminho a seguir, além de haver mais clareza: uma qualidade essencial para uma boa administração empresarial. Assim, para criar um plano de orçamento, é fundamental começar identificando todas as despesas e as receitas. Isso inclui salários, aluguel, custos com os serviços contratados, gastos com materiais de escritório, despesas relativas aos equipamentos utilizados e outras questões operacionais. Em seguida, é preciso estimar os ganhos para o período em que o orçamento será aplicado. Com essas informações em mãos, é possível estabelecer metas realistas e planejar uma melhor distribuição dos recursos. O fato é que saber como separar as finanças pessoais da empresa é imprescindível para uma boa gestão financeira do seu negócio. Ao manter contas distintas, torna-se viável ter um controle mais preciso dos gastos, identificar os custos desnecessários e até tomar decisões mais estratégicas. Além disso, a separação facilita o registro das movimentações, como vimos. Ou seja, evita confusões na hora de fazer a contabilidade. Como mostramos neste post, é recomendável o uso de meios de pagamento exclusivos para as despesas da organização, como cartões corporativos. Isso ajudará a garantir que você saberá como separar as finanças pessoais da empresa e de que forma desenvolver um planejamento orçamentário para garantir a longevidade e o sucesso do seu empreendimento. Quer saber mais sobre o assunto de finanças e transformar os resultados da sua empresa? Confira nosso ebook: Além dessas dicas, separamos um vídeo que fala sobre o encontro do ponto de equilíbrio, isso é, identificar o quanto é necessário faturar para obter lucro, confira!
March, 2024
O que são despesas fixas e variáveis?
Independentemente da etapa da jornada em que você está no universo do empreendedorismo, provavelmente, ao projetar os níveis de lucratividade que desejava alcançar em médio e longo prazos, um questionamento surgiu: "O que são despesas fixas e variáveis?". Até porque, de forma bastante resumida, a relação entre esses fatores é simples — quanto mais reduzidas forem as despesas variáveis e fixas e quanto maiores forem as receitas, mais significativo o lucro também será. Na verdade, o tema é tão relevante que o próprio IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) apontou que, entre as empresas brasileiras, 48% fecham em até três anos, e, na maior parte das vezes, a razão por trás disso é um mau gerenciamento financeiro. Pensando na necessidade de trazer mais clareza a essa questão e, especialmente, ajudá-lo a driblar os eventuais entraves que surgem no caminho quando se trata de manter as portas de uma organização aberta, elaboramos este artigo. O nosso intuito principal é sanar as dúvidas mais comuns acerca do tema, explicando as distinções entre os tipos de despesas, o que define cada uma delas, a importância desse entendimento para a implementação de uma política de redução de custos e algumas boas práticas que podem ser adotadas com essa finalidade. Continue a leitura atenta das próximas linhas! O que são despesas fixas e variáveis? Antes mesmo de conceituar as despesas fixas e variáveis e de abordar as principais diferenças entre ambas as concepções, vale a pena retomar a definição de despesas isoladamente. Em suma, trata-se de todos os gastos que estão relacionados com a administração de uma organização, mas não associados à sua produção. Ou seja, falamos, nesse caso, do pagamento da folha do quadro de pessoal, do aluguel do espaço, dos gastos relativos às ações de marketing, de despesas com a compra de materiais de limpeza e de escritório etc. Então, quando falamos apenas em despesas — de maneira geral —, nós nos referimos aos recursos necessários para que um empreendimento mantenha a sua estrutura organizacional em funcionamento. Entretanto, nada têm a ver com a produção de mercadorias e/ou serviços a serem oferecidos ao público-alvo. Além disso, outro conceito similar e diretamente ligado aos gastos de uma empresa é o custo. Diferentemente da definição anterior, os custos dizem respeito a quaisquer desembolsos que estejam atrelados ao produto final, seja um item, seja uma prestação, como dito. Agora, a partir dessa compreensão, torna-se possível aprofundar um pouco mais no que se pode entender por despesa fixa e por despesa variável. O conceito de despesas fixas Apesar de o próprio nome dar a ideia de algo que não sofre eventuais variações, os valores das despesas fixas não são necessariamente imutáveis. Na verdade, a característica mais marcante desse tipo de gasto é a regularidade. Em termos simples, as contas fixas são despesas periódicas, que ocorrem todos os meses, não dependendo do volume de negócios fechados e/ou de produção. Logo, independentemente do faturamento alcançado, elas precisarão ser levadas em conta no fluxo de caixa da organização. Como exemplos pertencentes a essa categoria, é possível citar as contas de consumo recorrentes: a remuneração do quadro de pessoal da empresa; as contas de energia elétrica, de água, de telefone etc.; as taxas bancárias; o aluguel do espaço no qual o empreendimento está localizado. Nesse contexto, mais uma característica relativa a esse tipo de despesa é a dificuldade de redução dos valores. Afinal, mesmo que seja possível, por exemplo, reduzir o gasto com o aluguel, optando por outro imóvel, é indispensável que haja uma análise prévia do impacto que uma eventual mudança de instalação poderá ter sobre os níveis de produtividade do negócio, o que inegavelmente exige tempo de estudo e, se for o caso, dedicação à procura de um novo espaço. O conceito de despesas variáveis Já em se tratando das despesas variáveis de um empreendimento, é importante ter em mente que elas se relacionam com a produção — embora não devam ser confundidas com os custos. Elas são denominadas dessa forma justamente em razão de terem o seu valor variável, sofrendo mudanças conforme, por exemplo, o número de negócios fechados, o nível de produção e outras atividades empresariais. Lembra-se de quando distinguimos os conceitos de despesas e de custos? Bem, pode-se dizer que as variáveis estão "no meio do caminho" entre um e outro. Então, elas costumam ser inconstantes, de modo que podem ser bastante diferentes de um mês para o outro. Nessa categoria, os exemplos mais comuns que podemos citar são: as comissões relativas aos negócios fechados; os gastos com o abastecimento dos veículos da empresa; os acidentes e/ou incidentes relativos à produção/prestação de um serviço; os eventuais reparos de avarias; as manutenção não programadas etc. Entretanto, embora sejam inconstantes, as variáveis são despesas de redução mais fácil, já que podem, por exemplo, ser negociadas. Contudo, para identificar os pontos em que pode haver uma diminuição, é indispensável que haja, previamente, uma avaliação acurada, com uma visão abrangente, correta e completa sobre os seus tipos. Então, afinal, quais são as principais distinções entre elas? A partir da compreensão das definições anteriores, torna-se mais simples entender as diferenças principais entre os conceitos. A seguir, de forma resumida e didática, destacamos essas distinções, relacionando-as com o volume de vendas e/ou de produção: as despesas fixas, como dito, nada têm a ver com o custo do que é comercializado pela organização (seja com a aquisição de mercadorias, seja com a produção etc.); as despesas variáveis, por outro lado, têm uma relação indireta com o custo do que é comercializado, pois oscilam conforme o número de negócios fechados e o nível de produção, gerando a necessidade de cálculos recorrentes. Como é possível reduzir as despesas em um empreendimento e de que maneira isso pode otimizar os processos internos? Até aqui, foi possível compreender o quanto as despesas — tanto as fixas quanto as variáveis — impactam a saúde financeira do seu empreendimento, certo? Inclusive, se elas não estiverem presentes no planejamento financeiro traçado, muito provavelmente algumas pendências serão "esquecidas". Contudo, em se tratando da necessidade de diminuir as despesas, o controle financeiro é inegavelmente a melhor alternativa para o monitoramento dos gastos e, a partir disso, para a mensuração dos resultados. Tornando esse controle parte do cotidiano (revisitando-o semanalmente, quinzenalmente ou até mensalmente, a depender da necessidade percebida), passa a ser mais fácil identificar gargalos e traçar estratégias para a diminuição das despesas. Entretanto, ainda que não exista uma "fórmula mágica" que seja aplicável a todo tipo de empresa, a seguir, elencamos algumas ideias que você pode cogitar colocar em prática a fim de reduzir os dispêndios e, por conseguinte, otimizar os processos corporativos, gerando impactos positivos em todo o empreendimento. Inicie avaliando o seu quadro de colaboradores Comumente, quando o assunto envolve a redução de despesas e, na mesma frase, os integrantes do quadro de pessoal de um negócio são mencionados, logo imaginamos que o foco será voltado a demissões, não? Mas calma, pois não é o caso. Na verdade, nessa primeira etapa, a ideia é estimular uma reflexão acerca da jornada de trabalho dos profissionais, pensando se o horário de expediente atual é o ideal, se a performance da equipe é alta e se todos os seus trabalhadores estão satisfeitos. A realidade é que dias longos de trabalho não são, via de regra, os mais produtivos, especialmente para os ocupantes de cargos cujas atribuições são majoritariamente intelectuais. Então, ao refletir acerca dessa questão, lembre-se de que, em circunstâncias como essa, os níveis de produtividade sofrem uma redução natural, porém os custos com os quais a organização arca não diminuem. Envolva a sua equipe na redução dos custos Ainda tratando do quadro de trabalhadores, outra boa medida é buscar engajá-los no objetivo de reduzir os custos, por exemplo, valorizando os profissionais que claramente desempenham as suas funções de modo a ajudar nesse propósito. Inclusive, algumas ações que poderão fazer uma grande diferença são bastante simples, como apagar as luzes ao desocupar uma sala, desligar o ar-condicionado no horário de almoço etc. Mantenha todos os dados corporativos organizados Se você tivesse que responder qual é a soma anual dos valores pagos pela Internet, pela energia elétrica consumida, pela água etc., saberia? Como é o seu controle hoje em dia? Você ainda faz uso de planilhas ou de aplicações defasadas? Em caso afirmativo, saiba que é possível que os seus números não sejam tão precisos quanto você pensa. Quando se trata de manter todas as entradas e as saídas de recursos financeiros sob controle, o ideal é contar com a tecnologia, tendo à sua disposição um software confiável e que contribua para a diminuição das suas despesas. Acredite: embora a contratação da solução demande algum gasto, é indispensável que você o veja como um investimento — porque, de fato, é. Somente dessa maneira, você conhecerá os seus gastos na integralidade e, se for o caso, poderá identificar e fazer quaisquer mudanças necessárias. Compreendeu o que são despesas fixas e variáveis? Como visto, dominar o conceito e as distinções entre ambas é fundamental, até mesmo para exercer um controle maior sobre o fluxo de caixa da sua empresa e, se necessário, tomar algumas medidas a fim de reduzir os gastos de forma bem planejada. Quer saber mais sobre o assunto de finanças e transformar os resultados da sua empresa? Confira o Ebook: Noções básicas sobre finanças: o guia prático para o seu negócio! Além dessas dicas, separamos um vídeo que fala sobre algumas ferramentas que podem te ajudar administrar as finanças da sua empresa, confira!
November, 2023
5 dicas para fazer uma precificação de produtos inteligente
Criar uma empresa bem-sucedida depende de várias coisas, por exemplo, a precificação de produtos inteligente. Quando o preço é baixo demais, pode afetar a margem de lucro do negócio. Por outro lado, se for alto, prejudica a venda. Então, é preciso encontrar o ponto ideal. Ele depende de algumas coisas, como os custos envolvidos, a percepção de valor dos clientes e o preço praticado pelos concorrentes. Também é possível trabalhar com cálculos mais avançados, como o markup, que é aplicado sobre o custo do produto. Neste artigo, explicamos os benefícios da precificação de produtos e apresentamos algumas dicas úteis para você trabalhar essa estratégia com mais precisão e eficiência em seu negócio. Acompanhe até o final para saber mais! Os principais motivos para investir em formação de preços Todo negócio existe para gerar lucro para quem está à frente dele. Isso somente é possível quando há um bom faturamento, e a rentabilidade depende da maneira como os produtos ou serviços são precificados. Se você vende seus produtos sem um sistema para formação de preços, corre dois principais riscos: ele ficar mais caro do que o ideal e desestimular seus compradores; ele ficar muito barato e sua empresa deixar “dinheiro na mesa”, ou mesmo ter prejuízo. Ainda mais importante é notar que, se o problema da formação de preço durar por muito tempo, a empresa pode comprometer sua saúde e sobrevivência. Não será possível mantê-la no mercado, seja porque não consegue vender bem, seja por não gerar lucro a partir das suas vendas. Tendo isso em vista, é preciso estudar sobre precificação de produtos e aplicar suas melhores práticas. Se isso é feito com seriedade e consistência, o empreendimento pode contar com uma série de vantagens. Pontuamos as principais, nos tópicos seguintes. Possibilita uma melhor margem para negociação com consumidores Não é incomum que clientes queiram negociar preço. O problema é que, se o preço não é bem construído, suas margens podem estar baixas, e até pequenos descontos podem gerar prejuízo. Assim, a formação de preço resulta em mais margem de lucro e segurança para negociar. Facilita a criação de promoções ou condições especiais de venda Por vezes, para vender, é preciso criar promoções ou novas ofertas, como um parcelamento mais longo. Sem conhecer bastante a composição do preço, é difícil avaliar se a estratégia é realmente viável ou se pode acentuar os prejuízos. Por outro lado, ao conhecer seus preços, é possível criar promoções mais certeiras e atraentes, capazes de agregar valor ao negócio. Potencializa o lucro líquido do empreendimento O lucro líquido é uma métrica financeira crucial. Quanto mais alto ele for, melhor. Um cálculo de precificação bem realizado pode resultar em mais lucro para o negócio. Afinal, antecipa todos os custos e as despesas, bem como a margem líquida desejada. Assim, o empreendimento se torna mais saudável. Gera mais competitividade e credibilidade Quando não fazemos o cálculo de precificação de produtos, os valores atribuídos a eles são aleatórios, ou seja, baseados em “achismo”. Isso não pode ser considerado uma estratégia viável. O ideal é que você saiba como trabalhar a formação de preços para que eles estejam de acordo com aquilo que é praticado no mercado. Isso evita que fique muito acima do concorrente para gerar competitividade. Ao fazer o cálculo, talvez você perceba que pode trabalhar com valores menores, o que é mais atrativo para o público. Sem falar que, quando oferecemos preços muito baixos, o consumidor pode ficar desconfiado em relação à qualidade daquilo que é disponibilizado. Logo, uma precificação de produtos adequada gera credibilidade. Esses são apenas alguns dos benefícios, mas existem vários outros. É possível, até mesmo, pensar em um efeito cascata, pois, na medida em que o negócio se torna mais lucrativo e hábil na negociação, consegue aplicar sua competitividade e participação no mercado. As 8 melhores práticas para otimizar sua formação de preços A formação de preços é um processo que exige estudo e dedicação. Não basta dizer isto vale R$ 27,95. É preciso entender a composição do preço, a estratégia do seu negócio e a margem líquida por trás de cada produto. Em outras palavras, é fundamental que se tenha mais profundidade. Em essência, a precificação de produtos depende de três principais fatores: seus clientes, seus custos e seus competidores. Analisá-los é 2/3 do caminho. Mas também é imprescindível entender a estratégia do seu empreendimento e como o preço se encaixa nela, entre outros aspectos. Um detalhe importante é compreender que a formação de preço não é algo complexo. Mesmo as técnicas mais avançadas lidam apenas com as quatro operações básicas (adição, subtração, multiplicação e divisão). Portanto, você não precisa ter medo na hora de calcular. A seguir, listamos 8 dicas para que você possa fazer o cálculo de precificação com mais confiança e precisão. Confira! 1. Conheça os custos e as despesas envolvidos Para vender qualquer produto, você tem custos e despesas. São itens necessários à aquisição ou manutenção do produto no seu estabelecimento, até que ele seja vendido para o cliente final. Ao entender esses itens, fica mais fácil formular seu preço de venda. Todo gasto necessário à aquisição ou produção do item vendido é chamado de custo. Sendo assim, é algo que está diretamente ligado ao seu produto. Sem ele, o produto não existiria. O valor pago ao seu fornecedor é o melhor e mais simples exemplo de custo. Também a aquisição de matéria prima para fabricar esse item, se for o caso. Você também tem despesas. São gastos indiretos, mas necessários à comercialização ou manutenção do seu produto. O marketing e os cumprimentos legais são bons exemplos. Se você considera os custos e não as despesas, pode ter problemas. Portanto, pegue um dos seus produtos — qualquer um, apenas como exemplo — e avalie duas coisas: quais custos estão diretamente ligados a ele? E mais: quais despesas são necessárias para mantê-lo, vendê-lo e/ou distribuí-lo? É um bom ponto de partida. 2. Conheça a percepção de valor dos seus clientes Uma coisa muito importante é a percepção de valor do cliente. Em essência, é o quanto o consumidor acha que o seu produto vale e está disposto a pagar. Se o seu preço não estiver dentro da percepção de valor do comprador, ele dificilmente será vendido. Há muitas formas de avaliar essa percepção. A mais simples é literalmente perguntar o quanto seus clientes estão dispostos a pagar. Outra opção é verificar como a variação dos preços aumenta ou diminui a demanda dos clientes pelo seu produto, em certo período. Algo importante é entender que você pode usar essa percepção a seu favor e fazer com que seus clientes se disponibilizem a pagar um pouco a mais. Uma marca premium, uma embalagem atraente e um atendimento personalizado elevam a noção de valor. 3. Avalie se sua estratégia é de margem ou giro A diferença entre o custo do seu produto e o preço de venda é chamada de margem. Um exemplo de precificação: se você compra algo por R$50,00 e vende por R$100,00, tem uma margem de 50%. O ponto é: qual é a margem ideal? Quanto maior, melhor? Isso depende muito da sua estratégia. Algumas empresas ganham na margem. Ou seja, elas conseguem obter uma margem muito alta na venda de cada produto, mesmo que isso signifique vender com pouca frequência. As joalherias funcionam assim, e as concessionárias também. Outras empresas ganham no giro do produto (frequência de venda). Elas trabalham com uma margem muito apertada, mas vendem com muita frequência e ganham no acumulado. Bons exemplos são postos de combustível e redes de supermercado. Avalie qual é a melhor alternativa para a sua empresa — a margem, o giro ou um misto dos dois (um meio-termo). Isso certamente vai influenciar o preço do seu produto, seja tornando-o maior ou menor. É preciso ter clareza sobre onde está seu ganho: na margem ou no giro. 4. Conheça seus principais competidores Outra dica importante é: conheça seus competidores. Em geral, tanto sua estratégia (margem ou giro) quanto a percepção de valor dos seus clientes depende da forma como seus competidores atuam no mercado. Por isso, é muito importante conhecê-los. Seus principais competidores têm fundamentos semelhantes aos da sua empresa. Ou seja, são mais ou menos homogêneos em termos de tamanho, público-alvo e raio de atuação. Por exemplo, se você tem um mercadinho de bairro, seus principais competidores são outros mercadinhos, e não os supermercados. Avalie, então, qual é o preço praticado por competidores com fundamentos iguais aos da sua empresa. Os produtos são mais caros ou mais baratos? Costumam entrar em promoção ou ficam sempre naquele preço? Assim, você terá uma boa base para decidir sobre preços. 5. Avalie a sensibilidade dos seus clientes ao preço Já falamos da percepção de valor do cliente e agora vamos tratar da sensibilidade aos preços. Alguns segmentos de consumidores são mais sensíveis a eles do que outros. Então, se sua empresa aumenta o preço de venda, a intenção de compra cai significativamente. O mercado de remédios, por exemplo, costuma ser pouco sensível. Ainda que o preço do seu produto cresça, a demanda se manterá praticamente a mesma — pois as pessoas precisam medicar-se. O mercado de carne bovina, por sua vez, tem uma elasticidade maior. Se o preço da carne de boi cresce, os clientes ligeiramente recorrem a outro tipo de proteína animal. Então, ao precificar seu produto, avalie o grau de sensibilidade dos clientes ao preço. Isso será útil para futuros reajustes ou para praticar preços um pouco mais distorcidos da média do mercado. Se a sensibilidade é alta, sua precificação de produtos deve ser ainda mais perspicaz. 6. Considerar o valor percebido do produto Essa estratégia para formação de preços é bem parecida com o exemplo de precificação de produtos que deixamos no item dois. Mas existe um detalhe diferente, uma vez que aqui estamos falando a respeito do valor intangível que a sua empresa entrega. A percepção de valor do cliente sobre um produto ou serviço também se relaciona com o tipo de impacto que isso pode promover em sua vida. Você já parou para pensar quais são os benefícios que as soluções do seu negócio entregam para o público? Imagine que uma pessoa deseja tomar um sorvete de casquinha. Ela pode tanto comprar de um vendedor ambulante que está na praça quanto entrar e sentar-se confortavelmente em uma sorveteria. No segundo caso, é provável que o preço do sorvete seja maior, mas mesmo assim o cliente pagará por ele, já que existe uma percepção de valor diferenciada. Isso acontece em função do local onde essa pessoa está, da experiência que é oferecida para ela, por exemplo, um espaço em que pode fazer fotos para postar nas redes sociais. Você pode precificar o seu produto conforme esse valor intangível, considerando a experiência do cliente, o status, a marca e diferenciais como ser algo orgânico, sustentável, vegano, e assim por diante. 7. Adotar uma estratégia de precificação de penetração Essa é uma ótima estratégia para quando vamos fazer a precificação de produtos que estão entrando no mercado. A ideia aqui é praticar um valor mais baixo do que a concorrência oferece para conseguir apresentar esse produto para o público. As pessoas são atraídas pelo valor menor e se dispõem a conhecer essa novidade por causa do investimento mais baixo. Depois, gradativamente, você pode subir o preço quando já tiver uma aceitação do consumidor. 8. Utilizar a técnica de preço empacotado Nesse exemplo de precificação, você consegue alcançar vantagens como aumentar o ticket médio do seu cliente e ainda movimentar o estoque. A ideia é trabalhar com mais de um item em um pacote fechado. Você pode oferecer produtos que se complementam fazendo a venda conjunta por um preço único. Assim, é possível vender um determinado item apenas no pacote, ou então oferecer como parte de um pacote já existente ou como complemento de um produto individual. A precificação de produtos com o markup divisor Podemos utilizar o markup na precificação também. Essa é uma técnica um pouco mais avançada. É basicamente um índice divisor aplicado ao custo do produto para definir o preço ideal de venda. Ao encontrar o markup, a definição de preço torna-se mais simplificada, padrão e replicável. A fórmula do markup é: Markup = ((PV - DT - LD) / 100) onde: PV = preço de venda (em %); DT = despesas totais (em %); LD = lucro desejado (em %). Ou seja, seu markup é igual ao preço da venda (que é sempre 100%) menos a despesa total do produto vendido, menos o lucro desejado, e tudo isso dividido por 100. O resultado dessa fórmula será um índice divisor, chamado markup. Para ficar mais fácil entender o markup na precificação dos produtos: imagine que está precificando uma camisa. Ela custa R$ 55,00. Seu preço de venda é 100% (como explicado, sempre será 100%), as despesas (com aluguel, mão de obra etc.) representam 35% do preço, e o lucro líquido desejado é de 15%. Logo: markup = ((100 - 35 - 15)/100) = 0,5 Então, basta dividir o custo da sua camisa pelo markup (sendo assim, R$ 55,00/0,5) para encontrar o preço ideal de venda, que, nesse caso, é R$ 110,00. Se despesas e lucro forem os mesmos para os demais produtos que você vende, basta aplicar o mesmo índice markup. Saiba como escolher a melhor técnica de precificação de produtos Como praticamente tudo no mundo dos negócios, a precificação de produtos é algo que não tem uma receita pré-definida. Cada negócio poderá encontrar mais ou menos vantagens com uma determinada estratégia de preços. O ideal é que você considere todas as circunstâncias que citamos que influenciam a precificação. Também é importante pensar nos resultados que você deseja alcançar. Afinal, se for lançar um produto, por exemplo, pode aplicar o preço de penetração. Para movimentar o estoque ou fazer um produto ficar conhecido, é interessante trabalhar com o preço empacotado. É muito provável que você trabalha com mais de uma técnica, dependendo de cada situação. O mais importante é sempre fazer o cálculo da sua margem de contribuição, aquilo que de fato vai “sobrar” para o seu negócio descartando todas as despesas e custos. É dessa forma que terá certeza que aquele preço está trazendo um lucro real. Mas não se esqueça de considerar o valor que o cliente estaria disposto a pagar e também aquilo que é praticado no mercado e pelos seus concorrentes diretos. Veja que agora você está por dentro do assunto. Lembre-se de que a precificação de produtos é algo crucial para a saúde da empresa, manutenção de boas margens e negociação com clientes. Então, avalie e considere cada aspecto envolvido, independentemente da técnica e, somente depois disso, defina seu preço de venda. Gostou do conteúdo? Veja também como criar uma jornada do cliente, para completar a estratégia do seu negócio, fidelizar o cliente e vender cada vez mais!