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Mon Sep 04 09:03:26 BRT 2023
Pessoas | SAÚDE OCUPACIONAL
Saúde do profissional de saúde: 5 boas práticas para adotar na rotina

A dedicação intensa ao trabalho e a alta sobrecarga exercem um grande impacto negativo sobre a saúde do profissional de saúde, fique atento!

· 04/09/2023 · Atualizado em 04/09/2023
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Embora seja comumente "deixada de lado", a atenção com a saúde do profissional de saúde deveria ser uma prioridade. Afinal, todos nós precisamos que esses especialistas estejam bem — física e mentalmente — para que possam exercer o seu trabalho, cuidando dos demais, concorda?

Se você já viajou de avião em alguma ocasião, deve ter percebido que uma das recomendações a serem observadas em casos de emergência envolve colocar a máscara de oxigênio em si mesmo primeiramente para, somente depois, auxiliar outras pessoas. Então, seguindo a mesma lógica, os profissionais de saúde precisam estar focados em si mesmos em primeiro lugar, não negligenciando o próprio bem-estar e a sua qualidade de vida.

A grande verdade é que, apesar de muitas vezes eles serem classificados como "heróis", nós não podemos esquecer que estamos falando de seres humanos que têm necessidades como qualquer outro. Inclusive, pensando nisso, nós preparamos este artigo para abordar a qualidade de vida do profissional da área de saúde e explicar o que ele pode fazer para manter uma rotina mais saudável. Confira!

Qual é a importância de o profissional cuidar da própria saúde?

Não é novidade que a carga de trabalho para o profissional da área da saúde é muito intensa. Médicos, enfermeiros e outros especialistas do ramo enfrentam longos plantões, realizam diversas tarefas e lidam com pressão e cobranças de forma constante.

Por isso, a tendência é de que a sua saúde — tanto a mental quanto a emocional — seja afetada de maneira significativa. Segundo a Demografia Médica no Brasil 2023, o problema pode começar ainda durante o período de residência. A pesquisa indicou que 39% dos residentes consideram a carga horária excessiva.

A propósito, a saúde do profissional de saúde ganhou um destaque maior durante a pandemia. Um estudo realizado pela Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca mostrou que 50% desses trabalhadores apresentaram sintomas depressivos. Além disso, 78% deles desenvolveram a síndrome de Burnout, de acordo com a PEBMED.

No entanto, é válido ressaltar que a situação não está melhor agora. Conforme o estudo do IQG (Instituto Qualisa de Gestão), apresentado na 39ª Conferência Internacional da ISQua (Sociedade Internacional de Qualidade em Saúde), 20,57% dos enfermeiros demonstram exaustão emocional, e 24,13% deles manifestam despersonalização.

Ou seja, os dados apontam uma necessidade urgente de cuidar da saúde do profissional de saúde para garantir o seu bem-estar e a sua qualidade de vida.

Como o profissional de saúde pode cuidar da sua saúde física e mental?

Como visto, o profissional de saúde coletiva precisa estar saudável física e mentalmente para alcançar o seu melhor desempenho. A exaustão, além de gerar outros prejuízos, afeta a concentração e aumenta o risco de haver erros médicos por desatenção ou por sobrecarga.

Além disso, os profissionais da saúde também adoecem como qualquer trabalhador. Esse tipo de situação impacta negativamente a sua vida pessoal e, em muitos casos, leva à necessidade de o colaborador se afastar do trabalho, o que reduz a quantidade de especialistas disponíveis e implica a sobrecarga de trabalho dos demais, que também podem adoecer em função disso.

Diante desse cenário complexo, contudo, a boa notícia é que as medidas para cuidar de quem atua na área da saúde são bastante simples, assim como as práticas recomendadas para pessoas comuns seguirem um estilo de vida saudável. A seguir, nós listamos os cuidados principais, considerando aspectos físicos, mentais e emocionais. Vamos conferir?!

1. Respeitar os próprios limites

É indiscutível que o profissional da área da saúde costuma se dedicar de uma forma intensa à sua profissão, afinal, o seu objetivo é ajudar o máximo de pessoas possível. O problema é que, com essa postura, não raramente, o especialista acaba por ultrapassar os próprios limites.

Geralmente, ele enfrenta muitas noites em claro, privando a mente e o organismo do descanso fundamental para o equilíbrio das funções orgânicas e para o reparo do próprio corpo. Assim, começa a surgir um quadro de exaustão, que traz consigo uma série de outros problemas — inclusive, desregulando a química do cérebro e do organismo como um todo.

Portanto, é imperativo que cada profissional aprenda a identificar os seus próprios limites para que eles possam ser verdadeiramente respeitados. A dedicação à profissão é, sim, superimportante, mas os momentos de descanso e de lazer não podem ser "deixados de lado".

Aliás, como especialistas da área de saúde, essas pessoas têm conhecimento dos efeitos negativos que as noites constantes em claro podem trazer, assim como as horas e horas sem se hidratar e/ou se alimentar corretamente. Então, é essencial priorizar uma rotina mais equilibrada, ainda que seja necessário reduzir a carga horária de trabalho e/ou se dedicar a apenas um emprego, evitando o acúmulo de funções.

2. Manter uma alimentação saudável

O organismo precisa receber uma nutrição adequada para funcionar corretamente, e a melhor forma de garanti-la é por meio de uma alimentação balanceada, dando preferência a opções saudáveis. Por mais que seja preciso improvisar lanches rápidos durante o expediente, ainda é possível fazer escolhas inteligentes para que essas refeições também ofereçam os nutrientes fundamentais.

Uma boa pedida é, por exemplo, preparar marmitas saudáveis para toda a semana e levá-las para o trabalho. Se a medida não for viável por alguma razão, basta selecionar as alternativas mais nutritivas disponíveis no refeitório — ou no restaurante, caso você vá almoçar fora.

A recomendação é aquela que o profissional de saúde coletiva já conhece: priorizar uma dieta rica em alimentos naturais, em uma apresentação tão próxima quanto possível daquela encontrada na natureza, incluindo proteínas magras, cereais e muita água. No mesmo sentido, é indicado evitar frituras, gorduras, excessos de açúcar, sódio, refrigerantes e outros produtos que não agregam valor nutricional.

3. Cuidar da saúde mental

A saúde do profissional de saúde também tende a ser muito abalada por tudo aquilo que ele vivencia no dia a dia. Afinal, estamos falando de pessoas que lidam com a dor e com o sofrimento diariamente — e tudo isso pode afetar (e muito!) as suas emoções. Sendo assim, é indispensável cuidar da saúde mental.

Uma das medidas a serem adotadas envolve trabalhar o autoconhecimento para desenvolver a inteligência emocional. A ideia é se tornar capaz de gerenciar da melhor forma as próprias emoções em diferentes situações.

Inclusive, a psicoterapia é uma excelente alternativa para ajudar a lidar com questões conflituosas e evitar que a dor do outro seja absorvida para si, causando sentimentos de culpa e/ou de incapacidade diante de casos graves e complexos. Seguindo a mesma linha de raciocínio, o descanso e os momentos de lazer também ajudam muito a cuidar da saúde mental.

É superimportante estar junto da família, de amigos e de pessoas queridas. Viver experiências que fogem daquele cotidiano do ambiente de saúde é igualmente essencial. Vivências diferenciadas geram memórias positivas e auxiliam na produção de neurotransmissores que trazem uma sensação de bem-estar.

Além disso, o profissional de saúde coletiva precisa pensar em si mesmo, reservando um tempo para o autocuidado e para se dedicar àquilo de que ele gosta. Em alguns momentos, é determinante se colocar acima de tudo e priorizar os próprios desejos e as suas necessidades.

4. Fazer pausas durante o dia de trabalho

Às vezes — ou melhor: praticamente sempre —, o profissional da área de saúde se vê repleto de afazeres. São tantas tarefas e demandas que exigem a sua atenção que pode ser difícil encontrar um momento até para beber uma água ou usar o banheiro. No entanto, é indispensável que a rotina inclua algumas pausas para tirar o foco do trabalho e "respirar", recuperando o fôlego.

Então, é nesse momento que o profissional vai dar um pouco de atenção para si mesmo: esticar as pernas ou se sentar, fazer um alongamento, tomar um gole de café ou de água, responder às mensagens da família ou dos amigos etc. Enfim, é imperativo "se desligar" vez ou outra para retomar a energia e ter mais disposição para o restante do expediente.

5. Praticar atividades físicas

A prática regular de atividades físicas também é essencial para a saúde do profissional de saúde — assim como é para qualquer outra pessoa. Mesmo que haja um grande desgaste durante o expediente, as atividades laborais não contam como exercícios físicos. Ou seja, ainda que esteja sempre andando para lá e para cá pelos corredores, o especialista pode se manter sedentário.

O ideal é realizar 150 minutos de atividades físicas durante a semana para combater o sedentarismo. O período pode ser dividido em 30 minutos, de modo que o colaborador se exercite cinco vezes ao longo dos dias. Isso já é o suficiente para começar a colher os benefícios da iniciativa.

Outro ponto a ser ressaltado é que não existe uma modalidade ideal. O recomendável é movimentar o corpo.

Por isso, é possível praticar atividades físicas até mesmo antes de ir para o trabalho. Que tal, em vez de fazer todo o percurso de carro, de ônibus ou de metrô, caminhar uma parte dele? Uma medida igualmente válida é optar por ir trabalhar de bicicleta e até mesmo fazendo uma corridinha.

Também vale a pena praticar um esporte, frequentar uma academia, apostar na hidroginástica ou na natação e até mesmo ter uma esteira ou uma bicicleta ergométrica em casa. Ainda nesse contexto, mais uma possibilidade é aproveitar o momento de se exercitar para se divertir e relaxar, fazendo aulas de dança ou de zumba, por exemplo.

Na verdade, fica mais fácil adquirir o hábito de manter o corpo em movimento ao escolher algo prazeroso ou divertido. De toda forma, lembre-se de que o foco é praticar a atividade física com regularidade porque fazê-lo alivia o estresse, favorece a produção de neurotransmissores ligados ao bem-estar, equilibra os hormônios e melhora a qualidade do sono — além de todos os impactos positivos para o sistema cardiorrespiratório, vascular e para a saúde dos músculos, das articulações e dos ossos.

Como visto, quem cuida das outras pessoas também precisa de cuidado, pois é um ser humano como todos nós, com as suas próprias necessidades e demandas. Por isso, é fundamental reforçar sempre a relevância de investir na saúde do profissional de saúde, incentivando a adoção de bons hábitos e de uma rotina saudável, além de contribuir com aquilo que for possível para minimizar a sobrecarga desses trabalhadores.

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