A desvantagem em termos de salários e a lacuna significativa quando se trata de promoções contribui para que as mulheres deixem de ganhar uma considerável soma em dinheiro no mercado de trabalho. Além disso, a luta contínua para lidar com as rígidas expectativas enfrentadas pelas chefes mulheres, e os encargos do trabalho não remunerado, como o cuidado com a casa e os filhos recaem muito mais sobre as mulheres, provam que ainda há muito o que enfrentar quando se trata de equidade no trabalho.
O peso do trabalho invisível dentro das empresas também fica mais nos ombros das mulheres, já que importantes contribuições feitas por mulheres no local de trabalho são sistematicamente ignoradas pelos chefes. Muitas atividades frequentemente passam despercebidas na hora da promoção, devido à falta de resultados comerciais diretamente mensuráveis. Além disso, as mulheres são mais propensas a assumir o “trabalho doméstico” do escritório, ou seja: aquelas tarefas de agendamento ou anotações que precisam ser feitas, mas que pouco servem para alavancar a carreira.
A criação de uma estrutura de promoção mais transparente exige que os chefes atualizem a forma como oferecem oportunidades de promoção. Na hora de decidir quem será promovido, o ideal é criar um processo de avaliação entre equipes que traga liderança de outros departamentos para considerar a elegibilidade de cada funcionário.
Esse processo deve se apoiar em critérios de promoção unificados, que levem em consideração tanto estatísticas como crescimento de receita, bem como referências para habilidades sociais igualmente importantes. Critérios unificados não apenas criam avaliações mais equitativas na hora da promoção, mas também combatem preconceitos.
Contudo, esses esforços não serão suficientes sem políticas e metas transparentes. Começando pela coleta e compartilhamento do dados relacionados a gênero dentro das empresas, que pode ajudar a criação de políticas e implementação de práticas para promover a equidade de gênero tenham um impacto definido e mensurável.