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Na cenário dinâmico do mercado atual, compreender as tendências de consumo é mais do que uma estratégia: é a base para inovação e crescimento sustentável.

Afinal, elas ditam como as marcas devem se comunicar na era digital e apontam ações para lidar com questões sociais e ambientais. Elas também mostram o caminho para conquistar nichos exclusivos de consumidores.

Ou seja: estar a par delas e aplicar essas tendências é a chave para criar boas estratégias de crescimento e garantir melhores resultados nas vendas.

Continue lendo para ficar por dentro das principais tendências de consumo atualmente!

Consumo sustentável

O consumo sustentável abrange iniciativas ESG, que visam reduzir os impactos ambientais. Essa tendência ganhou força no século XXI devido à conscientização política, científica e midiática sobre as práticas inadequadas de grandes empresas e indústrias.

O conceito de consumo sustentável vai além da simples aquisição de produtos, abrangendo uma variedade de iniciativas ESG (ambientais, sociais e de governança) com o objetivo de reduzir os impactos ambientais.

Essa tendência, que se fortaleceu significativamente no século XXI, não se restringe à busca pela redução de danos ao meio ambiente, mas representa uma mudança grande nos padrões de consumo e venda, impulsionada pela conscientização política, científica e midiática.

O cenário atual destaca a importância de repensar não apenas o que consumimos, mas como essa prática pode ser integrada a um estilo de vida mais sustentável.

O consumo sustentável é uma abordagem holística que considera, por exemplo, o ciclo de vida dos itens, a eficiência no uso de recursos e a minimização dos impactos negativos ao longo de toda a cadeia produtiva.

Responsabilidade ambiental

A responsabilidade ambiental é um importante fator do consumo sustentável, buscando reduzir o impacto na natureza e respeitar fauna, flora e recursos naturais.

Algumas ações que podem ser adotadas nesse sentido são:

• promoção de programas de reciclagem e coleta seletiva;
• uso de materiais biodegradáveis na fabricação de produtos;
• produção de alimentos orgânicos;
• criação de produtos não testados em animais;
• não extração e/ou produção de insumos que afetem o habitat de animais, causem sofrimento ou a morte deles.

Pesquisas mostram que 95% dos brasileiros priorizam marcas sustentáveis, e 64% estão dispostos a pagar mais por alimentos produzidos de maneira sustentável (dados da APAS, do Instituto Akatu e do GlobeScan).

Portanto, é imprescindível que o mercado adote uma postura ecologicamente correta para atender a essas expectativas. Grandes empresas podem apresentar certa dificuldade nessa tarefa por terem um modelo de negócio mais engessado e dispendioso.

Pequenos negócios podem aproveitar as oportunidades desse cenário, apostando em um estabelecimento verde. Pequenas mudanças, como a oferta de embalagens recicláveis ou menos agressivas à natureza, já chamam a atenção dos perfis de consumidor atentos à responsabilidade ambiental.

Sem falar da possibilidade de começar do zero com linhas de produtos que atendem a um público ávido por valorização e espaço: vegetarianos e veganos. Até o final de 2023, a expectativa é de que esse público represente 20% da população brasileira — cerca 40 milhões de pessoas.

Responsabilidade social

A responsabilidade social também está em alta. Isso significa que os consumidores estão de olho nas marcas que se importam com as pessoas e têm impacto positivo na sociedade.

Segundo aquela pesquisa da APAS, 64% das pessoas já pularam fora de um lugar ou marca ao descobrirem comportamentos antiéticos dos funcionários. Inclusive, dos 95% que buscam sustentabilidade nas empresas, muitos estão de olho na responsabilidade social.

É possível fazer isso, por exemplo:

• colaborando com pequenos produtores;
• promovendo ações locais para fortalecer a comunidade;
• incentivando o consumo consciente no dia a dia.

Consumo digital

Outra tendência de peso é o consumo digital, que cresce a cada ano. Aqui, é crucial lembrar que há diversos fatores associados, revelando diferentes perfis de consumo.

Isso porque a internet não serve apenas para adquirir produtos físicos, digitais ou serviços: ela também é um espaço para o consumo de conteúdos em sites, blogs e redes sociais.

Ao contrário do que muitos pensam, o consumo digital não enfraquece as vendas dos pequenos negócios. Na verdade, o empreendedorismo digital oferece um ambiente mais democrático, com acesso direto ao público-alvo.

A internet possibilita destacar o diferencial dessas empresas, usando estratégias como atendimento omnichannel, criação de conteúdo, gestão de redes sociais e parcerias com influenciadores digitais.

Inteligência Artificial

A presença cada vez maior da Inteligência Artificial (IA) está moldando de maneira significativa as tendências de consumo. Com suas diversas aplicações, a IA simplifica a vida do consumidor ao oferecer sugestões personalizadas.

Empresas que adotam soluções de IA conseguem proporcionar atendimentos de alta qualidade, aprimorando a experiência do cliente.

Em ambientes virtuais, como lojas online, a IA identifica padrões de comportamento e preferências do usuário, fornecendo sugestões relevantes de produtos, serviços ou outros itens. Esse nível de personalização aumenta consideravelmente as chances de sucesso nas vendas.

Consumo digital no dia a dia

Diversas pesquisas destacam a crescente presença da internet no dia a dia das pessoas, consolidando-se como uma ferramenta essencial para o consumo. Um levantamento do CGI.br revelou que no Brasil existem 149 milhões de usuários de internet, sendo que 142 milhões acessam a rede diariamente.

Já os dados adicionais de uma pesquisa conduzida pela Ocktadesk e pela Opinion Box evidenciam que 85% dos brasileiros fazem compras pela internet pelo menos uma vez por mês, enquanto 62% fazem de duas a cinco compras mensais online.

Outro insight revelador é que 61% dos consumidores fazem mais compras pela internet do que em lojas físicas. Essas constatações reforçam o papel central que o consumo digital desempenha na vida contemporânea.

Consumo compartilhado

A ascensão do consumo compartilhado tem sido mais evidente nas grandes capitais, impulsionada pela busca por economia e pela preservação de recursos naturais.

Os espaços de coworking se destacam como exemplos notáveis, reduzindo despesas com aluguel, água, luz, internet, materiais de escritório e outros.

Pequenos empreendedores têm a chance de capitalizar nessa tendência, tornando-se fornecedores desses espaços. A demanda, inclusive, se estende para áreas residenciais, como os condomínios inteligentes, que implementam sistemas de reuso de água, lavanderias coletivas, placas para captura de luz solar, entre outras inovações.

Mudanças sociais

O consumo compartilhado vai além de impactar apenas o comportamento individual do consumidor. Ele desencadeia mudanças significativas na forma como as relações sociais se desenvolvem.

As pessoas estão despertando para a consciência coletiva, compreendendo como suas ações reverberam na comunidade. Isso resulta em um aumento do senso de colaboração e responsabilidade, comprometendo a sociedade a tornar o espaço coletivo melhor para todos, promovendo valores de democracia e inclusão.

Atendimento empático

A era em que os clientes eram limitados a uma ou duas opções para um produto específico ficou no passado. Com o avanço da internet, surgiram diversas alternativas de consumo, impulsionadas pelo crescimento de microempreendedores, que já somam 13,2 milhões e representam 70% das empresas no país.

Diante desse cenário, as empresas precisam adotar uma postura proativa para atrair a atenção dos consumidores, que estão mais criteriosos e conscientes do poder de escolha que têm.

Nesse contexto, o atendimento empático se destaca, apresentando três características marcantes:

1. otimização de tempo: canais de atendimento diversificados funcionam em horários variados, proporcionando ao cliente contato rápido e prático. Modalidades de entrega expressa em domicílio atendem consumidores com pouco tempo para visitar a empresa;
2. soluções personalizadas: flexibilidade na venda de pacotes de produtos e serviços para atender às necessidades e condições de pagamento do cliente;
3. ações afirmativas: tanto na política interna quanto na publicidade, a marca incorpora valores de diversidade e respeito, representando nichos muitas vezes marginalizados na história. Essas bandeiras levantadas visam gerar conexão genuína com a empresa.

Consumo social

O consumo transcende a simples aquisição de produtos: ele é parte integrante do processo de comunicação, moldando processos socioculturais e construindo identidades, promovendo diferenciação entre os indivíduos na sociedade.

Isso significa que as pessoas podem transformar o ato de consumir em um movimento social, construindo comunidades em torno de marcas. Aqueles que abraçam os valores e ideias da marca formam, assim, um movimento social.

Essa dinâmica tende a fortalecer-se, especialmente quando causas e bandeiras específicas estão alinhadas com as empresas, marcas ou produtos que oferecem.

Privacidade

A privacidade tornou-se uma prioridade para muitos consumidores. As pessoas desejam preservar suas informações ao procurar produtos, realizar transações e efetuar pagamentos.

Existe a tendência de optar por empresas que garantem a proteção das informações, tratando esses dados com responsabilidade e oferecendo um ambiente confortável e discreto para a realização das compras.

Autenticidade

No contexto do consumo como um movimento social, a autenticidade torna-se uma preocupação central. Uma das tendências comportamentais dos consumidores é buscar aquilo que oferece uma identidade única, promovendo reconhecimento e se destacando do comum.

Essa autenticidade não se limita apenas aos produtos, mas se estende ao atendimento ao cliente. A autenticidade demonstrada pelas empresa gera um diferencial e agrega valor.

Comodidade

A comodidade permanece como uma tendência fundamental para o consumidor contemporâneo. Com a descoberta das facilidades proporcionadas pela internet, pela omnicanalidade, pela Inteligência Artificial e por outras tecnologias, as empresas precisam oferecer atendimento cômodo.

Também é essencial proporcionar uma jornada de compra simples, intuitiva e agradável. Essa abordagem visa transformar cada momento de compra em uma experiência especial para os clientes.

As tendências de consumo ganham força ao dar protagonismo às necessidades do cliente. Compreendê-las e adotá-las como propostas de inovação para o seu negócio é a estratégia mais certeira para superar desafios, conquistar e fidelizar consumidores, proporcionando resultados financeiros cada vez mais positivos.

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