Processadores cada vez menores e máquinas mais inteligentes atenderão à demanda gerada por mais dispositivos e objetos conectados.
O crescente número de dispositivos conectados e a constante ampliação de sua quantidade de sensores e de sua capacidade de realizar novas atividades exigem sérios avanços quanto à velocidade e à eficiência energética desses aparelhos.
Essa exigência é ainda maior sobre a arquitetura do sistema, utilizada pelas empresas do setor de Tecnologia da Informação (TI) para dar suporte a esse progresso. Por isso, cada vez mais, é preciso investir em processos que tornem esses mecanismos mais eficientes, ao mesmo tempo que economicamente viáveis.
Também não se pode negligenciar a expectativa de aumento de custos, ao longo dos próximos anos, em decorrência da redução das reservas de determinadas matérias-primas na natureza.
A demanda acompanha ainda a crescente preocupação com a sustentabilidade no setor. A chamada TI Verde tem o objetivo, entre outras iniciativas, de buscar formas de consumir menos energia e produzir menor quantidade de lixo eletrônico.
Isso é possível, sobretudo, com o desenvolvimento de máquinas mais inteligentes e com a redução do tamanho de suas peças e componentes. Entre os anos de 2016 e 2020, segundo a empresa de consultoria Gartner, empreendimentos nessas áreas estão entre os mais promissores.
A capacidade de aprendizagem das máquinas é considerada vital para que as empresas construam uma arquitetura de sistema que viabilize o crescimento da sua malha de dispositivos em rede.
As chamadas arquiteturas neuromórficas são apontadas, hoje, como a solução. Esse modelo de engenharia ligada à TI se presta ao desenvolvimento de computadores e dispositivos que são inspirados no cérebro e simulam seu funcionamento. São máquinas extremamente eficientes e de alta potência.
A neuromórfica é alimentada por Portas Programáveis em Campo (FPGA, na sigla em inglês), que são dispositivos semicondutores que possuem espécies de células ou blocos dotados de capacidade computacional para implementar funções lógicas e comunicarem-se entre si.
Enquanto os chips tradicionais têm as suas funcionalidades definidas exclusivamente pelos fabricantes, os FPGA são configuráveis. A arquitetura baseada nessa tecnologia aumentará a capacidade de processamento e permitirá uma maior circulação de instruções no dispositivo, tornando-o mais inteligente e capaz de aprender conforme o uso e com o ambiente externo.
O desenvolvimento de arquiteturas de computação potentes também está ligado ao desenvolvimento da nanotecnologia. O termo faz referência a processos tecnológicos que lidam com unidades manométricas, ou seja, em uma escala microscópica.
A ideia é produzir estruturas estáveis em medidas próximas às dos átomos ou moléculas. Com isso, será possível criar dispositivos, objetos, substâncias e utensílios cada vez menores e mais eficientes.
Devido a sua complexidade, muitos dos avanços esperados pela nanotecnologia ainda estão em fase de desenvolvimento. Alguns, no entanto, já são uma realidade em áreas como de indústrias têxtil, de cosméticos e de produtos médicos, por exemplo.
O setor de TI também é fortemente beneficiado, especialmente quanto à produção de semicondutores, chips e microprocessadores. A cada novo lançamento, os modelos se tornam menores e consomem menos energia, sem perdas ou, por vezes, com a ampliação de suas capacidades de funcionamento.
Empreenderes atentos a esses avanços estarão na linha de frente da Quarta Revolução Industrial, baseada em uma série de progressos tecnológicos esperados para os próximos anos – especialmente a crescente automação.
Artigo produzido pela Avante Brasil em coautoria com a Coordenadora Nacional de Tecnologia da Informação, Rosana Cristóvão de Melo, e informações da Gartner.Foi um prazer te ajudar :)